quinta-feira, 23 de novembro de 2023

QUEM É OGUM XOROQUÊ? É METADE EXU?


 

Ogum Xoroquê nos Cultos de Nação

Na tradição oral presente nas religiões de matriz africana e com mais afinco nos Cultos de Nação, Ogum é mencionado nos mitos como irmão de Exu e a proximidade desses dois Orixás nessas culturas é tão grande que por vezes as suas representações confundem-se.

Para o doutor em sociologia e especialista em estudos de religiões afro-brasileiras Reginaldo Prandi, Ogum é o Deus do ferro, da guerra e da tecnologia, no seu livro Os Candomblés do Brasil Prandi descreve as qualidades do Orixá como Ogunjá, Mejê, Onirê, Alacorô, Aiacá, Oromina e ainda Xoroquê que segundo o autor é um Ogum que é metade Exu.

A Dr. Patricia Globo que também é Ekedi do Ilê Axé Iemojá Orukoré Ogum nos explica isso dizendo que no Candomblé é comum a pessoa dizer “eu sou de Ogum Xoroquê” e isso não quer dizer que ele seja filho de outro Orixá que não seja Ogum, mas sim que Xoroquê é uma qualidade, um caminho ou uma especificidade diferente desse Orixá.

Ogum Xoroquê é aquele que é muito próximo de Exu é o Ogum que se aproxima mais de Exu. 
E da onde vem isso? 
Dos mitos, das histórias, da tradição do Candomblé e significa o conceito de qualidade, de avatar dos Orixás. 
Quase todos os Orixás tem a sua qualidade e as suas especificidades, isso dá uma característica quase única para a divindade.

Patricia Globo em estudo Tradição do Candomblé – Umbanda EAD

Ela explica também que no transe (dança) ele é muito parecido com os outros Oguns e algo que o diferencia é a possível presença do Ogó, instrumento em formato fálico elemento símbolo do Orixá Exu Africano e característico da manifestação do Xoroquê.



Ogó ExuNo angola: Incôssi, Incossimucumbi e Roximucumbi; no Jeje: Gun.Sincretizado com Santo Antônio e São Jorge, é saudado com o grito Ogunhê Patacori! 
Os Candomblés de São Paulo, p. 127.

No Candomblé a questão do Orixá que rege sua cabeça é algo extremamente importante, é de acordo com a filiação de cada filho de santo que os outros membros do Ilê irão se relacionar com ele, por isso a informação sobre as particularidades de cada Orixá são imensamente relevantes para o povo de santo.

Ela vai dizer que é de Oxum Apará, então você vai saber que é a Oxum que tem uma história com Iansã, que vai usar rosa, não vai usar tanto o amarelo que é a cor principal de Oxum, mas vai usar rosa, pode usar metais vermelhos ao invés de dourados. 
Esse então é o conceito de qualidade, de avatar dos Orixás, que é muito importante dentro do Candomblé.
Patricia também esclarece que Ogum Xoroquê é muito querido nos Candomblés e que ele seria um Ogum “mais bravo” ou intempestivo.
Dr. Patricia Globo


A origem na África

A dualidade de Ogum Xoroquê surge anterior ao Candomblé, onde no continente africano existia a crença em dois tipos de deuses os Irun Imole e os Igbá Imole, sendo o primeiro Deuses do céu e o segundo Deuses da terra. Segundo a crença Olodumarê teria escolhido Ogum para fazer a guarda e a comunicação entre essas classes de Deuses.

Ogum que era considerado um Omodê Okunrin ou Descendente Masculino dos Orixás Dudu (Orixás negros), contou com a criação de uma terceira categoria de Orixá, os Imole Exú, à eles ficaria a função de protetores de cidades como Lalu, Akessan, Alaketu, Baralakossô e ainda seriam eles os guardiões e servidores dos Orixás Omodê Okunrin e Obirin.

A partir disso o culto à Ogum (Omodê Okunrin) estaria ligado ao dos Guardiões Imole Exú, sendo o Imole Exu Sorokê um guardião de Ogum, se mesclando de tal forma que passou a ser entendido como um Orixá Meji ou Duplo, metade Ogum e metade Exu Xoroquê.

Mito Ogum Xoroquê

O culto de Ogum Xoroquê está ligado também ao fogo, ao trovão e a forças ligadas à Xangô, sendo que uma de suas lendas contam sobre o dia em que Ogum ao voltar de uma caçada e não encontrar vinho de palma, ficou extremamente irritado o que o fez decidir subir no alto de uma montanha e se cortar cruelmente, gritando e cobrindo-se de sangue e fogo.
As lendas podem e devem se contradizer porque não são fatos históricos, existem para revelar arquétipos, perfil psicológicos, histórias de vida dentre outros aspectos.

