quarta-feira, 12 de junho de 2013

Santo Antonio: 13.06

 
 
António, o mais popular de todos os santos
Santo António é um santo de projeção universal, sendo, muito provavelmente, o mais popular de todos os santos.
Igrejas e capelas dedicadas a Santo António, imagens em grande parte das igrejas e nas casas particulares, azulejos e pinturas, cânticos, festas e peregrinações dão ideia da grande devoção popular a Santo António, que hoje atravessa todas as idades e todas as classes sociais, em todo o mundo.
De cónego Agostiniano a frade Franciscano
A vida de Santo António é muito conhecida, uma vez que vários estudos de relevo lhe têm sido dedicado, pelo que nos limitaremos a alguns traços ligeiros, que nos parecem mais significativos para compreendermos a afeição popular por este Santo.
António é um intelectual do seu tempo e o Primeiro Doutor da Ordem Franciscana.
Mas esta qualidade é pouco conhecida pelo povo, apesar de ter sido declarado Doutor da Igreja, em 1946, mediante a bula Exulta, Lusitania felix, de Pio XII.
Filho de ricos comerciantes portugueses, recebeu no Batismo o nome de Fernando Martins de Bulhões.
Nasceu em Lisboa, entre 1191 e 1195, cerca de 50 anos depois do nascimento da nação portuguesa e no decurso da reconquista cristã do território ao domínio muçulmano.
A sua história deve ser vista nesse ambiente de expulsão dos muçulmanos e, ao mesmo tempo, de emergência de uma nova nação.
Vive os primeiros anos da sua vida a dois passos da Catedral de Lisboa, onde frequentou os primeiros estudos, nas aulas de Gramática.
Próximo dali, a cerca de um quilómetro, fica o Mosteiro de São Vicente de Fora, dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho.
Com cerca de 15 anos de idade, Fernando pediu aos pais que o deixem entrar no Mosteiro e aí fez o noviciado.
Depois, cerca dos 19 ou 20 anos, foi terminar a sua formação intelectual em Santa Cruz de Coimbra, onde foi Ordenado Sacerdote.
Em Coimbra teve a oportunidade de conhecer os Frades Menores de São Francisco, que viviam no eremitério de Santo Antão, nos Olivais, sobre uma colina, a Nordeste da cidade.
Por essa altura, passaram por Portugal a cominho de Marrocos, cinco Frades Franciscanos, para aí pregarem a fé cristã.
Mal recebidos em Marrocos, acabaram por ser barbaramente martirizados.
Este facto foi crucial no despertar da vocação franciscana em Fernando de Bulhões.
A passagem solene, pelas ruas da cidade de Coimbra, dos corpos dos cinco Frades martirizados em Marrocos, fez nascer nele o mesmo ideal.
Podemos dizer que, nesse dia, o desejo de encontrar a morte pelo martírio desprendeu-o de tudo: das suas raízes, da sua vocação monástica e da quietude do Mosteiro, dos estudos, da ciência.
Tinha cerca de 30 anos.
Pediu para entrar na Ordem dos Frades Menores e aí recebeu o nome de António, sendo-lhe concedida imediata permissão para partir para o norte de África.
Aí desembarcou, no inverno de 1220.
Mas, uma persistente doença obrigou-o a voltar para a Portugal.
No regresso, o navio que do Norte de África vinha para Lisboa, foi desviado por uma violenta tempestade e foi parar às costas da Sicília, na Itália.
Estávamos no começo da primavera de 1221.
O religioso português foi recolhido pelos seus irmãos Franciscanos italianos, que o levaram para a cidade de Messina, devolvendo-lhe, com os seus cuidados, a saúde corporal.
No final de maio, desse mesmo ano, realizava-se em Assis o Capítulo Geral da Ordem dos Frades Menores, para o qual todos os religiosos eram convidados.
Foi aí que António conheceu Francisco de Assis.
Terminado o Capítulo, seguiu para o pequeno eremitério de Montepaolo, perto de Forli, no Norte de Itália, onde estavam seis Frades.
É-lhe dado o encargo de presidir à celebração da Santa Missa para os seus irmãos e ajudar nos trabalhos domésticos.
Desejando preservar a humildade, António nunca revelou seus conhecimentos e raramente era visto com livros, além do breviário e do missal.
Na cidade de Forli havia um convento de estudos da Ordem de São Domingos.
Em setembro de 1222, os Dominicanos convidaram os Franciscanos para participarem na cerimónia das Ordenações sacerdotais naquele convento.
Na hora própria, o superior dos Dominicanos dirige-se aos Franciscanos, a fim de que um deles fizesse a pregação.
O Superior do eremitério de Montepaolo pede ao irmão António que suba ao púlpito e diga «tudo o que lhe seja sugerido pelo Espírito Santo».
As primeiras palavras foram simples, mas, em seguida, tornam-se firmes, seguras e convincentes, a ponto de impressionarem todos os presentes.
A notícia deste facto percorreu toda a região e, em pouco tempo, António foi nomeado pregador oficial da Ordem.
Na época de António, desenvolveram-se alguns movimentos heréticos, entre os quais estavam os Cátaros, isto é, puros, e os Albigenses, que renovavam as antigas correntes gnósticas e maniqueístas. Com a sua pregação, António irá defrontá-los, procurando contrapor-se às suas doutrinas.
O conhecimento profundo das Escrituras dava às suas palavras uma autoridade invulgar, lançando no coração de ouvintes raízes tão fundas, que a todos arrebatava e reconduzia à verdade.
Tanto pregou no Norte da Itália, como no sul da França, onde se destacam Montpellier, Le Puy, Arles, Toulouse, Limoges, Bourges, entre outras cidades.
O seu ofício de pregador valeu-lhe o título de «Arca do Testamento», mas António foi também diretor de estudos e professor de teologia.
 Segundo algumas fontes, o próprio São Francisco o teria incumbido dessas funções.
Em Bolonha fundou e dirigiu a primeira escola da Ordem Franciscana.
As suas biografias mais seguras, ocultam-nos pormenores acerca deste período da vida do pregador António. Só no fim do século XIII, D. Jean Rigaud, bispo da Bretanha, procurou ordenar os factos lendários preenchendo as lacunas da vida do Santo.
Desta forma, a fama de Taumaturgo provém sobretudo dos escritos deste bispo, que ficaram conhecidos com o nome de «Rigaldina».
Em 1226, foi nomeado Custódio dos Frades Menores da região de Limoges e, em 1227, é nomeado Superior Maior da província da Romagna, que abrangia todo o norte da Itália.
António exerce esse cargo até maio de 1230 e segue para Pádua, pregando sucessivamente nas 55 igrejas da região.
Em fins de 1231, com a saúde muito abalada, António retira-se para o castelo de Camposampiero, próximo de Pádua.
Ali, escreve e revê os seus Sermões, dedicando longas horas à meditação espiritual.
Um dia, estando em Camposampiero, sente-se mal à mesa e pede a um dos irmãos que o leve imediatamente para Pádua.
No caminho, sentido-se desfalecer, teve de ficar no mosteiro das clarissas, em Arcella.
António só tem tempo para se confessar e receber a unção.
Morreu dizendo: «Vejo o meu Senhor».
Era o dia 13 de junho de 1231. (...)
A paixão popular por Santo António
