segunda-feira, 5 de novembro de 2012

As Testemunhas de Jeová – 1ª parte

 

 
Uma dupla de religiosos muito educados, gentis e bem-vestidos bate a sua porta ou lhe aborda na rua. Eles pedem um pouco do seu tempo para falar sobre a Bíblia.
Avisam-lhe que o mundo como o conhecemos está prestes a findar, pelas mãos de deus, e que há esperança de vida eterna num paraíso terrestre para todos que fizerem a sua vontade.
Eles causam-lhe encanto com seus folhetos e revistas com imagens atraentes de cenários perfeitos. Eles se oferecem para dirigir-lhe um estudo bíblico.
Eles são Testemunhas de Jeová.

Muito provavelmente você já passou pela situação descrita acima – ou vai passar por ela.
As Testemunhas de Jeová já são um grupo religioso de muita fama ao redor do mundo, e já são contados aos milhões.
Uma de suas publicações, conhecida nos países de língua portuguesa como A Sentinela, é a revista mais traduzida do mundo.
Eles são bastante conhecidos por seu repúdio à transfusões sanguíneas e pelo seu excessivo proselitismo.
Perseguidas em alguns lugares do mundo, as Testemunhas de Jeová, lideradas pela Watch Tower Bible and Tract Society, guardam uma história cheia de conturbações que remonta a movimentos religiosos do fim do século XIX, e que não está nos livros e revistas delas.
Hoje essa história ganha destaque especial no Historiae Religionis.



A história das Testemunhas de Jeová começa com Charles Taze Russell, nascido em 16 de Fevereiro de 1852 em Pittsburgh, na Pennsylvania. Russell era de família presbiteriana, sendo seus pais Joseph L. Russell e Ann Eliza Birney Russell, irlandeses imigrantes que se estabeleceram nos EUA em 1846. Foi sócio do pai em um negócio de confecções, e chegou a ampliá-lo, dando origem a uma rede de lojas chamada J.L. Russell & Son.

Aos 16 anos, quando fazia parte da Igreja Congregacional, começou a perder a fé e a crença nas doutrinas da igreja, na Bíblia e até em deus.
Russell não aceitava os ensinos eclesiásticos sobre o Inferno, e sua ineficácia na conversão dos incrédulos de suas convicções acabou por imergí-lo no ceticismo.
Quanto à existência do Inferno, disse:

“Um Deus que usasse seu poder para criar a seres humanos cujos quais tivesse pré-conhecido e predestinado que teriam de ser atormentados eternamente não poderia ser sábio, justo nem amoroso. Guiar-se-ia por uma norma inferior à de muitos homens.”

Tempos depois se encontrou pela primeira vez com Jonas Wendell, um pregador do Segundo Adventismo cujas crenças passaram a influenciar sua teologia.

Ao que parece, por acidente uma noite entrei em um sujo e polvoriento salão onde sabia que se celebravam serviços religiosos, para ver se o punhado de pessoas que se reunia ali oferecia algo mais sensato que os credos das principais igrejas.
Ali escutei pela primeira vez algumas das crenças dos segundoadventistas [Igreja da Chegada de Cristo]; o predicador era o Sr. Jonas Wendell [...].
Portanto, reconheço-me em dívida com os adventistas, bem como com outras confissões.
Ainda que a apresentação bíblica que fez não foi muito clara, [...] bastou-me, com a guia de Deus, para recuperar a fé, vacilante então, na inspiração divina da Bíblia e para mostrar-me que os escritos dos apóstolos e os profetas eram inseparáveis.
O que ouvi me enviou à Bíblia a estudar com mais fixação e detenimento como nunca antes, e sempre agradecer-lhe-ei ao Senhor essa guia; pois ainda que o adventismo não me tenha levado a nenhuma verdade particular, me ajudou muito a me desfazer de erros e assim me preparou para a verdade.” – Russell

Russell passou então a estudar a Bíblia com os adventistas e sob a ótica destes, especialmente George Stetson, ministro da Igreja Cristã do Advento, e George Storrs, editor do Bible Examiner.
De George Storrs ele absorveu a crença na mortalidade da alma, que a cristandade constitui a Grande Babilônia e que haveria uma ressurreição universal num futuro próximo.

Iniciou um grupo de estudos bíblicos que passou a liderar e cujas reuniões tornaram-se regulares.
Neste grupo faziam-se estudos cruzados de textos bíblicos diversos num sistema em que alguém lançava um questionamento, eles o discutiam, buscavam todos os textos que tratassem do assunto e, depois de compará-los e convencerem-se de sua harmonia, anotavam suas conclusões.

Em Janeiro de 1876, Russell recebeu pela primeira vez uma cópia da revista adventista The Herald of the Morning, publicada por Nelson H. Barbour, um profeta adventista de Rochester, Nova Iorque. Russell sentiu-se atraído pela convicção de Nelson Barbour de que Jesus Cristo havia retornado invisivelmente a Terra em 1874, uma parte da doutrina que vinha servir para abafar o fracasso dos adventistas em prever o fim-do-mundo para aquele ano.

Essa idéia, contudo, não era bem aceita pelo público leitor, e a revista começou a declinar financeiramente.
No verão de 1876 Russell financiou a viagem de Barbour a Filadélfia, onde se encontraram e puderam discutir questões teológicas e o futuro da revista.
Russell passou então a contribuir com artigos e doações em dinheiro à revista, vindo a tornar-se Editor Assistente.
Charles Russell e Nelson Barbour acreditavam que a volta de Cristo em 1874 seria sucedida pelo arrebatamento na primavera de 1878.
Na data marcada para o arrebatamento, vários seguidores de Russell vestiram-se de túnicas brancas e reuniram-se na ponte de Pittsburgh, esperando o encontro com Jesus Cristo.

Depois de passado esse tempo e nada ter ocorrido, Barbour começou a lançar novas especulações, das quais Russell discordava e contra as quais incitou rejeição por parte de outros membros da revista. Em meio a esse desentendimento, Russell decidiu publicar sua própria revista, a qual chamou de Zion’s Watch Tower and Herald of Christ’s Presence (Torre de Vigia de Sião e Arauto da Presença de Cristo – atual A Sentinela), tendo lançado sua primeira edição em Julho de 1879.
A revista de Russell dedicava-se a refutar vários argumentos da The Herald of the Morning, ainda que, no princípio, contasse com a mesma lista de subscritores da revista rival.

Russell já não considerava a si mesmo um adventista, embora ainda achasse que Nelson Barbour fora um instrumento escolhido por deus.
Deixou sua vida como próspero comerciante de roupas e passou a dedicar-se inteiramente ao serviço religioso e à edição da revista, concentrando sua fortuna de 250 mil dólares nesse intento.
Ele estava convicto de que o “Tempo do Fim” havia se iniciado em 1799, que Jesus havia retornado invisivelmente em 1874 e que o Apocalipse aconteceria em 1914.
Estava cheio de esperança e da certeza de que essas datas proféticas haviam lhe sido reveladas por deus.

Em 1882, quando John H. Paton, um adventista trinitarista que contribuía na Zion’s Watch Tower, deixou a revista, Russell começou a escrever contra a doutrina da trindade.
Ele também chegou a publicar uma série de livros intitulada Estudo das Escrituras, que considerava indispensável ao estudo da Bíblia, advertindo que o desuso de tais livros poderia imergir os estudantes da Bíblia em uma “escuridão espiritual”.
Em 1903, após vários problemas conjugais, Russell e sua esposa, Maria Frances Russell, divorciaram-se.
Após perder o processo judicial do divórcio, Russell foi obrigado a pagar pensão à ex-mulher, ao que se negou.
Em receio de ter seus bens embargados, transferiu a sede da Watch Tower de Pittsburgh para Brooklyn, em Nova Iorque.

Russell passou a ensinar que a Pirâmide de Gizé, no Egito, fora projetada e instituída por deus, sendo sua segunda testemunha (a “testemunha de pedra”), ao lado da Bíblia.
Essa crença advinha da influência do astrônomo Piazzi Smyth e do pastor luterano Joseph A. Seiss. As datas proféticas se originavam, segundo Russell, de medidas do interior das passagens da pirâmide.

Suas medidas indicam a duração do ano, o peso da Terra, a distância até o Sol, etc.” – Russell

Em suas viagens pelos EUA, Russell ajuntava seguidores convictos da idéia de que o Apocalipse ocorreria em 1914.
Pregou dezenas de milhares de sermões e vendeu milhões de suas publicações impressas.
Persuadia seus seguidores a crer que ele era o “servo fiel e sábio” descrito em Mateus 24:45.
Em 1913, Russell foi acusado de vender um suposto trigo milagroso a 1 dólar por libra.

