quinta-feira, 28 de junho de 2012

Coca-cola pode causar câncer?

 



O 4-MI, composto responsável pela cor do famoso refrigerante, se tornou alvo de polêmica no Reino Unido: segundo estudos recentes, sua concentração está muito acima de níveis “seguros” e pode causar câncer.

Ao analisar latas de Coca-cola vendidas na região, pesquisadores do Centro de Ciência em favor do Interesse Público encontraram resultados preocupantes: 135 microgramas, 34 vezes mais do que na versão comercializada na Califórnia (EUA). No Brasil, uma lata de 355 ml contém 267 microgramas – o maior encontrado na pesquisa.

Após a divulgação dos resultados, consumidores do Reino Unido iniciaram uma campanha contra o uso do corante – obtido a partir de reações químicas entre açúcar e amônia, e que pode causar câncer em ratos de laboratório.

“A Coca-cola está tratando seus consumidores do Reino Unido com desdém”, acusa o coordenador da campanha Malcolm Clark.
“Eles devem respeitar a saúde de seus clientes no mundo todo, usando um corante que seja livre de químicos reconhecidamente cancerígenos”.

Conclusão

Ratos são utilizados amplamente no meio científico e são considerados bons análogos à fisiologia humana.
Porém inúmeras drogas que tem certo efeito nos roedores mostram não agir da mesma maneira em testes clínicos feitos usando humanos como cobaias.
Apesar de 4-MI causar câncer em roedores não significa que ocorreria o mesmo em nós.

A Coca-cola nega que o composto seja nocivo a seres humanos e diz que, no caso da Califórnia (onde se usa menos corante), a mudança foi feita em respeito a leis locais e para evitar que se colocassem avisos “cientificamente infundados” nas embalagens.

Apesar disso, ela pretende “reduzir o uso de 4-MI no mundo todo, porque isso vai ajudar a simplificar os processos de suprimento, produção e distribuição”, segundo nota oficial divulgada por veículos de comunicação.
Talvez a razão verdadeira seja “acalmar os consumidores”, mas nunca saberemos.
Vai um suco aí?
 Só por garantia… [Mail On-Line, CSPINET, Foto]


A verdade por trás da fórmula secreta de Coca-Cola


fórmula coca-cola

Todo mundo adora segredos, mistérios e intrigas.

Não é à toa que livros de mistério e filmes são tão populares, e seriados como “Arquivo X” e “Lost” tenham tanta audiência.
O apelo comercial de um bom mistério – verdadeiro ou inventado – não é deixado pra trás pela publicidade.
Várias marcas famosas se utilizam do segredo de seus ingredientes secretos para enfatizar a qualidade e singularidade dos seus produtos.

A Coca-Cola tem uma das receitas mais secretas do mundo.

Seus anúncios antigos afirmavam que apenas dois homens conheciam a lista completa dos ingredientes, e que se esse segredo se perdesse algum dia o tecido do espaço-tempo se rasgaria e o universo explodiria. Curiosamente, a Coca-Cola original não é nem mais produzida e comercializada. O que nós tomamos atualmente é a Coca-Cola “nova”, que foi rebatizada.
Mas hoje em dia existe mesmo essa coisa de “ingrediente secreto”?

Afinal, nas últimas décadas, os consumidores passaram a ter cada vez mais informações sobre os produtos que comem, desde informações nutricionais até informações sobre ingredientes que podem causar alergias.
Além disso, análises laboratoriais acompanham a evolução dos tempos.

Talvez quando a Coca-Cola foi fundada, em 1892, não havia meios de determinar quais eram os ingredientes secretos em um produto.
Hoje em dia, qualquer laboratório que valha a química que usa pode descobrir quais produtos químicos e ingredientes aparecem em quais quantidades em uma amostra de produto.
É análise de alimentos, nada tão difícil quanto lançar um foguete.

No livro “Big Secrets” (“Grandes Segredos”, em tradução livre – sem edição brasileira), William Poundstone revela os ingredientes “secretos” de vários produtos, e a fórmula da coca-cola pode ser encontrada na página 43.
Ela inclui extrato de baunilha, óleos cítricos e flavorizantes de suco de limão.
Não existe cocaína na coca-cola, e tecnicamente nunca existiu: na realidade, ela utilizava as folhas da coca, que não é a mesma coisa que a cocaína, um derivado modificado das folhas.
Há muitos séculos as populações de países de alta altitude da América do Sul mastigam as folhas de coca pelas suas propriedades anestésicas e estimulantes – importantes para a vida em altitudes muito grandes.
Mas, assim como mastigar folhas de coca não é consumir cocaína, tomar coca-cola também não é. [Live Science]


Coca-cola: modo de fazer




No dia 15 de fevereiro os jornais, rádios, TVs, twitters, blogs e todos os meios de comunicação possíveis foram inundados por notícias sobre a revelação da receita da Coca-Cola.