Depois de ter dado a conhecer os seus dotes oratórios em Forli, António dedicou o resto da sua vida, quase sempre, à pregação popular, atraindo sobre si, a atenção de todo o povo.
Três elementos explicam o seu sucesso: em primeiro lugar, o fascínio da sua santidade e autoridade moral; em segundo lugar, a extensão e profundidade da sua cultura, acompanhada por um invulgar poder de comunicação, segundo as regras da Retórica do seu tempo; e, em terceiro lugar, a sua magnífica figura física.
O testemunho da «Primeira Legenda» reforça a fama do pregador ímpar, dizendo que:
«Homens de todas as condições, classes e idades alegravam-se de ter recebido dele ensinos apropriados à sua vida».
A propósito da última Quaresma pregada em Pádua, informa-nos que:
«Vinham multidões quase inumeráveis de ambos os sexos das cidades, castelos e aldeias de à volta de Pádua, todos sequiosos de ouvir com a maior devoção a palavra de vida».
Mais adiante:
 «Estavam presentes velhos, acorriam jovens, homens e mulheres, de todas as idades e condições, vestidos como se fossem religiosos, o próprio Bispo de Pádua [Tiago de Corrado] e o seu clero».
Segundo a mesma «Legenda Prima», chegavam a reunir-se, para escutar o Santo, «perto de trinta mil homens», todos no mais respeitoso silêncio, de «ânimo suspenso e de orelha virada para aquele que falava».
«Os negociantes fechavam o comércio e só o reabriam depois de terminada a pregação».
O resultado de tal pregação na última Quaresma da sua vida terrena vem assim descrito no capítulo 13 da legenda «Assidua»:
«Tentava reconduzir à paz fraterna aqueles em que reinava o ódio»
«lutava pela restituição de usuras e de bens obtidos por violência»
«afastava as prostitutas do seu infamante modo de vida»
«convencia os ladrões famosos pelos seus malefícios a não tocarem no alheio».
O nascimento de um santo
Dada a sua fama de santidade, no dia da sua morte, todos queriam fazer-se guardas dos restos mortais.
As freiras Clarissas do Mosteiro onde morreu, de acordo com os Franciscanos de Arcella, tentaram ocultar o seu falecimento.
Mas, as crianças de Arcella, ao saberem da notícia, saíram por todos os lados a gritar: «Morreu o Santo!
Morreu o padre Santo».
O povo da região acorreu todo a Arcella.
Como a última vontade do Santo tinha sido ir para Pádua, o seu corpo acabou por ser para aí conduzido, 4 dias depois da sua morte, no dia 17 de junho de 1231, que era uma Terça-feira.
A devoção por aquele homem, verdadeiramente eleito pelo Céu, era geral.
Todos queriam estar junto, tocar de alguma forma o corpo de António, já canonizado pelo povo em vida e logo nos primeiros dias após a sua morte.
Dizem os biógrafos que os primeiros milagres surgem no dia do enterro, em Pádua.
Nos dias seguintes, toda a gente se encaminha para o túmulo do bem-aventurado António, de pés descalços, a fim de obterem graças do céu por seu intermédio.
«Acorrem os venezianos, apressam-se os tervisinos, notam-se pessoas de Vicenza, lombardos, eslavónios, da Aquileia, teutónicos, húngaros».
Este é o primeiro mapa do culto antoniano.
Os populares de Pádua, representados pelas autoridades civis e religiosos, apresentaram na Cúria Pontifícia, então em Rieti, uma delegação a pedir a canonização do irmão António.
O processo foi aberto no início de julho de 1231, ainda não tinha passado um mês da morte do Servo de Deus.
E a cerimónia de canonização ocorreu no dia 30 de maio de 1232, solenidade do Pentecostes, na catedral de Espoleto.
Em menos de um ano o processo ficou concluído.
O nome de António foi inscrito no catálogo dos Santos, pela bula da canonização Cum dicat Dominus, que manda celebrar a sua festa todos os anos, no dia 13 de junho.
A devoção espalha-se por todo o mundo
O fascínio exercido por António durante a sua vida terrena como pregador itinerante, sábio e santo espalhou-se após a sua morte e canonização, sobretudo na Itália do Norte e na França do Sul.
No entanto, este fenómeno levou dois séculos a atingir o resto da cristandade.
Além dos paduanos, Santo António começou por ser venerado, pela Europa, nos conventos, eremitérios e igrejas onde os Frades Menores estavam estabelecidos.
A Portugal a fama da sua santidade só chegou depois da sua canonização.
Mas conta-se nas «Florinhas de Santo António» que no mesmo dia em que o Papa Gregório IX canonizava Santo António em Itália, em Lisboa os sinos de toda a cidade tocaram, sem que ninguém os estivesse a tanger.
Pouco tempo depois, a notícia chegou à capital portuguesa e a cidade dedicou a Santo António o Altar-mor da Catedral e começou a celebrar-se todos os anos com grande solenidade o dia 13 de junho.
Assim, durante os séculos XIII e XIV, Santo António é venerado em Lisboa, sua cidade natal e nalguns mosteiros portugueses dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, com os quais estudou e viveu, professando a mesma forma de vida, antes de se fazer Franciscano.
É venerado também na diocese de Pádua e nas igrejas franciscanas, um pouco por todo o lado.
No século XV, o movimento dos espirituais, que se emancipava dentro da Ordem dos Frades Menores, levou Santo António para outros lugares da Europa, onde ainda não era conhecido, o que contribuiu decisivamente para aumentar o culto e veneração a este Santo.
Nos séculos XVI, XVII e XVIII, as viagens marítimas dos navegadores portugueses, espanhóis e italianos levaram a sua fama às terras de África, América e Ásia.
Normalmente as expedições marítimas contavam com a presença de alguns missionários, que, quando eram Franciscanos, se encarregaram de implantar a devoção antoniana nas terras onde desembarcavam.
O aparecimento da imprensa não só veio contribuir para a divulgação em larga escala da sua vida.
As pinturas e esculturas dos artistas mais célebres foram reproduzidas em gravuras e, multiplicadas aos milhares, eram distribuídas nos santuários antonianos mais importantes, para responderem ao desejo dos devotos.
Por ocasião das comemorações do sétimo centenário, na última década do século XIX, Santo António atinge o máximo da sua popularidade.
Nesta ocasião, para além das outras manifestações de piedade começou a sublinhar-se o aspeto social do Santo.
A bênção do pão de Santo António e a sua distribuição aos pobres generaliza-se por todos os países, o que faz com que quase todas as representações do Santo feitas no século XX o apresentem com um Alforge de pão para distribuir aos pobres, embora conservem outros símbolos tradicionais.
Iconografia antoniana
(...) Desde as primeiras imagens realizadas, Santo António sempre foi representado vestido de franciscano, quase sempre de pé.
Mas, para não se confundir com São Francisco de Assis, igualmente vestido de hábito castanho e cuja devoção estava largamente difundida, a sua face surgia quase sempre como a de um jovem, alegre ou pensativo, sem barba.
Na mão esquerda costuma ter um livro, como alusão à sua vasta sabedoria, enquanto a mão direita faz um gesto explicativo, como alusão ao pregador.