Ao perder o processo, foi obrigado a devolver o dinheiro.
Foi pedido um prazo de um ano para a devolução do dinheiro, ao que nenhum comprador solicitou devolução.
O jornal The Brooklyn Daily Eagle noticiou o caso, e chegou a ser processado por Russell:

Os experientes do Governo têm testemunhado sobre o trigo milagroso e têm deixado claro, mas lá de toda dúvida razoável, que nem é milagroso nem é demasiado bom.
O Eagle atreve-se a declarar que as provas demonstrassem que as atividades do culto religioso do Pastor Russell são lucrativas.”
Se o Pastor Russell pode fazer um dólar com meio kilograma do trigo milagroso, quanto tivesse podido fazer vendendo ações e bônus de ouro como diretor no velho Banco a União?

Os ensinos de Russell caíram no interesse de muitos pastores cristãos, cujos quais começaram a fazer diversas análises sobre sua teologia.
O reverendo J. J. Ross declarou em um folheto seu:

[Russell] Nunca assistiu às escolas de educação avançada; não sabe quase nada de filosofia, teologia sistêmica ou histórica; e é completamente ignorante dos idiomas [bíblicos, como o hebreu e grego].

Ross chegou à conclusão de que a doutrina de Russell era “anti-racional, anti-científica, anti-bíblica, [e] anti-cristiana”.
Russell começou a tentar barrar a distribuição desse tipo de material danoso a sua imagem.
Por fim, acabou reconhecendo como verdadeiras as acusações do reverendo Ross.
Quando o ano de 1914 finalmente chegou, a ânsia pelos acontecimentos divinos era grande.

O tempo previsto para isso, contudo, passou em branco, e Russell tratou então de atrasar a data para 1915.
Passado esse período, a data do “fim” foi profetizada para 1918, ano que Russell não passou em vida, tendo falecido em 31 de Outubro de 1916, desapontado pelo fracasso de suas profecias. Russell foi enterrado no Rosemont United Cemetery, em Pittsburgh, e em seu túmulo foi erigida uma pirâmide marcada pela cruz envolta pela coroa, símbolo que lhe era de grande apreço.

Uma verdade apresentada pelo próprio Satanás é tão verdadeira como a verdade enunciada por Deus. [...] Aceite a verdade onde quer que você a encontre, não importa o que ela contradiga.” – Russell

O impasse na Watch Tower

As instruções deixadas por Russell indicavam que o novo presidente da Watch Tower dividiria o poder com uma comissão editorial e com a diretoria que o próprio Russell havia nomeada de maneira vitalícia.
Ele esperava que sua posição de porta-voz para seus seguidores, os Estudantes da Bíblia, fosse assumida por uma liderança coletiva, e deixou ordem de que a The Watch Tower ficasse sob o poder de uma comissão editorial de cinco pessoas, dentre as quais pelos menos três deveriam aprovar o que quer que fosse que se intencionasse publicar na revista.
O advogado de Russell, Joseph Franklin Rutherford, contudo, logo se opôs a isso, e começou a concentrar em suas mãos o poder de diligência da organização.

Joseph Franklin Rutherford nasceu em 8 de Novembro de 1869 no Missouri e foi criado por pais batistas. Teve uma vida difícil e foi obrigado a trabalhar muito, chegando quase ao estado de pobreza. Conseguiu formar-se em Direito e passou nos exames de advocacia em 1892.
Chegou a servir como juiz substituto e foi advogado de Russell enquanto este último foi presidente da Watchtower.

Rutherford tinha um forte sentimento de repulsa e ódio pelo alto comércio e pelos políticos.
Tinha um temperamento difícil, era bastante mal-humorado e explosivo e costumava se exaltar com facilidade, além de ter problemas com o alcoolismo.
Justificava a oposição que muitos tinham por ele como sendo algo originado do Diabo.
Rutherford conheceu os Estudantes da Bíblia em 1894, e foi batizado como tal em 1906, tornando-se peregrino logo em seguida.

Enquanto advogado de Russell, enfrentou várias batalhas judiciais em favor de seu cliente. Defendeu publicamente as doutrinas dos Estudantes da Bíblia em debate e fez grande apologia aos ensinos de Russell em sua obra A Great Battle in the Ecclesiastical Heavens, lançada em 1915.
Após a morte de Russell, Rutherford não foi nomeado para a comissão editorial da The Watch Tower, tendo sido nomeado apenas como um dos cinco membros alternativos.

Contudo, Rutherford achava-se no direito de governar a Watch Tower de forma absolutista, ao invés de apenas administrar as decisões do corpo de diretores, como se lhe havia incumbido por seu cargo presidencial assumido dois meses após o falecimento de Russell.
Na época de sua eleição ele insistiu que os diretores aprovassem uma série de novos regulamentos que ampliavam o poder de autoridade dos membros da Watch Tower.

A eleição de Rutherford havia sido planejada e engendrada por Alexander H. Macmillan e William E. Van Amburgh.
Tendo sido eleito, ele buscou canalizar para si a reverência que os Estudantes da Bíblia tinham por Russell e deu início a sua conquista de uma presidência absoluta e despótica.
Começou a disputa entre Rutherford e os quatro diretores: Alfred I. Ritchie, Robert H. Hirsh, Isaac F. Hoskins, e Dennis Wright.
Em Janeiro do mesmo ano, Ritchie fora substituído na vice-presidência por Andrew N. Pierson.

O impasse começou a tomar forma quando Rutherford publicou o livro The Finished Mistery (sétimo volume de “Estudo das Escrituras”), tendo atropelado os direitos da diretoria e da comissão editorial ao lançar o livro partindo unicamente de sua própria autoridade.
Sobre o episódio o livro Jehovah’s Witnesses in the Divine Purpose, de 1959, declara em favor de Rutherford:

Ao meio-dia de 17 de Julho de 1917 este livro foi lançado no Refeitório de Betel. Tal como o Irmão Russell costumava fazer, o Irmão Rutherford ofereceu um exemplar deste livro a cada membro da família de Betel.
Foi um choque.
Completamente surpreendidos por este lançamento, os membros do corpo de diretores que se opunham aproveitaram-se imediatamente desta situação e fizeram disso um motivo para uma controvérsia de cinco horas sobre a administração dos assuntos da Sociedade.”

Ao lançar o livro, Rutherford ignorou tanto o poder e os direitos supervisivos dos diretores quanto do vice-presidente Andrew N. Pierson, valendo-se dos direitos que tinha como presidente da People’s Pulpit Association, ainda que essa fosse apenas uma subsidiária da Watch Tower, da qual recebia os fundos financeiros para suas operações.
Em Light After Darkness, que os quatro diretores e A. N. Pierson editaram, eles afirmaram:

Em primeiro lugar, nenhum dos Diretores que são falsamente acusados de serem ‘murmuradores’ sabia nada acerca da publicação do sétimo volume antes de este ter sido lançado.
Mais ainda, o assunto do sétimo volume estava completamente fora dos assuntos em discussão naquela ocasião.
Nenhum dos irmãos acusados de serem ‘murmuradores’ disse nada sobre o sétimo volume, nem tinham nenhum sentimento contra o volume.”

Joseph Franklin Rutherford, Alexander H. Macmillan, Clayton J. Woodworth e William E. Van Amburgh conspiraram contra a diretoria. Rutherford e Van Amburgh fizeram com que a inspeção aos livros da Watch Tower e as auditorias com respeito a tais publicações fossem proibidas.
Até mesmo o vice-presidente Pierson, que havia indicado Rutherford à presidência, fora proibido de ter acesso à edição das publicações.
Quanto a isto, Pierson declarou:

Nós nunca tivemos um relatório satisfatório do tesoureiro desde que tenho sido um diretor. Não sabemos qual é a situação do trust fund, nem qual é a situação da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados.
Quais são as relações financeiras entre a Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados e a Associação do Púlpito do Povo?
Como é investido o trust fund?
Quais são os títulos de crédito?
Quanto rendem?

Paul S. L. Johnson, que havia trabalhado com Russell, disse que Rutherford foi cruel e cheio de ódio – a Watch Tower posteriormente passou a caluniar Johnson, e faz isso até hoje.

