sábado, 6 de março de 2021

Recomeçar… Um bom começo de nova vida – Capítulo 10



Escrito por Benedito Milioni


Capítulo 10 – AMOR É COMEÇO E RECOMEÇO: BASTA CUTUCAR!

Frejat, o autor e intérprete dessa música, “Amor pra Recomeçar”, certamente estava num daqueles dias em que anjos piedosos são enviados pelo Criador para inspirar alguns mortais que devem atuar como seus mensageiros: o trecho que ilustra a foto do autor certamente merece inclusão numa espécie de lista de versos da música popular brasileira que sobreviverão ao tempo!


Unsplash/Nathan Dumlao

O amor recomeça tudo, desde a mais complicada encrenca afetiva até os conflitos que saltam como faíscas das disputas entre aguerridos times de futebol de várzea: no primeiro caso, o amor adoça os sentidos e as emoções e os leva a recomeços entre beijos e juras de mais amor e, no segundo, por incrível que pareça, depois de muitos insultos e ameaças terríveis entre os disputantes, sobra entre eles o amor… pela bola, e tudo se torna líquido e saboroso, como a cerveja que é tomada para comemorar! 

Só quem não viveu um amor de inspirar os trovadores, como o citado Frejat, ou não teve suas canelas esfoladas por jogos de futebol em campos cheios de buracos e poeira é que não consegue entender que, sem amor, nada começa ou recomeça.

O primeiro grande trabalho emocional que o postulante ao recomeço do que quer que seja é a busca do sentido de amor no pretendido. Isso se dá na medida em que o foco é uma espécie de balé orbital, como o de um beija-flor, em torno da essência do que vivifica o recomeço. 

É preciso estar 100% entregue emocionalmente aos significados do ato em recomeço e colocar-se em torno e sempre próximo do objeto do recomeço. 
O beija-flor gasta uma energia imensa no seu frenético bater de asas para girar em torno da flor e, avançando e recuando, trazer para si a microgotinha de néctar que está bem protegida no coração entre as pétalas, e assim é que deve ser quanto às pessoas: muita energia investida no extraordinário sabor do que se pretende ter e fazer como recomeço, porque esse sabor acaricia o mais sensível dos sentimentos e os entrega a ondas de bem-estar (isso é amor, não é, caro(a) leitor(a)?).

Unsplash/Lars Kuczynski

Esse passo emocional é solitário, mudo e sem anteparos onde se possa apoiar mãos trêmulas e sustentar passos vacilantes: ele tem que ser como o primeiro voo de águia órfã, sem ninguém que a ensine, empurre do ninho ou a apare se não conseguir sustentar-se no ar e estatelar-se no chão duro e indiferente. 

Águias e outras aves de mesmo porte e natureza indômita são testemunhas das suas próprias conquistas e não se deixam diminuir por quem lhe faça críticas, porque quem as faria não existe. 
É tudo escolha delas mesmas e assim deve ser com as pessoas: nem tudo se pode fazer acompanhado por alguém ou sob o olhar atento de uma multidão, notadamente as escolhas pelas mudanças grandiosas, que vão mais que repaginar uma vida, farão germinar uma vida nova. Nisso é preciso amor… muito! 
Tem razão o Frejat!

CONTINUA

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