Noutras imagens, na mão direita é colocado um lírio, sugerindo a pureza e castidade; ou uma cruz, símbolo da fidelidade a Cristo.
Também aparece com uma chama de fogo na mão direita, símbolo da caridade; ou um coração, com ou sem chama, para nos lembrar que, apesar de franciscano, ele é um discípulo de Santo Agostinho de Hipona.
O Menino Jesus, expressão do seu amor por Deus Menino - que uma tradição antiga diz lhe ter aparecido em Camposampiero pouco antes da sua morte - começa a surgir na iconografia antoniana no século XV.
A figura do menino foi tão bem aceite que, a partir de então, Santo António nunca mais a dispensou, obrigando os artistas a verdadeiros exercícios de equilibrismo, fazendo sentar o menino sobre o livro que Santo António também não gosta de esquecer.
Em Portugal, o Santo também aparece vestido com o hábito de Cónego Regrante de Santo Agostinho.
Na Bélgica algumas representações de Santo António salientam o seu caráter sacerdotal, apresentando-o vestido com os paramentos da Eucaristia.
Devoção antoniana em Portugal
(...) Muitas fachadas das casas têm um painel de azulejos com a sua imagem.
Como protetor das famílias, aparece dentro das casas, sobre pequenos altares, acompanhado de velas e flores.
Nos estabelecimentos comerciais, é frequente encontrarmos o Santo, em lugar de destaque, dentro dos mercados, dos comércios, das farmácias, das padarias, drogarias, entre outros.
 Aqui ele vela pelos bons negócios dos seus proprietários.
Entre os marinheiros portugueses, sobretudo os da região de Lisboa, tornou-se comum levarem uma imagem do Santo António na embarcação, para os proteger contra as forças marítimas, talvez, por ele ter sido vítima de uma tempestade, que o empurrou para as costas da Sicília.
Em séculos passados, perante o perigo, ao mesmo tempo que o invocavam, esses marinheiros mergulhavam a sua imagem de cabeça para baixo, para serem mais rapidamente atendidos.
Portanto, todo o país conhece Santo António e ele está presente, de um modo geral, na vida eclesial, social e pessoal portuguesa, como patrono de Paróquias, Províncias Religiosas, casas religiosas, edifício públicos, casas particulares, avenidas, ruas, praças, terrenos agrícolas, embarcações, etc.
A sua imagem figurava já numa coleção de selos de 1895, em comemoração do 7º centenário do seu nascimento e circulou em Portugal uma nota de 20 escudos, com o seu busto e a Casa-Igreja de Santo António, em Lisboa.
Muitas são também as pessoas que adotam o seu nome para batizarem os filhos, confiando-os à sua proteção durante toda a vida.
Esta tendência criou raízes no século XVI, uma vez que, na Idade Média, o nome «António» era muito pouco utilizado.
Na região de influência do Mosteiro de Alcobaça, por exemplo, por o nome «António» passou a ser o nome masculino mais comum nesse tempo, surgindo também o antropónimo feminino, «Antónia», para as meninas.
A este facto, não é alheia a transformação da casa dos pais de Santo António em Igreja, no século XV, o que a tornou imediatamente um lugar de peregrinação, não só para os lisboetas, mas, a pouco e pouco, para todo o país.
No terramoto de 1755, a Casa-Igreja de Santo António foi destruída, salvando-se apenas a imagem do Santo e a cripta, onde se conserva o lugar que dizem ter sido o quarto de Santo António.
A reconstrução que se seguiu deu lugar à Basílica atual, que conserva uma passagem, através da sacristia, para o quarto do Santo, no piso inferior. (...)
Em Lisboa, em paralelo com a relíquia, mais que a imagem do Santo, é venerado este espaço simbólico, de dimensões reduzidas.
A esse local acorrem, durante todo o ano, milhares de peregrinos e turistas curiosos, vindos de todo o mundo.
A imagem de Santo António está presente em quase todas as igrejas portuguesas, as quais, quando o não têm como patrono, lhe dedicam um altar.
Normalmente a festa do dia 13 de junho não é esquecida e onde não se criou essa tradição, a imagem do Santo é integrada nas procissões e festas principais das paróquias. (...)
Outras peculiaridades da devoção antoniana
Em Portugal, como em todo o mundo, considera-se Santo António extraordinário advogado das coisas perdidas.
A devoção enraíza-se no poeta músico Frei Juliano de Espira, que cerca de 1235, compôs o ofício litúrgico de Santo António e nele deixa ler o célebre responsório: Si quaeris miracula (Se milagres quereis).
Desde há um século a esta parte, Santo António tornou-se um especial advogado de bons casamentos. Como santo casamenteiro, «não admira, pois, que a principal clientela de devotos de Santo António se recrute entre o elemento feminino: raparigas solteiras à espera de noivo, mulheres solteironas desesperadas para o encontrar, ou viúvas não querendo ficar esquecidas, e até as casadas [...], na esperança de fazerem voltar um marido infiel, ou afastar uma concorrente indesejável».
A deduzir de afirmações de vários estudiosos, esta faceta antoniana é exclusiva do mundo lusitano.
Antigamente, quando uma moça queria encontrar um noivo, colocava o seu pedido num papel debaixo da imagem, que tinha no altar lá em casa.
Se o Santo demorasse muito, ou se o noivo não lhe agradasse, virava o Santo para a parede, até que o noivo fosse o desejado.
Uma das características singulares da figura de Santo António em Portugal, que se estendeu a alguns países de língua e influência portuguesa, é a sua carreira militar.
Durante as guerras da restauração da independência, Santo António foi várias vezes invocado para se obter a vitória face aos exércitos espanhóis.
Em 1688, assentou praça no 2º Regimento de Infantaria, em Lagos, por alvará de D. Pedro II.
Em 1683, foi promovido a Capitão, em atenção aos seus bons serviços militares, sendo-lhe atribuído um salário de dez mil reis.
Em 1814, no contexto das invasões francesas, D. João VI promoveu-o a Tenente-Coronel de Infantaria. Nesta época, a carreira militar de Santo António estendeu-se de Portugal ao Brasil, a Angola, a Moçambique, à Índia, a Macau e a Timor Leste.
Ainda hoje, nestes países, Santo António é conhecido como militar de carreira.
Existem, em Portugal, várias Associações Antonianas e irmandades, com fins sócio-caritativos, promovendo a assistência aos pobres e orfanatos.
As irmandades de inspiração antoniana são hoje formas vivas e articuladas de devoção.
No que diz respeito à sua origem, cada uma delas tem a sua história particular de piedade.
Mas, no que diz respeito à finalidade, todas elas convergem em quatro pontos: são sociedades que promovem a mútua ajuda entre os seus membros; o socorro dos pobres; a promoção espiritual e moral dos associados, através de práticas religiosas e do testemunho pelo exemplo e boas obras e a difusão do culto a Santo António. (...)
Esta transcrição omite as notas de rodapé.
Acácio Sanches
In Província Portugue
sa dos Capuchinhos
 