Em 27 de Julho de 1917, Johhson, Pierson e os diretores foram depostos e expulsos.
Sobre o fato, Pierson e os diretores declararam:

Na refeição do meio-dia, o Irmão Rutherford relatou à família de Betel que nós seríamos obrigados a deixar o lar de Betel ao meio-dia de segunda-feira.
Os irmãos então consideraram seu dever fazer uma declaração à Família.
O Irmão Rutherford desejava que a Família só ouvisse a declaração dele; mas nós insistimos, e um de nós disse que desejava ler uma carta do Irmão Pierson declarando que ele ‘tomaria posição a favor da antiga diretoria’.
O Irmão Rutherford recusou-se a deixar que a carta fosse lida e gritou que o Irmão Johnson tinha ido ver o Irmão Pierson e tinha deturpado o assunto para ele.
Depois de o Irmão Johnson ter negado isso firmemente, o Irmão Rutherford correu para ele e, usando força física, que quase levantou o irmão Johnson no ar, disse num acesso de fúria: ‘Você vai deixar esta casa antes da noite; se você não sair, será posto fora’.
Antes de anoitecer esta ameaça foi cumprida.
Os pertences pessoais do Irmão Johnson foram literalmente postos fora do Lar de Betel e foram colocados irmãos como vigias em várias portas para impedí-lo de entrar novamente na casa.”


Em seguida, Rutherford ordenou a Macmillan que chamasse a polícia para que Wright, Hoskins, Ritchie e Hirsh fossem expulsos dos escritórios da Watch Tower.
Em 31 de Julho, Rutherford e Macmillan utilizaram procurações dos acionistas da People’s Pulpit Association para promover uma votação que depôs Hirsh e Hoskins da diretoria dessa associação. Posteriormente a este cisma que pôs Rutherford no completo controle da Watch Tower, alguns grupos de Estudantes da Bíblia se desvencilharam da Sociedade e formaram novas seitas, como o Pastoral Bible Institute, o Laymen’s Home Missionary Society e os ‘Standfasters’.

Continua…

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Astrologia

Horóscopo. Signos. Zodíaco.

Como a posição de Saturno pode influenciar o seu desempenho no trabalho?
O que a Lua diz sobre o seu futuro amoroso?
Seria auspicioso mudar a rotina, ou Júpiter indica que é melhor não arriscar?
Tentar predizer o futuro através dos astros é coisa antiga.
Há milhares de anos Sol, Lua, Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno são base fundamental de uma arte divinatória que supõe a influência dos astros sobre a vida e o destino dos humanos: a Astrologia.

Os astrólogos pretendem que a posição dos corpos celestes em determinados momentos é um fator condicionante do futuro, sendo a vida previsível pelo céu. A disposição dos astros no momento do nascimento determinará todo o curso da vida de uma pessoa, por seu signo de horóscopo.
Seria isto verificável cientificamente?
Pode o céu predizer nosso futuro, ou estamos apenas nos enganando com tolices genéricas?





História

A Astrologia é uma das mais antigas formas de futurologia.
A observação das estrelas já se dava na Suméria, em Akkad e na Babilônia.
Muito provavelmente, surgiu na Mesopotâmia, por volta do III milênio AEC.
Diferente do que comumente se pensa, a Astronomia é mais antiga, sendo que ambas chegaram a ser confundidas a tal ponto que a Astrologia acabou por ser chamada de “arte caldaica”.
A Astronomia se firmou como ciência teórica, e a Astrologia como arte buscadora de consequências práticas – os acontecimentos meteorológicos, mais especificamente.
Surgiu então a ideia de que os astros não só enunciavam acontecimentos, mas estavam também por trás de suas causas.
A Astronomia na Mesopotâmia fora de destaque considerável.

Os eclipses já eram previstos em 747 AEC, enquanto o curso do Sol, as fases da Lua e a periodicidade dos planetas foram estabelecidos por volta de 1000 AEC.
A observação da esfera celeste foi se sistematizando e se cientifizando, chegando a se sustentar em processos matemáticos, o que fez com seus primeiros estudiosos fossem chamados matemáticos.

A identificação dos planetas com deuses, na Babilônia, por outro lado, divinizou-a, e a presunção de que presidiam os nascimentos levou a crer que também influenciavam nos cursos das vidas, surgindo então a astrologia judiciária, baseada na crença de que os astros pronunciam julgamentos.
Os cinco planetas então conhecidos se juntaram a Sol e Lua, formando o número místico sete.
Júpiter correspondia a Marduk, Vênus à Ishtar, Saturno a Ninurta, Mercúrio a Nebo, Marte à Nergal, a Lua à Sin e o Sol a Shamash.

Esses deuses planetas eram os intérpretes das vontades dessa assembleia divina, que apenas se manifestava genericamente, visto que os deuses não se preocupam com as minúcias.
No princípio de sua prática, a Astrologia era reservada à classe sacerdotal, vindo a ser chamada “arte real”, já que os reis eram sacerdotes.
Sua maior preocupação era o futuro do rei e do Estado.
A fama dos astrólogos caldeus era grande no mundo antigo, tendo crescido com a predição de que Alexandre Magno morreria se entrasse na Babilônia.
Com a queda da Babilônia a Mesopotâmia decaiu, e os astrólogos expatriaram-se, fazendo a Astrologia se espalhar e florescer.

No Egito se atribuía a invenção da Astrologia ao deus Thoth.
Os egípcios difundiram o zodíaco, que é a divisão da elíptica em 12 casas de 30° de longitude cada uma – herança caldaica que passou à Grécia, junto com o calendário de 12 meses e 5 dias adicionais –, além de crença de que cada hora tinha uma estrela como regente do corpo humano, e da escolha de 36 estrelas cuja ascensão se processava em intervalos de 10 dias um da outra (decanas).
Na Grécia, embora a Astrologia já fosse conhecida pelos filósofos desde o século V AEC, a grande astrologia surgiu no período helenístico, e foi intentada a identificação dos astros com personagens mitológicos.

Vulgarizou-se e tornou-se ocupação de muitos astrônomos.
Platão a considerava disciplina séria, e Hipócrates de Cós discutia seu valor curativo.
Alexandria tornou-se lar e ninho de muitos astrólogos, o primeiro deles tendo sido Necepso de Netosine.
O círculo do zodíaco fora lá aprimorado e a precessão dos equinócios, descoberta por Hiparco de Niceia, fora adicionada.

A Astrologia deixou de se preocupar com o Estado e passou a focar-se nas vidas dos comuns, a partir do século II EC.
Ptolomeu deu-lhe fundamentos duradouros através de seus desenvolvimentos matemáticos e astronômicos.
Em Roma os escravos leitores dos astros foram indiscriminadamente chamados “caldeus”.

Em 139 AEC foram expulsos por Cnido Cornélio Híspalo, regressando com o início da república.
Amparados pelo imperador e pelas mulheres, acabaram tendo aceitação social e prosperando até a decadência de Roma.
Alexandre Severo criou cátedras de Astrologia e sua influência chegou ao auge depois da morte de Marco Aurélio.

Com o início da Idade Média já traziam decadência.
Três bulas papais e as anátemas do Concílio de Laodiceia (366), do Concílio de Toledo (400) e do Concílio de Braga (561) condenaram tal prática.
Foi julgada supersticiosa e herética, visto que a crença na determinação do destino pelos astros ia de encontro com o livre-arbítrio.
Tomás de Aquino aceitava a ideia de que o caráter pudesse sofrer influência astral, desde que não fosse determinante.
Com os árabes, depositários e propagadores da ciência antiga, a Astrologia fora divulgada por toda a Europa, iniciando este processo na Espanha.

Por volta do século XIV, com a decadência do poder imperial e papal e o início da Renascença na baixa Idade Média, chegou a um novo apogeu, tornando-se disciplina universitária no mundo cristão.
Foi prestigiada como nunca antes entre os séculos XV e XVI, e os astrólogos foram conselheiros dos governantes e da nobreza até o século XVII, depois da derrocada do geocentrismo.
As artes visuais tomaram temática astrológica e Veneza tornou-se centro dos astrólogos até a Idade Moderna, quando a Astrologia decaiu drasticamente.
Sistema

A aplicação mais corrente da Astrologia é o horóscopo, que aceita o princípio da ação das estrelas e planetas sobre a vida humana a partir do nascimento.
A hora do nascimento é decisiva, sendo necessário para determinar a influência astral um “levantamento do céu”.
O céu é então dividido em 12 casas:
  • Aries (21 de março a 19 de abril);
  • Taurus (20 de abril a 20 de maio);
  • Gemini (21 de maio a 21 de junho);
  • Câncer (22 de junho a 22 de julho);
  • Leo (23 de julho a 22 de agosto);
  • Virgo (23 de agosto a 22 de setembro);
  • Libra (23 de setembro a 23 de outubro);
  • Scorpio (24 de outubro a 21 de novembro);
  • Sagittarius (22 de novembro a 21 de dezembro);
  • Capricornius (22 de dezembro a 19 de janeiro);
  • Aquarius (20 de janeiro a 18 de fevereiro);
  • Pisces (19 de fevereiro a 20 de março).
As figuras astrológicas são de várias espécies, sendo a mais estimada o quadrado astrológico, composto de três quadrados circunscritos, o segundo no primeiro e o terceiro no segundo.
Formam-se oito triângulos, sendo os quatro triângulos externos, dos vértices do quadrado maior, divididos pelo meio.
Os 12 triângulos que surgem representam as 12 casas celestes, que correspondem aos 12 signos zodiacais, enumeradas no sentido anti-horário.

