terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Vestido de Amor




Eu vi o amor "vestido de criança órfã, abandonada naquele orfanato.

Veio com uma cor diferente, tinha um pouco mais de idade, e foi relegada um canto, sempre esquecida, nunca adotada.

Eu vi o amor "vestido" de mendigo diante daquele tempo lotado, quase foi chutado pelos fiéis, pelos sacerdotes foi ameaçado, pela polícia foi enxotado...

Eu vi o amor "vestido" de idoso abandonado em um asilo, todos da família sabiam, mas tinham pouco tempo para visitas.

Acabou esquecido num quarto minúsculo, na indigência do tempo.

Eu vi o amor "vestido" de sonho visitando muitos solitários, mostrou o órfão esquecido, o pedinte faminto, o velho abandonado, e as pessoas acreditavam que era apenas um pesadelo, e voltavam para a lamentação cotidiana.

Eu vi o amor vestido de criança numa manjedoura, há mais de 2000 anos atrás, trazia na mão uma luz.

Poucos anos depois, vi o amor ser executado numa cruz.

Pobre do homem que procura pelo amor... e não vê Jesus.

Pode ser que o amor esteja hoje na sua vida, "vestido" de familiar "problema", de companheiro "complicado",  de filho "ingrato ou viciado".

Pode estar no seu trabalho, "vestido" de chefe difícil,  pode estar ao seu lado, como vizinho insuportável.

E ai se revela toda a verdade do menino na manjedoura:

o amor é a única arma que liberta sem ferir tanto o que dá, quanto o que recebe.

O amor redime, eleva, enobrece, faz germinar sementes eternas, esperança de mundo melhor, longe da dor, quando você se veste de amor.


Paulo Roberto Gaefke

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