 
 
 
 
 
Santo Antônio de Pádua
Tambem conhecido como Santo Antônio de Lisboa
Santo Antônio de Pádua, Doutor da Igreja, um franciscano chamado de "O Martelo dos Hereges" e o "Trabalhador Maravilhoso" e a "Arte Viva do Covenant".
Ele nasceu Fernando Martin de Bulhom, em 15 de agosto 1195 em Lisboa, Portugal filho de um cavalheiro corte de do Rei Alfonso II, Martinho Bulhões e Maria Teresa Taveira.
Em 1212 ele tornou-se um membro regular da Ordem de Santo Agostinho e foi educado em Coimbra em 1220.
A chegada das relíquias de cinco mártires franciscanos de Marrocos em 1221 levou Santo Antônio a entrar para a ordem dos franciscanos.
Ele foi em uma missão a Marrocos e ao voltar foi designado para atender a Capítulo Geral da Ordem de Assis em 1221.
Tronando-se conhecido como um grande pregador com grande zelo e eloquência, Santo Antônio viajou pela Itália pela sua Ordem e assumiu varias posições administrativas.
De 1222 a 1224 Santo Antônio pregou contra os Catares, de 1224 a 1227 ele confrontou com os hereges Albigensianos .
O Papa Gregório IX , deu a ele ordem para por de lado todas os seus outros deveres, e continuar a sua pregação.
Santo Antônio se fixou em Pádua, reformou a cidade, acabou com a prisão de devedores e ajudou os pobres.
Em 1231 ele sofreu de exaustão e foi se recuperar em Campossanpietro.
No seu retorno a Pádua ele não agüentou e acabou morrendo no convento das "Clarissas Pobres" em Arcella, em 13 de junho de 1231.
Santo Antônio foi chamado o "Trabalhador Maravilha" pelos seus muitos milagres.
Ele pregava para multidões na chuva e a sua audiência ficava seca a despeito do forte aguaceiro.
Ele foi saudado como um traumatologista após ter curado a perna de um homem que tinha sido seccionada e fez outro homem voltar a vida, para testemunhar em uma audiência de assassinato onde um inocente estava sendo considerado culpado.
Perto da morte de S. António aparece-lhe o Menino Jesus na cela de Camposampiero.
Santo Antônio é o padroeiro de Pádua, de Lisboa, de Split, de Paderborn, de Hil-desheim, dos casais é um santo popular para encontrar itens perdidos.
No Brasil é o santo casamenteiro e é invocado pelas moças solteiras para encontrar um noivo.
O "dia dos namorados" no Brasil é celebrado na véspera de sua festa ou seja no dia 12 de junho.
Faleceu no dia 13-06-1231 em Arcella, nos arredores de Pádua. Foi canonizado em 30-05-1232 pelo Papa Gregório IX em Espoleto (Úmbria), Itália.
Foi indicado Doutor da Igreja em 16-01-1946 por Pio XII com o título de "Doutor Evangélico".
Na arte litúrgica da igreja ele é mostrado como um franciscano e as vezes com o Menino Jesus.
O milagre dos peixes:
Santo António faz um sermão aos peixes, no rio Marecchia porque os homens de Rimini não o querem ouvir.
Ao ver isto eles arrependem-se e dirigem-se para junto do santo, ouvindo o sermão.
O milagre do jumento:

