sexta-feira, 20 de julho de 2012

Preste atenção aos Sinais

Receber notícias de pessoas imediatamente após termos sonhado com elas.
Receber telefonemas de amigos em quem não conseguimos parar de pensar.
Começar a falar ao mesmo tempo, a mesma frase que nosso interlocutor.
Cantarolar a mesma canção que nosso colega de trabalho está começando a assobiar.
Encontrar, repentinamente, sem ter marcado, ou planejado, justamente aquela pessoa com quem queremos ou precisamos conversar.
Descobrir que alguém que acabamos de conhecer como cliente já foi vizinho de nosso melhor amigo.

Estar numa cidade em que você nunca esteve, entrar num restaurante qualquer, apenas para constatar que o gerente foi seu colega de turma na faculdade.

E, finalmente, experimentar a esquisita sensação de estar vivendo uma situação pela enésima vez, em todos os seus mínimos detalhes, sem conseguir determinar quando - ou onde - a primeira vez aconteceu.
Você sabe: aquilo que as pessoas costumam chamar de 'dejá-vu', deixa sempre um traço de mistério no ar.

A maioria das pessoas costuma considerar fatos assim como frutos do mero acaso.
Elas acham que as coincidências se explicam pela lei das probabilidades.

Certamente, no meio da infinita gama de interações que acontecem entre os seres humanos, a cada instante, em todo o planeta, ocorrências como as que descrevemos são matematicamente previsíveis.

O que não parece fácil de explicar é a dimensão de seu impacto sobre a vida das pessoas.

Há coincidências que mudam completamente a vida da gente.
Acasos, que nos levam por caminhos inusitados, apontando, como setas fluorescentes, soluções que, de outra forma, estariam totalmente fora do nosso campo de visão.
Acontecimentos inusitados, que chacoalham nossa existência, apresentando-nos uma nova perspectiva do mundo e das coisas.

É justamente por causa disso, que algumas pessoas acreditam que as coincidências são eventos reveladores, sinais de que uma força superior atua sobre nossas vidas, criando situações de aprendizado, abrindo um caminho claro em meio à densa névoa de ilusão que teimamos em aceitar como realidade.

Pessoas que pensam assim chamam as coincidências de sincronicidades.

O livro Profecia Celestina descreve de que maneira esses fenômenos ocorrem em nosso dia-a-dia e como podemos utilizá-los para acelerar nosso processo de autoconhecimento e nosso desenvolvimento espiritual.

De muito me valeu ter lido esse livro, mas muito mais eficaz foi observar como as sincronicidades aconteceram em minha vida, fazendo-me cada vez mais sensível ao seu poder transformador.

Hoje, elas são como uma mão suave que me aponta o caminho seguir, afirmando, cada vez mais forte, que, se nos entregarmos de corpo e alma à suave condução de nossos instrutores e mestres espirituais, o melhor sempre nos acontecerá.

Há cerca de vinte anos, fui surpreendida num domingo à noite por um telefonema.
Era uma colega de escola que eu não via deste que concluí o segundo grau.
Animada, ela me dizia que estava em São Paulo, e que queria muito me fazer uma visita. Imediatamente, convidei-a para jantar em minha casa.
No fim da noite, em meio às lembranças de um tempo feliz que não volta mais, ela me explicou que trabalhava como advogada numa estatal, e havia sido transferida para São Paulo.
Fiquei contente, porque teria minha colega morando perto de mim.
Porém ela me disse que havia conseguido concentrar seus horários de prestação de serviço em apenas dois dias, e que iria ficar viajando todas as semanas para cá, porque não queria separar-se do namorado, que era diretor de um hospital no Rio de Janeiro.

Ofereci minha casa para que ela nela se hospedasse todas as semanas, pelo menos até que encontrasse um lugar melhor onde pudesse pernoitar.
A Angela ficou muito feliz, aceitou o meu convite e assim passaram-se mais de dois anos, vendo-nos todas as semanas e podendo conversar bastante.
Ao final ela voltou a trabalhar no Rio e deixamos de nos encontrar.

No mesmo ano em que Angela deixou de freqüentar minha casa, meu filho adolescente viajou ao Rio para passar as férias e sofreu gravíssimo acidente, que o deixou em coma, internado na UTI de um Hospital Público.
Não havia possibilidade alguma de removê-lo para São Paulo, e, no Rio de Janeiro, os hospitais particulares estavam fora do nosso convênio.
Estava eu nesta situação desesperadora, quando a Angela me telefonou.
Ela soube do que havia acontecido e estava colocando à minha disposição o hospital onde o namorado dela trabalhava.
Este hospital, não só tinha todas as condições de prestar o atendimento de que meu filho precisava, como ainda havia se filiado fazia pouco tempo ao mesmo convênio médico que a empresa onde eu trabalhava oferecia à minha família.

Durante cada um dos sessenta dias em que meu filho ficou internado, não tive nenhum tipo de despesa, e fui atendida com todo o carinho.
Nunca deixei de agradecer à Divina Providência por ter conduzido Angela até minha casa e por tê-la conservado por dois anos junto de mim.

Quando a recebia a cada semana em minha casa, e estreitava nossa amizade, não sabia que estava abrigando o anjo bom que haveria de ajudar meu filho a se recuperar.
Mas era isso que estava fazendo.

As sincronicidades acontecem o tempo todo, mas só somos capazes de percebê-las quando despertamos para o fato de que nossa existência é um contínuo diálogo com o Universo e, mais precisamente, com tudo o que existe e com todos os que nos cercam.

Conto isso a vocês não somente para dar um testemunho de que nossas vidas são guiadas por dedos invisíveis e benevolentes, mas também para que entendam que quando afirmo a existência de mestres e instrutores espirituais não estou falando de algo teórico, mas de uma realidade com a qual convivo diariamente, um precioso tesouro, de que sou depositária e que fui incumbida de transmitir a vocês.

Acredito que se fui levada a vivenciar essas experiências, e brindada com a maravilhosa possibilidade que este site na Internet me oferece de compatilhá-las, deve ser porque, de alguma forma, muitos de vocês precisam tomar conhecimento delas.

Quando um de nós é tocado pela magia, ela se expande e transforma a todos nós.
Não há limite para o grau de conexão que podemos alcançar.
Porque somos todos um.

Maria Guida

Um comentário :

Helena Almeida disse...

Pois eu sou uma das pessoas que acreditam nas sincronocidades e na Magia da Vida.

muitas bençãos.