terça-feira, 30 de outubro de 2012
HAJA LUZ - FASCÍCULO N° 9 (QUINTA PARTE )
PRINCIPIOS FUNDAMENTAIS -
FASCÍCULO N° 9 (QUINTA PARTE )
12 – O DESENVOLVIMENTO DE UM ELOHIM, DESCRITO PELO BEM-AMADO ELOHIM DA PAZ
O desenvolvimento de um Elohim processa-se através do reino dos elementais (El-e-ment significa “espírito divino”).
Cada um de Nós começou Sua carreira como um minúsculo ser elemental – e pertenceu, há muitíssimos anos, a diversos sistemas, na Via-Láctea ou Galáxia.
Eu Me encontrava sob a forma de um ser elemental que segue exatamente a ordem da Criação.
Muitas vezes já observastes, na atmosfera envolta na Luz Universal, os elementais, sem os reconhecerdes.
Não vos pareceu que esses minúsculos elétrons, ao sol, andassem de cá para lá, sem rumo?
No início da Criação lhes é dada completa liberdade, pois eles deverão alegrar-se por si mesmos. Muitos povos imaginam o céu como sendo um lugar de “eterna alegria”, de “eterna paz” e, geralmente, de “fazer o que nos agrada”.
Essas pessoas estão distantes da realidade; esse conceito não corresponde a uma visão iluminada e progressista.
Previno-vos com antecedência: o futuro não é estático! Já vão distantes aqueles supostos ou sonhados dias do Paraíso ou “Jardim do Éden”!
Há muito e muito tempo fui um daqueles minúsculos seres elementais que, na Minha Galáxia, flutuavam de lá para cá.
Sempre que Eu sentia prazer, alçava-me nos raios de luz que irradiassem de qualquer ser que Eu mal conhecia.
Muitas vezes, flutuei no dorso de um dos grandes raios que intentavam ser parte de uma estrela ou outra criação divina.
Não conhecia qualquer obrigação ou responsabilidade.
Essa liberdade é concedida a qualquer criação divina, bem como aos elementais.
Após a criação de suas presenças EU SOU, foi-lhes permitido atravessar as sete esferas de Sua Divindade para poderem descobrir qual das atividades mais lhes interessava.
Era-lhes permitido permanecer em cada Templo e aos pés de cada Mestre pelo tempo que desejassem.
Também foi dada essa liberdade aos anjos.
Após sua criação, participaram da Glória e da Luz do seu Criador.
Talvez façam parte duma qualidade de fé, esperança, bondade ou uma outra virtude divina, de acordo com seus desejos. Estes anjos vivem em Templos de sua própria escolha; recebem os raios correspondentes e lá permanecem.
Um dia, repentinamente, veio-Me uma sensação nova, da qual cresceu o desejo de ser conscientemente uma parte na Criação.
Quando surge ou desperta no ser um desejo desses, significa isso o nascimento do Primeiro Raio, que eqüivale a esta resolução: “EU QUERO FAZER ALGUMA COISA”.
Assim me aconteceu.
Então procurei alguém que me dissesse o que deveria fazer.
Encontrei um ser que Me indicou o Templo da Natureza, onde tive a permissão de aprender como se produzem, por exemplo, determinadas formas de flores.
Juntamente com outros seres que, como eu, tinham esse propósito e deveriam aprender sob a orientação do Devas que se tornaram Nossos instrutores, fui conduzido ao Altar, onde deveríamos manter ou sustentar as formas-pensamento que Nos fossem indicadas.
Essa primeira tarefa, após Meu ingresso como discípulo nesse Templo da Natureza, consistia na formação de uma flor amarela de cinco pétalas.
Esse primeiro trabalho jamais esquecerei! Nessa classe, éramos cerca de duzentos alunos, e todos igualmente responsáveis como Eu. Ouvíamos, fora do Templo, música suave; o ar era fresco e agradável.
Maravilhosos seres de luz pairavam na atmosfera. Nós os víamos através das janelas, e posso dizer-vos: a manutenção e sustentação do modelo da flor era muito monótona.
O Deva estava no altar e manifestava de si o modelo que deveríamos executar.
Procurava captar os nossos pensamentos, para enviá-los à concentração da flor.
Logo percebi que somente o “querer fazer alguma coisa” não era suficiente.
Também era necessário estudar o conteúdo dos outros seis degraus da Criação, para a conclusão da atividade.
Num instante, Meu espírito sentiu uma certa faculdade de percepção e Eu pensei: si, isto é realmente uma parte da Criação.
Repentinamente, compreendi também o que o Deva desejava: Eu deveria fazer uma experiência.
Até aquele momento, Eu só recebera alegria do aroma, das cores e simetria das formas, mas nunca tivera a sensação de algum desejo próprio que sobressaísse.
Mas quando a faculdade de percepção tomou conta de Mim, veio-Me o desejo de realizar, conscientemente, as experiências. A primeira forma que tentei criar tornou-se, naturalmente, uma deformação: resultou numa coisa quadrada! Não possuía número suficiente de pétalas, nem o verdadeiro perfume; e assim que Eu desviava Minha atenção, rapidamente desaparecia a flor.