A primeira é a casa central do lado esquerdo do quadrado, sendo nela inscrita a constelação que sobe no horizonte (ascendente) no início da observação.
Os símbolos das outras constelações são distribuídos nas casas restantes, da esquerda para a direita.
Em seguida o astrólogo distribui pelas 12 casas os planetas segundo sua posição no céu no momento da observação, ficando na casa 1 o planeta ascendente no momento da observação.
  • Casa 1, da vida (Aries – ângulo oriental): vida longa;
  • Casa 2, das riquezas (Taurus – porta inferior): dinheiro e boa sorte;
  • Casa 3, dos irmãos (Geminis): heranças e surpresas desagradáveis;
  • Casa 4, do parentesco (Cancer – fundo do céu ou ângulo da terra): tesouros ocultos;
  • Casa 5, dos filhos (Leo): donativos;
  • Casa 6, da saúde (Virgo – amor de Maria): tristezas e doenças;
  • Casa 7, do matrimônio (Libra – ângulo ocidental): casamentos;
  • Casa 8, da morte (Scorpio): terror e morte;
  • Casa 9, da religião (Sagittarius – amor do sol): piedade, religião, viagens e filosofia;
  • Casa 10, das divindades (Capricornius – metade do céu): empregos e coroas;
  • Casa 11, da amizade (Aquarius): prosperidade;
  • Casa 12, inimizade (Pisces – amor de Saturno): atentados, mortes repentinas e desgostos.
Cada casa tem poder diferente e elas não obedecem a qualquer ordem crescente ou decrescente, cada uma tendo astro próprio de influência majoritária.
Quando dois planetas tem a mesma força, prevalece o que está situado na casa de maior poder.
A influência dos planetas depende da casa em que se encontrem, da sua própria natureza e dos seus aspectos.
O aspecto é o ângulo formado pelos raios que partem dos planetas e se encontram na Terra.
Observados simultaneamente, os dois astros podem apresentar os aspectos: conjunção (0°), sextil (60°), quadrante (90°), trígono (120°) e oposição (180°). O quadrante e a oposição são maléficos; o trígono e o sextil, benignos; a conjunção, indiferente.

Os elementos ou triplicidades astrológicas abrangem cada qual três signos zodiacais: o fogo está relacionado com Aries, Leo e Sagittarius; a terra com Taurus, Virgo e Capricornius; a água com Cancer, Scorpio e Pisces; e o ar com Gemini, Libra e Aquarius. Fogo e Ar são positivas e masculinas, enquanto Água e Terra são negativas e femininas.

As quadriplicidades ou qualidades são: cardinal ou empreendedor (Aries, Cancer, Libra e Capricornius), fixo ou determinado (Tauros, Leo, Scorpio e Aquarius) e mutável ou adaptável (Gemini, Virgo, Sagittarius e Pisces).

Cada dia da semana recebe influência do astro que lhe deu nome: Sol (domingo), Lua (segunda), Marte (terça), Mercúrio (quarta), Júpiter (quinta), Vênus (sexta) e Saturno (sábado). As 24 horas tem por regentes os planetas em sua ordem celeste decrescente: Saturno, Júpiter, Marte, Sol, Vênus, Mercúrio e Lua.

O “grande ano” dura 25.868 anos solares e corresponde ao período de tempo que o eixo polar da Terra leva para passar em torno de um círculo hipotético em relação às estrelas e retornar a sua posição original.
Essa oscilação do eixo é denominada “nutação” pelos astrônomos.
Na Astrologia o grande ano se divide em 12 grandes meses, cada um deles com pouco mais de 2.000 anos.

O eixo polar vai se movendo em torno de seu círculo e a Terra vai passando de uma constelação à outra.
Os 2.000 primeiros anos da era cristã correspondem à era do grande mês de Pisces. Estamos agora em Aquarius.

Funciona?
Desde as descobertas de Galileu e seus sucessores os cálculos astrológicos têm sido lançados em grande confusão, visto que se pensava que o Sol, a Lua e os planetas giravam em torno da Terra, cada signo correspondendo a uma determinada organização da faixa celeste, conforme a constelação em pauta.
Já havia mais que sete planetas, ao passo que o Sol e a Lua já não faziam mais parte do rol planetário.
  • Com a aceitação do sistema heliocêntrico de Copérnico, a doutrina da influência astral morreu;
  • A Astrologia ignora totalmente o movimento de precessão da Terra: desde Hiparco o equinócio retrocedeu 30°, de maneira que os signos avançam uma ordem em relação à passagem do Sol (sob o signo de Taurus o Sol atravessa Aries, sob o signo de Aries o Sol atravessa Pisces etc.). Somente em 25.760 anos será reestabelecida a antiga coincidência;
  • A constelação de Serpentário é totalmente desconsiderada;
  • A teoria astrológica de que os astros de grandes massas exercem influência sobre o campo magnético terrestre e que este, por sua vez, influencia as vidas dos indivíduos é totalmente falha, dado que qualquer imã exerce influência maior sobre nós que o campo magnético da Terra;
  • O puxão gravitacional exercido por um planeta como Júpiter ou Saturno é equivalente ao exercido por uma enorme gama de corpos quaisquer que estejam próximos do indivíduo quando do seu nascimento, como um carro ou uma parede;
  • Os astrólogos não conseguem definir o que consideram o momento do nascimento em partos de várias horas.
Nenhuma das grandes descobertas primeiras da Astronomia é devida à Astrologia.
Muitos astrônomos persistiram vivendo da venda de horóscopos, embora já não acreditassem na Astrologia.

A Astrologia, junto com uma enorme gama de pseudociências, se baseia no sugestionamento, sendo a crença nela dependente da vontade do indivíduo de que as informações que ela fornece sejam verídicas, não de que, de fato, sejam.
As informações que fornece e nas quais se baseia não se sustentam em nenhuma evidência, e advém de pura especulação supersticiosa.

Os únicos astros que, de fato, exercem influência sobre os seres humanos são o Sol e a Lua, e tal influência nada tem de mística.

Predições futurológicas e adivinhações de toda sorte feitas pela Astrologia só podem ser acreditadas por fé, não encontrando nenhuma evidência científica que as suporte.
A crença na Astrologia, e mais precisamente no horóscopo, pode ser explicada, na maioria dos casos, com o Efeito Forer.

Também chamado “efeito da validação subjetiva”, o Efeito Forer é a observação de que a maioria das pessoas aceita como válida qualquer informação sobre suas personalidades, ainda que seja genérica e superficial, quando dito que se aplica especificamente a elas e/ou quando são enunciadas coisas lisonjeiras.

Em 1948 o psicólogo Bertram R. Forer deu a cada um de seus alunos um teste de personalidade, contendo um texto confeccionado a partir de vários textos menores de um horóscopo de banca de revista:

“Você sente necessidade de que outras pessoas gostem de si e o admirem, e ainda assim tende a ser crítico em relação a si mesmo.
Embora tenha algumas fraquezas de personalidade, geralmente é capaz de compensá-las.
Você tem uma considerável capacidade não utilizada, que ainda não usou a seu favor.
Disciplinado e com autocontrole por fora, tende a ser preocupado e inseguro no íntimo.
Às vezes tem sérias dúvidas sobre se tomou a decisão correta ou fez a coisa certa.
Prefere uma certa mudança e variedade, e fica insatisfeito quando é cercado por restrições e limitações.

Também se orgulha de pensar de forma independente, e não aceita afirmações de outros sem provas satisfatórias.
Mas descobriu que não é recomendável ser excessivamente sincero ao se revelar para outras pessoas.
Às vezes é extrovertido, afável e sociável, embora às vezes seja introvertido, cauteloso e reservado.
Algumas das suas aspirações tendem a ser irrealistas.”
Forer pediu aos alunos que avaliassem o teste com notas de 0 a 5, sendo 4 “bom” e 5 “excelente”.

A média ficou em 4,26, e em todas as repetições do teste até hoje a média sempre tem girado em torno de 4,2.
Forer conseguiu mostrar, então, que a maioria das pessoas acredita no que quer que seja dito sobre elas quando a informação corresponde àquilo que elas querem que seja verdade e/ou quando fornece dados genéricos e rasos, aplicáveis a qualquer pessoa, mas que parecem específicos por se aplicarem a maioria das pessoas ou a uma seleta minoria da qual, por acaso, fazemos parte.