Um herege não acreditava que Cristo de fato estava presente na Eucaristia.
Santo António diz que o jumento, que o homem tinha, era menos teimoso e que seria mais fácil convencê-lo.
Ao ver a hóstia o jumento ajoelha-se.

Em 1236 fizeram o traslado do corpo do Santo.
Foi possível encontrar a língua do Santo perfeitamente rosada no corpo já em decomposição.
A língua ficou como relíquia lembrando que aquela língua anunciou a palavra de Deus ao mundo.
O santo casamenteiro:
Existe três versões:
1) Entre os Bascos, Santo Antonio é considerado o santo que faz o “matchmaker” ou seja encontra os iguais ou seja santo que casa coisas iguais ou santo “casamenteiro”.
Ele seria o santo que fazia o sagrado encontro de duas pessoas ou o santo casamenteiro. 
De acordo com o costume relatado pelo Rev. Francis X. Weiser publicado em 1.958, as garotas Bascas faziam uma peregrinação no templo de Santo Antonio em Durango, no dia de sua festa, e oravam para ele encontrar para elas, um “bom rapaz”.
Vale dizer que os rapazes bascos faziam a mesma jornada e ficavam do lado de fora do templo até as moças terminarem as suas preces e aí eles as tiravam para dançar.
Weiser especula tambem que esta associação entre noivado e casamento é inspirado porque temos varias imagens de Santo Antonio carregando um “bebê ” (Menino Jesus) nos braços.
2)Outra versão, muito contada pelos antigos, diz que uma jovem depois de fazer uma novena à Santo Antônio e não tendo encontrado noivo, zangada, jogou a estátua de Santo Antônio que tinha em seu oratório, pela janela e a mesma caiu na cabeça de um caixeiro-viajante que passava.
Este gritou e ela foi correndo ajuda-lo e levou-o para dentro e tratou de seu ferimento.
Ele se apaixonou por ela e se casaram.
3)Conta-se que uma donzela não dispunha do dote para casar-se e, confiante, recorreu a Santo Antônio.
Das mãos da imagem do Santo teria caído um papel com um recado a um prestamista (pessoa que empresta dinheiro a juros) da cidade, pedindo-lhe que entregasse à moça as moedas de prata correspondentes ao peso do papel.
O prestamista obedeceu e pôs o papel num dos pratos da balança, colocando no outros as moedas.
Os pratos só se equilibraram quando havia moedas suficiente para pagar o dote."
 
Abaixo seguem ainda mais tres páginas sobre Santo Antônio.
Sua festa é celebrada no dia 13 de junho.
 
 
 
 
 
Bilhete de Identidade de S. Antônio
Nome:
Fernando Martins Bulhões (que depois muda para Frei António de Lisboa)
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Local de Nascimento:
Lisboa, perto da Sé da cidade

Data de Nascimento:
15-08-1195 - dia de Nossa Senhora da Assunção.
A data real terá sido 9-1191 por estudo feitos no último reconhecimento em Pádua
Pais:
Martinho de Bulhões (descendente do cruzado Godofredo de Bouillon - Duque da Baixa Lorena) e Maria Teresa Taveira
Faleceu:
13-06-1231 em Arcella, nos arredores de Pádua
Canonização:
30-05-1232 por Gregório IX em Espoleto (Úmbria), Itália
 
Doutor da Igreja:
16-01-1946 por Pio XII com o títuo de "Doutor Evangélico"
Portugal que Fernando encontrou
Na altura em que Fernando nasceu, Portugal era regido por D. Sancho I, o Povoador, que tinha um reino relativamente novo e que ainda não havia encontrado a estabilidade necessária a um desenvolvimento próspero e seguro.
Muito se devia às lutas travadas entre cristãos e árabes, que punham em risco os limites territoriais, e principalmente a estabilidade e segurança das cidades fronteiriças.
Assim, a cidade de Lisboa não era a metrópole que acabou por se tornar posteriormente.
Muito pelo contrário, era um local inseguro que vivia na incerteza própria duma região fronteiriça.
A "capital" do reino era Coimbra, local afastado o suficiente da "confusão geográfica", onde os monarcas estavam sepultados e uma cidade onde já se respirava um clima cultural, muito por culpa da excelente biblioteca do Mosteiro de St. Cruz (como é sabido o clero era a classe social que se dedicava ao estudo e ao ensino).
Infância e Adolescência
Fernando Martins de Bulhões nasce em Lisboa em 15-08-1195 (provavelmente não foi esta a data. Terá sido em Setembro de 1191).
É batizado oito dias após o seu nascimento.

