por Bruno J. Gimenes
Obsessão é o ato de exercer influência do tipo negativa.
Trata-se de um termo clássico e tradicional utilizado em meio à comunidade
espiritualista que passa a ideia de que uma ou mais pessoas, lugares, objetos ou
entidades, estão sofrendo influência negativa de origem espiritual.
A designação
obsessão espiritual revela o caráter extrafísico do processo, portanto,
de forma geral, trata-se de obsessão invisível e silenciosa, logo, com
baixíssimo grau de percepção por parte do obsediado.
Existem inúmeros tipos
de obsessões, contudo, neste material vamos tratar apenas as de ordem espiritual
e de caráter simples.
O assunto é denso, exige profundidade, atenção,
maturidade e muito bom senso, porque está intimamente relacionado às questões
mais profundas da alma humana.
Digo isso porque a obsessão não acontece sem um
obsessor.
A obsessão é um sistema energético que funciona pela presença do
obsessor e do obsediado.
Não há um sem o outro.
A obsessão espiritual se dá
pela ação de influência de um espírito desencarnado sobre um ou mais espíritos
encarnados.
Também podemos lembrar que existem diversos tipos de obsessão, como
por exemplo, entre pessoas encarnadas, entre espíritos desencarnados, entre
pessoas e espíritos.
Neste caso, estamos abordando unicamente a ação de seres
desencarnados sobre os encarnados.
Escolhas e
Sintonias: quando a alma desencarna no processo da morte do corpo
físico, é a sua constituição moral e sua personalidade que determinará os
horizontes que seguirá.
Em outras palavras, "a cada um será dado conforme suas
obras".
O que uma pessoa vive na vida material, no que concerne à forma como
ela pensa e sente a vida e a sua capacidade de sentir mais ou menos amor,
determinará o seu endereço na vida além-túmulo. Como a alma não morre, e ela é a
matriz da sua existência, você não se livrará daquela tendência de se magoar,
daquela visão pessimista, daquela mania de reclamação, daquela atitude crítica,
somente porque "passou para o outro lado".
Se você é uma pessoa legal aqui no
lado da matéria, assim será do lado de lá!
Se você é chato, inconveniente e
negativo aqui no lado da matéria, assim você será do lado de lá!
A morte não
muda o que as pessoas são em essência!
A morte é uma transição necessária que
acontece para que as pessoas possam reavaliar seus estágios de evolução e para
que possam se reciclar quanto aos seus propósitos e
necessidades.
Eu, um Obsessor???
Você morreu, mas aquele
ressentimento está mais vivo do que nunca.
O seu corpo morreu, mas aquela
tristeza está mais forte do que nunca.
O seu corpo já virou resíduo no
cemitério, mas aquele vício por cigarro, álcool ou por aquela alimentação
desregrada ainda está muito forte.
O que você acha que acontece?
O início de uma obsessão:
você tem a oportunidade de
após a morte do seu corpo físico, seguir no caminho da consciência e da
continuidade da sua evolução, mesmo que isso exija dedicação, empenho e muito
trabalho.
Sempre há uma mão estendida do lado espiritual, proporcionando ajuda
no sentido da elevação moral daquele que acaba de desencarnar.
Todavia, ceder
aos impulsos da carne e obedecer a um chamado da alma não é tarefa simples, em
especial para aquele que se intoxicou profundamente no período de uma vida, com
ilusões mundanas, materialismo excessivo e paixões animalizadas.
É nesse
momento que a evolução pelo caminho da dor pode começar.
Se o espírito
recém-desencarnado não se dedicar ao aprimoramento de sua alma, cederá aos
impulsos ainda remanescentes de uma alma contaminada pelo estilo de vida
material sem valores espirituais. Como saciar os desejos de uma alma doente e
dependente de elementos de uma vida material?
Somente com elementos do mundo
material...
Dessa forma, o espírito apegado ao modo de vida na Terra, ignora o
chamado que levará ao o seu aperfeiçoamento para ser magnetizado aos elementos
que provocaram a ilusão da saciedade.
Com esta escolha, o espírito passará a
seguir o caminho da obsessão espiritual.
De forma magnética, será atraído para
pessoas encarnadas que estejam mergulhadas nas sensações em que ele é viciado,
passando a participar ativamente da aura de acontecimentos, idas e vindas dessas
pessoas.
Seu objetivo não é fazer mal a ninguém, apenas alimentar suas sensações
de carência com os fluidos energéticos das práticas realizadas na Terra por um
ou mais encarnados.
A obsessão acontece no sentido de sugar os fluidos corpóreos
extrafísicos exalados pelos ambientes e pessoas que produzem as sensações as
quais o obsessor necessita.
Elementos de dependência:
tudo aquilo que gera vício e provoca sentimentos animalizados ou
desequilibrados, gera a escravização.
Se você é uma pessoa cheia de rancor,
poderá viciar-se em situações de mágoa e quando desencarnar, ficar presa às
situações similares;
Se você é uma pessoa controladora e autoritária na sua
família, quando desencarnar, tende a ficar preso às situações similares; se você
é descompromissado, não tem vontade de crescer, não tem ambição para vencer o
comodismo, quando desencarnar, tende a ficar preso em situações similares.
Emoções negativas são viciantes, portanto, são as maiores responsáveis por dar
origem a condição de obsessor espiritual.
90% das obsessões não
são feitas por espíritos malignos:
você não precisa ser uma pessoa
maldosa para se tornar um obsessor espiritual, basta que você se deixe levar
pelas emoções negativas, que feche as portas para a necessidade de evolução e
que mergulhe nos erros da invigilância espiritual, para que você se torne um
candidato a obsessor.
É simples assim!
90% dos obsessores
procuram amigos e familiares:
da mesma forma que vivemos no mundo
material em grupos sintonizados por afinidades, quando desencarnamos e não
aprendemos a domar as emoções viciantes, voltamos a procurá-los.
As obsessões
têm a maior tendência de acontecer com parentes e amigos.
As
Consequências:
basicamente, o obsessor se alimenta de uma ou mais
sensações específicas que são geradas na associação do corpo mental e emocional
do obsediado.
E para que essas sensações sejam produzidas pelo obsediado, o
obsessor irá constantemente estimular seu alvo a tais ações.
Com essa corrida
sem fim, o obsediado passa a ser manipulado não somente pelos seus próprios
vícios, mas também pelas ações de entidades externas.
Por meio dessa
influenciação, o obsediado aumenta o seu nível de dependência e de
desequilíbrio.
Também pode começar a sentir outros anseios, dores, emoções e
traços de temperamento do seu obsessor, o que provocará inúmeras sensações
inconvenientes.
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