Pai Alexandre Cumino em Teologia de Umbanda – Jornada


Vestindo-se de mariwo esse Ogum, agora chamado de Ogum Xoroquê saiu em jornada, guerreando, lutando, invadindo e conquistando. 
Por essa característica a população acreditava que Ogum teria se transformado em Exu. “Toda vez que Xoroquê se zanga ele sai para o mundo para guerrear e descontar sua ira chegando até a ser considerado um Exu e quando retorna a Ire volta a sua característica de Ogum guerreiro e vitorioso Rei de Ire” – Mito Yorubá.

Na Umbanda quem é Ogum Xoroquê?

Quando Pai Rubens Saraceni coloca na introdução do seu livro Orixás Ancestrais a seguinte mensagem “que todos aprendam com seus ensinamentos, mas que ninguém negue a eles os créditos devidos pois, tenho certeza, eles abriram para o plano material as chaves da compreensão de alguns dos mistérios de Deus. 
Mestres da Luz, sejam sempre abençoados, pois deram à religião umbandista e a todas as outras, chaves inimaginadas!”.

Ele deixa claro à quem devemos nos lembrar quando assuntos como este, tratado a seguir, foram abertos e explicados aos irmãos de Umbanda. 
Segundo a Ciência Divina, cada dimensão, realidade, universo e etc são regidos por determinadas Divindades que fazem parte e também determinam a natureza de vida que flui ali.



Ogum Xoroquê no simbolismo popular da Umbanda


Essas divindades são hierarquizadas e além disso, ainda temos a compreensão que os seres, vivem cada um em um estágio da vida na escala evolutiva. 
Enfim, este não é o assunto de hoje, mas para entender Ogum Xoroquê precisamos saber as diferenças entre Orixás regentes de Tronos dos Orixás Naturais.

Entrecruzamento

Os padrões vibratórios das naturezas dos seres sempre estarão ligados aos Orixás Maiores (individualizações de Deus ou regentes de Tronos) e é a partir da imantação dessas divindades que também se formam as hierarquias divinas dos Seres Naturais. 
Pai Alexandre Cumino explica que esses seres manifestam as qualidades dos Orixás Maiores em um nível muito maior do que nós vivenciamos em nossas vidas, são seres puros nesses mistérios e por isso não vivem em um misto de irradiações como nós vivemos nesse contexto terreno.

Da mesma forma que nós temos ancestralidade nos Orixás, da mesma maneira que as falanges de entidades humanas se agrupam sob a imantação de um Orixá, isso ocorre entre os Seres Encantados e com os Seres Naturais, porém na dimensão em que vivem se relacionam apenas com uma regência.
Pai Rodrigo Queiroz em Entidades de Umbanda

Entretanto há o entrecruzamento de magnetismos, cada um dos seres serão atraídos (verticalmente) por um Orixá/Trono que lhe atribuirá a qualidade original, por exemplo um ser que é atraído pelo Trono de Ogum, terá como qualidade original o fator ordenador. 
Após isso, ele irá ser atraído (ou atingido horizontalmente) por uma segunda onda vibratória que irá definir sua função.

Dentro de uma mesma natureza encontraremos Seres Naturais atuando em campos diversos, nos quais identificamos uma Oxum da Fé, outra do Conhecimento, da Justiça, da Lei… algumas tem nomes conhecidos como é o caso de Oxum Apará, no entanto não há uma tradição na Umbanda com relação a diversidade de nomes qualificativos dos Orixás.
Pai Alexandre Cumino em Teologia de Umbanda – Jornada

O Sacerdote continua explicando que esses seres cujos nomes já dão uma pista do seus qualitativos como Ogum Beira-Mar, Ogum Megê, Oxum Apará, Iansã do Bale, Ogum Xoroquê.. apresentam-se na maioria das vezes nessa forma mais “humanizada” pois com isso, se fazem entender mais facilmente por nós e ainda apresentam simbolismos presentes no mistério pelo qual atuam.
O estudo destas combinações é chamado de Ciência Divina e é ele que mostra o entrecruzamento de forças que dá origem a tantas formas e nomes. 
Nenhum destes Oguns é o Pai Maior Ogum e sim entidades naturais de Ogum, cada um tem sua forma humanizada diferente. Todos eles têm a mesma natureza direcionada para campos de atuação diferentes.
Pai Alexandre Cumino em Teologia de Umbanda – Jornada

E para entender a diferença entre os Caboclos de Ogum, Caboclos de Ogum Xoroquê, Oguns Xoroquês, Exus Xoroquês e etc manifestado no terreiro para um Orixá Natural Ogum Xoroquê, Cumino pontua “simples, Caboclos incorporam e dão consultas, Orixás incorporam e executam toda uma ritualística sem pronunciar nenhuma palavra e quando muito dizem, falam apenas o seu nome“.