Ainda que algo que é dito sobre nós seja falso, tendemos a aceitar se for positivo e lisonjeiro e/ou se nos for dito e por nós acreditado que se aplica especificamente a nós.
Neuroticismo, necessidade de aprovação, e autoritarismo estão, muitas vezes, por trás dos perfis do Efeito Forer.
A Astrologia apenas faz descrições genéricas, predições rasas e aconselhamentos inespecíficos e superficiais.
Não encontra base científica, sendo não mais que uma superstição antiga que ignora os desenvolvimentos da Astronomia, da Física e da Matemática e que, surpreendentemente, gera dinheiro, em razão da ingenuidade humana.


Referências
Enciclopédia Mirador Internacional. Vol. 3, p. 917-922. São Paulo:
Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda, 1981.

http://brazil.skepdic.com/forer.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Astrologia
http://historiaereligionis.wordpress.com/

O Evangelho de Judas

 

Quem terá sido aquele personagem que multidões espancam e queimam na Páscoa?
Todas as igrejas cristãs afirmam ser ele o traidor de Jesus, que entregou seu mestre e salvador por moedas de prata.
Mas será que essa é a única versão da história?
Ele nega tudo.




Já não é segredo que a Igreja excluiu muita coisa da Bíblia.
No primeiro século já existiam pelo menos 30 evangelhos diferentes, cada um com versões diversas da história de Jesus.
Foi em 180 EC que o bispo Irineu de Lyon, buscando unificar o conjunto de crenças cristãs – que se espalhava por várias igrejas e escritos -, selecionou os quatro evangelhos atuais como canônicos e decretou que os demais eram heréticos.
Contudo, graças a monges do Egito, que mantiveram os apócrifos escondidos, pudemos fazer uma descoberta impressionante.

Descoberto em 1978, o Evangelho de Judas inaugurou novas dúvidas e discussões a respeito da veracidade dos evangelhos considerados canônicos. Ele faz parte de um códice datado entre 220 e 340 EC, e é constituído de 26 páginas.
Sua existência já era conhecida há muito tempo, visto que já havia sido citado pelo bispo Irineu em uma carta escrita em 180 EC.
Segundo o evangelho, Judas não teria traído Jesus, mas sido cúmplice dele.

Judas deve ter nascido em Kariotes, um vilarejo ao sul de Hebron, importante cidade da Judéia.
Caberia a ele espalhar a mensagem de Jesus, que por sua vez era galileu.
Como o povo da Judéia considerava os galileus ignorantes, o fato de Judas falar de Jesus com tanta consideração poderia contribuir para firmar a imagem de seu mestre entre os judeus, tarefa de grande importância.
Nos textos encontrados, mostra-se que Jesus tinha grande consideração pelo apóstolo.

Uma passagem diz que, certa vez Jesus riu dos apóstolos, pois, segundo ele, eles não rezavam por vontade própria, mas para tentar agradar a deus.
Os apóstolos imediatamente começaram a “blasfemar contra ele em seus corações”, exceto Judas.
Notando que Judas tinha melhor entendimento de suas palavras, Jesus se propôs a ensiná-lo “os mistérios do reino”, dizendo, contudo, que ele sofreria por conhecê-los.
Jesus disse que havia dois deuses distintos: um governante e criador do mundo material e outro do mundo espiritual.
Para alcançar o bondoso deus do mundo espiritual seria necessário “livrar-se da vestimenta humana”, e isso seria alcançado por Jesus através da suposta traição de Judas.

Certas pistas sobre essa versão da história já haviam sido dadas antes pelos evangelhos canônicos.
Em algumas ocasiões Jesus mostrou que tinha conhecimento de que seria traído por um de seus apóstolos.
Além do mais, embora o evangelho de João descreva Judas como ganancioso e ladrão, o evangelho de Marcos diz que a recompensa das 30 moedas não foi requisitada por ele, mas oferecida pelos sacerdotes.

É fato que o evangelho de Judas não foi escrito por ele, e que é uma cópia em copta (dialeto egípcio que usava caracteres gregos) de um texto mais antigo, escrito por um autor gnóstico.
Mas os demais também não foram escritos por aqueles que lhes dão nome. Todos os quatro supostos escritores dos quatro evangelhos canônicos já haviam morrido quando eles foram escritos.

Mesmo sem essa certeza, esses escritos devem ter causado grande pavor a Igreja nos primeiros séculos depois de Cristo.
A Igreja precisava de um traidor para mostrar aos fiéis que, embora lhes seja dado livre-arbítrio, a guarda e direção da Igreja são necessárias para que não se mergulhe na perdição, como supostamente ocorreu a Judas.

Esse tipo de rebatimento dos dogmas da Igreja levou o bispo Atanásio de Alexandria a ordenar a destruição dos apócrifos em 367 EC.
Graças aos monges, que davam grande valor a tais escritos, essas informações tão valiosas ficaram sob a guarda da terra, protegidas da Igreja, até chegarem a nós.

O papa Bento XVI negou bênção ao novo evangelho afirmando que seu protagonista é soberbo em achar que não precisa da purificação e da vontade salvadora de deus.
Fato é que, verdadeiro ou não, santo ou não, o Evangelho de Judas traz uma nova versão do martírio do messias, despertando novas dúvidas entre o meio religioso sobre a autoridade da Igreja para definir o que entra e o que sai do conjunto de dogmas e mitos cristãos.


Referências

National Geografic – O Evangelho Segundo Judas. Diretor: James Barrat. EUA, 2006
http://historia.abril.com.br/gente/judas-iscariotes-traidor-heroi-434689.shtml
http://super.abril.com.br/religiao/evangelho-judas-446400.shtml

O Evangelho de Maria Madalena

Por séculos ela foi considerada uma ex-prostituta arrependida e, embora a Igreja lhe tenha tirado esse título, não falta quem ainda o use.

As histórias a respeito dela são das mais variadas e a mais detalhista fala de sua vida ao lado de Jesus.





Maria Madalena chamava-se originalmente Maria de Magdala, tendo nascido na referida cidade, situada na costa do ocidente da Galiléia.
É descrita pelos evangelhos canônicos como seguidora fiel de Cristo, tendo recebido de um anjo a notícia de sua ressurreição.

O Evangelho de Maria Madalena foi descoberto no Cairo em 1896. É um texto gnóstico que relata a vida dela ao lado de seu mestre, Jesus.
O texto original é grego e data entre os séculos II e III d.C., enquanto sua versão em copta data do século V. Na cópia faltam quatro páginas, sendo estas 1, 6, 11 e 14.

Embora o evangelho esteja assinado apenas como Maria, seu segundo nome também é citado no texto, dando indicação, portanto, de que se trata de um suposto testemunho de Maria Madalena.
Neste evangelho ela é citada como a mais importante apóstola de Jesus, tendo sido exclusivamente contadas a ela certas coisas da parte dele.

Maria descreve um diálogo com Jesus, enquanto o evangelho em si ilustra um diálogo com os demais apóstolos, no qual ela narra suas conversas com o Mestre.
Maria tentava animar os apóstolos, entristecidos com a idéia de ter de enfrentar dificuldades diversas para espalhar a mensagem de Jesus.
Ela teria sido felicitada por ele por ter tido uma visão com o próprio.

Jesus conta-lhe uma história ilustrativa, onde a alma superaria “as sete potencias da ira”, ocorrendo-lhe ascensão ao reino celestial após a superação completa e sua consequente libertação deste mundo.
Pedro então se levanta entre os apóstolos e indaga sobre o fato de Jesus ter contado tais coisas exclusivamente a Maria.
Levi o adverte a não tentar conflitar com Maria, pois, segundo ele, o fato de Jesus ter amado a ela sobre todos os outros indica que eles precisam melhorar espiritualmente.

O diálogo se encerra e os apóstolos se dispersam em busca de divulgar os ensinos de Jesus.
Maria Madalena é citada, portanto, como aquela a quem Jesus mais amou, tendo sido a ela revelados segredos exclusivos por parte do Mestre.
Sua presente imagem no texto indica que o autor intencionava mostrar que a Nova Lei, instituída por Jesus, não fazia distinção entre os sexos, rebatendo, portanto os preceitos da Lei Mosaica.

A Prostituta Arrependida
Os ensinamentos deste evangelho seriam totalmente reprovados pela Igreja, visto que levantam dúvidas sobre a superioridade masculina no Cristianismo.
Além disso, tendo sido o texto escrito por um autor gnóstico, jamais seria aceito pela Igreja, que o deve ter incluído entre os evangelhos considerados heréticos.
Contudo a imagem de ex-prostituta, atribuída a Madalena, também não tem base nos evangelhos canônicos. Acontece que o Papa Gregório I, afirmou em um sermão seu, em 591, que a mulher salva do apedrejamento e Maria Madalena eram a mesma pessoa.

