quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Mediunidade

 

 

 

Qualquer pessoa que sente a influencia dos espíritos é médium.
A mediunidade é um dom inerente ao ser humano.
Possui inúmeros graus, desde leve sensibilidade à mediunidade ostensiva e bem caracterizada.

A mediunidade ostensiva não é privilégio e nem sempre beneficia pessoas boas, cultas ou inteligentes.
Alguns médiuns não tem escolaridade e psicografam belas mensagens de cunho espiritual elevado.
Como explicar isso?
O fenômeno mediúnico envolve o médium e um espírito desencarnado.

É uma tarefa para a evolução do médium e resgate de erros de vidas pregressas.
Ser médium não significa necessariamente que a pessoa seja espírita ou de alguma religião espiritualista.

Os médiuns estão em todas as religiões.

Há vários tipos de mediunidade:

  • Mediunidade de efeitos físicos:

Provocam efeitos tangíveis como ruídos, barulhos, sons ou deslocamento de móveis ou coisas. Os espíritos utilizam o fluido vital do médium para provocar aparições tangíveis nas sessões de materializações.
Os espíritos aparecem materializados enquanto o médium fica imobilizado em outra sala contígua.
O compartimento tem que estar às escuras e o ambiente harmonizado com orações.
Para evitar fraudes, o médium é sempre vigiado ou observado.

São fenômenos muito bonitos.
Geralmente, são espíritos grosseiros que se expressam através de ruídos, pancadas ou passos.
Algumas sessões de materializações são beneficiadas com a cura de pessoas doentes ou perturbadas.
Os espíritos se materializam preparam remédios e tratamentos.

Há dois tipos de médiuns de efeitos físicos: os facultativos e os involuntários.
Os facultativos sabem que tem o dom e os utilizam para o Bem.
Os médiuns involuntários não sabem que tem o dom mediúnico e ficam assustados com os fenômenos provocados.
Os médiuns de efeitos físicos são muito raros.

  • Médium sensitivo: são muito comuns.

Sentem uma presença ao seu lado, uma vaga intuição de que um espírito está presente.
São muito impressionáveis.
Podem ser intuitivos.

  • Médium vidente:

O médium vidente pode ver o espírito com a clareza e a precisão que vê uma pessoa encarnada. Alguns médiuns vêem com os olhos abertos e outros com os olhos fechados.
Vêem com os olhos d´alma.
Essa faculdade tem que ser analisada e observada.
Não confundir com excessos da imaginação.
O médium que tem mediunidade de vidência ostensiva vê com freqüência e seu dom é comprovado.
Alguns casos são passageiros.
Nesses casos, a pessoa , em certas fases da vida, vê vultos ou aparições em sua casa. Geralmente, são casos particulares.

  • Médium audiente:

Ele ouve os espíritos como se fosse uma voz interna ou voz propriamente dita.

  • Médium de pressentimentos:

São intuitivos e pressentem acontecimentos futuros.
A previsão do futuro pode ser inerente ao próprio médium ou devido a informações de espíritos desencarnados.

  • Médium de psicografia:

Escrevem por intermédio dos espíritos que utilizam sua mão e seu cérebro para filtrar as idéias. Os mais raros são os médiuns mecânicos.
Não tem idéia do que escrevem porque a escrita passa diretamente para o braço e não tem consciência do que estão escrevendo no papel.
Os médiuns semi-mecânicos tem consciência daquilo que escrevem mas também sente algum frêmito ou formigamento nas mãos.
Os mais comuns são os semi-mecânicos.
As idéias passam em seu cérebro e nas mãos ao mesmo tempo.
Chico Xavier foi um dos médiuns que mais se destacou através da mediunidade de psicografia mecânica.
No entanto, tinha vários tipos de mediunidade como: psicofonia, efeitos físicos e receitista de medicamentos homeopáticos.
Algumas pessoas relataram que sentiam aroma de rosas ou cheiro de éter quando estavam ao seu lado.

  • Médium falante:

Fala por intermédio dos espíritos que utilizam suas cordas vocais para transmitirem sua mensagem.
Podem ou não ter consciência daquilo que falam.
O espírito encosta no médium e transmite o seu recado.
Alguns ficam quase totalmente inconscientes.
Quando voltam do transe nada se lembram ou apenas têm uma impressão vaga.

  • Médium de cura:

São médiuns que curam pelo toque ou imposição das mãos.
Podem também incorporar espíritos que já foram médicos em vidas passadas.
O médium Arigó curava as pessoas através do espírito do médico alemão Doutor Fritz.
Ele incorporava o espírito do médico alemão.
Alguns médiuns de cura psicografam receitas de homeopatias e, às vezes remédios alopáticos.

Como saber se a Mediunidade é bem caracterizada e o médium precisa desenvolve-la?
Quando ela é bem ostensiva.
No início do desenvolvimento mediúnico, podem acontecer algumas perturbações passageiras como: ansiedade, nervosismo, insônia, incorporação de espíritos em qualquer lugar, tontura, enfim, uma série de sintomas.
Com o estudo orientado e a freqüência à casa espírita, os sintomas desaparecem e a mediunidade desabrocha.
O médium começa a trabalhar com seu protetor espiritual.
O médium tem que estar sempre vigilante para atrair a companhia salutar dos Espíritos Superiores.
Ler bastante, estudar e fazer o Bem.

Cultivar a Humildade.
O dom da mediunidade só existe com a presença dos espíritos.

A mediunidade não é uma doença e nem causa transtorno ou qualquer tipo de sofrimento.
Como qualquer dom precisa ser aprimorada e desenvolvida.
Para trabalhar na casa espírita, o médium tem que estar saudável e em pleno vigor das suas faculdades mentais.

Médium doente ou enfraquecido tem que repousar para estar apto novamente ao trabalho mediúnico.

A sensibilidade psíquica pode ser aprimorada para uma vida mais feliz e útil.

Se você tem sensibilidade mediúnica e sente alguns transtornos que estão prejudicando sua vida pessoal e profissional procure a orientação num centro espírita.

Estamos rodeados de espíritos por todos os lados.
Cabe a nós escolher nossas companhias espirituais.
Só vamos atrair aquelas que estão de acordo com nossa sintonia mental e espiritual.
Assim, como um ladrão somente atrai a companhia de outros ladrões.

E, nem sempre, a sensibilidade mediúnica de uma pessoa significa que deva desenvolver ou trabalhar mediunicamente numa sessão espírita.
Pode ser um caso passageiro que deve ser analisado e tratado.
Com o tratamento espiritual, os passes e a água fluida, muitos casos de obsessão são tratados e curados.
O que é uma obsessão?
É a influencia perniciosa de um espírito com a intenção de prejudicar a pessoa.
Pode ser intencional ou não.
A pessoa em questão começa a sentir uma série de perturbações nervosas e físicas. Compromete a pessoa como um todo e precisa de tratamento espiritual e emocional.

Boa leitura, repouso, passes e, se for o caso, tratamento psicológico, melhoram o estado emocional da pessoa e, aos poucos, os sintomas desaparecem.

Qualquer dúvida a respeito, procure se informar com uma pessoa especializada no assunto ou então vá a um centro espírita.
Não tenha receio de perguntar e não deixe que o véu do preconceito obscureça sua sede de conhecimento.
É através do conhecimento que filtramos aquilo que é útil ou não ao nosso progresso.

Boa sorte!

Bibliografia: O Livro dos Espíritos, Allan Kardec.

O Livro dos Médiuns, Allan Kardec.
Magnólia Francisca
 
 

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