Inicia a sua vida eclesiástica quando contava cerca de 7 ou 8 anos de idade, ao dar entrada na Catedral de St. Maria de Lisboa (se quisermos ser mais rigorosos, na escola anexa à Catedral).
Aí iniciou o estudo de Leitura, Escrita, Cômputo, Gramática, Lógica, Retórica e Música.
Foi o primeiro passo.
Após esta fase da sua infância, em 1209, já um adolescente , ingressa no Mosteiro de S. Vicente de Fora (que se situava no exterior das muralhas de cidade de Lisboa).
Aqui tornou-se um Cónego Regrante de S. Agostinho.
Era uma Ordem que tentava aliar a penitência, a meditação e a contemplação por uma lado, com a vocação pastoral dos seguidores de Cristo (dirigida principalmente para as populações urbanas).
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Fernando de Bulhões - Cónego Regrante de S. Agostinho

Sendo uma das mais poderosas e influentes ordens que existiam em Portugal na altura, Fernando teve uma excelente oportunidade para desenvolver os seus conhecimentos da Sagrada Escritura, bem como melhorar a capacidade de os transmitir aos outros.
De fato, esta opção que tomou revelou-se bastante importante, pois uma das características que todos apontam a S. António é a capacidade única que tinha de explicar os textos bíblicos e ensinar a Boa Nova às pessoas.

Coimbra

Em 1211 ou 1212 Fernando troca o Mosteiro de S. Vicente de Fora pelo Mosteiro de St. Cruz em Coimbra.
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Igreja de St. Cruz em Coimbra

A partir deste momento Fernando estava no centro político, cultural e social do país. Mais ainda, mudou-se para um Mosteiro que tinha contactos bastante frequentes (pelo menos para a época) com o Mosteiro de S. Vitor de Paris, e que tinha uma riquíssima biblioteca.
Aqui Fernando tem as condições mais que propícias para completar o processo educativo (a nível intelectual e de oratória) que iniciou em Lisboa.
Foi desta forma que em 1218 ou 1219 se tornou sacerdote.
Pensa-se que terá sido aqui que Fernando iniciou a elaboração duma importante obra que escreveu: "Os Sermões Dominicais")
Mas algo ia mudar completamente a vida de Fernando...
 
Os Frades Franciscanos

Enquanto está no poderoso e rico Mosteiro de St. Cruz, Fernando teve a oportunidade de travar conhecimento com alguns frades Menores (do "conventinho" de S. Antão dos Olivais) que iam participar na Eucaristia a St. Cruz, uma vez que eram Frades, contudo não sendo Padres.
Os Frades Menores recusavam a riqueza, bem como a posse de grandes conventos, já que achavam ser um obstáculo à aproximação ao povo, e ser uma demonstração de ambições mundanas, o que contrariava completamente os ideais que Francisco de Assis tinha de Cristo.
Desta forma viviam na pobreza, humildade, no serviço e na penitência, contando com a esmola das pessoas para sobreviverem.
Este contacto com os franciscanos certamente alterou algo na forma de Fernando viver o seu amor a Deus.
No entanto o acontecimento decisivo foi em 1220 quando regressaram os restos mortais de cinco mártires franciscanos que tinham estado algum tempo no "conventinho". Berardo, Otão, Pedro, Acúrsio, Adjuto e Vital tinham estado em S. Antão dos Olivais antes de partir para Marrocos na tentativa de acabar com a perseguição que Miralmuminiom Abu Jacub exercia sobre os cristãos.
Os primeiros cinco chegaram a partir, mas Frei Vital não pôde partir por motivos de saúde.
Fernando muito provavelmente conheceu estes frades enquanto estiveram em Coimbra e ficou muito sensibilizado ao ver os seus corpos decapitados por amor a Deus...

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(Igreja de S. Cruz)

Os cinco mártires Franciscanos que Fernando conheceu e que o sensibilizaram para a vida Franciscana...

Após a chegadas dos mártires a St. Cruz Fernando troca o hábito e a murça de Cónego Regrante de S. Agostinho pela simples estamanha e
corda Franciscana.

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O Hábito Franciscano

Provavelmente terá recebido o hábito das mãos do Frei João Parente, responsável pelas comunidades franciscanas na Península Ibérica e que posteriormente se tornou terceiro Superior Geral (tendo sido o primeiro S. Francisco e o segundo Frei Elias).

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Tomada de hábito de Fernando de Bulhões (Frei António de Lisboa)

Nesta altura nasce Antônio - decide mudar de nome em homenagem a S. Antão (em latim diz-se "Antonius"), que dava nome ao "conventinho".
Com este desejo ardente de se tornar mártir por amor a Cristo, Frei Antônio, depois de passar um período de "noviciado" nos Olivais, parte, logo em 1220, para o Norte de África em missão apostólica.
No entanto Antônio não estava destinado a ser mártir.
Adoeceu gravemente e quis regressar no ano seguinte. Mas Frei Antônio também não estava destinado a ficar em Portugal.
Uma violenta tempestade desviou o barco para a Sicília, mais propriamente para Messina.
Desta forma inicou na Itália uma vida eremítica por várias comunidades franciscanas, a saber Messina, Romanha e Monte Paulo.
Abraçou completamente o ideal de Francisco: a pobreza, a austeridade, a humildade, o jejum e a oração.