O engano foi desfeito pela Igreja em 1967, quando a distinção entre as duas foi restituída.
Além do mais, a passagem bíblica que descreve Jesus salvando a mulher do apedrejamento é falsa, tendo sido encaixada na Bíblia por algum autor desconhecido no século III, na tentativa de desvincular a lei cristã da judaica, que decretava a pena de apedrejamento.
Assim a imagem de Maria Madalena foi sendo moldada através dos tempos.
De apóstola amada à prostituta arrependida, hoje ela é celebrada, tendo em sua homenagem o dia de 22 de Julho, dia de Santa Maria Madalena.

Referências
http://historia.abril.com.br/religiao/maria-madalena-crucificada-pelo-preconceito-434380.shtml

INVOCAÇÃO À MARIA MADALENA PARA DISSOLVER A LIMITAÇÃO DO ENVELHECIMENTO



INVOCAÇÃO


Mensagem canalizada através de Natalie Glasson
3 de Novembro de 2012.

 

 


Maria Madalena, eu apelo para que a sua energia de vibração elevada, amorosa e feliz, flua sobre e através do meu ser.

 
Estou aceitando as qualidades divinas do Criador que você mantém, reconhecendo agora as mesmas em meu próprio ser.
 
Você é uma chama de luz vibrante, que representa a vitalidade, o bem estar, a energia vital, a saúde, o vigor, o poder, a força, a felicidade, a abundância, a paz, a alegria, a juventude, o frescor, o brilho e a lucidez.
 
Por favor, permita que a sua chama de luz me envolva completamente, para que eu possa inspirar as suas energias, manifestando as mesmas dentro do meu ser.

Eu agora reconheço que a minha alma existe eternamente e está livre do envelhecimento, do esgotamento e do enfraquecimento.
 
Minha alma se torna mais forte, mais vibrante, poderosa, expansiva e sábia, a cada realidade que eu experiencio.
 
Eu reconheço que a minha alma somente se torna mais abundante com as qualidades e dons do Criador.
 
Minha alma é o centro da minha realidade na Terra e nos planos internos, atuando como um representante do Criador.
 
Eu escolho agora aceitar que as possibilidades ilimitadas e expansivas e a sabedoria da minha alma ancorem a minha alma, profunda e completamente, em minha realidade física.

Minha alma é eternamente saudável, forte e feliz, portanto, o meu corpo físico e o meu campo áurico são eternamente saudáveis, fortes e felizes.

Escolho dissolver completamente as formas-pensamento e a programação de que o meu corpo envelhece e se torna mais fraco.
 
Escolho libertar o meu corpo das limitações, erradicando tudo o que se acredita conectado ao envelhecimento e que está ancorado em meu corpo físico.

Meu corpo é eternamente forte...
Meu corpo é eternamente feliz...
Meu corpo é eternamente saudável.

Maria Madalena, por favor, envie-me a energia vital do Criador em meu corpo físico, penetrando profundamente nas células do meu corpo físico.
 
Permito que as minhas células sejam preenchidas com a luz vibrante e com a energia vital, alterando o padrão energético das minhas células e aumentando a vibração energética.

As células do meu corpo estão brilhando vibrantemente com uma abundância da energia vital do Criador.

A Luz do Criador agora dissolve e erradica todo o dano dentro das minhas células e dos tecidos do meu corpo, dissolvendo todas as formas de toxinas.

Eu erradico o padrão energético de danos e de toxinas dentro das células e nos tecidos do meu corpo, permitindo que eles sejam nutridos pela luz.

Enquanto a luz penetra em meu corpo físico, nos tecidos e células, ocorre um processo natural de cura e de transformação, regenerando as minhas células, enquanto aumenta a reparação eficaz das minhas células e do meu corpo físico.

Minhas células se recuperam eficazmente e se curam rápida e facilmente.

Eu sou abundante em minha habilidade de aceitar e de receber a luz e a energia vital do Criador, o que cria uma purificação constante e natural das minhas células.

Com a minha aceitação da Luz do Criador, as minhas células são purificadas eternamente.

Maria Madalena, com a sua luz e a abundante energia vital do Criador, eu dissolvo agora a programação das minhas células ligadas ao envelhecimento e ao enfraquecimento do corpo físico.
 
Permita que a chama violeta flua da minha cabeça aos dedos dos pés, neste exato momento, dissolvendo a programação do envelhecimento e o colapso do corpo físico, mantidos em minhas células e no DNA dentro das minhas células.

(Imagine a chama violeta descendo sobre e através do seu corpo físico, desde a cabeça, até os dedos dos pés).

Estou livre da programação do envelhecimento e não reconheço mais o processo do envelhecimento dentro do meu corpo físico.

Maria Madalena, por favor, ajude-me a colocar uma nova intenção em minhas células e em meu DNA.
 
Permita que esta intenção esteja eternamente presente a partir deste momento em diante.

Minhas células estão agora programadas para serem jovens, cheias de vitalidade da luz do Criador, eternamente saudáveis, funcionando perfeitamente para apoiar a minha conexão sempre fluida com o Criador, enquanto acumula um grande volume da sabedoria, da consciência e dos insights do Criador.

Minhas células e o meu corpo físico estão agora livres das influências do mundo exterior. Agora, a minha alma nutre, estimula e programa as células do meu corpo constantemente.

Permito que a minha alma envie instruções as minhas células para serem distribuídas por todo o meu corpo, criando tudo o que o meu corpo precisa para existir como um corpo, pessoa e ser eternamente jovem, saudável, cheio de luz e estimulado.

Minha alma é agora capaz de preparar o meu corpo através das minhas células para a ascensão e aceita o meu corpo físico como um corpo de luz de elevada vibração.

Estou consciente de que posso manifestar o meu corpo físico de qualquer maneira que deseje, através da colocação de intenções em minhas células, seja em relação à cura, à perda de peso, à ascensão, ao brilho, à vitalidade ou a maior paz.
 
Estou ciente de que cada intenção que coloco em minhas células deve ser guiada ou apoiada pela minha alma, uma fonte de todo o conhecimento em meu ser.
 
Estou ciente de que os meus pensamentos influenciam naturalmente as minhas células e assim a fim de dissolver completamente o processo de envelhecimento e nutrir o meu corpo físico, devo garantir que todos os pensamentos sejam positivos, produtivos e livres de limitação.

Ao dissolver o processo do envelhecimento em minhas células e em meu corpo físico, eu aceito o poder e a expansão da minha alma.

Eu sou um radiante, eternamente jovem, poderoso e saudável ser de luz do Criador.
Aceito a minha verdade e a minha verdadeira identidade.

Maria Madalena, por favor, trabalhe comigo diariamente para apoiar as intenções que eu expressei hoje.
Grato.
 

www.omna.org
Tradução: Regina Drumond

E-BOOK - PLANTAS MEDICINAIS DA AMAZONIA E MATA ATLANTICA


 



Saudações,
Para os interessados em fitoterapia, um belíssimo livro dos pesquisadores Luiz Claudio Di Stasi e Clélia Akiko Hiruma Lima.
Quase 600 páginas de muita informação.

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ÁUDIO – EQUILIBRANDO O ASPECTO FEMININO E MASCULINO




Saudações,
Já ouviu falar em Anima e Animus, conceitos de mestre Jung?

Então aqui vai uma meditação tratando do tema.

Se não conheces, baixe de qualquer  forma e busque no Google informações a respeito.


O link para download é http://www.mediafire.com/?hu5i8h35n2xo5cx


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Posto aqui o link para o primeiro livro da necessária e saudosa Clarice Lispector, um tipo de escritora que não se lê, se sente.
O link para o livro escrito por ela aos 17 anos é
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Bom download e deleite.

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Os benefícios da pimenta





Pesquisadores do mundo todo não param de descobrir que a pimenta, tanto do gênero piper (pimenta-do-reino) como do capsicum (pimentavermelha), tem qualidades farmacológicas importantes.

Segundo o médico homeopata Marcio Bontempo, autor do livro Pimenta e seus Benefícios à Saúde, além dos princípios ativos capsaicina e piperina, o condimento é muito rico em vitaminas A, E e C, ácido fólico, zinco e potássio.

Tem, por isso, fortes propriedades antioxidantes e protetores do DNA celular.
Também contém bioflavonóides, pigmentos vegetais que previnem o câncer.

Graças a essas vantagens, a planta já está classificada como alimento funcional, o que significa que, além de seus nutrientes, possui componentes que promovem e preservam a saúde.

Hoje ela é usada como matéria-prima para vários remédios que aliviam dores musculares e reumatismo, desordens gastrintestinais e na prevenção de arteriosclerose.

Apesar disso, muitas pessoas ainda têm receio de consumi-la, pois acreditam que possa causar mais mal do que bem.

