domingo, 4 de agosto de 2013

OS BENEFÍCIOS DA COMPAIXÃO



Nos últimos anos, houve muitos estudos que corroboram a ideia de que o desenvolvimento da compaixão e do altruísmo tem um impacto positivo sobre nossa saúde física e emocional.
 
Num experimento bem conhecido, por exemplo, Davic McClelland, um psicólogo na Harvard University, mostrou a um grupo de alunos um filme de Madre Teresa trabalhando entre os pobres e os doentes de Calcutá.
 
Os estudantes relataram que o filme estimulou sentimentos de compaixão.
 
Depois, ele analisou a saliva dos alunos e descobriu um aumento da imunoglobulina-A, um anticorpo que pode ajudar a combater infecções respiratórias.
 
Em outro estudo realizado por James House no Research Center da University of Michigan, os pesquisadores concluíram que a dedicação regular do trabalho voluntário, em interação com os outros com calor humano e compaixão, aumentava tremandamente a expectativa de vida, provavelmente também a vitalidade geral.
 
Muitos outros pesquisadores no novo campo da medicina da mente-corpo demonstraram conclusões semelhantes, que documentavam que estados mentais positivos podem beneficiar a saúde física.
 

Além dos efeitos benéficos sobre nossa saúde física. há provas de que a compaixão e o comportamento interessado contribuem para a nossa saúde emocional.
 
Estudos revelaram que estender a mão para ajudar os outros pode induzir um sentimento de felicidade, uma tranqüilidade mental maior e menos depressão.
 
Num estudo de trinta anos com um grupo de diplomados de Harvard, o pesquisador George Vaillant concluiu, com efeito, que adotar um estilo de vida altruísta é um componente crítico para a boa saúde mental.
 
Outra pesquisa, realizada por Alan Luks entre alguns milhares de pessoas que estavam envolvidas regularmente em atividades voluntárias de auxílio a terceiros, revelou que mais de 90% desses voluntários relatavam um tipo de "barato" associado à atividade, caracterizado por uma sensação de valor humano, mais energia e uma espécie de euforia.
 
Elas também tinham uma nítida sensação de tranqülidade e de maior autovalorização em seguida à atividade.
 
Não era só que esses comportamentos de dedicação proporcionassem uma interação benéfica em termos emocionais; concluiu-se também que "tranqülidade dos que ajudam" estava associada ao alívio de uma variedade de transtornos físicos relaciondos ao estresse.
 

Embora as provas científicas ratifiquem nitidamente a posição do Dalai Lama quanto ao valor prático e muito real da compaixão, não é preciso contar apenas com experimentos e pesquisas para confirmar a veracidade dessa opinião.
 
Podemos descobrir os fortes laços entre os cuidados, a compaixão e a felicidade pessoal na nossa própria vida e na das pessoas que nos cercam.
 

"Ao gerar compaixão, iniciamos pelo reconhecimento de que não queremos o sofrimento e de que temos um direito á felicidade.
 
Isso pode ser verificado e legitimado pela nossa própria experiência.
 
Reconhecemos, então, que outras pessoas, exatamente com nós, também não querem sofrer e têm direito à felicidade. Isso passa a ser a base para começarmos a gerar a compaixão."
 
(Dalai Lama)

Howard C. Cutler, in
A arte da felicidade - um manual para a vida

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