Frei Antônio Pregador


No Verão de 1222 estava Frei Antônio em Forlí por altura da ordenação de vários frades.
Como não houve voluntários para o sermão Frei Antônio foi escolhido para o proferir.
Neste momento, a capacidade comunicativa do ex-cônego Regrante impressionou de tal forma os restantes frades, que acabou por ser nomeado pregrador, indo anunciar a Boa Nova a várias cidades como sendo Faenza, Imola, Rimini, Milão e Bolonha, onde obteve notáveis desempenhos.

Em 1223 o Frei Francisco de Assis autoriza Frei Antônio a fundar a primeira escola de Pregadores e Teólogos Franciscanos.
Na mensagem de Francisco lia-se: "A frei Antônio, meu Bispo, Frei Francisco envia saudações. Apraz-me que ensines teologia aos frades, contando que por tal estudo não extingam o espírito de santa oração e devoção, como está contido na regra. Adeus"

Frei Antônio em França
Em 1124 Frei Antônio parte para Provença, já que apareciam algumas teses Albigenses, que defendiam a fundação duma nova Igreja.
Aqui António conhece importantes pregadores e teólogos que a ele se uniram no esforço de manter a igreja unida.
Depois parte para sul onde prega em cidades como Montpellier, Toulouse, Arles e Limoges.
A partir desta altura participa muito activamente na dinamização da Província Franciscana de Provença, onde tenta conjugar a Pastoral Evangélica com a vocação contemplativa.

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(S. António dos Olivais, Sacristia
 
http://www.cademeusanto.com.br/
 
 
 
Frei Antônio decide ficar em Pádua
Isto leva a um descontentamento generalizado dos seguidores de Francisco e talvez também em Antônio que acaba por se fixar definitivamente em Pádua.
Aí mostra todo o espírito que ganhou enquanto Franciscano e o saber de Cónego Regrante.
Foi o defensor dos pobres e simples e mestre de todos os que procuravam conhecer e entender a Boa Nova de Jesus.
Iniciou nesta altura a compilação de mais uma obra, "Os sermões festivos".
Em Maio de 1231 retira-se para o ermitério de Camposampiero onde passa o resto dos seus dias.
Aí constrói uma cela numa nogueira onde por vezes ensinava as pessoas.

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O Santo mistura-se...


S. Antônio continuou cada vez mais a ser respeitado pela vida que levou e pela forma como mostrou o reino de Deus às pessoas.
Mas eventualmente S. Antônio deixou de ser apenas o grande orador para se misturar com cultos populares, de forma que se começou a associar S. Antônio aos casamentos, à procura de objectos perdidos, e..., até chegou a Tenente-Coronel no exército, recebendo cartas de louvor por bom-comportamento!


Iconografia Antoniana
S. Antônio aparece representado por imagens contendo vários objetos que não aparecem por acaso. São os seguintes:
Cruz:


Sinal de Cristo Crucificado

Livro:

Sinal de que S. Antônio é Doutor da Igreja. Também é sinal dos Apóstolos que espalharam a Boa Nova pelo mundo

Menino Jesus:

Simboliza o milagre em que o Menino Jesus lhe aparece

Chamas na mão e bordão:

Estes sinais resultam da confusão e mistura com a iconografia de S. Antão Abade.
 
Lírios:resultam também da mistura com S. Bernardino de Siena.
São sinal de pureza e castidade

Coração inflamado:
Mais uma vez são resultado da contaminação com a iconografia de outro santo.
Desta vez é com S. Agostinho
Custódia:
Para não variar mais uma mistura com a iconografia de Santa Clara de Assis.
Os 3 nós na corda franciscana:
Significam a pobreza, castidade e obediência.
Os votos dos Religiosos.

 
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O Menino Jesus, o lírio e o livro

As relíquias existentes
Em 1236 fizeram a transladação do corpo do Santo.
Na altura foi possível encontrar a língua do Santo perfeitamente rosada no corpo já em decomposição.
A língua ficou como relíquia lembrando que aquela língua anunciou a palavra de Deus ao mundo.
Depois em 1609 Margarida de Áustria, Rainha de Espanha, conseguiu obter um "fragmento de epiderme"
Em 1652 foi também obtida uma relíquia de um osso do braço.
Muitas individualidades desejaram obter relíquias do Santo, de forma que para evitarem que os seus restos mortais se espalhassem pelo mundo terminaram definitivamente a recolha de relíquias.
A título de curiosidade, quando da celebração do 800 anos da morte do Santo, regressaram a Coimbra duas relíquias do Santo. (uma costela e um fragmento de corda vocal, ou seja, uma costela junto do coração do santo e uma corda vocal que anunciou a boa nova!).
 
 
FESTAS DA CIDADE
Lisboa é festa em Junho. A cidade deixa-se envolver pela cultura contemporânea cruzada com a tradição. Na noite de 12 de Junho, as Marchas Populares não deixam ninguém indiferente na Av. da Liberdade, depois de se terem apresentado no Pavilhão Atlântico. Os Arraiais e os Tronos de Santo Antônio tomam conta dos becos e vielas dos bairros antigos de Lisboa. Balões luminosos, vasos de manjericos e fitas multicores enquadram o fumo da sardinha assada. Melodias alegres cantam a cidade e o rio.
Marchas Populares

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Depois de se assistir ao defile das marchas os habitantes de Lisboa e os turistas vão passear pelos bairros da cidade que estão decorados com balões feitos de papel, e outras decorações ( todas elas feitas em papel colorido ) os habitantes de cada bairro montão mesas ,cadeiras e fogareiros nas ruas e servem a bela sardinha assada acompanhada com salada de tomate e pimentos assados , caldo verde e arroz doce isto claro regado com vinho

