segunda-feira, 7 de junho de 2010
Yoga
Iogue em postura de lótus praticando pranayama.
Prática de asana: Parshvakonasana / rája trikônásana.
Nomenclaturas diferentes dependendo da linha do praticante.
Ioga
Ioga (em sânscrito e páli: योग, IAST: yóga, AFI: [joːgə]) é um conceito que se refere às tradicionais disciplinas físicas e mentais originárias da Índia.
A palavra está associada com as práticas meditativas tanto do budismo quanto do hinduísmo.
No hinduísmo, o conceito se refere à uma das seis escolas (āstika) ortodoxas da filosofia hindu, e à sua meta rumo ao que esta escola determina como suas práticas.
Os principais ramos do ioga incluem a raja-ioga, carma-ioga, jnana-ioga, bacti-ioga e hata-ioga.
O Raja Yoga, compilado nos Ioga Sutras de Patanjali, e conhecido simplesmente como ioga no contexto da filosofia hinduísta, faz parte da tradição Samkhya.
Diversos outros textos hindus discutem aspectos da ioga, incluindo os Vedas, os Upanixades, o Bagavadguitá, o Hatha Yoga Pradipika, o Shiva Samhita e diversos Tantras.
A palavra sânscrita yoga tem diversos significados,e deriva da raiz yuj, que significa "controlar", "jungir", ou "unir".
Algumas das traduções também incluem os significados de "juntando", "unindo", "união", "conjunção" e "meios".
Fora da Índia, o termo ioga costuma ser associado tipicamente com o Hatha Yoga e suas asanas (posturas), ou como um forma de exercício.
Um(a) praticante avançado(a) da ioga é chamado de iogue.
O vocábulo ioga - O termo ioga
No devanágari, alfabeto utilizado no sânscrito, o termo é originalmente escrito desta forma: योग.
Provém da raiz sânscrita yuj, que significa "jungir", "cangar", "arrear", "atrelar", "prender", "juntar".
Quando se atrela o boi à canga ou jugo, ou ainda quando se junta a parelha de animais, isto significa que se está colocando esses animais em condições para o trabalho.
Por isso, a raiz "yuj" também significa "adequar", "preparar" ou "utilizar".
A idéia de que a raiz "yuj" poderia significar "unir" no sentido de "integrar" (física ou misticamente) surge possivelmente a partir de uma afirmação vedantina que define o Ioga como a "união" entre o Jivatma e o Paramatma, que na verdade passam a ser um só.
Mas "yuktam" (que é o particípio passado desse verbo) não significa "unido", mas "atrelado", "preparado" ou "adequado".
Ioga interpretado como "união" nos meios vedantinos, carece de sentido principalmente no Advaita Vedanta, onde tudo é Brâman, o Absoluto que abarca tudo o que existe, então não há a necessidade de "união", pois qualquer desunião, separação é mera ilusão (Maya), por isso há a descoberta da união sempre existente, a descoberta de Brahman em todas as coisas, inclusive no próprio individuo.
No Ioga Sutra essa interpretação de ioga como "união" também carece de sentido, pois somos e sempre fomos em essência o Purusha, a consciência incondicionada e eterna, que não precisa ser unida a nada, muito pelo contrário precisa ser desidentificada dos processos fenomenológicos da natureza (Prakrti).
Definições formais nas escrituras
Os textos hindus que discutem aspectos da ioga incluem principalmente os Upanixades, o Bagavadguitá,o Hatha Yoga Pradipika e o texto mais importante de todos, o Ioga Sutra.
No Bagavadguitá:
"É dito que Ioga é equanimidade da mente". (II, 48) "Ioga é a excelência nas ações". (II, 50)
No Ioga Sutra:
"Ioga é o recolhimento das atividades da mente" (I, 2)
Comentários de Vyasa aos Sutras de Patanjali:
"Ioga é Samadhi".
Nos Upanixades:
"Não conhece doença, velhice nem sofrimento aquele que forja seu corpo no fogo do Ioga.
