- “O Evangelho segundo o Espiritismo”
- “O Céu e o Inferno”
- “A Gênese”
terça-feira, 2 de outubro de 2012
Você Conhece Kardec ?
Revista Espírita de Campos
- Dep. de Difusão
Pode parecer que sim, mas pode ser que
não...
Quando falamos em conhecer alguém nos referimos a perceber seus sentimentos e
intenções, através de uma vivência íntima com essa pessoa.
Para realmente conhecer Kardec é preciso mergulhar no ”mundo” que ele
criou para si e para as experiências e aprendizados desenvolvidos durante o
trabalho realizado por 11 anos para codificar a doutrina que denominou
“ESPIRITISMO”.
Não foi um trabalho fácil, não surgiu subitamente e necessitou de muito
perseverança e principalmente bom-senso.
Parece que sabemos de tudo isso mas não
é verdade.
Conhecer o produto de um trabalho não é conhecer seu processo de
elaboração e muito menos o seu elaborador.
REVISTA ESPÍRITA OBRA DE LEITURA
OBRIGATÓRIA!
Kardec, após a publicação de “O Livro dos Espíritos’ em 1857, sente a vontade
e a necessidade de publicar um jornal Espírita.
Porquê?
Para perceber a impressão causada pela obra, para atestar a possibilidade de
entendimento do que havia sido organizado e sobretudo para dar vida, através da troca de impressões, idéias
e questionamentos ao estudo filosófico lançado.
Troca idéias com os Espíritos companheiros e é aconselhado a tornar realidade
sua idéia.
Desafiando as dificuldades (mais uma vez) coloca sozinho, mãos à obra e a 1
de janeiro de 1858, sem haver dito nada a quem quer que fosse, faz circular o
primeiro número da “REVISTA ESPÍR1TA JORNAL DE ESTUDOS PSICOLÓGICOS.”
Não tinha, então, um único assinante e nenhum fornecedor de fundos.
Buscou seguir o conselho do Espírito amigo “De começo, deves cuidar de
satisfazer à curiosidade; reunir o sério ao agradável: o sério para atrair os
homens de Ciência, o agradável para deleitar o vulgo.
Esta parte é essencial
porém a outra é mais importante, visto que sem ela o jornal careceria de
fundamento sólido.
Em suma, é preciso evitar a monotonia por meio da variedade,
congregar a instrução sólida ao interesse que, para os trabalhos ulteriores,
será poderoso auxiliar.” (1)
Reconhece com o tempo que o jornal sem vínculos é possibilidade de estar
livre no seu trabalho.
A “Revista Espírita” vem a tornar-se importante “laboratório”, onde
assuntos os mais variados são tratados, correspondências recebidas são
publicadas e experiências realizadas são relatadas e discutidas.
“Por seu
intermédio é que todos os princípios novos foram elaborados e entregues ao
estudo”.
É tal a sua importância no contexto da Codificação, que Allan Kardec indica,
no capítulo 3o. de “O Livro dos Médiuns”, como obra obrigatória para o estudo da
Doutrina.
Aconselha mesmo a seguinte ordem para esse estudo:
O Que é o Espiritismo?
O Livro dos Espíritos
O Livro dos Médiuns
A Revista Espírita.
Refere-se ele à “Revista Espírita” como “Variada coletânea de fatos, de
explicações teóricas e de trechos destacados que completam a exposição das duas
obras precedentes, e que representa de alguma maneira a sua aplicação.
Sua
leitura pode ser feita ao mesmo tempo que a daquelas obras, mas será mais
proveitosa e sobretudo mais compreensível após a leitura de “O Livro dos
Espíritos”.
“Durante onze anos e quatro meses de trabalho intensivo, Allan Kardec,
ofereceu-nos ao vivo, toda a história do Espiritismo, no processo do seu
desenvolvimento e sua propagação no século dezenove.” (2)
A “Revista Espírita” foi traduzida do francês por Júlio Abreu Filho e
publicada na forma de livros, (capas demonstradas) sendo cada um a união das
revistas publicadas no ano. É de fácil leitura e sobretudo de interesse especial
aos estudiosos do Espiritismo que vão ali se defrontar com a dedicação, argúcia,
bom senso e cuidado meticuloso do Codificador com o material recebido através
das antenas mediúnicas e das cartas dos leitores pró e contra os estudos por ele
realizados.
Ali conhecemos as nuanças da personalidade dessa figura especial que dedicou
os últimos anos de sua existência ao desenvolvimento e propagação das idéias
espíritas, sem jamais se exaltar com os detratores, sem se envolver com os
frívolos e nunca perdendo a oportunidade de esclarecer.
Ali trabalhou as idéias e os conhecimentos que haveriam de ser lançados nas
obras subseqüentes e tão importantes como as citadas acima:
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