terça-feira, 5 de março de 2013

A AURA HUMANA

 


A aura é visível apenas para quem possui o poder psíquico altamente desenvolvido.
 
Alguns, possuindo uma visão inferior, só têm sido capazes de ver algumas das mais grosseiras manifestações da emanação que constitui a aura.
 
Cada princípio do homem (espírito, mente espiritual, intelecto, mente instintiva, prana, corpo astral e corpo físico) irradia energia que, combinando-se, constitui o que é conhecido como aura humana.
 
A aura de cada princípio, se se afastasse ou fosse separada dos outros, ocuparia o mesmo espaço que o ocupado pela aura de todos ou de algum dos princípios.
 
Era outras palavras: as várias auras dos diferentes princípios se interpenetram umas às outras, e sendo de diferentes estados de vibração, não interferem umas com as outras.
 
A forma mais grosseira da aura humana é, naturalmente, a que emana do corpo físico. Algumas vezes denominam-na aura de saúde, pois é uma indicação segura do estado de saúde física da pessoa de cujo corpo irradiar.
 
Como todas as outras formas da aura, estende-se do corpo a uma distância de algumas polegadas. Do mesmo modo que todas as outras formas da aura, é oval.
 
A aura física é, praticamente, incolor (ou, positivamente, quase de um branco azulado, parecido à cor da água clara), mas possui um aspecto peculiar, não possuído pelas outras manifestações da aura, posto que se apresenta à visão psíquica como "esfriada" por numerosas linhas finas, que se estendem como crina eriçada do corpo para fora.
 
Em saúde e vitalidade, essas crinas saem retas, enquanto que, em casos de saúde imperfeita ou pobreza de vitalidade, caem como cabelo flexível de um animal.
 
Este fenômeno é ocasionado pela corrente de Prana que vigoriza o corpo com maior ou menor intensidade; o corpo está sadio quando tem uma provisão normal de Prana, enquanto que o corpo fraco ou doente sofre pela quantidade insuficiente do mesmo Prana.
 
Essa aura física é visível para muitos que só têm um grau muito limitado de visão psíquica.
 
As partículas desprendidas da aura física permanecem no ponto ou lugar onde a pessoa esteve; e os cães e outros animais que possuem certo sentido fortemente desenvolvido, têm a faculdade de seguir o cheiro ou as pegadas da pessoa ou animal da qual estão na pista.
 
A aura que emana do segundo princípio ou corpo astral é como o princípio mesmo, de cor e aparência vaporosa, tendo alguma semelhança com o vapor antes de dissolver-se e desaparecer de nossa vista.
 
Aqueles de nossos leitores que alguma vez tenham visto uma forma astral ou o que comumente se chama um fantasma — de alto ou baixo grau — relembrarão, provavelmente, de ter visto uma nebulosa de forma ovóide, vaporosa, rodeando a figura mais visível da forma astral.
 
Essa débil e vaporosa nuvem oval era a aura astral.
 
A aura do terceiro princípio, ou Prana, é difícil de descrever, exceto para aqueles que já viram os raios X.
 
Vê-se algo como uma nuvem vaporosa de cor e aparência de uma chispa elétrica.
 
De fato, todas as manifestações de Prana se parecem à luz ou chispas elétricas.
 
Prana tem um colorido suavemente rosado, quando está no corpo ou próximo dele, mas perde este aspecto desde que se aparta algumas polegadas do corpo.
 
Essa aura prânica é extraída, algumas vezes, de uma pessoa forte e sã, por uma débil que carece de vitalidade e, então, extrai daquela o que lhe é necessário.
 
Nestes casos a pessoa que é despojada sem seu consentimento, experimentará uma sensação de languidez e lassidão, depois de haver estado em companhia da pessoa que absorveu uma parte de sua vitalidade.
 
A aura é vista pelo observador psíquico como uma nuvem luminosa, quase oval, na forma, estendendo-se de dois a três pés (60 a 90 cm) em todas as direções do corpo.
 
Não termina de maneira abruta, mas sim, desvanece-se gradualmente até que de todo desaparece.
Suas cores são originadas por certos estados mentais da pessoa circundada pela aura.
 
Cada pensamento, emoção ou sentimento manifesta-se por um certo matiz ou combinação de cores.
 
O psíquico desenvolvido pode ler os pensamentos de uma pessoa como se fossem as páginas de um livro aberto: basta que ele compreenda a linguagem das cores áuricas — linguagem que, naturalmente, todos os ocultistas desenvolvidos conhecem.
 
