domingo, 18 de outubro de 2020


  A BUSCA DA FELICIDADE NO LUGAR ERRADO 


Buscar a felicidade fora de nós mesmos é como tentar agarrar uma nuvem.

A felicidade não é uma coisa : é um estado mental. Precisa ser vivida, nem o poder mundano nem os esquemas de  ganhar dinheiro poderão jamais captar a felicidade. 

A inquietação mental resulta de uma percepção voltada para fora. E essa inquietação significa que a felicidade sempre se mostrará esquiva.  O poder temporal e o dinheiro não são estados da mente.  Uma vez obtidos,  apenas diluem a felicidade. Com certeza não a podem concentrar. 


Como as rosas passageiras, inúmeros seres humanos  aparecem diariamente no jardim da Terra. Na juventude, lançam botões frescos e cheios de esperança, acolhendo as promessas da vida e acenando com ansiosa expectativa para cada brisa de satisfação sensual. Depois — as pétalas começam a fenecer

e a esperança se transforma em desapontamento. 


No ocaso da  vida caem, emurchecidas pela desilusão.

Leve em conta o exemplo das rosas: tal é o destino dos  seres humanos que vivem pelos sentidos.

Analise, com a perspicácia nascida da introspecção, a  verdadeira natureza dos prazeres sensuais. Pois, mesmo  quando neles se compraz, você não sente no coração o arrepio da dúvida e da incerteza? Apega-se aos prazeres, mas  sabe, bem no fundo, que algum dia eles irão traí-lo.


Um exame atento mostra que a indulgência sensual na  verdade se ri de seus adeptos. O que ela oferece não é  liberdade, mas servidão da alma. A rota de fuga não está,  como muitas pessoas imaginam, nas estradas baixas e macias  de mais indulgência ainda e sim lá em cima, nas veredas  rochosas do autocontrole.


As pessoas se esquecem de que o preço da luxúria é o desgaste crescente de energia nervosa e cerebral, com o  inevitável encurtamento de sua perspectiva de vida.

Os materialistas se envolvem a tal ponto na tarefa de  fazer dinheiro que não conseguem relaxar e gozar seu  conforto, mesmo depois de adquiri-lo,

Como é insatisfatória a vida moderna! Basta examinar as pessoas à sua volta. Pergunte-se: elas são felizes? Note as expressões tristes em suas faces. Observe o vazio em seus olhos.


A vida materialista tenta a humanidade com sorrisos e garantias, mas só nisto é consistente: nunca deixa de, mais cedo ou mais tarde, quebrar suas promessas!


Do Livro - Como Ser Feliz o Tempo Todo 

Paramahansa Yogananda — com Maria Da Gloria Gomes.

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