A fórmula levava, junto com outros 13 ingredientes: fluido de coca, suco de limão e até coentro.
A empresa negou a história e manteve que a receita continua segura, em um cofre bancário em Atlanta, há 125 anos.

Os responsáveis pelo burburinho foram os produtores do programa de rádio “This American Life”. Enquanto preparavam o novo episódio da série, eles se depararam com um artigo do jornal Atlanta-Journal Constitution com uma foto de uma lista que parecia trazer os ingredientes e as quantidades exatas do que era necessário para produzir o refrigerante.

Um representante da companhia disse que o programa de rádio não conseguiu a receita real. Contudo, um historiador da Coca (sim, existem historiadores sobre a Coca!) disse ao site Life’s Little Mysteries que esta poderia ser SIM a receita autêntica da Coca, só não é aquela vendida hoje nos supermercados.

O site publicou uma réplica da foto do artigo com a receita.
O historiador Mark Pendergrast, que já escreveu livros sobre o refrigerante, disse achar “meio engraçado que, de repente, começa essa confusão quando, na verdade, eu já encontrei a fórmula nos papéis do inventor da Coca-Cola, John Pemberton, e publiquei em um livro em 1993”.

Segundo ele, “a receita é bem similar a que eu encontrei, então eu realmente acredito que seja autêntica. Mas não é a coca que é vendida hoje.
A formula original foi modificada”.

Sobre as mudanças, o historiador cita que a fábrica tem usado xarope de frutose de milho ao invés de açúcar na versão americana da bebida desde 1985.

Neste ano, a Coca-Cola desenvolveu uma receita nova, mas os consumidores não gostaram muito. Então eles voltaram a utilizar a receita antiga, mas com algumas mudanças, entre elas, o uso de xarope ao invés de açúcar.
Pendergrast também revelou que, hoje em dia, o fabricante não utiliza mais o ácido cítrico que aparece na foto, utilizam agora ácido fosfórico.

A Coca nasceu para ser remédio.

Quando John Pemberton começou a misturar os ingredientes que, no futuro, iriam se tornar o refrigerante mais vendido do mundo, ele nem pensava em criar uma bebida para tomar junto com a pizza de sábado à noite.
Sua intenção era medicinal.

“Era uma redução de Vinho Mariani, bebida alcoólica francesa que continha vinho e extratos de folha de coca, era considerada um ‘tônico para os nervos’ e teria muitos efeitos benéficos”, disse Pendergrast.
O historiador conta ainda que a bebida era alcoólica e levava cocaína.
Em 1886, a bebida foi proibida e o criador trabalhou para retirar o álcool.
“Isso fez com que a bebida ficasse amarga, então ele adicionou açúcar para compensar”.
A receita que vazou ainda contém álcool, mas “é só para misturar os óleos essenciais, não chega até o produto final”, explicou Pendergrast.

É claro que as reclamações sobre a cocaína não demorariam a começar, então, o criador passou a retirar a substância das folhas de coca antes de usar.
Hoje em dia, “a cocaína é removida pela companhia Stepan Chemical e depois destruída ou usada em pesquisas médicas”.
Nos anos 1890 a companhia mudou de dono e o novo proprietário, Asa Candler, fez mudanças na quantidade de cafeína e de adoçantes, o que mudou mais uma vez o gosto da bebida.
É muito improvável que a receita encontrada pelo programa “This American Life” seja a atual.

E quem quer outra Coca?

A tal da receita que vazou pelo mundo todo pode ou não ser aquela que produziria o refrigerante que bebemos hoje.
Mas, na verdade, para Mark Pendergrast, pouco importa.
“Mesmo se você tentar fazer ‘a coisa real’ não faria a mínima diferença.
Por que alguém iria deixar de comprar a original para comprar uma falsa que, provavelmente, seria mais cara?
O segredo real da Coca-Cola nem é um mistério: é a publicidade, economia de escala, marketing e distribuição.
É a marca”.
A Pepsi sabe bem. [LiveScience]

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