Os outros discípulos também não estavam muito concentrados nas suas tarefas.
Mas aqueles que realmente a tomavam a sério, podiam finalmente avançar até o espaço mais próximo do altar.
Continuávamos, procurando assimilar os ensinamentos, e tornávamos a experimentar até compreendê-los.
Um dia surgiu em Minhas mãos uma pequena flor amarela e Eu fiquei imensamente feliz por esse acontecimento.
Dessa vez, consegui o número exigido de pétalas, o aroma correspondente e a verdadeira cor. Justamente quando estava pronto para mostrar a flor ao Deva, flutuava pela janela um arcanjo e Minha atenção foi desviada pela Sua luz irradiante.
Quando olhei novamente para Minhas mãos, para contemplar a flor, ela havia desaparecido!
Como vêem , houve uma falta de concentração.
Os Devas-Instrutores não falam.
Dão as suas instruções por meio de irradiações.
O nosso Deva transmitiu-nos o pensamento de que, em todas as primaveras, em algum Planeta encantador, sob a orientação de um Elohim, proporcionássemos uma beleza e perfeição adicionais para abençoar a evolução das almas viventes, o que aconteceria se fôssemos capazes de, conscientemente, produzir aquela flor.
Ao refletir sobre esse caso, nasceu-Me, pelo Meu esforço, o AMOR.
Eu desejei ardentemente criar aquela pequena flor com toda sua perfeição e dotada de suficiente perfume e beleza!
Também desejei preservá-la por muito tempo, para que Eu, por meio dela, pudesse realmente abençoar qualquer parcela de vida.
Este foi o Terceiro Aspecto da Divindade, a saber, o AMOR.
A seguir, então, esqueci-me de Mim mesmo; nada mais poderia Me distrair, pois Eu só tinha um desejo: CRIAR A FLOR.
O que aconteceu? Recebi uma incumbência!
Aqui quero deixar dito: os Devas não atribuem tarefa nenhuma a alguém, por menor que seja, sem primeiro terem a certeza de sua capacidade de persistência para executar o trabalho, mesmo que se trate de criar uma flor de macieira.
Nesta nova tarefa, participaram cerca de setecentos discípulos.
Foi-Nos determinada a ornamentação de uma árvore.
Aquela flor amarela que Eu precisava criar não existe em vossa Terra; também não possuís a respectiva árvore.
Agora vem uma nova lição que Eu não aprendi imediatamente.
Nosso Instrutor chamou-me a atenção: iríamos ver várias espécies de árvores daquele Planeta, quando chegasse a hora de irmos até lá, com o grande Deva das árvores.
Ele nos advertiu e nos indicou o critério de observar exatamente nossa flor individual, para que ela não se assemelhasse à flor duma outra árvore, ou de um outro arbusto.
Eu, porém, esqueci Sua advertência.
Via flores cor de rosa, azuis e brancas; e enquanto Me entregava à contemplação delas, não retinha sob Meus próprios olhos a flor determinada.
Como resultante disso, não consegui realizar absolutamente nenhuma manifestação.
Portanto, foi necessário aprender Minha Quarta lição: Eu precisava manter a PUREZA do modelo divino que, no início, me fora dado.
Enfim, ao voltarmos novamente à nossa sala de aula, no Templo da Natureza, nenhum de nós se sentiu particularmente orgulhoso, pois todos cometêramos erros em nossas tarefas.
Os Devas que distribuem os trabalhos preparam esses eventos por causa do excesso de seres elementais que constantemente estão presentes, em número superior ao necessário.
Por esse motivo, o trabalho em que falhamos pode ser efetuado até o fim, por outros seres elementais.
Posso dizer-lhes que Eu, livre e espontaneamente, não Me apresentei às próximas experiências! Porém, Eu estava resolvido a manter e sustentar o modelo da flor amarela, até que conseguisse criá-la com inteira perfeição.
Finalmente, não foi preciso apresentar-me.
Um dia, disse-me o Meu Deva-Instrutor: “Podeis ir novamente e experimentar”.
Desta vez, fechei meus olhos e sentidos e não permiti que Minha atenção fosse desviada.
Só queria uma coisa: A FLOR AMARELA!
Mas houve ainda uma falha: por escassez de persistência, aconteceu que as pétalas da flor caíram antes de terminar a primavera!
Portanto, foi preciso aprender também a Quinta atividade, a PERSISTÊNCIA na concentração, antes que Eu fosse chamado de volta pelo Deva.
Como as pétalas caíram antes do tempo, por falta de Minha perseverança, atrasei-Me um mês inteiro em relação aos meus colegas.
Devo dizer que, por vergonha, passei algum tempo sem freqüentar o Templo.
Percorria o átrio, de cá para lá e vice-versa, mas não Me animava a entrar. Finalmente, entrei.
Acho que vós também conheceis esta sensação.