Atividade, saúde, libertação dos condicionamentos, circunspecção, eloquência, cheiro agradável e pouca secreção, são os sinais pelos quais o Ioga manifesta seu poder." Upanixade Shvetashvatara
"A unidade da respiração, da consciência e dos sentidos, seguida pela aniquilação de todas as condições da existência: isso é o Ioga."
Upanixade Maitri
"Quando os cinco sentidos e a mente estão parados, e a própria razão descansa em silêncio, então começa o caminho supremo.
Essa firmeza calma dos sentidos chama-se Ioga.
Mas deve-se estar atento, pois o Ioga vem e vai."
Upanixade Katha
Grafia
Particularmente no Brasil, mas também em Portugal e outros países, há uma certa polêmica em relação à ortografia do termo, devido às inúmeras convenções utilizadas para a transliteração de idiomas escritos em caracteres diferentes dos latinos, como no caso do grego, do hebraico, além do próprio devanágari.
As grafias atualmente propostas aparecem em quase todas as variações possíveis: yôga, yoga, yóga e por fim ioga - única forma em língua portuguesa que é considerada ortograficamente correta.
No ocidente, alguns autores diferenciam conceitualmente a palavra dependendo de sua grafia.
Ironicamente, apesar da palavra significar união, as diferenças também partem das diversas formas de se pronunciar a palavra ou redigir o termo transliterado.
Pronúncia
Na pronúncia do termo sânscrito, ouve-se a primeira e segunda letras (considerando a palavra transliterada para o alfabeto latino) soando rapidamente, o Ô fechado e uma leve prolongação desta letra.
O 'ga' é soado rapidamente com o 'g' quase mudo.
Podemos ouvir a pronúncia ideal da palavra no subcontinente indiano, principalmente na Índia, já que muitos termos derivados do sânscrito estão sendo preservados pelo hindi, idioma indo-ariano comumente utilizado neste país.
Noutros países em que a filosofia vem sendo praticada com grande entusiasmo observa-se variações interessantes.
Na Argentina, a variação é encontrada na pronúncia CHôga, garantindo o som chiado do "y" falado nesta região.
No Brasil, a divergência fonética é sobre a letra 'O', possivelmente iniciada pelos hábitos de pronuncia dos 'os' abertos ou fechados da população de cada região do país.
Linhas
Há dezenas de linhas diferentes de ioga no mundo, que propõem não necessariamente caminhos contraditórios, mas sim diversos caminhos para alcançar os mesmos objetivos, descritos no primeiro parágrafo deste artigo.
Vários são os métodos e escolas para se atingir esta meta, porém ela sempre é o referencial.
As escolas mais antigas utilizam-se de métodos estritamente técnicos.
As escolas mais modernas tem uma conotação tendendo mais ao espiritualismo, fruto da difusão do Vedanta na época medieval.
Desenvolveu-se ao longo da história no oriente, particularmente na Índia, e que nos dias de hoje está amplamente difundido no mundo todo, inclusive no ocidente.
Algumas linhas de ioga são: Ashtanga Vinyasa Yoga, Bhakti Yoga, Hatha Yoga, Iyengar Yoga, Jñana Yoga, Karma Yoga, Kriya Yoga, Raja Yoga, Raja Vidya Yoga, Siddha Yoga, Tantra Yoga, Kundalini Yoga, Prakriti Yoga entre outras.
Na Índia, país de origem da ioga, os mestres Krishnamacharya (B.K.S. Iyengar, Pattabhi Jois e Desikachar), Swami Sivananda, Gurudeva, Swami Vivekananda e Sri Aurobindo são algumas das principais referências.
Lahiri Mahāśaya sentado em lótus.
Foto do livro Autobiografia de um iogue, de Paramahamsa YoganandaVer artigo principal: Ioga Sutra
Ioga Sutra de Patañjali
A obra Ioga Sutra de Pátañjali (300 a 200 a.C.) é um tratado clássico da filosofia ióguica e contém seus principais aspectos.
