Olhem só para a minha vida!
Devia eu estar a sentir gratidão, ou será que fui enganado?
Estará o copo meio-vazio ou meio-cheio?
Posso queixar-me por as roseiras terem espinhos, ou posso estar grato por alguns arbustos espinhosos darem rosas.
A nível puramente intelectual ou «científico», estas duas atitudes são equivalentes.
Mas, na vida real, faz uma diferença enorme qual escolhemos.
Quando a imagem que temos de nós próprios em relação ao mundo nos retrata como vítimas, o sentimento de impotência que daí resulta é transmitido através de todo o sistema.
A conseqüência física disto pode ser a falha ou colapso de um órgão ou de um sistema de órgãos.
Quer sintamos gratidão e opulência, ou perda, privação e ressentimento, é criado um estado químico interno correspondente.
Este estado, por sua vez, gera comportamentos característicos – saúde ou doença, autoridade/impotência, realização/descontentamento, sucesso/fracasso.
No meu exercício médico (medicina de mente/corpo), a importância da gratidão é notoriamente clara de um ponto de vista psicofisiológico – as pessoas gratas curam-se mais depressa; elas são capazes de eliminar comportamentos nocivos das suas vidas com maior facilidade; elas são mais felizes.
Em vinte e tal anos de exercício, fiz uma descoberta interessante.
Há uns que aproveitam o que aprendem comigo para fazer alterações profundas nas suas vidas; há outros, cujos sintomas e doenças são exatamente os mesmos, que têm dificuldade em curar-se ou mudar os seus comportamentos.
Os pacientes que estão gratos pelas sessões que temos, que reconhecem a energia e a concentração que lhes dou, são aqueles que se dão bem.
Aqueles que têm suspeitas e desconfianças, que acham que as sessões deviam ser mais longas ou menos dispendiosas, que se perguntam se estarão a ser «enganados», demoram muito mais tempo a mudar.
E óbvio, pela seqüência de acontecimentos, que a gratidão (ou falta dela) vem primeiro.
O modo como vemos o mundo modela as nossas respostas aos desafios que a vida nos apresenta.
Um sentido de gratidão dá-nos poder para escolhermos com sensatez… como nos sentimos, o que dizemos, aquilo em que acreditamos, o que fazemos.
Que absurdo é da nossa parte, os americanos, que somos mais ricos e consumimos dez vezes mais os recursos do que 95 por cento da população mundial, que, em média, vivemos mais vinte e cinco anos do que os nossos bisavós, que nos deleitamos com a nossa liberdade pessoal e potencial, concentrarmo-nos no «meio-vazio».
A gratidão leva-nos a ver o que está disponível, o que pode desenvolver-se.
Afinal, não há nada com que trabalhar na parte vazia do copo.
Sem a atitude de gratidão, resulta um sentimento de privação bem conhecido, por exemplo, dos 60 por cento de americanos obesos. De um modo semelhante, os fumadores, alcoólicos e toxicodependentes – cuja qualidade de vida se deteriora continuamente – são incapazes de pôr em prática as escolhas aparentemente simples que eles dizem e verdadeiramente acreditam que querem fazer.
Essas pessoas estão num estado involuntário de negação – uma negação da riqueza que possuem dentro deles.
A tomada de consciência da plenitude do Eu tornaria indistintas, em comparação, as suas compulsões.
Sem a sensação de quem realmente somos, é difícil discernir o verdadeiro valor de qualquer coisa que tenha lugar na nossa vida, a não ser ao nível direto e transitório da gratificação imediata.
Círculo Vicioso, Círculo Virtuoso
Quando nos sentimos gratos, interagimos com outras pessoas a partir da nossa plenitude; elas sentem-se reconhecidas e são atraídas pela nossa energia.
O ressentimento, a amargura e a vitimização tendem a repelir as pessoas, e nós passamos a ter menos apoio dos outros.
De um modo semelhante, quando a nossa falta de gratidão leva à impotência e à doença, sentimo-nos «enganados» por a nossa saúde estar a ir por água abaixo, enquanto outros se divertem.
Gratidão Aprendida
No campo da psiconeuroimunologia, temos agora a certeza de que as emoções, as convicções e as interpretações (o nosso mapa do mundotêm um efeito profundo no funcionamento do corpo, incluindo a possibilidade de ficarmos doentes ou resistirmos à doença.
Mais dramáticos são os estudos sobre a «impotência aprendida».
Quaisquer que sejam os desafios ou crises na nossa vida, se nos sentirmos impotentes em relação a eles, temos muito mais probabilidades de ficar doentes.
O estado de espírito a que chamamos gratidão não é inato, na minha opinião, mas sim uma coisa que aprendemos, A gratidão tem a ver com sentirmo-nos plenos, completos, adequados – temos tudo o que precisamos e merecemos; abordamos o mundo com uma sensação de valor.
E a experiência da quantidade de realização que é possível que nos leva a uma capacidade de gratidão.
Sem gratidão, a tendência é para nos sentirmos incompletos, enganados, deficientes – numa palavra, impotentes.
Se não teve a sorte de ter aprendido a atitude da gratidão em criança, pode sentir-se, de tempos a tempos, a cair no desespero, ressentido e não abençoado.
Isso ainda acontece comigo, por vezes, e quando acontece, recordo-me simplesmente das minhas razões para fazer as coisas que faço, a minha missão e visão pessoal da vida, com gratidão,
Pode demorar um pouco, mas com concentração interior e imagética, a minha atitude altera-se sempre.
Afinal, tal como você, «Eu sou o que penso».
Louise L. Hay
Fonte: http://contadoresdestorias.wordpress.com
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sábado, 18 de janeiro de 2014
GRATIDÃO: UMA ATITUDE DE CURA
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