terça-feira, 15 de maio de 2012
A PAZ QUE TRAGO EM MEU PEITO
A paz que trago hoje em
meu peito é diferente da paz que eu sonhei um dia...
Quando se é jovem ou
imaturo, imagina-se que ter paz é poder fazer o que se quer, repousar, ficar em
silêncio e jamais enfrentar uma contradição ou uma decepção.
Todavia, o tempo vai
nos mostrando que a paz é resultado do entendimento de algumas lições
importantes que a vida nos oferece.
A paz está no dinamismo
da vida, no trabalho, na esperança, na confiança, na fé...
Ter paz é ter a
consciência tranqüila, é ter certeza de que se fez o melhor ou, pelo menos,
tentou...
Ter paz é assumir
responsabilidades e cumpri-las, é ter serenidade nos momentos mais difíceis da
vida.
Ter paz é ter ouvidos
que ouvem, olhos que vêem e boca que diz palavras que constroem.
Ter paz é ter um
coração que ama...
Ter paz é brincar com
as crianças, voar com os passarinhos, ouvir o riacho que desliza sobre as pedras
e embala os ramos verdes que em suas água se espreguiçam...
Ter paz é não querer
que os outros se modifiquem para nos agradar, é respeitar as opiniões
contrárias, é esquecer as ofensas.
Ter paz é aprender com
os próprios erros, é dizer não quando é não que se quer dizer...
Ter paz é ter coragem
de chorar ou de sorrir quando se tem vontade...
É ter forças para
voltar atrás, pedir perdão, refazer o caminho, agradecer...
Ter paz é admitir a
própria imperfeição e reconhecer os medos, as fraquezas, as carências...
A paz que hoje trago em
meu peito é a tranqüilidade de aceitar os outros como são, e a disposição para
mudar as próprias imperfeições.
É a humildade para
reconhecer que não sei tudo e aprender até com os insetos...
É a vontade de dividir
o pouco que tenho e não me aprisionar ao que não possuo.
É melhorar o que está
ao meu alcance, aceitar o que não pode ser mudado e ter lucidez para distinguir
uma coisa da outra.
É admitir que nem
sempre tenho razão e, mesmo que tenha, não brigar por ela.
A paz que hoje trago em
meu peito é a confiança naquele que criou e governa o mundo...
A certeza da vida
futura e a convicção de que receberei, das leis soberanas da vida, o que a elas
tiver oferecido.
.....................
Às vezes, para manter a
paz que hoje mora em teu peito, é preciso usar um poderoso aliado chamado
silêncio.
Lembra-te de usar o
silêncio quando ouvir palavras infelizes.
Quando alguém está
irritado.
Quando a maledicência
te procura.
Quando a ofensa te
golpeia.
Quando alguém se
encoleriza.
Quando a crítica te
fere.
Quando escutas uma
calúnia.
Quando a ignorância te
acusa.
Quando o orgulho te
humilha.
Quando a vaidade te
provoca.
O silêncio é a
gentileza do perdão que se cala e espera o tempo, por isso é uma poderosa
ferramenta para construir e manter a paz.
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