Escrito por Benedito Milioni
Capítulo 10 – AMOR É COMEÇO E RECOMEÇO: BASTA CUTUCAR!
Frejat, o autor e intérprete dessa música, “Amor pra Recomeçar”, certamente estava num daqueles dias em que anjos piedosos são enviados pelo Criador para inspirar alguns mortais que devem atuar como seus mensageiros: o trecho que ilustra a foto do autor certamente merece inclusão numa espécie de lista de versos da música popular brasileira que sobreviverão ao tempo!
O amor recomeça tudo, desde a mais complicada encrenca afetiva até os conflitos que saltam como faíscas das disputas entre aguerridos times de futebol de várzea: no primeiro caso, o amor adoça os sentidos e as emoções e os leva a recomeços entre beijos e juras de mais amor e, no segundo, por incrível que pareça, depois de muitos insultos e ameaças terríveis entre os disputantes, sobra entre eles o amor… pela bola, e tudo se torna líquido e saboroso, como a cerveja que é tomada para comemorar!
O primeiro grande trabalho emocional que o postulante ao recomeço do que quer que seja é a busca do sentido de amor no pretendido. Isso se dá na medida em que o foco é uma espécie de balé orbital, como o de um beija-flor, em torno da essência do que vivifica o recomeço.
Esse passo emocional é solitário, mudo e sem anteparos onde se possa apoiar mãos trêmulas e sustentar passos vacilantes: ele tem que ser como o primeiro voo de águia órfã, sem ninguém que a ensine, empurre do ninho ou a apare se não conseguir sustentar-se no ar e estatelar-se no chão duro e indiferente.
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