Por isso, um médium pode incorporar Ogum Xoroquê e depois descobrir que este é um espírito humano Caboclo de Ogum Xoroquê e por isso ele se manifesta com as mesmas características de uma entidade, que como colocado por Cumino se difere da manifestação do Orixá/Ser Natural.
Portanto de uma forma interpretativa na Umbanda – que aceita a Ciência Divina e dá suporte para a compreensão desse acontecimento na religião – Ogum Xoroquê é um ser natural de Ogum e sendo assim tem como natureza o Trono Ordenador da Lei, mas que atua na força e no mistério do Orixá Exu.

Não entendemos que esse seja um ser que é metade Exu e metade Ogum, mas sim, que ele tenha em sua essência essas duas composições energéticas, sendo a primeira sua natureza e a segunda sua atuação. 
Assim como acontece com as demais falanges de espíritos humanos, como por exemplo Caboclo das 7 Encruzilhadas (Caboclo = grau hierárquico 7 Encruzilhada – mistérios de Oxalá, Ogum, Obaluayê).

Manifestação de Ogum Xoroquê

Aos médiuns que trabalham com a manifestação de Ogum Xoroquê é comum o relato de uma manifestação intensa, vibrante, com dança e giro frenéticos e também de energia mais densa, característica da influência energética do mistério de Exu.

É também comum a manifestação de Xoroquê nos dias de trabalhos mais pesados, em que os atendimentos irão demandar mais fortemente do corte de magias e do encaminhamento de energias negativas acumuladas e cultivadas pelo próprio consulente. 
Entretanto, não é um consenso que isso aconteça somente nesses casos, pois, o médium que trabalha com Ogum Xoroquê, naturalmente irá manifestar esse Orixá nas chamadas de Orixá.

Ogum Xoroquê já esteve na África, vive no Candomblé, na Quimbanda e é presença forte nos terreiros de Umbanda. 

Salve Nossos Guardiões da Lei! Salve Ogum Xoroquê! Exu Xoroquê! Caboclos Xoroquê!!

Texto:
Júlia Pereira
Entrevista:
Dr. Prof. e Ekedi da Casa das Águas, Patricia Globo
Consultoria:
Pai Rodrigo Queiroz

Fontes de Pesquisa:
Teologia de Umbanda – Jornada, com Alexandre Cumino

Gênese Divina de Umbanda Sagrada, Rubens Saraceni, Ed. Madras.

Deus, Deuses e Divindades, Alexandre Cumino, Ed. Madras

Estudo Tradição do Candomblé – Umbanda EAD

Os Candomblés do Brasil, Reginaldo Prandi

Os Africanos no Brasil, Nina Rodrigues

Saudações a Exu e seus significados

 


O texto de hoje aponta algumas expressões idiomáticas e gestuais presente nos cultos a Exu na Umbanda e religiosidades afro-brasileiras. 
Nessa pesquisa o Blog levantou os significados de cada saudação e como elas são manifestadas no culto ao Orixá e Entidade Exu.

Laroiê Exu!
A clássica saudação utilizada tanto para os Exus como para Pombagiras, é um termo que tem sua origem no grupo africano étnico-linguístico nagô-iorubá, e remete a algo como ‘Salve o mensageiro’, ‘Olhe por mim Exu’ e ‘Me guarde’.

Mojubá
No artigo ‘O Universo e sua existência segundo o yorubá‘, Roberto Lins e Genilson Leite da Silva explicam que a etimologia dos nomes de Deus presentes na cultura nagô-iorubá sempre irão definir uma intenção ou característica invocada no momento da fala. 
Por isso, para essa língua quando se diz o “nome de Deus” ele sempre vai trazer a entonação de saudação à divindade e à sua particularidade.

Com os Orixás isso acontece mais claramente, por exemplo quando invocamos o nome de Xangô dizemos Kaô Kabecilê Xangô, que exprime além da saudação ao Orixá, sua característica enquanto rei.

