Depois de dois anos de grandes tribulações sofridas, eles
viram a sua situação melhorar em 1621 e, em função disso, por iniciativa do
governador local, decidiram agradecer com uma grande festa.
Para os peregrinos puritanos, que haviam chegado ao continente
americano, fugindo da perseguição religiosa em sua terra natal, as novas
condições tinham sido muito adversas e os que conseguiram sobreviver, tinham
realmente todos os motivos para agradecer.
O “Thanks-Giving Day”, ou dia de ação de graças, tornou-se
mais tarde, o Dia Nacional de Ação de Graças, consagrando-se, para tal, a
quinta-feira da quarta semana de do mês de novembro de cada ano.
No Brasil, a instituição do Dia Nacional de Ação de Graças
deve-se ao embaixador brasileiro Joaquim Nabuco que ao participar em Washington
(Estados Unidos), da celebração desta festividade, assim se expressou: “Eu
quisera que toda a humanidade se unisse, num mesmo dia, para um universal
agradecimento a Deus”.
O desejo do embaixador de então começou a efetivar-se no
Brasil, com a aprovação pelo Congresso Nacional, da Lei 781, no governo do
Presidente Eurico Dutra, estabelecendo a última quinta-feira do mês de novembro
como o Dia Nacional de Ação de Graças, posteriormente alterado para a
quinta-feira da quarta semana do mês de novembro de cada ano, coincidindo assim
com a data celebrada em outros países.
É uma comemoração um tanto quanto esquecida, lembro-me na
minha infância, na cidade de Piracaia (SP) que neste dia reunia-se na Igreja
Matriz da cidade, as autoridades civis, militares, judiciais e religiosas
(padres e pastores), e no interior do templo com grande número de fiéis era
celebrada a Eucaristia solene presidida pelo então padre local.
Hoje, penso que raramente é lembrada tal data, mas
independentemente dessa festa e da grande força simbólica que reside no desejo
de congregar toda humanidade numa mesma data, mobilizada pelos mesmos
sentimentos e atitudes, ao menos, lendo este artigo possamos agradecer e sentir
que a esperança é a força motriz da mudança.
Além disso, é sempre bom olharmos para trás e vermos que
caminhamos, talvez nos mesmos caminhos...
Mas tudo bem, a terra é redonda e o céu é sempre novo a cada
dia, a cada instante, ele é sempre o mesmo ainda que outro.
O labirinto mais perigoso é a linha reta.
Portanto, revisar é importante.
Mirar as estrelas, os sóis de todo o dia.
Mas não seguir em linha reta.
Tudo o que é vivo não é reto.
Desviar, circundar, dar a volta, contornar, contemplar.
Velocidade não combina com sensibilidade e lentidão não é
defeito, é jeito de estar e sentir o mundo.
A utopia está no horizonte.
Caminhamos dois passos e o horizonte fica dez passos mais
distante.
Então para que serve a utopia?
Para isso, serve para caminhar.
Vivendo esta utopia, caminhando rumo a um horizonte, vendo,
julgando, agindo e celebrando, semeando a esperança e agradecendo.
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