sábado, 3 de agosto de 2013
LIDANDO COM NOSSOS PROBLEMAS
A primeira e grande
observação de magna importância para a compreensão e solução de problemas é que
eles pertencem e são causados pela própria pessoa que os tem.
Isto é
fundamental: seu problema é seu e ninguém é diretamente responsável por ele a
não ser você mesmo.
Essa colocação não retira o papel das influências
espirituais na base daqueles problemas e isso será tratado adiante.
Indiretamente vários fatores concorrem para que eles existam.
Mesmo aqueles
que são diretamente provocados por outras pessoas ou pela própria vida (pelo
destino), têm suas causas em aspectos desconhecidos ou negados da personalidade,
aí incluindo aquelas oriundas de atitudes de outras vidas.
Essa compreensão é
fundamental para o estabelecimento de estratégias para a solução deles.
Em
segundo lugar, deve-se aplicar a regra da ressignificação, isto é, nada é
totalmente como se pensa que seja.
O significado ou a leitura que se faz de um
conflito pode ser completamente diferente da realidade.
Um novo significado pode
ser de grande ajuda para sua solução.
Para essa nova visão é preciso recorrer a
alguém que possibilite essa outra percepção e que não seja parte do problema.
Quando assim se procede, estar-se-á ampliando a própria visão a partir das
percepções de alguém.
Por estar vivendo o problema perde-se, muitas vezes, a
visão de conjunto, o que impede
estabelecer cenários alternativos de soluções.
Em terceiro lugar,
deve-se aplicar a regra da solucionabilidade, isto é, nada é insolúvel e não há
problema algum que já não tenha se passado com alguém.
Isso possibilita a
certeza de que há algo mais além de se estar atravessando aquele determinado
problema que, certamente, tem solução.
Deve-se pensar assim: “Esse problema
surgiu em minha vida como uma forma de ensinar-me algo que ainda desconheço”.
A
solução pode estar mais próxima do que se imagina e ao alcance das próprias
possibilidades.
Em quarto lugar, é importante que se enfrente, e, para isso, é
preciso conhecê-lo bem, procurando entender todas as forças que concorrem para
que se torne um problema para si.
Deve verificar se suas causas não se encontram
em outras vidas, a partir da percepção de si próprio, da infância, adolescência
e vida adulta.
Caso constate que se trata de algo que venha de outra vida,
deve-se evitar repetir o equívoco que cometeu não permitindo deixar de resolver
o conflito.
Em quinto, o tempo está a favor e não se deve desesperar em busca de
soluções mágicas e imediatas.
Muitos dos problemas se resolvem com paciência
e determinação, permitindo-se que o tempo atue junto aos fatores determinantes.
Sem pressa, porém sem esquecer de buscar alternativas para a solução
do conflito.
Em sexto, deve-se
ter consciência das influências espirituais que atuam na grande maioria dos
conflitos humanos.
(...) Do outro lado, deve-se levar em conta as influências
positivas que favorecem a percepção das alternativas que melhor permitam tirar
lições por entre os problemas, os quais compete resolver.
As influências
positivas são muito mais abundantes que as negativas, visto que, aliadas aos
bons espíritos, as leis de Deus conspiram a favor do ser humano.
Em
resumo:
1. O problema é meu e fui
eu quem proporcionou sua existência e devo tentar enxergar as ocorrências da
Vida como elas são, aprendendo a assumir minhas
responsabilidades,
não culpando a ninguém nem
a mim mesmo;
2. Posso vê-lo de outra
forma desde que saia da posição egóica em que me situo, tentando entendê-lo a
partir de outro referencial;
3. Ele é solucionável e
está a meu alcance a saída, sendo de minha responsabilidade verificar o que me
compete fazer no momento;
4. Devo conhecê-lo bem para
enfrentá-lo, sem relegá-lo ao esquecimento, nem tampouco reagir imediatamente a
ele, movido pela emoção descontrolada;
5. Ao procurar a solução
devo buscar agir sem ferir a ninguém nem me colocar como vítima. Devo procurar
não lutar contra as pessoas, mas agir em favor de mim mesmo, sem precisar atacar
para defender-me;
6. O tempo está a meu
favor, pois a paciência é uma virtude desejável em todos os
momentos;
7. Minha determinação, os
bons espíritos e Deus são forças que conspiram a meu favor, independente do
contrário;
8. Devo sempre me perguntar
por que estou passando por esse problema e o que a vida quer me ensinar com
ele.
Existem vários conflitos
que afligem o ser humano e que, muitas vezes, atrapalham sua marcha evolutiva,
muito embora lhe acrescentem algumas lições em sua jornada.
São problemas comuns
e que vão se modificando a cada época da vida, mas que merecem atenção e cuidado
na busca de soluções.
Grosso modo, podem ser vistos sob diferentes ângulos,
porém cada pessoa atravessará seu problema de forma particular e, por esse
motivo, deve-se buscar formas específicas de resolvê-los, entendendo-se que um
mesmo, em pessoas diferentes, terá, necessariamente, soluções distintas.
O ser
humano é singular e seus problemas são, portanto, singulares e
exigem modos distintos de compreensão e solução.
Durante muito tempo
aprende-se que as atitudes sociais, em respeito à boa educação, deveriam
concorrer para que os indivíduos mostrassem sua índole e caráter.
Eles deveriam:
aparentar segurança, não manifestar emoções e, muito menos, confidenciar seus
problemas.
O resultado disto é uma sociedade altamente inibida e que manifesta
seus problemas íntimos através das doenças do corpo e, principalmente, afecções
psíquicas.
A alternativa é desabafar, chorar, pedir ajuda, contar e expressar
suas emoções e problemas.
Aprender a confessar, buscando ser verdadeiro em suas
palavras, sentimentos e atitudes.
Diante daquilo que não se consegue entender,
deve-se tomar algumas atitudes que possam evitar o marasmo e a
inércia.
Adenáuer Novaes,
in
Psicologia
Espiritualidade
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