quarta-feira, 17 de agosto de 2011

O PLANETA MARTE (visitado por um espírito)

Do Livro Cartas de uma Morta - Psicografia Chico Xavier

Maria João de Deus, que foi a mãe biológica de Chico Xavier, desencarnou em 1915 e psicografou pelo próprio filho esse livro em 1935.

Muitas vezes li e ouvi condenações cruéis ao espírito Ramatis por ter descrito o planeta Marte como habitado e muito mais evoluído, moral e tecnologicamente, do que a Terra.

Se a Ciência ainda não descobriu esses achados no planeta vermelho, talvez seja porque eles (os marcianos adiantados em mais de 500 anos em tecnologia) não queiram que nós terráqueos tiremos sua paz.

Eles se fazem invisíveis?
Quem sabe?


Phobos e Deimos, as duas Luas de Marte




O PLANETA MARTE

Meus amigos, é com permissão dos nossos Guias dos planos superiores que desejo prosseguir, nesta noite, as minhas narrativas de Além-Túmulo.

Não está em nós a presunção de resolver incógnitas científicas e nem derrogar os decretos do Altíssimo, que, do lado de cá, nos merece a mais sublime de todas as venerações.

Escrevo esta impressões somente objetivando a consolação dos que sofrem, visando a amplitude das esperanças dos que nos compreendem, a fim de que aguardem, confiantes na bondade de Deus, o prêmio compensador da vida em outras paragens mais felizes, onde a alegria não se extingue, como na Terra, e a paz é uma vibração permanente do pensamento de todas as criaturas.

Aqui, tenho aprendido que há mundos de todas as espécies, diversificados em sua natureza como a essência dos sentimentos das almas.
Mundo de dor, de ventura, de aprendizado, de luta, de regeneração.

Todas essas distantes pátrias, que os vossos telescópios focalizam, dentro da noite imensa, não poderiam estar vazios e abandonados.

Não se compreende uma cidade edificada, rica de monumentos e obras, sem habitantes e sem vida.
Os planetas, que rolam no infinito, constituem a família universal, por excelência.
Cada um deles comporta uma humanidade, irmã de todas as outras que vibram na imensidade.

É toda vaidade do homem terreno afirmar-se a única criatura pensante do Universo, mesmo porque a Terra é um dos planos mais obscuros e mais repletos de amargura para quantos já experimentaram algo das felicidades imorredouras, que a evolução do sentimento e do raciocínio pode facultar.

Para as almas acendradas no amor, a Terra é bem o recanto do exílio e das sombras.
Todavia, vós outros, os que estudais, tomados da disposição benéfica de conhecer a vida espiritual, em suas mais remotas e múltiplas modalidades, deveis arquivar no coração o tesouro divino da esperança.

Se na atualidade as dores vos assediam, sabeis que a vida não se circunscreve no âmbito mesquinho do orbe terráqueo.

Patrimônio da criação e divindade de todas as coisas, é ela a vibração luminosa que se estende pelo infinito, dentro de sua grandeza e do seu sublime mistério.
 
A VIAGEM VERTIGINOSA

Mas eu vos prometera falar de minha excursão ao planeta que vos é vizinho e vou me desviando em considerações doutrinárias e filosóficas, esquecendo o escopo de minha visita.

É para a vossa ciência uma afirmativa audaciosa, dizer-vos que pude ver o planeta Marte, identificando-me com os seus elementos a fim de conhecer de mais perto as suas belezas ignoradas.
A verdade, porém, tem igualmente as suas revelações pelos caminhos da fé.
Nem tudo se mostra somente nas análises frias dos laboratórios e das suas retortas.
As grandes realidades primeiramente falam ao coração.

Na atualidade, à mingua de elementos mais positivos de ordem material, nós vos falamos como se fôssemos vítimas de nossos surtos imaginativos, mas dia virá que os homens hão de verificar, com as positividades requeridas, a veracidade de nossas afirmativas.

Como das outras vezes, meus amigos, não pude fazer sozinha uma excursão dessa natureza.
O guia de sempre conduzia os meus passos.

E foi assim que bastou um pensamento forte de nossa vontade, concentrada nesse objetivo, para que efetuássemos essa viagem vertiginosa, cuja duração foi de poucos segundos, de acordo com a vossa contagem do tempo aí na Terra.

