0.2010
as 20:49
Pesquisadores
têm novas pistas de como o câncer se espalha pelo corpo.
Um novo estudo mostrou
que células do estroma, que permitem crescimento dos tumores, acompanham as
células cancerosas quando elas “viajam” na corrente sanguínea para novos locais
no corpo.
As
conclusões têm implicações para todos os tumores sólidos e pode levar a
tratamentos mais eficazes para alguns dos tipos de câncer mais agressivos.
Os pesquisadores
descobriram que células estreladas hepáticas (CE) que “habilitam” tumores
primários têm a capacidade de invadir os vasos sanguíneos e viajar através da
corrente sanguínea para locais distantes, onde elas criam um ambiente favorável
para as células cancerosas crescerem.
Essa
descoberta contesta a crença predominante de que a metástase é o único jeito de
preservar as células cancerosas.
Antes, presumia-se que apenas as células
cancerígenas viajavam em metástase.
Pela primeira vez, foi provado que as
células hepáticas também viajam, em conjunto com as células cancerosas, como se
o câncer levasse uma bagagem que lhe permite se estabelecer em um novo lugar
mais rápido e confortavelmente.
Em 2008,
pesquisadores identificaram as CE como a causa do crescimento fibroso, ou
estroma, em tumores pancreáticos.
Eles descobriram que a CE levou os tumores a
crescer muito mais rápido e a ficarem maiores, além de resultar em mais
metástase.
No estudo
recente, os cientistas utilizaram uma abordagem de incompatibilidade de gênero
para verificar se essas células realmente migravam.
Uma linha feminina de
câncer e uma linha masculina de células estreladas hepáticas foram injetadas no
pâncreas de ratas.
Após sete semanas, todas as ratas tinham nódulos
metastáticos com a presença de cromossomo Y positivo (masculino).
Estes só
poderiam ter vindo do tumor original e das células estreladas masculinas.
Para os
pesquisadores, agora o desafio é impedir que as CE cooperem com as células
cancerosas hepáticas não apenas no local primário do tumor, mas também para
impedir ou diminuir o crescimento do câncer em outros locais do corpo.
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