Sem dúvida esse é um dos assuntos mais polêmicos e mais debatidos desde que a humanidade começou a se interrogar sobre sua origem.
E para restringir um pouco a polêmica, abordarei a descoberta de vida em outros planetas em suas formas mais primitivas: bactérias, protozoários, fungos, algas, musgos, etc.
Deixarei o debate sobre a equação de Drake, paradoxo de Fermi e outros aspectos da possibilidade de civilizações extraterrestres tecnologicamente evoluídas para mãos especializadas – os ufólogos.
Colocada esta condição de contorno, ouso fazer minha aposta:
- Até 2020 a ciência oficial irá anunciar a descoberta de vida extraterrestre.
Provavelmente um organismo extremófilo a ser encontrado em alguma caverna de Marte ou em um dos célebres satélites de Júpiter e Saturno (tais como Europa ou Titã respectivamente), cujos oceanos, mesmo a baixíssimas temperaturas poderiam muito bem abrigar um extremófilo policelular, como o krill antártico, por exemplo.
Apenas recordando nossas aulas de biologia, é considerado extremófilo todo o organismo cujo habitat encontra-se em condições geoquímicas extremas, prejudiciais à maioria das outras formas de vida na Terra, tais como fontes de água muito quente ou muito gelada, rios, lagos ou mares muito salinos, muito ácidos ou muito alcalinos, pântanos (onde produzem metano) ou ambientes ricos em gás sulfídrico, arsênio, ou com extremos de temperatura ou com elevada radioatividade.
Listo aqui alguns exemplos:
- Micro-organismos do domínio Archea que se assemelham às bactérias e são encontrados nas águas ferventes da maior fonte geotermal do mundo o “Grad Prismatic Spring” (foto) do parque nacional de Yellowstone (EUA).
- Verme de Pompéia (Alvinella pompejana): um poliqueta vermiforme extremófilo, encontrado em águas profundas, especificamente em fontes hidrotermais do Oceano Pacífico.
- Insetos da ordem dos Grylloblattodea que vivem em dobras de bancos de neve e cavernas de gelo e geralmente em elevadas altitudes.
- Bactérias da família Halomonadaceae encontradas no lago Mono (EUA), de altíssima salinidade e rico em um célebre veneno – o arsênio.
- Krill antártico – um artrópode, primo do camarão, que sobrevive em águas cujas temperaturas estão próximas de 0oC e mesmo assim representa, em termos de biomassa, uma das espécies mais bem sucedidas em nosso planeta.
- Fungos radiotróficos que usam a radiação gama para viver da mesma forma que as plantas utilizam a luz, tais como as espécies Cladosporium sphaerospermum, Wangiella dermatitidis e Cryptococcus neoformans que foram encontrados recentemente formando uma espécie de bolor nos restos mortais do reator de Chernobyl na Ucrânia e sobrevivem em um ambiente cujo nível de radiação é pelo menos 500 vezes maior que o normal.
Eu fiz minha previsão.
Qual é a sua?
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LEIA SOBRE O LIVRO A COR DA TEMPESTADE do autor deste artigo
Navegando entre a literatura fantástica e a ficção especulativa Mustafá Ali Kanso, nesse seu novo livro “A Cor da Tempestade” premia o leitor com contos vigorosos onde o elemento de suspense e os finais surpreendentes concorrem com a linguagem poética repleta de lirismo que, ao mesmo tempo que encanta, comove.
Seus contos “Herdeiros dos Ventos” e “Uma carta para Guinevere” foram, em 2010, tópicos de abordagem literária do tema “Love and its Disorders” no “4th International Congress of Fundamental Psychopathology.”
Foi premiado com o primeiro lugar no Concurso Nacional de Contos da Scarium Megazine (Rio de Janeiro, 2004) pelo conto Propriedade Intelectual e com o sexto lugar pelo conto Singularis Verita.
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