quarta-feira, 29 de abril de 2020

Diógenes, procurando um homem honesto.



Diógenes, procurando um homem honesto.
NOTA DA PAGINA: Temos observado indivíduos, na sua busca espiritual rumo a seus destinos celestes. 
Nos sentimos honrados em poder observar e acompanhar tais desenvolvimentos, oferecendo sempre, todo nosso maior apoio e incentivo. 
Mais gostaríamos de destacar, se nos permitem, algo infinitamente primordial nessa busca, sem a qual, pode vos levar a uma viagem longa e penosa. 
De nada adiantará a um buscador da Luz, num esforço continuo e persistente para alcançar os céus, se em seu interior, não tiver a intenção pura e gentil de abrir os portais do Paraíso para que TODOS, também entrem. 
Essa é a grande diferença do servido a si e o serviço aos outros. Esse é um pequeno conto, que pode muito bem ilustrar e que desejamos compartilhar com vocês hoje.


Conto.
A tradição Indiana tem uma história de um velho guerreiro muito sábio, que tinha vencido uma grande guerra, era um homem muito justo e bom. 
Disseram para que ele procurasse o Portal para o Céu de Indra (na filosofia Hindu, é conhecido como o Senhor dos Céus. 
Também está associado ao clima e ao fluxo dos rios), pois teria acesso.
Ele sai procurando durante anos este Portal, no meio do caminho, ele encontra um cachorrinho, destes sem dono, sujo, magricelo, que se torna o seu companheiro, passam fome juntos, passam frio juntos, passam dificuldades juntos, por muitos anos. 

Até que um dia ele acha o tal Portal do Céu, onde tinha um Anjo chamado Gandarvas(Instrutores de homens, Cantores Celestes, foram Eles que “amando as mulheres da terra”, lhes revelaram os mistérios da Criação), belíssimo. 

Em frente ao portal, o Anjo diz:
- Que bom Príncipe que você chegou, entra! 
O Deus Indra está a sua espera.
Ele vai entrando contente, com o seu cachorrinho.
- Que bom, cheguei enfim!
O Anjo diz:
- Espere, este cachorro não! 
Você já viu cachorro vira-latas no céu de Indra?! 
Que desrespeito! 
Você entra, o cachorro fica! 

Ele olhando para o cachorrinho vira-latas, magricelo, que tinha sido seu companheiro nas dificuldades todos aqueles anos, pensa um minuto e diz:
- Está bem, meu cachorro não pode entrar, eu fico com ele.
Então ele abre mão do Céu de Indra pelo cachorro...
O que acontece, é que o cachorro era Indra. 

Se ele tivesse aberto mão de um cachorro, pelo céu, ele desejaria mais algo do que a virtude, então, não estaria preparado para obtê-lo. 
Se ele abrisse mão da justiça, da fraternidade, da lealdade, da compaixão, da gratidão, entre outras virtudes, por um desejo, ainda que seja do céu, não estaria preparado. 

.(Pintura: Diógenes (filósofo)procurando um homem honesto.) 



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