No caso do Mojubá, ele é inserido na frase quando queremos dizer algo como ‘à vós meus respeitos’ , ‘eu te saúdo’ ou ‘eu o reconheço como superior’, por isso é comum saudar Exu evocando esse termo.

Elegbara ou Bará

É uma das qualidades atribuídas a divindade Exu na cultura africana, algumas casas também utilizam o vocábulo como saudação a entidade.

Elégbára réwà, a sé awo
O Senhor da Força é bonito, vamos cultua-lo

Bará Olóònòn àwa fún àgò
Exu do corpo, senhor dos Caminhos dê licença

E Elégbára Elégbára Èsú Aláyé
Senhor da Força, Senhor do Poder
Cumprimentamos o rei do mundo

No livro ‘Esu’ de Juana Elbein e Deoscoredes Maximiliano, os autores dedicam um capítulo inteiro a pesquisa sobre essa qualidade de Exu nas tradições africanas e afro-brasileiras, onde os autores pontuam que Bará é considerado um Exu pessoal “se alguém não possuir seu Exu no corpo, este alguém não poderia existir, ele nem saberia que está vivo – em outras palavras, ele não se reconheceria como ser, com vida própria, ele continuaria à massa de matéria indiferenciada“.

Elegbara portanto, remete a característica de força e virilidade de Exu, na cultura Jeje, onde o termo se originou ele é representado por um falo (ogó) e os itans provenientes dessa cultura falam sobre “elegbara aquele que é possuidor do poder“.

Ina Ina
O termo de origem iorubá é pronunciado como ‘inã‘ e sua etimologia evoca algo sobre Exu do fogo ou algo que se relacione com essa característica. Como no caso de Elegbara, essa é uma saudação a uma das características que fazem parte do mistério Exu.
Odara

Termo usado para dizer sobre tudo que é bonito, que carrega beleza e faz bem. No Candomblé estar Odara é algo muito importante, por isso as roupas e ornamentos usados pelos Orixás no Xirê são impecavelmente produzidos pelos filhos de santo num gesto de dedicação e reverência aos deuses africanos.


Ninguém quer ficar com a saia murcha, porque se não é Odara é sinal de desleixo.

Patricia Globo, ekedi e responsável pelo ensino sobre Candomblé da plataforma

Em algumas manifestações, Odara também é um Exu e essa terminologia irá simbolizar um exu de guia, um exu que abre os caminhos e que está a frente.

Ojixé
É a qualificação de Exu que remete a sua regência sobre os caminhos.

A pàdé olóònòn e mo juba Òjísè
Vamos encontrar o Senhor dos Caminhos
Meus respeitos àquele que é o mensageiro

Àwa sé awo, àwa sé awo, àwa sé awo
Vamos cultuar, vamos cultuar, vamos cultuar

Mo júbà Òjisè
Meus respeitos àquele que é o mensageiro

Patrono da comunicação das trocas de mensagens, o mensageiro, Ojixé é o senhor dos caminhos, L’onã.

O significado de oralidade em contextos pluriculturais
Marco Aurélio Luz

Koba Laroyê
É comum que se saúde Exu acrescentando o termo Kobá e em algumas casas ele se une ao laroiê, formando a expressão Koba Laroyê Exu! 
À esse termo entende-se a reverência ao Rei (Kobá) Exu e também pode ser percebida quando a falange de Exu Rei está em terra.

Para algumas casas, normalmente as de culto de nação essa é prioritariamente a primeira saudação feita ao Orixá Exu.

Expressões corporais
Além das expressões idiomáticas, existem também alguns gestos que contemplam a saudação à Exu. 
A mais comum talvez seja a que a pessoa com os dedos entrelaçados e as palmas das mãos apontadas para o chão realiza movimentos circulares. 
Outra saudação comum é o movimento das mãos parcialmente fechadas (encolhidas) apontada para o solo, com os dedos retraídos, encostando as costas das mãos ou os punhos um no outro, três vezes.

Observa-se também durante os ritos o gesto de – com os punhos cruzados – bater as costas das mãos três vezes ao chão. 
Todas essas expressões corporais, além de carregarem valores culturais também evocam os fundamentos da força de Exu, onde ao se voltar para o chão estamos ativando a energia telúrica que faz parte desse mistério.

Também veremos o bater três vezes de palmas e pés no chão, movimentos que evocam a tripolaridade, que é qualidade dessa divindade “além do polo positivo e negativo, há uma faixa neutra, que os divide e esta é chamada de polo neutro. 
Essa qualidade de Exu está no macro, no espaço infinito de Oxalá e no micro, num átomo” 
Rubens Saraceni em Livro de Exu – Mistério Revelado.