A PAISAGEM DE MARTE
Vi-me à frente de um lago maravilhoso, junto de uma cidade, formada de edificações profundamente análoga à da Terra.

Apenas a vegetação era ligeiramente avermelhada, mas as flores e os frutos particularizavam-se pela variedade de cores e de perfumes.

Percebi, perfeitamente, a existência de uma atmosfera parecida com a da Terra, mas o ar, na sua composição, afigurava-se muitíssimo mais leve.

Assegurou-me, então o mestre, que me acompanhava, que a densidade em Marte é sobremaneira mais leve, tornando-se a atmosfera muito rarefeita.

Vi homens mais ou menos semelhantes aos nossos irmãos terrícolas, mas os seus organismos possuíam diferenças apreciáveis.

Além dos braços, tinham ao longo das espáduas ligeiras, ligeiras protuberâncias à guiza de asas que lhes prodigalizavam interessantes faculdades volitivas.
Percebi que a vida da humanidade marciana é mais aérea.

Poderosas máquinas, muitíssimo curiosas na sua estrutura, cruzavam os ares, em todas as direções.
Vi oceanos, apesar da água se me afigurar menos densa e esses mares muito pouco profundos.
Há ali um sistema de canalizações, mas não por obras de engenharia dos seus habitantes, e sim por uma determinação natural da topografia do planeta que põe em comunicação contínua todos os mares.

Não vi montanhas, sendo notáveis as planícies imensas, onde os felizes habitantes desse orbe desempenham as suas atividades consuetudinárias.
As águas são muito mais raras.

As chuvas quase que se não verificam, mostrando-se o céu geralmente sem nuvens.
Afirmou-me o protetor que grande parte das águas desse planeta desapareceram nas infiltrações do solo, combinando-se com elementos químicos das rochas, excluindo-se da circulação ordinária do orbe.


A EVOLUÇÃO MARCIANA

Assegurou-me, ainda, o desvelado mentor espiritual, que a humanidade de Marte evoluiu mais rapidamente que a da Terra e que desde os pródromos da formação dos seus núcleos sociais, nunca precisou destruir para viver, longe das concepções dos homens terrenos cuja vida não prossegue sem a morte e cujos estômagos estão sempre cheiros de vísceras e de virtualhas de outros seres da criação.

O dia ali é igual ao da Terra, pois conta 24 horas e quase 40 minutos, mas os anos constam de 668 dias, tornando as estações mais demoradas, sem transformações bruscas de ordem climática que tanto prejudicam a saúde humana.

Disse-me, ainda, o mestre desvelado, que os marcianos já descobriram grande parte dos segredos das forças ocultas da natureza.

Conhecem os profundos enigmas da eletricidade, sabendo utilizá-la com maestria.
Nas questões astronômicas, são eminentemente mais adiantados do que seus companheiros da Terra, compreendendo todos os fenômenos e a maior parte dos mistérios da natureza do vosso planeta.

Vi lá formidáveis aparelhos fotoelétricos que registram, com precisão matemática, a quase totalidade das expressões fenomênicas dos mundos que estão mais próximos desse orbe maravilhoso.
Em vez do satélite, que ilumina as vossas noites, observei que Marte é servido por dois. Duas luas que parecem gravitar uma em torno da outra, porém menores, muito menores que a vossa.

GRANDE ESPIRITUALIDADE

Todavia, o que mais me admirou não foram as expressões físicas desse planeta, tão adiantado em comparação com o vosso.
Nele a sociedade está constituída de tal forma, que as guerras ou os flagelos seriam fenômenos jamais previstos ou suspeitados.

A vibração de paz e de harmonia que ali se experimenta irradia aos corações felicidades nunca sonhadas na Terra.
A mais profunda espiritualidade caracteriza essa humanidade, rica de amor fraterno e respeito ao Criador.

Não me é possível de momento falar-vos sobre a organização de suas coletividades, regidas à base do melhor da fraternidade.

Espero, porém, ainda fazê-lo com a permissão de nosso Pai.

E como o nosso amigo Emmanuel ainda necessita escrever, vou colocar aqui o ponto final, suplicando a Jesus que envolva a todos nós a vibração luminosa e divina da bênção do seu amor.

Um comentário :

Unknown disse...

Acredito em tudo que estou lendo, espero um dia fazer essa mesma Viagem,quando estiver morando no Céu se assim o nosso Criador permitir.Suzete