Se você é uma delas, saiba que diversos estudos recentes têm revelado que apimenta não é um veneno nem mesmo para quem tem hemorróidas, gastrite ou hipertensão.


DOENÇAS QUE A PIMENTA CURA E PREVINE



Baixa imunidade - A pimenta tem sido aplicada em diversas partes do mundo no combate à aids com resultados promissores.


Câncer - Pesquisas nos Estados Unidos apontam a capacidade da capsaicina de inibir o crescimento de células de tumor maligno na próstata, sem causar toxicidade.
Outro grupo de cientistas tratou seres humanos portadores de tumores pancreáticos malignos com doses desse mesmo princípio ativo.
Depois de algum tempo constataram que houve redução de 50% dos tumores, sem afetação das células pancreáticas saudáveis ou efeitos colaterais.
Já em Taiwan os médicos observaram a morte de células cancerosas do esôfago.


Depressão - A ingestão da iguaria aumenta a liberação de noradrenalina e adrenalina, responsáveis pelo nosso estado de alerta, que está associado também à melhora do ânimo em pessoas deprimidas.


Enxaqueca - Provoca a liberação de endorfinas, analgésicos naturais potentes, que atenuam a dor.


Esquistossomose - A cubebina, extraída de um tipo depimenta asiática, foi usada em uma substância semi-sintética por cientistas da Universidade de Franca e da Universidade de São Paulo.
Depois do tratamento (que tem baixa toxicidade e, por isso, é mais seguro), a doença em cobaias foi eliminada.


Feridas abertas - É anti-séptica, analgésica, cicatrizante e anti-hemorrágica quando o seu pó é colocado diretamente sobre a pele machucada.


Gripes e resfriados - Tanto para o tratamento quanto para a prevenção dessas doenças, é comum recomendar a ingestão de uma pequena pimenta malagueta por dia, como se fosse uma pílula.


Hemorróidas - A capsaicina tem poder cicatrizante e já existem remédios com pimenta para uso tópico.


Infecções - O alimento combate as bactérias, já que tem poder bacteriostático e bactericida, e não prejudica o sistema de defesa.
Pelo contrário, até estimula a recuperação imunológica.


Males do coração - A pimenta caiena tem sido apontada como capaz de interromper um ataque cardíaco em 30 segundos.
Ela contém componentes anticoagulantes que ajudam na desobstrução dos vasos sanguíneos e ativam a circulação arterial.


Obesidade - Consumida nas refeições, ela estimula o organismo a diminuir o apetite nas seguintes.
Um estudo revelou que a pimenta derrete os estoques de energia acumulados em forma de gordura corporal.
Além disso, aumenta a temperatura (termogênese) e, para dissipá-la, o organismo gasta mais calorias.
As pesquisas indicam que cada grama queima 45 calorias.


Pressão alta - Como tem propriedades vasodilatadoras, ajuda a regularizar a pressão arterial.


Reumatismo, artrite e artrose - Recomenda-se a aplicação de compressas quentes ou frias nas articulações, feitas com 250 gramas de pimenta vermelha socada e misturada a uma pasta de purê de inhame.
Use uma vez ao dia até a melhora.


Pimentas que você encontra em São Paulo




Uma enciclopédia com 94 variedades de pimentas que podem ser encontradas em São Paulo.
Difícil imaginar tanta variedade assim tão disponível ao consumidor brasileiro, mas é o que comprova o livro "Pimentas que você encontra em São Paulo", do fotógrafo Cloves Vasconcelos.

Ele percorreu supermercados, sacolões, feiras livres, Mercado Municipal, produtores, além, é claro, da Ceagesp. Lugares onde encontrou as populares dedo-de-moça, baiana, de cheiro, a malagueta, até as menos conhecidas, como a mexicana habanero.
Encontrou a pimenta mais ardida do mundo - segundo o Guiness Book - a Bhut Jolokia.
Ela atinge o grau máximo de ardência e recomenda-se o uso de luvas no manuseio desta pimenta.
Mas nem só pimenta o autor vive a procurar.
Este já é o terceiro de uma série que conta, também, com "Frutas que você encontra em São Paulo" e "Hortaliças que você encontra em São Paulo".

Fonte: vilamulher.terra.com.br


Pimenta pode ajudar na luta contra o câncer



O poder da pimenta não está só em deixar os alimentos picantes.
Segundo um artigo publicado no jornal Câncer Research, uma substância contida em sua fórmula, a capsaicina, pode ser uma arma contra o câncer de próstata.
A descoberta ainda é recente, mas estudos asseguram que a capsaicina pode vir a ser a base de um remédio na luta contra o câncer.
O estudo foi feito com ratos geneticamente modificados e que tinham células humanas de câncer na próstata.
Eles ingeriram uma dose de extrato de pimenta correspondente de três a oito pimentas.
O que foi notado é que a capsaicina aumentou a quantidade de algumas proteínas envolvidas no processo de eliminação das células bem como reduziu o número de células cancerosas.


Pimenta é considerado alimento TERMOGENICO que ajuda no emagrecimento



Pimenta vermelha:
Esse tipo específico de pimenta é rica em capsaicina, substância que favorece o aumento da quebra de gorduras no tecido adiposo.
Ela aumenta em até 20% a atividade metabólica se ingerida na quantidade de três gramas por dia, podendo ser adicionada em saladas e pratos quentes como tempero.


Aprenda um pouco sobre a CAPSAICINA



Capsaicina é o elemento químico que dá ardênca as pimentas.
É o que da a sensação de queimação após ingerido.

Enquanto pensamos que a CAPSAICINA só serve pra arder a sua utilização enquanto produto é bem versátil.
Por exemplo, você sabia que ...

A capsaicina é o ingrediente ativo no controle de distúrbios e de defesa pessoal de agentes químicos como o spray de pimenta.

Capsaicina cremes são utilizados para tratar a psoríase como uma forma eficaz de reduzir a coceira e a inflamação?

A capsaicina pode ajudar a tratar a azia e outros problemas circulatórios (como a doença cardíaca da placa) que obstruem as artérias do coração?

A Universidade de Nottingham sugere que a capsaicina é capaz de desencadear a apoptose (morte celular) em células humanas de câncer de pulmão!

A capsaicina pode ajudar a tratar infecções de ouvido, como otites.


“Consumir pimenta faz bem à saúde”,diz Durval Ribas em matéria da 'Veja'



Quem é que nunca degustou de um prato picante, condicionado pelo tempero de uma pimenta?

Muitos têm medo de sua ação, a sensação de ardência causa um pouco de receio em alguns, porém, o que poucos sabem é que este condimento faz muito bem à saúde.

A informação é do médico nutrólogo Durval Ribas Filho, presidente da Associação Brasileira de Nutrologia, em matéria publicada na edição da Revista Veja de 12 de outubro.

Entre as variedades existentes do condimento, o especialista destaca a pimenta “Capsicum”, que segundo ele, possui a substância capsaicina, que produz ação antiiflamatória e antioxidante para quem a consome.

A reportagem falou sobre o assunto com Durval Ribas.

“Essas pimentas são fontes de vitamina A, C e E e contêm antioxidantes, que combatem os radicais livres, a substância tem propriedade termogênica, que aquece o corpo e acelera o metabolismo basal (gasto calórico do corpo em repouso), porém a pimenta é usada apenas como tempero, a quantidade ingerida não tem influência efetiva sobre o emagrecimento”, explicou.

No mercado existe uma variedade de pimentas, entre elas destaca-se a dedo de moça, cumari, fatalii, pimenta do reino preta, rosa, verde, branca, a capsicum que se diferenciam por apresentar cores diversificadas e ter pigmentos antioxidativos e com anti-liberação de radicais livres.

A comida baiana é conhecida como sempre bem apimentada, porém o nutrólogo alerta que não é a quantidade que irá definir a saudabilidade do prato, o excesso é prejudicial à saúde.

Nem todos também, podem consumir este tipo de tempero; pessoas portadoras de gastrite, duodenite, úlceras pépticas, colon irritável, hemorróidas ou com câncer no sistema digestivo devem evitar o consumo da pimenta.

De acordo com especialista, a pimenta possui substância de maior liberação de suco gástrico e aumento do ph, isto é, da acidificação do suco gástrico.

Há pessoas que dizem que a pimenta ajuda no tratamento contra a enxaqueca, mas o nutrólogo diz que não é aconselhável usá-la como tratamento agudo, pois não há evidências científicas para tal finalidade, “porém, se os portadores de enxaqueca fizerem uso regular de pimenta e sentirem melhora do seu quadro clínico, não há restrição para usar”.