Todos os conteúdos divulgados nesse meio tem como base o acervo de pesquisa e estudos da plataforma Umbanda EAD, a bibliografia de Mestre Rubens Saraceni foi codificada e trazida para uma linguagem simples por meio do estudo online Teologia de Umbanda, ministrado há 20 anos por seu filho de santo Pai Alexandre Cumino.

Texto:
Júlia Pereira
Imagem:
Pedro Belluomini
Fontes de pesquisa:
Teologia de Umbanda com Pai Alexandre Cumino

O Universo e sua existência segundo o yorubá, Roberto Lins e Genilson Leite da Silva

Conteúdo do ensino sobre Candomblé da plataforma Umbanda EAD
Dicionário de Umbanda, Ademir Barbosa Junior, Editora Anubis.
Esu, Juana Elbein e Deoscoredes Maximiliano
Rubens Saraceni em Livro de Exu – Mistério Revelado

Quem é Exu? Breve comentário por Pai Rodrigo Queiroz



Laroiê Exú! 

Assim saudamos nossos compadres em todos os trabalhos.
Mas quem é Exu?
Quem são estes seres que nos mostram ser misteriosos e algumas vezes horripilantes?

Estas perguntas passam pela cabeça de qualquer um nos primeiros contatos com eles. 

Bem, muitos são os pontos de vista e explicações sobre Exu. 

Uns dizem ser o demônio, outros, espíritos sem luz, e outros ainda dizem representar o pênis.

Assim vão correndo os mitos e mitologias sobre Exu. 

No entanto, relataremos o nosso ponto de vista pelo que nos foi mostrado por eles. 

Segundo alguns estudos psicológicos, observa-se que Exu nada mais é do que a manifestação íntima e sombria do médium. 

Através de Exu o médium libera suas vaidades, defeitos e medos.

Mas olhando pelo aspecto espiritual, o que se vê na verdade, são seres que sempre estão prontos a nos atender e nos proteger esclarecendo-nos e conduzindo-nos a caminhar dentro da Lei Divina.

 São realmente os Guardiões de Lei e da Lei de Umbanda. Verdadeiros guardas protetores dos médiuns e terreiros prontos a praticar o bem e o amor sem nada em troca.

Muita coisa temos a dizer sobre Exu, mas com palavras não sei dizer o quanto amo vocês!

Desejamos esclarecimentos a todos que procuram ajuda, que encontrem um Exu de Lei no seu caminho, pois após este encontro sua vida jamais será a mesma. 

Assim foi conosco.

Deixamos aqui nosso sincero saravá a um Exu de Lei que sempre nos amparou e nos apresentou esta maravilhosa religião!

Saravá todos Exus!
Salve Sr. Tranca Ruas!
Laroiê Exu!!!

Blog Rodrigo Queiroz

ORAÇÃO À EXU DO OURO



Ao Poder EXU DO OURO
Vitalizador da Prosperidade,
Elo Guardião do Amor Universal,
Fonte da Vida e Riqueza do Ponto Mineral, Clamo a ti, Mistério da Criação.

Ajude-me a transpassar as paredes do ego, do orgulho e da vaidade que alimentam os vícios humanos, estimule em mim as virtudes, concebendo-as em todos os sentidos.

Para que eu possa enxergar as minhas riquezas interiores e esgotar as minhas pobrezas interiores e exteriores.

Ajude-me a trilhar um caminho virtuoso e rico, pelos princípios do amor incondicional.

Traga Luz às minhas trevas interiores e leve-as à Luz da verdade.

Mostre o caminho do meu pão, Para que ele não me falte à mesa,

Mostre o caminho do meu trabalho profissional.

Para que meu corpo e a minha mente não fiquem ociosos perante a minha jornada carnal.

Mostre o caminho da minha espiritualidade, Para que eu possa alimentar o meu espírito e não deixá-lo adormecido para as Verdades Divinas.

Mostre-me que os bens e ganhos materiais são recursos que fazem parte da minha evolução, como energia movimentadora da matéria.

Que estes bens adquiridos jamais se tornem chumbo em minha caminhada, antes disso, que eu os sutilize, usando-os tam- bém para ajudar meu próximo.

Que a cobiça aos bens alheios não faça parte dos meus sentidos.

Faça-me reluzir como pedra preciosa, afastando o falso brilho da injúria e da inveja.

Brilhe no meu interior para que eu possa iluminar e guiar aqueles que estão presos na escuridão e distantes do Conhecimento Divino.

Imagem:
Pedro Belluomini

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