quinta-feira, 25 de junho de 2009

Quando você muda, a relação muda!



Quando você se relaciona com alguém, sob qualquer título amigo, parceiro, companheiro, namorado, cônjuge, etc. esta relação pode ser comparada a uma combinação entre dois elementos químicos.
A interação entre o que você é e o que o outro é resulta num terceiro elemento, diferente do que cada um é individualmente e diferente também da simples soma de duas individualidades, já que somos intrinsecamente mutáveis.
Não é difícil perceber essa alquimia se observarmos que nos comportamos de modo específico e diferenciado dependendo de com quem estamos.
Com algumas pessoas somos mais calmos, com outras, mais frágeis; com algumas, mais agitados, com outras, mais espontâneos; e por aí vai...
Aí está o encanto dos encontros: tudo pode ser transformado!
Basta que um dos dois mude, e o resultado será novo, será outro, diferente do obtido até então...
Mas, infelizmente, muitas vezes nos esquecemos desta opção (ou escolhemos nos manter na cômoda posição de ignorá-la).
Preferimos acreditar que o outro é sempre o mesmo, não muda nunca e que, sozinhos, por mais que tentemos, não podemos transformar a relação.
Nesta crença estão contidos dois enganos extremamente limitantes: o primeiro é que o outro não é o mesmo de sempre e pode mudar a qualquer momento, acredite você ou não.
O mais provável é que você não queira se arriscar a olhar para esta possibilidade, até porque tais mudanças não necessariamente serão do seu agrado; mas que ele pode mudar, não resta dúvida.
O segundo engano refere-se ao fato de que você, sozinho, é capaz de mudar a relação, sim.
Talvez não queira.
Talvez não esteja disposto.
Entretanto, é fato: quando você muda, a relação muda!
Claro que isso também não é garantia de que o outro gostará da mudança, mas que será diferente, será!
Porque se considerarmos que mudanças são escolhas pessoais e intransferíveis, ou seja, que somente estamos habilitados a promover mudanças a partir de nossas próprias atitudes mudadas (e, portanto, ninguém pode mudar pelo outro), há aqui uma valiosa conclusão: se você deseja que sua relação seja diferente do que é atualmente, decida-se você por mudar seu comportamento e pare de investir toda sua energia na expectativa de que o outro mude.
Caso contrário, correrá o eminente risco de se frustrar várias e várias vezes.
Óbvio que é extremamente delicado investir em mudanças quando o outro é parte essencial do que virá a ser.
Requer dedicação, paciência e persistência.
Requer o exercício constante e intensivo de suas melhores qualidades.
Requer, sobretudo, a decisão contundente e firme de que você deseja dizer e expressar, ser e agir, propor e sentir um amor ‘manualmente’ transformado...
E é aí que está o xis da questão: sentar-se no sofá da sala e pensar em como têm sido chatos os seus dias ao lado de alguém com quem você imaginou viver uma linda história de amor é realmente bem mais fácil...
Porém, não lhe rende alegria, satisfação e a sensação de ter feito absolutamente tudo o que podia para que os próximos dias sejam diferentes...
Ter na ponta da língua um sem número de reclamações não lhe permite vivenciar uma competência superior, ousada, própria de quem redige sua história no imperativo, de modo consciente, e não no condicional, somente reagindo ao ritmo que a vida ou as pessoas lhe impõem.
No final das contas, sua capacidade de dar novo sentido para esta relação (e para sua vida) é uma oportunidade de apostar naquilo que você deseja para si, de um novo jeito.
E se conseguir enxergar a sutileza contida nesta possibilidade, certamente entenderá que a felicidade não está apenas nos resultados que obtém, mas especialmente no que você faz, e como faz, para alcançá-los.
Mude e seja feliz...

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