O sistema filosófico do Ioga como exposto no Ioga Sutra aceita a psicologia, metafísica e fenomenologia da escola Samkhya, por isso pode-se dizer que são duas escolas irmãs, diferenciando apenas no uso do Íshvara (Senhor, um Purusha nunca afetado pela Prakrti) que o Ioga usa para uma pratica chamada Íshvara pranidhána, entretanto o Samkhya não consegue provar ou não provar sua existência.
A obra foi escrita em sânscrito, e oferecem uma série de desafios, pois os sutras (literalmente "fio condutor") são aforismos sintéticos, curtos, alguns são tão sintéticos que chegam a ser obscuros.
Feitos assim, eles deviam ser decorados pelos alunos e discípulos.
E além disso há no texto o uso de diversos termos chave sem sua formalizações, principalmente provenientes do sistema Samkhya que é tomado como base.
Por esses motivos o Ioga Sutra se torna de difícil entendimento por aqueles que não fazem parte da cultura do ioga.
Assim o Ioga Sutra foi vastamente traduzido e interpretado durante séculos das mais diversas maneiras, por comentadores.
O primeiro comentador, além de mais famoso e autorizado, do Ioga Sutra é Vyása em seu Iogabasya, obra de 500 a 850 d.C.
Ashtanga: os oito pilares da ioga clássica
Referidos como componentes ou etapas, são passos que se sobrepõem à medida que se avança no caminho.
São:
1 - Yama ou refreamentos
1.1 -Ahimsa ou não-violência
1.2 -Satya ou não mentir
1.3 -Asteya ou não-roubar
1.4 -Brahmacharya ou não dissipar a sexualidade
1.5 -Aparigraha ou não cobiçar
2 - Niyama ou auto-observações
2.1 -Saucha ou limpeza do corpo: alimentação, limpezas corporais (shat-karma) e pranayama ,da mente, do intelecto, das emoções ,do lugar em que se pratica Ioga
2.2 -Santosha ou auto-contentamento
2.3 -Tapas ou auto-superação esforço do corpo, da fala e da mente
2.4 -Svadhyaya ou auto-estudo
2.5 -Ishvara pranidhama ou auto-entrega
3 - Asana ou posições psicofísicas
4 - Pranayama ou expansão (ayama) da força vital (prána) através de exercícios respiratórios
5 - Pratyahara ou abstração dos sentidos externos
6 - Dharana ou concentração mental
7 - Dhyana ou meditação
8 - Samadhi ou absorção meditativa
Obstáculos: Nove dispersões mentais
Patañjali enumera nove obstáculos ao Yoga (Sutra 1.30) que são dispersões ou oscilações mentais, embora outros fatos não enumerados também possam ser considerados obstáculos.
1 - Doença, desequilíbrio do corpo-mente
2 - Apatia, inércia da consciência
3 - Dúvida, conhecimento que oscila entre os pares de opostos
4 - Negligência, falta de investigação dos meios de se alcançar o Ioga
5 - Preguiça, ausência de esforço do corpo e da mente
6 - Incontinência, apetite da consciência pelo gozo dos sentidos
7 - Percepção errônea ou noção incerta, vem do conhecimento errôneo (viparyaya)
8 - Não-realização das etapas, é a falha em se alcançar os estados do Ioga
9 - Instabilidade, é a não estabilização da consciência
Aparecem junto com essas dispersões (Sutra 1.31):
1 - Sofrimento
2 - Angústia, devido a não satisfação de um desejo
3 - Agitação do corpo
4 - Inspiração, uma respiração agitada, sem ritmo, não-profunda, rápida, irregular é sintoma de uma mente ainda dispersa
5 - Expiração
Para preveni-las deve-se praticar disciplina (abhyása) sobre um princípio (tattva) qualquer (Sutra 1.32).
A prática do Yoga no subcontinente indiano é conhecida há cerca de 5000 anos.