Onde quer que estejais e tudo que queirais fazer espontaneamente, um dia tereis de realizar. Exatamente como entre nós, se dá com os homens, que também desperdiçam tempo e força; um dia terão e acabar com esse modo de viver, pois cada um tem um Plano Divino por cumprir.
Cedo ou tarde, cada um – talvez arrastando as penas – terá de voltar para cumprir o primitivo plano.
Ao nos encontrarmos novamente reunidos perante o Deva, no Templo da Natureza, sentei-Me bem atrás, na última fila.
Tinha a esperança de não ser notado, pois era de pequena estatura.
Ao mesmo tempo Eu pensava: nunca mais irei lá fora para uma nova experiência.
Simplesmente ficarei aqui.
Pois bem, disse o Deva-Instrutor, agora teremos de aprender a lição do ritmo.
Assim, aprendi a manter firme a pureza da forma e perseverar no Meu posto, até que fosse chamado de volta pelo Ser que me enviara.
ISSO FOI A PERSEVERANÇA.
Em seguida, com espanto de Minha parte, fiquei sabendo que, em todas as primaveras, seria enviado ao mundo externo. Oh Meu Deus!
Pensava eu, sair ao mundo exterior seria a minha maior realização.
Mas no aprendizado do ritmo reconheci e compreendi: flor amarela – flor amarela – flor amarela – sempre e sempre, em cada primavera!
Nem quero insistir em vos dizer em quantas primaveras fui uma flor amarela.
Ser uma flor amarela até dúzias de vezes foi para Mim uma novidade, e dava-Me grande satisfação.
Mas, em todas as primaveras?
Por fim, isso me parecia uma “amolação”! Obediência! Obediência!
Obediência até o fim!
O último degrau da criação que Eu deveria aprender foi a MANUTENÇÃO DA PAZ!
Quando o Deva Me disse, pela última vez, que eu deveria ser novamente uma flor amarela, quase perdi todo o meu progresso conquistado!
Deveis saber que Meus amigos e colegas de classe já se haviam tornado lindos arbustos, árvores e flores maravilhosos, e outras belas criações, mas Eu ainda era uma pequena e insignificante flor amarela.
Podeis ver como era necessário que Eu aprendesse a MANTER A PAZ.
Então refleti: Eu já havia sido, numa época muito distante, a própria PAZ.
Se fordes uma daquelas modestas flores amarelas, quero prevenir-vos: MANTENDE A PAZ.
Talvez algum dia sereis o sol de algum sistema!
Quem sabe qual o uso que ireis fazer de vosso livre-arbítrio?
Em minha última saída, abandonei, definitivamente, todas as Minhas opiniões.
Sim, fiz isso realmente, dizendo comigo: se Deus o quer, serei por toda a eternidade uma flor amarela!
Essa foi a Minha última saída para a natureza.
Minha completa resignação e dedicação trouxeram-Me a liberdade.
Ao voltar ao meu Deva, no Templo da Natureza, ele me coroou com a vitória pelo Meu trabalho secular.
Fui elevado à categoria de Deva.
Longo tempo servi, com crescente eficiência, até que recebi Minha iniciação como Elohim.
Mais tarde, quando Nos foi oferecida a oportunidade, através de Hélios e Vesta, de contribuir para a criação desta querida Terra, aliei-me livremente aos outros seis Elohim, a fim de cumprirmos a tarefa. Servíamos em mútua camaradagem e com a alegria da própria criação.
A trajetória de um Elohim, através da atividade em todos sete degraus, desde o começo como um pequeno ser elemental até a construção da forma, pela qual ele aos poucos vai sempre e cada vez mais ampliando sua consciência, é o mesmo trajeto pelo qual um insignificante querubim se torna um grande Deva da Luz.
Também as almas não esclarecidas passam pelas mesmas etapas ou degraus, até que despertem e cada uma consiga tornar-se um Ser Ascensionado de Amor, Luz e Perfeição.
Não há, em parte alguma, possibilidade de fuga desses “sete degraus”.
Existem espécies de seres que logo reconhecem, aceitam e dominam rapidamente a seqüência deles; outras, porém, precisam de mais tempo para a conclusão desse aprendizado.
Acreditai, Eu posso relatar esses acontecimentos!
Penso que fui um dos mais vagarosos alunos de todos os grupos que junto comigo começaram os estudos. Porém, se nada mais aprendi, de uma coisa estou certo: assimilei o que seja MANTER A PAZ E VIVER NA SABEDORIA DA LEI!
Eu vos agradeço a bondade e amabilidade de vossa atenção e amor!
Mas, por favor, pensai sempre nisto: A PAZ É UM PODER POSITIVO!
Eu, que palmilhei este caminho da evolução muito antes e vós, estou às vossas ordens.
Eu vos dou, agora, o melhor de Minha bênção!
Que sejam perfeitas todas as vossas precipitações!
Que vossas “flores” maravilhosas e vosso esforço divino se realizem no SANTO NOME DE DEUS!
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