sábado, 29 de maio de 2010

ESPÍRITOS QUE NOS ACOLHEM APÓS A MORTE



"Sofri um acidente de moto e morri.

Vaguei sem rumo por muito tempo por aí, sem ter consciência de que já tinha morrido.
Era como ser um véu se fizesse presente, o tempo todo me ofuscando a visão.
Num primeiro momento tudo fica confuso.
A gente acorda num hospital, cheio de aparelhos e muitos médicos e enfermeiros.
Depois estes médicos vão aumentando e uns nos medicam com remédios e outros com imposição das mãos.
Uns se mantém alertas a qualquer sinal diferente nos aparelhos aos quais estamos ligados, outros pouco se importam com os sinais emitidos, pois estão equipados com aparelhos nunca antes vistos por um ser vivente.
De repente tudo acaba.
Os primeiros médicos nos dão como causa perdida e o segundo grupo fica feliz e nos acolhe como a um filho que chega de viagem.
Tudo é muito tumultuado.
Tudo é muito confuso.
Nos deixam ali e pedem para outras pessoas de branco, os enfermeiros, cuidarem de nós.
Mas, num momento de confusão maior ainda, fugi dali e fui para a rua.
Fui pra casa em busca de minha família.
Encontrei todos tristes e pesarosos.
Ninguém me ouvia, ninguém me dava atenção, como se alguém ou algum acontecimento mais importante que a minha volta lhes desviasse a atenção.
Então, fugi dali também e fui buscar alguém que me explicasse o que aconteceu.
Nada.
Ninguém me dava respostas.
Vaguei muito tempo até que me ajoelhei e pedi com todo o meu coração ajuda a Deus ou a uma força maior.
Pedi que me ajudassem e que, se eu tivesse feito algo de muito errado, que me perdoassem pois estava arrependido de não ter sido uma boa pessoa, por nunca ter 'perdido' o meu tempo com religião ou com um Deus.
Eu acreditava que existia uma força maior, mas não parava pra pensar se essa força tinha um nome, uma origem.
Nunca rezei e achava que acreditar nessa força já era suficiente.
Acreditava em Deuses diferentes. Uns ditos e encontrados por amigos em chás, em seitas.
Não sabia em que pensar e, na verdade, não chegava à conclusão nenhuma.
Enfim...
Depois desse pedido com fé, recebi um presente, fui socorrido pela minha avó Nena.
Quanta felicidade, quanto alívio, já não estava só.
Já podia ver uma luz.
Ela, com muita paciência e amor me explicou tudo e facilmente pude entender o que havia acontecido.
Hoje vivo bem e feliz numa colônia espiritual e além de estudar, já me foram delegadas algumas atribuições como espírito colaborador.
Agradeço a Deus a cada dia pela oportunidade e pela misericórdia, por ter se apiedado de mim e me mostrado o caminho.
Deixo um beijo caloroso aos meus familiares, às minhasirmãs e à minha mãe querida.
Digo que tudo foi e é como tem de ser.
Um abraço a todos e que Deus nos abençoe e nos guarde em sua bondade e misericórdia".
Assinado: Lucas (psicografia)

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