Enquanto você lê este texto, o planeta arrasta-se lentamente em direção ao Pólo Norte.
Porém, esse deslocamento ao Norte, apesar de maior do que o esperado, só tem alguns efeitos menores sobre satélites, e nenhuma consequência aos seres humanos.
Os cientistas acreditam que a mudança da superfície da Terra é em grande parte devido ao derretimento da camada de gelo que cobria a maior parte do Canadá e uma parte do norte dos Estados Unidos durante a última Era Glacial.
Para calcular o deslocamento, os cientistas combinaram dados de satélites da NASA sobre gravidade, medições de GPS dos movimentos da superfície global e um modelo desenvolvido pela NASA que estima a massa de oceano da Terra a partir de qualquer ponto do fundo do oceano.
Os pesquisadores descobriram que o deslocamento da massa de água em todo o mundo, combinada com a chamada repercussão pós-glacial, está mudando a superfície da Terra em relação ao seu centro de massa em 0,88 milímetros por ano em direção ao Pólo Norte.
A recuperação pós-glacial é a resposta da parte sólida da Terra ao recuo das geleiras e a consequente perda desse peso.
Como as geleiras recuaram no final da última Idade do Gelo, a terra que estava sob esse gelo começou a subir, e continua a fazer isso até hoje.
As estimativas anteriores eram de 0,48 milímetros por ano.
Segundo os pesquisadores, enquanto esse movimento ascendente do centro da Terra for de menos de um milímetro por ano, isso não terá qualquer impacto sobre a vida no planeta.
Mas, se fosse algo parecido com um centímetro, então haveria uma enorme quantidade de mudanças.
No passado, os cientistas criaram modelos que previam que, em relação ao centro de massa da Terra, a crosta sólida na superfície devia estar se movendo para o norte.
Atualmente, os dados concretos recolhidos pela pesquisa apóiam a previsão do modelo.
Apesar desse movimento não ter um impacto em nossas vidas, os pesquisadores dizem que poderia afetar o rastreamento de naves espaciais.
Além disso, esse deslocamento pode dizer mais sobre como a Terra se deforma sob tensão.
[LiveScience]
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