CORES ÁURICAS E SEU SIGNIFICADO
 
- Preto, representa ódio, malícia, vingança e sentimentos semelhantes.
- Pardo, de um matiz mais brilhante, representa egoísmo.
- Pardo-cinzento, de um matiz peculiar (quase como o de um cadáver), representa temor e terror.
- Pardo, de um matiz escuro, representa depressão e melancolia.
- Verde, de um matiz sujo, representa ciúmes. Se há muita ira de envolta com os ciúmes, aparecerão chamas encarnadas sobre um fundo verde.
- Verde, de um matiz quase cor de ardósia, representa falsidade baixa.
- Verde, de um matiz brilhante peculiar, representa tolerância para as opiniões e crenças de outros; fácil adaptação às mudanças de condições, adaptabilidade, tato, etc.
- Encarnado de matiz semelhante ao das chamas que, misturadas com a fumaça, saem de um orifício, ardendo, representa sensualidade e paixões animais.
- Encarnado, visto em formas de labaredas de um vermelho brilhante, parecidas, em seu aspecto, ao resplendor de um relâmpago, indica cólera.
- Carmesim, representa amor, variando em matiz de acordo com o caráter da paixão.
Um amor sensual e grosseiro será de um carmesim escuro e opaco, enquanto que, combinado com sentimentos elevados, aparecerá em tons mais luminosos e mais agradáveis. Uma forma muito mais elevada de amor apresentará uma cor quase aproximada a um formoso cor-de-rosa.
- Moreno, de uma coloração avermelhada, representa avareza e voracidade.
- Alaranjado, de um tom brilhante, representa orgulho e ambição.
- Amarelo, em seus variados matizes, representa poder intelectual.
Se o intelecto se satisfaz com coisas de ordem inferior, o seu matiz é de um amarelo escuro e sombrio; e conforme vai elevando-se a níveis mais altos, a cor se torna mais brilhante e mais clara; um formoso amarelo dourado significa uma grande aquisição intelectual; amplo e brilhante raciocínio, etc.
- Azul de um matiz escuro, representa pensamentos, emoções e sentimentos religiosos.
Esta cor varia em claridade, conforme o grau de altruísmo manifestado na concepção religiosa.
- Azul-Claro, de um matiz luminoso e puro, representa espiritualidade.
Alguns dos graus mais elevados de espiritualidade observados na humanidade ordinária, mostram-se neste matiz azul cheios de brilhantes pontos luminosos, chispantes e titilantes, como estrelas numa clara noite de inverno.

Outro fato notável para aqueles que não têm pensado no assunto, é que a cor ultravioleta, na aura, é indício de desenvolvimento psíquico, empregado num plano elevado e altruísta, enquanto que a cor infravermelha, vista na aura humana, indica que a pessoa possui desenvolvimento psíquico, porém que o emprega para propósitos egoístas e indignos — magia negra, em realidade.
 
Além das duas cores acima mencionadas, há outra que também é invisível à visão comum — o verdadeiro amarelo primário — o qual é indicador da iluminação espiritual e que é percebido debilmente ao redor da cabeça daqueles que são espiritualmente grandes.
 
A cor que nos ensina como característica do sétimo princípio — o espírito — se diz ser de pura luz branca — de um brilho especial — igual à qual jamais foi vista por humanos olhos.
A aura que emana da mente instintiva é constituída, principalmente, dos matizes muito sombrios e escuros.
 
Convém fazer notar, aqui, que ainda quando a mente esteja sossegada, pairam sobre a aura matizes que revelam as tendências predominantes do homem, de modo que o seu grau de progresso e desenvolvimento, como também seus gostos e outras qualidades de sua personalidade, podem ser facilmente distinguidos.
 
Quando a mente é agitada por uma paixão forte, sentimento ou emoção, a aura inteira parece ser colorida pelo matiz ou matizes particulares que representam esses estados.
 
Por exemplo, um violento acesso de cólera faz que toda a aura mostre brilhantes raios vermelhos sobre um fundo negro, que quase eclipsam as outras cores.
 
Esse estado dura mais ou menos tempo, de acordo com a violência da paixão.
 
Uma forte onda de amor, ao passar pela mente, fará que a aura inteira manifeste o carmesim, dependendo o matiz do caráter da paixão.
 
Da mesma forma, uma exaltação de sentimento religioso dará à aura inteira um tom azul, como se explicou na tábua das cores.
 
Vereis, pelo que temos dito, que há dois aspectos para a condição da cor da aura: o primeiro depende dos pensamentos que habitualmente predominam e se manifestam na mente da pessoa, e o segundo depende do sentimento, emoção ou paixão particular ao manifestar-se num momento.
 
A cor passageira desaparece quando o sentimento se extingue, ainda que um sentimento, paixão ou emoção, repetidamente manifestado, se revela com o tempo na cor áurica habitual.
 
A cor normal manifestada na aura, sem dúvida muda gradualmente de tempo em tempo, à proporção que o caráter da pessoa melhora ou se modifica.
 
As cores habituais indicam o caráter geral da pessoa; as cores passageiras mostram o sentimento, a emoção, a paixão que a dominam nesse momento particular.
 
O homem que tem o intelecto bem desenvolvido, apresenta uma aura inundada com um formoso amarelo dourado, pertencente à intelectualidade.
 
Quando o intelecto do homem tem absorvido a idéia da espiritualidade e se dedica à aquisição de poder, desenvolvimento e progresso espirituais, esse amarelo mostrará no contorno dos seus bordos um azul-claro de um matiz particularmente puro.
 
A aura que emana da mente espiritual ou sexto princípio é da cor do verdadeiro amarelo primário, que é invisível à vista ordinária e não pode ser reproduzido artificialmente pelo homem.
 
Concentra-se ao redor da cabeça do homem espiritualmente iluminado e algumas vezes produz um fulgor particular, que pode ser visto até por pessoas de pequeno desenvolvimento.
 
A auréola que aparece nos quadros dos grandes instrutores espirituais da raça é o resultado de uma tradição nascida de um fato experimentado pelos primitivos discípulos desses mestres.
 
O halo ou a glória vistos nos quadros, têm a sua origem no mesmo fato.
 
Quando outra vez contemplarmos o assombroso quadro de Hoffmann, Gethsemani, experimentaremos uma nova compreensão do fulgor místico que rodeia a cabeça do Grande Mestre espiritual.
 
Da aura do sétimo princípio, o espírito, muito pouco podemos dizer, e este pouco chegou até nós por tradição.
 
Foi nos dito que é constituído de uma luz de "branco puro", alguma coisa desconhecida para a ciência humana.
 
 
Ramacháraka
Fonte: http://yoga-ensinamentos.blogspot.com.br/2013/01/a-aura-humana-ramacharaka.html

Nenhum comentário :