Que nos chegue em toda sua glória e esplendor e nos mostre a fragilidade humana frente ao infinito.
Que dos confins de nós mesmos venha algum grito ali prensado.
Que salte à nossa frente e, virando-se em nossa direção, nos derrube sem receio
E nos mostre a fragilidade dos velhos hábitos que ainda usamos.
Que lembremos dos tantos sonhos que inibimos.
Que essas sombras que dançam em nossa volta, deixem escapar um cínico sorriso e
que saibamos rir de nós mesmos, nas tantas faces em que nos entrevemos.
Que nossa pele seja sempre sensível ao toque alheio.
Que esse toque nos revele a tela do coração que se anuncia no tempo que vem.
E que girando a roda da oportunidade, nos deixemos embalar nas velhas cantigas que já esquecemos.
Que nossa rigidez deixe de ser a fortaleza que nos priva de mundos.
Que a saudável ironia seja a brincadeira das eternas crianças numa roda de cura indiscreta.
Que nossa mente exale o frescor do perfume de uma primavera constante em nós
E que tudo isto não seja simplesmente um desejo.
Que não sejam apenas palavras escritas e mortas, assassinadas pela pouca energia que dispomos...
Mas sim, eu evoco, sejam sementes.
Sementes vindas no vento de nossa luta,
Esse mesmo vento que não cessa...
jamais....
E que fará de nossa vida uma louca aventura que intentamos.
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