OUTROS TIPOS

Para quem nunca degustou uma pimenta o ideal é começar pelo pimentão, encontrado como “Cambuci” e “Biquinho”, são pimentas que não ardem, para os amadores, há a pimenta “Dedo de Moça”, com ardência que varia de suave a média, já para os mais ousados e aventureiros, a pimenta “Cumari” ou “Malagueta”, presentes em pratos fortes como vatapá e feijoada e para os que gostam de um desafio, resta a pimenta considerada mais ardida do mundo como a “Fatalii”, que possui ardência em níveis sobre-humanos mesmo com a remoção das sementes.

DICAS IMPORTANTES

Se exagerar ao degustar um prato com pimenta, ao invés de beber água, beba sempre leite.
Ao contrário do que se pensa, a água faz prolongar ainda mais a sensação de ardência, ao ingerir a água, ela lava a língua e facilita a absorção de mais capsaicina.
Já o leite possui a proteína caseína, que forma uma espécie de barreira que impede a entrada de novas moléculas da substância da capsaicinoide.
Se por algum acidente esfregar as mãos com pimenta nos olhos, lavar com água abundante e procurar em seguida um oftalmologista.

Fonte: Revista Veja de 12/10/2011


Porque comida apimentada faz o nariz escorrer?



É possível que você não compreenda a pergunta do título.

É claro, colocar duas gotinhas daquela pimenta que se compra em supermercados não fará seu nariz escorrer como se você estivesse gripado.

Mas experimente uma dessas pimentinhas exóticas da Ásia Oriental, que se encontram em um restaurante indiano, por exemplo.

Tente comer algo acompanhado pela Bhut Jolokia, pimenta mais ardida do mundo, segundo o Livro Guiness dos Recordes. Aí não há escapatória, seu nariz irá escorrer. Mas por quê?

A pimenta pertence ao gênero Capsicum, que tem como característica produzir um composto químico chamado capsaicina.

Devido à sua alta capacidade de irritação dos tecidos animais, a capsaicina tem a função de proteger a planta dos mamíferos com fome.

Os famosos sprays de pimenta, aliás, são na verdade apenas “essência de capsaicina”, e são mais irritantes que o gás lacrimogêneo, segundo um relatório tecnológico da União Europeia.

Além da capsaicina, a pimenta dispõe de outro composto irritante, o Isotiocianato de alila, que estende o seu poder de ardência a outros alimentos, tais como wasabi (a “raiz-forte” japonesa.

Não recomentdamos), rabanete e mostarda. É tão agressivo que também se usa em fungicidas e inseticidas domésticos e de plantações.

Este casal da pesada (Isotiocianato de alila e capsaicina) é o responsável pelo seu nariz escorrer ao ingerir algo muito apimentado.

Eles irritam as mucosas que protegem seus pulmões e narinas de agentes infecciosos, tais como fungos, bactérias e vírus. Irritadas, as mucosas do nariz produzem o muco nasal, conhecido pela comunidade não-médica como catarro, ou mias vulgarmente, ranho.

Em situações normais, o muco só é produzido quando há reações alérgicas à poeira e outros corpos indesejáveis, mas a pimenta forja esses processos artificialmente.

Mas se você é aficionados por pimentas e não gosta de ficar com o nariz escorrendo quando for comer, temos uma dica simples: como bebida para acompanhar a refeição “quente”, substitua a água, suco ou cerveja, por leite.

Como a capsaicina é oleosa, não se mistura com a água, que fica incapacitada de anular qualquer efeito indesejável da pimenta.

O leite, por sua vez, contém uma proteína chamada caseína, que é lipossolúvel. Assim, reage com a capsaicina e ameniza a irritação aos tecidos.

Os indianos, pródigos nas pimentas agressivas, provavelmente já sabem disso, porque o leite é largamente consumido no país (embora isso talvez se deva apenas ao fato de a vaca ser um animal sagrado por lá) para acompanhar as refeições. Se você acha esquisitíssimo almoçar bebendo leite, experimente beber um copo de água com 10% de açúcar antes de almoçar. Pesquisas recentes afirmam que a sacarose tem o mesmo efeito da caseína, ou seja, esse procedimento traz o mesmo resultado do leite


Fonte: hypescience.com

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RECEITAS COM PIMENTA

Receita de Conserva de Pimenta Dedo-de-moça



Ingredientes
- pimentas dedo de moça, partidas ao meio e sem sementes
- 2 dentes de alho
- 2 colheres de chá de sal marinho
- 2 a 3 limões (depende do tamanho)
- 1 vidro vazio esterilizado (esse vidrinho aí tinha uns 8cm de altura)

Importante: Tire a semente senão o negócio ia ficar brabo e coloquei limão, ao invés de azeite ou óleo, porque senão ia ficar forte também.

Para esterilizar o vidro
Peguei uma caneca grandona e coloquei o vidro limpo dentro.
Coloquei água e levei ao microondas por 3 minutos, até a água ferver e pipocar pra fora.
Tirei a caneta com cuidado e peguei o vidro com um pano limpo.
Sequei sem encostar as mãos no vidro e deixei reservado.

Para preparar a pimenta
Parti ao meio todas as pimentas e tirei as sementes.
Use luvas ou tome bastante cuidado, pois sem querer você pode passar as mãos nos olhos.
Lave as pimentas em água corrente e deixe secar em cima de um pano limpo.
É importante que as pimentas estejam secas, antes de ir para o vidro, senão sua conserva irá mofar.

Para preparar a conserva
Disponha as pimentas em pé, dentro do vidro, até não caber mais.
Encha o vidro com o suco dos limões (sem sementes), coloque o sal e os dentes de alho em cima.
Tampe bem, dê uma sacodida de leve no vidro e reserve em local seco por alguns dias, antes de consumir.
Não abra o vidro antes, só pra ficar cheirando a pimenta.

Fonte: http://cozinhatravessa.com.br


Pimenta em Conserva



Ingredientes:
6 colher(es) (sopa) de pimenta-do-reino preta
4 unidade(s) de alho amassado(s)
1 xícara(s) (chá) de pimenta malagueta limpa(s)
7 unidade(s) de pimenta dedo-de-moça limpa(s)
2 1/2 xícara(s) (chá) de azeite de oliva
2 folha(s) de louro
6 colher(es) (sopa) de pimenta bode

Preparação:
Em uma panela, aqueça o azeite de oliva e doure o alho, adicione as folhas de louro e retire do fogo.
Deixe o azeite amornar por 10 minutos.
Em seguida, pegue dois vidros médios esterilizados com tampa, com capacidade para 1/2 litro cada um, e faça camadas alternadas das pimentas.
Despeje o azeite com o alho, cobrindo as pimentas e tampe os vidros.
Guarde na geladeira ou em temperatura ambiente por até 6 meses.

Fonte: moo.pt


Pimenta no Azeite de Oliva

Ingredientes:
1 xícara (chá) de azeite de oliva extravirgem
2 dentes de alho picados
1 colher (chá) de suco de limão
pimentas selecionadas à sua escolha

Modo de fazer:
Retire as sementes e os talos das pimentas.
Frite o alho no azeite até ficar levemente dourado.
Coloque as pimentas em um vidro de conserva, deixando um espaço livre de 2 cm.
Aqueça 1 xícara (chá) de azeite a 300o C.
Enfie o cabo de uma colher no meio das pimentas e abra um buraco.
Despeje o azeite quente lentamente, para que penetre.
Complete o pote com azeite até atingir 0,5 cm da boca e tampe bem firme.
Deixe esfriar naturalmente.
Conserve na geladeira.


Conserva Básica de Pimenta



Ingredientes:
Pimentas selecionadas de sua escolha
2 copos de vinagre branco
1 colher (sopa) de açúcar
1 colher (chá) de sal

Modo de fazer:
Faça uma calda com o vinagre, o sal e o açúcar, levando essa mistura para ferver por dois minutos.
Faça o branqueamento das pimentas cozinhando-as no vapor, sem que fiquem muito moles.
Coloque-as num vidro esterilizado e jogue a calda quente por cima.
Deixe esfriar, tampe e conserve na geladeira.

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Molho de pimenta



Ingredientes:
8 pimentas vermelhas sem semente (dedo de moça)
3 dentes de alho;
1 cebola média;
1 lata de molho de tomate (tipo pomarola);
1 colher (café) de orégano;
1 colher (café) de manjericão;
1 cenoura crua;
1 colher (sopa) de sal;
2 folhas de louro;
1 xícara (chá) de azeite de oliva extra virgem;
1 xícara (chá) de vinagre ou vinho branco seco;
Cheiro verde à vontade.

Modo de fazer:
1. Bater tudo no liquidificador.
2. Coloque em um vidro e guarde na geladeira.
3. Ótimo com torradas, carnes grelhadas, pastéis, etc....


Texto adaptado de: http://estilonatural.uol.com.br/Edicoes/50/artigo65916-1.asp