O início da “Quaresma”, um dos períodos mais difíceis para os Médiuns e todos aqueles que sentem influências dos nossos Irmãos Desencarnados, em função da presença deles, para participar do Carnaval, especialmente os da “Zonas Umbralinas”, que praticamente abandonam o “Umbral”, para gozar a “Festa Mundana” e reviver o Tempo da Matéria.
Como eles tem enormes dificuldades para voltar e querem continuar no “Plano Físico”, aproveitam-se de “Médiuns Invigilantes”, para absorver “Fluídos” e praticamente ficar sem sofrimentos, num terrível processo de “Obsessão Espiritual”, esgotando nossos queridos Irmãos Encarnados, muitas vezes, levando-os a “Grande Desespero e Tristeza”.
Mais triste ainda, é a situação de muitos Irmãos já Socorridos, que abandonam às Unidades Socorristas do Espaço, atendendo, infelizmente, a “Baixa Frequência Vibratória” desses dias, “Emanação Deletéria” de Irmãos do Corpo Físico, que se entregam a todo tipo de gozo da carne.
Como “AGIR”, para não ficar à mercê desses Irmãos Menos Esclarecidos do Umbral:
1) “VIGIAR”, para não cair nas mãos deles, mantendo Pensamentos Elevados, Superiores e Benéficos.
2) “ORAR”, para ficar ligados ao nossos Irmãos Superiores, Mentores, Guias Espirituais, Protetores e Espíritos Familiares que já se encontram em Elevação Espiritual.
É chegado o tempo da quaresma, período de quarenta dias que antecede a data mais importante para o cristianismo: “A morte e a ressurreição de Cristo”.
Para os católicos, faz-se necessário a oração, a penitência e a caridade para o encontro com Deus, tempo de preparação para a Páscoa.
Segundo o dicionário da língua portuguesa, a palavra penitência faz referência a arrependimento, remorso de haver ofendido a Deus, ou uma pena que o confessor impõe ao confessado.
De um modo geral, as penitências são caracterizadas por privações voluntárias que aproximam de alguma forma o homem a Deus, isentando-os de seus pecados.
Mas, quarenta dias seriam suficientes para redimir os homens de seus erros?
Busquemos a resposta em O Livro dos Espíritos, nas perguntas 720, 722, e 726 no Capítulo V – “Da Lei de Conservação”:
720. São meritórias aos olhos de Deus as privações voluntárias, com o objetivo de uma expiação igualmente voluntária?
“Fazei o bem aos vossos semelhantes e mais mérito tereis.”
a) Haverá privações voluntárias que sejam meritórias?
“Há: a privação dos gozos inúteis, porque desprende da matéria o homem e lhe eleva a alma.
722. Será racional a abstenção de certos alimentos, prescrita a diversos povos?
“Permitido é ao homem alimentar-se de tudo o que lhe não prejudique a saúde.
726. Visto que os sofrimentos deste mundo nos elevam, se os suportarmos devidamente, dar-se-á que também nos elevam os que nós mesmos nos criamos?
“Os sofrimentos naturais são os únicos que elevam, porque vêm de Deus.
Por que de preferência não trabalham pelo bem de seus semelhantes?
Analisando as afirmativas contidas em “O Livro dos Espíritos”, observamos que a visão do Espiritismo com relação às penitências, difere de outras religiões.
Terá maior mérito perante Deus, aquele que aplica sua penitência em benefício de outrem, ou seja, pratica a caridade que, aliás, para nós que ainda somos espíritos imperfeitos, ser caridoso é uma grande penitência.
Com relação a abstinência de certos alimentos, segundo o Espiritismo, nos é permitido consumir qualquer substância que não nos comprometa a saúde, em qualquer época do ano, isso se aplica ao consumo de carne.
A proibição do consumo de carne vermelha na quaresma surgiu na Idade Antiga, consolidando-se na Idade Média, época em que os pobres não tinham recursos para introduzir a carne em suas refeições.
Para evitar conflitos com a nobreza, a Igreja orientava o consumo de carne à livre demanda, por sete dias, antes do período quaresmal; essa tradição ficou conhecida como “carnevale” (o prazer da carne), daí a origem do carnaval.
Com o passar dos tempos, a carne foi introduzida no cardápio do dia a dia, perdendo a tradição dos banquetes.
Diante dessas considerações, podemos afirmar que as privações voluntárias pouco contribuem para o progresso espiritual, uma vez que, o sofrimento provocado caracteriza imaturidade de nosso espírito, pois não produz nenhum efeito depurador para a alma, ao contrário do sofrimento natural.
Busquemos sim, uma reflexão profunda de nossas atitudes para auxiliar em nossa reforma íntima, pratiquemos a caridade em auxílio do próximo para sermos também auxiliados, mas lembremos, todo o tempo é tempo de plantar.
Referências:
“O Livro dos Espíritos” – Allan Kardec
FONTE: Grupo Socorrista Obreiros do Senhor Jerônimo Mendonça Ribeiro
Nenhum comentário :
Postar um comentário