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Lenda do Santo António da Charneca
D. Aires de Saldanha, um rico proprietário do Alentejo, tinha uma filha (Ana) e um escravo (Macumba).
Todos os dias, obrigava o seu escravo a ir recolher lenha por serras distantes.
Ana ficava sempre fechada no seu solar.
Nas suas idas aos montes, Macumba cruzava-se com um frade franciscano.
Os bois, que puxavam o carro de lenha, tremiam e curvavam-se diante do frade em obediência ritual.
Macumba descobriu que se tratava de Santo António.
Este pediu a Macumba para transmitir ao patrão o desejo de Santo António ver construída uma capelinha.
Pediu-lhe também para dizer a Ana que esta sofria por não ter fé suficiente.
Quando Macumba contou a Ana o sucedido, esta não acreditou nele e impediu-o de falar com o seu pai.
Então, Santo António falou com Ana e disse-lhe que ela realizaria em breve o sonho de se casar.
No dia seguinte, e segundo as instruções de Santo António, os bois foram largados e, no lugar onde pararam, a população construiu a capelinha.
Ana casou-se e Macumba, já homem livre, dedicou-se para sempre ao culto do seu santo protetor.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Simpatia de Santo Antônio
 
 
Para quem passou o Dia dos Namorados se lamentando por estar descompromissado pode aproveitar o dia de Santo Antônio para pedir intercessão.
Não se sabe ao certo de onde surgiu a fama de casamenteiro do santo, mas o que não faltam são superstições e simpatias para conseguir um namorado ou namorada.
Alguns dizem que basta comer um pedaço do bolo de Santo Antônio, vendido em muitas igrejas neste dia.
Outros, que é só deixar uma estátua do santo de cabeça para baixo que ele atende.
 

Um belo exercicio dado no ultimo seminario em Brasilia

 

 

 


Meus amados amigos,

Eu estou muito próximo a vocês e gostaria de lembrá-los de que vocês deveriam concentrar seus pensamentos naquilo que vou lhes apresentar agora:

Vejam-se em um pilar de Luz Branca radiante
 
E expandam-na junto com vocês, em seus pensamentos...
 
Vemos vocês crescerem e se expandirem, em uma Luz Branca radiante.
 
Vocês atingem, com esta irradiação, muito além desta sala; e na imaginação de vocês se tornam amplamente abrangentes...
 
E todo este maravilhoso local é preenchido com a irradiação de vocês...
 
Ela é onipresente e preenche todo o ambiente...
 
Assim, vocês também se tornam onipresentes €“ portanto, façam este exercício de imaginação em seus lares também, para que possam realmente iluminar todo o ambiente de vocês...
 
Assim, se tornarão uma bênção para o local onde vivem, penetrando tudo com a irradiação de vocês...

Esta bela imagem é útil para vocês, e onde quer que estejam façam isto.
 
Exercitem sempre.
 
Também podem fazer isto com todos os outros Raios, conforme a necessidade do momento.
 
Se o ambiente estiver agitado, levem Paz a ele.
 
Imaginem a total irradiação da Paz e preencham todas as áreas conflituosas com sua força. Vocês podem se envolver em todas as forças que são necessárias no momento.

A Luz na qual estão selados agora, continuará a preenchê-los.
 
Vocês estão em completa segurança ali dentro, e são velados e preenchidos por ela.
 
Portanto, estejam abertos para aquilo que queremos transmitir-lhes agora...
 
A Luz irradiante da Paz foi derramada sobre a Terra, e vocês estão em seu meio e se abriram para isto.
 
Vejam-se, portanto, envolvidos pela irradiação da Paz, na suave Luz divina que agora os transpassa...
 
Vemos como ela pulsa através de vocês e penetra em cada célula...
 
As suas substâncias sutis são preenchidas e os iluminam perfeitamente...
 
Imaginem agora que esta Luz também ilumina seus lares e todos os que ali estão presentes...
 
Agora a Luz Rubi-dourada os completa, e nós vemos esta Luz ser irradiada agora ao ambiente, e continua a fluir amplamente pelo mundo...
 
Todo o país de vocês é agora iluminado por ela...
 
E cada um de vocês é um emissor destas forças, um foco de Luz.
 
Vocês são, portanto, os geradores e emissores da força da Paz...
 
Nós os apoiamos.

Vejam agora todo o mundo Terra inundado por ela...
 
Todos os focos de conflito serão acalmados...
 
E, assim, vocês são aqueles que fortalecem a energia da Paz sobre a Terra, sejam conscientes disto e não atrapalhem estas forças.
 
Permaneçam em tranquilidade e na própria paz interior.
 
É também responsabilidade de vocês garantir a paz no mundo.
 
Vocês possuem a chance de se tornarem para sempre esse foco de Luz, um ser responsável por estas forças.
 
Sejam cientes disto e assumam a responsabilidade.
 
Vocês são os portadores de todas estas belas energias, e possuem também a obrigação de irradiá-las com toda a concentração.
 
A luz que geram e que nós fortalecemos é da responsabilidade de vocês.
 
Permaneçam na paz de seus corações.

Vocês poderiam se envolver em cada força que seja necessária no momento, no puro amor ou quando chover muito, tragam a seca; se estiver seco, tragam a umidade.
 
Não há limite para esta imaginação.
 
E, portanto, utilizem bem aquilo que está à disposição de vocês.
 
Cada força, cada irradiação, vocês poderiam ampliar e preencher o ambiente de vocês com ela; mas chamem por nossa ajuda e exercitem isto, para que possam fazer quando for necessário.

Essas forças lhes serão dadas quando vocês mais precisarem delas.
 
Mas vocês precisam treinar, para que tudo isso esteja à disposição, independente do que seja necessário, no momento.
 
São as nossas forças que lhes disponibilizamos.
 
Pensem nisso e nunca a utilizem mal.
 
Vocês são responsáveis por elas.
 
Por isso, usem a força da imaginação ampliada para este começo, e tornem-se uma bênção para o ambiente onde estiverem. 
 
Eu lhes agradeço, meus amigos.

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