A técnica tem apelo universal, sem qualquer associação à fé religiosa.
Existem vários tipos de Yoga, sendo o Hatha e o Raja Yoga, os mais praticados no ocidente.
Originalmente, a palavra Yoga significa união ou integração.
A interpretação destes termos deve ser feita em todos os sentidos da personalidade humana, do mais simples ao mais amplo: a união da criatura com o Criador, da parte com o Todo ou mesmo o Caminho de Volta.
É um processo que leva o praticante a um estado de silêncio, deixando a mente livre de suas distrações diárias.
Na verdade, passamos todo o tempo nos preocupando com compromissos responsabilidades, problemas e aparências, tentando ter uma vida supostamente segura ou mais sossegada.
Isto pode nos distanciar dos reais objetivos da vida.
Chegamos a nos esquecer do motivo de estarmos aqui ou, às vezes, nem pensamos mais de onde viemos e para onde vamos.
É então que se percebe a importância de livrar a mente do que é impermanente, possibilitando, assim, dirigí-la para o Permanente.
O Yoga envolve a disciplina da mente e do corpo através de meditação e de exercícios baseados em várias posturas físicas, conhecidas como Asanas.
A prática regular estabelece a harmonia natural e o equilíbrio funcional dos vários sistemas do corpo, resultando em melhoria da saúde e em sensação de bem-estar.
Os exercícios de Yoga fortalecem e aumentam o tônus muscular, auxiliando no controle consciente das funções autônomas do corpo.
Os Asanas trazem o desenvolvimento correto de padrões de respiração, melhoram o funcionamento intestinal e regularizam os padrões de sono.
Ensinam a arte do relaxamento, aliviando a tensão nervosa e muscular com conseqüente aumento de energia.
As posturas do Yoga podem ser feitas com o indivíduo em pé, sentado, de joelhos, deitado, em postura de equilíbrio ou em postura invertida, bem como em alongamento, em torção e em contração/relaxamento dos músculos, resultando em uma melhor postura corporal para o praticante.
Basicamente, todos os Asanas devem ser realizados com o mínimo de esforço e o máximo de relaxamento, tentando-se atingir conforto e estabilidade.
O indivíduo deve sempre buscar realizar a prática dentro de suas possibilidades, sentindo o alongamento sem dor excessiva, pois, desta forma, a estabilidade acaba por se instalar no corpo, o que se traduz em conforto para a mente.
É assim que os Asanas podem ajudar o sistema nervoso a se tranqüilizar.
LIVROS
108_POSTURAS_de_YOGA.pdf
15_Posiciones_de_yoga_para_niños.doc
A
Apostila_-_Técnica_Para_Um_Relaxamento_Perfeito.pdf
ashtanga_vinyasa_yoga_primera_serie.pdf
C
curso_de_meditação_transcendental.doc
E
Ásanas_-_Exercicios_Yoga.doc
H
Hamsananda_Sarasvati_Yoga_praticas.pdf
I
Ioga.Para.A.Mente.pdf
3_Instruções_Básicas_para_Meditação_da_Respiração.doc
Rachel Carr - Ioga Para Crianças.doc
K
Karma_Yoga__A_Educao_da_Vontade_Swami_Vivekanada.pdf
O
Atreya - Prana - O Segredo da Cura Pela Yoga.pdf
Y
(livro)_yoga_da_eterna_juventude.pdf
MÚSICAS
(2)_Yoga_-_Reiki_-_Celtic_Stream.mp3
Musica_Ambiental_216_-_Yoga.mp3
Yoga_Relaxation_&_Meditation_Music_-_Sounds_of_Nature_With_Instrumentals_-_Forest_Piano_-_Rain_On_The_Pond.mp3
Yoga_music_-_Relax_music_-_Ayurveda_Buddha_Lounge_-_Yantra_Mantra_-_Samadhi.mp3
yoga_-_soothing_sounds_relaxing_music_-_spring_morning.mp3
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