domingo, 12 de setembro de 2010
NÃO FUJA DO DEVER
Todo ser humano enfrenta períodos difíceis em sua vida.
Há momentos em que a esperança parece desaparecer no horizonte.
Nessas oportunidades, todos os sonhos e planos periclitam.
A harmonia familiar, tão cuidadosamente construída, sucumbe a brigas.
A carreira, tratada com o máximo carinho, passa a ser motivo de tormento.
A saúde, habitualmente vigorosa, torna-se frágil e vacilante.
Amigos de longa data se afastam por conta de desentendimentos fortuitos.
Muitas vezes é possível identificar uma falha no próprio comportamento que desencadeou a catástrofe.
Uma leviandade, uma palavra mal posta, falta de dedicação ou de carinho podem ter levado à desarmonia.
Nesses casos, torna-se evidente o que deve ser corrigido, a fim de evitar novas crises.
Mas às vezes não há causa visível para uma tragédia que se abate.
É o trabalhador dedicado e honesto que se torna desempregado.
O marido fiel e atencioso traído pela esposa.
O filho amado e cercado de atenção que sucumbe às drogas e causa infinitas aflições aos pais.
A amizade antiga que termina por conta de fofocas.
Em outras oportunidades, a vida parece exigir uma quota muito grande de esforços.
A doença de um familiar consome vastos recursos financeiros.
Além disso, o doente exige atenção e cuidados constantes.
A manutenção de um negócio torna-se árdua e pouco rentável.
O patrão revela-se exigente e avaro.
Trabalhar converte-se em uma penitência.
A união da família só se mantém a custo de inauditos esforços.
Entre incompreensões e dificuldades, a tarefa parece hercúlea.
Muitas vezes, há uma saída fácil.
Em outras, isso não ocorre.
Perante um familiar doente, um filho drogado, o único emprego disponível que se torna árduo, o que fazer?
Em tais situações, tem-se um regime severo imposto pela vida.
Se não há causas identificáveis na presente existência, elas se encontram no passado.
O destino das criaturas não é regido pelo acaso.
Em face de situações inelutáveis e graves, não se sinta uma vítima.
Pense que você está tendo oportunidade de redimir-se perante sua própria consciência.
O sacrifício atual representa a liberação de uma antiga dívida.
O familiar que reclama atenção e cuidados pode ter sido outrora levado por você ao vício e à degradação.
Ajudá-lo hoje não representa um favor, mas a reparação de um erro.
Talvez o chefe insensato tenha sido um explorado servo seu no pretérito.
Se ele não teve a força necessária para superar o episódio, cabe a você entendê-lo e desculpá-lo.
Os recursos financeiros que hoje lhe faltam devem ter sido esbanjados outrora.
Seja digno em face das dificuldades que a vida lhe apresenta.
Elas correspondem às suas exatas necessidades de aprendizado e reparação.
Não pense em abandonar o barco, em fugir do dever.
As leis divinas não podem ser burladas.
Elas sempre dão o justo retorno ao mérito e aos equívocos.
Se alguém o trair ou prejudicar, perdoe.
Aja com grandeza e feche o ciclo da dor.
Aprenda a viver e a servir com alegria, mesmo por entre dificuldades.
Para seguir adiante é preciso acertar-se com o passado.
Redação do Momento Espírita
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