quinta-feira, 22 de novembro de 2012
“Profecias” sobre o “fim do mundo” em 2012 e alarmismo danoso
Estaríamos
nas vésperas do início do fim do mundo?
Confusas e contraditórias “profecias” – misturando argumentos
pseudocientíficos, exageros, superstições, Nova Era e Science fiction – dizem
que sim e apontam para o ano de 2012.
Alguém poderia perguntar se, em meio a tanta charlatanice, não haveria nelas
algum conteúdo de verdade.
De fato, os tsunamis de desordem e imoralidade que assolam a Terra inteira
não poderiam ser interpretados como o início dos formidáveis abalos morais e
celestiais de que fala o Apocalipse?
“Um grande
terremoto, o sol se escureceu como um tecido de crina, a lua tornou-se toda
vermelha como sangue e as estrelas do céu caíram na terra, como frutos verdes
que caem da figueira agitada por forte ventania.
O céu desapareceu como um
pedaço de papiro que se enrola e todos os montes e ilhas foram tirados dos seus
lugares” (Ap. 6-12ss).
As obscuras “profecias” sobre 2012 chegam a apavorar e confundir os
espíritos.
Entretanto, uma coisa é certa: o fato formidável e único do fim do
mundo jamais aconteceria sem que antes Deus enviasse avisos e sinais
inteligíveis aos homens de Fé.
E até para aqueles de consciência reta que são susceptíveis de receber a Fé
nos terríveis eventos terminais da História.
Ora, avisos e sinais do Céu não têm faltado à nossa época.
Os
principais dentre eles foram analisados e aprovados pela Igreja e contêm duas
notas distintivas.
Primeira:
nunca deixam de verberar o pecado que inunda a Terra como o verdadeiro culpado
dos cataclismos vindouros.
Segunda:
anunciam como desfecho a conversão dos homens e a inauguração de um novo período
histórico no qual o Evangelho e a Igreja Católica reinarão sobre uma humanidade
regenerada e com renovado fervor na Fé.
Será o Reino do Coração Sapiencial e
Imaculado de Maria nos corações e nas sociedades.
Segundo essas mensagens, as grandes catástrofes que podem advir terão
um caráter corretivo além de punitivo, afastando qualquer ideia de extinção da
Terra e da humanidade.
Numerosos e concludentes, os anúncios do Céu vieram por meio de Santos, de
Papas e da própria Mãe de Deus. Vejamos alguns dos mais taxativos entre eles,
declarados isentos de erro contra a Fé ou contra a moral pela suprema autoridade
da Igreja.
O falso alarmismo aduz “argumentos científicos”.
Acena com “profecias” que
haveria nas pirâmides maias, fala de alinhamento dos planetas em dezembro, da
inversão dos polos magnéticos, da explosão de supervulcões adormecidos, da
chegada de tempestades solares devastadoras, da aproximação de um enigmático
planeta “Nibiru” ou de grandes asteroides capazes de destruir a vida na Terra,
etc..
Esses “argumentos científicos” pouco ou nada têm de científico e enquanto
argumentos carecem
de seriedade e de lógica interna
.
São Luís Maria Grignion de Montfort: Reino de Maria após um
dilúvio de fogo
Poucos santos falaram com tanta luz profética e precisão de linguagem quanto
o máximo doutor marial do catolicismo, o francês São Luís Maria Grignion de
Montfort (1673–1716).
Sua imagem, aliás, foi instalada na nave da Basílica de São Pedro por vontade
dos Papas.
Na sua famosa “Oração Abrasada”, o santo anuncia nestes termos a restauração
da Igreja, após uma purificação de nossa era pecaminosa:
“Deixareis tudo
assim ao abandono, justo Senhor, Deus das vinganças? Tornar-se-á tudo afinal
como Sodoma e Gomorra? (…) Não mostrastes antecipadamente a alguns de vossos
amigos uma futura renovação de vossa Igreja? Não devem os judeus converter-se à
verdade? Não é esta a expectativa da Igreja? (…)
Todas as
criaturas, até as mais insensíveis, gemem sob o peso dos pecados inumeráveis de
Babilônia e pedem a vossa vinda para restabelecer todas as coisas: omnis
creatura ingemiscit” (Rom 8, 22).
Na mesma oração, o ardoroso doutor mariano explica o fundo teológico dessa
visão profética:
“O reino especial
de Deus Pai durou até o dilúvio e foi terminado por um dilúvio de água; o reino
de Jesus Cristo foi terminado por um dilúvio de sangue; mas vosso reino,
Espírito do Pai e do Filho, continua presentemente e será terminado por um
dilúvio de fogo, de amor e de justiça.
Quando é que virá
esse dilúvio de fogo de puro amor que deveis atear em toda a Terra de um modo
tão suave e tão veemente, que todas as nações, os turcos, os idólatras, e até
mesmo os judeus hão de arder nele e se converter? …
Enviai à Terra
esse Espírito todo de fogo, para nela criar sacerdotes todos de fogo, por cujo
ministério seja renovada a face da Terra e reformada a vossa Igreja”. (in
“OEuvres Complètes”, Éditions du Seuil, Paris, 1966, 1905 pp., págs.
675-688)
Para realizar essa tarefa, São Luís Maria profetizava a vinda dos Apóstolos
dos Últimos Tempos.
Neste ponto, o santo dava continuidade a muitos outros que previram a
aparição desses novos apóstolos: São Francisco de Paula, São Vicente Ferrer e
Santa Catarina de Siena, por exemplo.
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