segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

DIWALI: LUZES QUE NÃO OFUSCAM




HUMBERTO MENEGHIN

Celebrado na Índia e em vários países do oriente e também em algumas partes do ocidente, Diwali ou Dipavali, o Festival das Luzes, cujo significado literal é “fileira de lâmpadas”, tem como fim específico festejar o triunfo do bem sobre o mal. Parece tolo dizer que para afastar o mal e o bem triunfar basta acendê-las e quanto mais melhor.

No entanto, essas pequenas luminárias feitas de barro, conhecidas por diyas cujas chamas surgem do óleo nelas colocados são expostas pelos devotos em suas casas, lugares públicos e em lojas comerciais, tudo para que a Deusa Lakshmi se faça presente.
Diwali, o festival mais aguardado pelos hindus se inicia exatamente às 19h08 do dia 13 de novembro deste ano de 2012, quando a Lua se tornar Nova.

Para muitos hindus esse festival das Luzes, que se estende por cinco dias, neste ano até o dia 17 de novembro, é uma das boas oportunidades para se cultuar Lakshmi, a Deusa da prosperidade e da boa fortuna, sendo altamente auspicioso iniciar um empreendimento comercial neste período.

 
Durante o Diwali, mesmo que as Luzes das lamparinas brilhem em toda parte e atraiam a atenção de todos e dos insetos, também é hora de limpar a casa para se livrar do que não é mais necessário e, ainda, vestir roupas novas, compartilhar doces e frutas secas com os devotos e apreciar os fogos de artifícios colorirem o céu da noite.
 

Curiosamente, no norte da Índia, durante o Diwali também se comemora o retorno à Ayodhya de Rama e Sita, que esteve no exílio por quatorze e que após a derrota de Ravana foi coroado como rei.
No Nepal, o Diwali celebra a vitória de Krishna sobre o rei Narakaasura, enquanto que em Bengala a festividade está associada à Deusa Kali.
 
Ganesha não é esquecido e rangolis, ou seja, mandalas feitas pelo chão com pasta de arroz, na sua grande maioria expressam o desenho da flor de Lótus.
 
 
No contexto espiritual festejar o Diwali para os hindus e para aqueles que simpatizam com a sua cultura não se atém apenas à conquista do sucesso material trazido por Lakshmi; mas, é sobretudo uma boa oportunidade para o devoto refletir e reconhecer que a Luz da sua própria consciência se expande pelo autoconhecimento que se adquire e que se experiência, Luz essa que quando se cristaliza jamais poderá ser ofuscada pela ignorância que por vezes insiste em permanecer no âmago do Ser.
 
Harih Om!

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