Evidentemente, isso depende tanto da densidade do corpo de dor quanto do grau, ou da intensidade, da presença manifestada em cada um de nós.
No entanto, não é o corpo de dor, e sim a identificação com ele que causa o sofrimento que infligimos a nós mesmos e aos outros.
Assim, uma pergunta mais importante a se fazer seria esta:
"De quanto tempo necessitamos para nos libertar da identificação com o corpo de dor?"
A resposta a esta pergunta é: não demora tempo nenhum.
Sempre que o corpo de dor estiver em atividade, temos que estar cientes de que o que estamos sentindo é o corpo de dor em nós.
O conhecimento impede que as emoções antigas surjam na nossa cabeça e controlem não só o diálogo interior como também nossas ações e interações com as pessoas.
As antigas emoções podem ainda viver em nós por algum tempo e aparecer de vez em quando.
Não projetarmos as antigas emoções nas situações significa que devemos encará-las diretamente dentro de nós.
(*) Nota Stela - "estar presente": estar no agora, consciente, centrado, focado, ser o observador.
Portanto, quando sentir o corpo de dor, não comece o equívoco de pensar que existe algo errado com você.
O conhecimento precisa ser seguido pela aceitação.
Qualquer outra coisa, irá obscurecê-lo novamente.
Aceitação significa que você se permite sentir qualquer coisa naquele momento.
Por meio da aceitação, você se torna o que você é: vasto, pleno de espaço.
Jesus indica isso nesta passagem: "Portanto, sede um todo.
No Novo Testamento temos, porem, "sede perfeitos", o que é um erro de tradução da palavra grega original, que significa "todo".
Ou seja, não precisamos nos tornar um todo, mas sermos o que já somos - com ou sem o corpo de dor.
Eckhart Tolle - trecho do livro "Um Novo Mundo - O Despertar de uma Nova Consciência", editora sextante, pag 161
Fonte: http://www.luzdegaia.net/outros/diversos/corpo_de_dor.html
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