terça-feira, 21 de setembro de 2010
Palavras Negativas -
Perguntaram: É melhor dizer "agradecido" do que "obrigado"?
Antes de comentar, aproveito para ressaltar que a Neurolinguística não é uma onda políticamente correta nas palavras.
É verdade que consideramos que certos modos de falar expressam atitudes internas e as reforçam, de modo que nos auxiliam ou prejudicam em nossas atividades diárias.
No entanto, a PNL não defende "poderes místicos" das palavras ou das letras, algo mágico em si...
Pressupõe apenas que, quando falamos, desencadeamos "marés sinápticas" em nossos cérebros, abrindo caminhos em termos de padrões mentais e comportamentos, mudando nosso metabolismo e disposição.
De início parece bem mais lógico dizer "agradecido" do que "obrigado".
A palavra "agradecido" conota mais a sensação positiva de gratidão e graça - por um presente incondicional, o elogio.
A palavra "obrigado" conota mais uma sensação de obrigação, um presente condicional, que deve ser pago, retornado ao emitente.
Só que "agradecido" me parece um pouco pernóstico.
Prefiro "grato".
Alguns podem dizer que quase não há diferença emocional entre as duas palavras.
Que as duas formas de dizer são ditas hoje em dia quase mecânicamente, sem emoção.
Então me pergunto: se é para não sentir nada, porquê dizer então?
Se respeitarmos toda palavra que sai de nossas bocas, conferimos a elas imenso poder. Seja para nós mesmos - profecias auto-realizáveis - seja para outras pessoas - a nossa reputação.
De preferência evite dizer qualquer coisa de forma mecânica, um agradecimento ou uma saudação.
Busque colocar veracidade em tudo o que diz e as outras pessoas, e você mesmo também, sentirão a diferença.
Há outras frases que são ditas hoje em dia como lugares-comuns, quase clichês, e que provavelmente perceberemos, ao dizê-las, conotações emocionais mais fortes.
Vale a pena observarmos algumas. Por exemplo:
"Eu vou me lembrar" ao invés de "não me esquecerei";
"Estou começando" ou "Estou aprendendo" ao invés de "estou tentando" ou "vou tentar";
"Quero fazer isso" ao invés de "Preciso fazer isso";
"Tenho uma questão para resolver" ao invés de "Tenho um problema para resolver...";
"Tenho a intenção de" ao invés de "Eu gostaria de".
Poderíamos discutir por horas qual a diferença que sentimos quando mudamos estas estruturas gramaticais.
É o campo da psicolinguística, disciplina teórica da qual a PNL se aproveita para estruturar suas técnicas pragmáticas.
Muitos chamam este campo de "neurosemântica".
Por exemplo, mudar o "preciso" pelo "quero" ou "tenho a intenção de" visa nos devolver a percepção de que controlamos nossas vidas, somos agente causador, não vítimas, títeres das circunstâncias.
Mesmo que algo nos pressione a fazer algo, sempre temos a decisão final: de aceitar ou recusar a situação.
Por isso, se a aceitamos, em última análise o nosso querer que está em jogo, não o precisar, certo?
Há uma história corrente sobre Gandhi, o grande estadista indu.
Dizem que ele, um dia, foi visitada por uma mãe, trazendo seu jovem filho adolescente pelo braço.
A mãe humildemente pediu a Gandhi que falasse com o menino, e o fizesse parar de comer tanto doce, tanto açucar, pois poderia lhe fazer mal.
O garoto respeitava muito Gandhi - todos o respeitavam - e com certeza obedeceria melhor a ele do que a própria mãe.
Lembrando que, na época, a cárie dentária era algo muito severo na Índia, sem serviços médicos e odontológicos adequados.
Muitas pessoas poderiam morrer a partir de uma pequena infecção.
E havia preceitos religiosos contra o excesso de comidas doces.
Gandhi a escutou. E pediu que voltasse na semana que vem.
A mãe assentiu, e voltou depois. Então Gandhi dirigiu-se ao garoto e falou: "Meu filho, pare de comer açúcar". O garoto concordou e saiu.
A mãe agradeceu muito a Gandhi, mas, intrigada, perguntou: "Mestre Gandhi, porquê o senhor não disse isso na semana passada, quando estive aqui com o meu filho?".
E Gandhi respondeu: "Porque, minha senhora, até a semana passada eu também comia açucar".
Esta historieta nos fala da importância de sermos congruentes entre o que falamos e o que fazemos.
Se levarmos isto com rigor, fica mais fácil sermos respeitados pelos outros e por nós mesmos - inclusive por nossos inconscientes.
Um exagero que vejo muito por aí é falar que não devemos nunca usar o não, pois o "não" não representa uma imagem específica do que se quer.
Apesar de ser verdade, torna-se impossível banir o "não", o "nunca" etc da lingua, sob pena de começarmos a falar bem esquisito...
Em livros importados de PNL, traduzidos por aqui, é falado que devemos evitar dizer o "não". E construçães gramaticais com base no "não" são um pouco mais comuns aqui do que lá (mesmo que pese o "isn't" inglês).
Já ouvi pessoas fazendo ingentes esforços para evitar dizer um "não" sequer, o que fica muito engraçado.
O não parece que vira palavrão...
Os povos de origem saxônica possuem uma estrutura gramatical radicalmente diferente da nossa - e a estrutura dos pensamentos, a lógica usada também é diferente.
Isso torna a psicolinguística dos povos de lingua latina um pouco diferente da mesma dos povos de lingua anglo-saxônica.
As linguas germânicas e saxônicas foram desenvolvidos por povos bárbaros - inteligentes mas bárbaros.
Foi um dialeto criado principalmente com base em pedaços de outras linguas, uma lingua montada para facilitar a comunicação durante as batalhas (a invasão do Império Romano).
É uma lingua franca (nome dado principalmente pela presença dos Francos).
Como uma lingua meio que "artificial", tem características predominantes do hemisfério esquerdo do cérebro - construções gramaticais lineares, secas, não-emocionais, principalmente baseadas em substantivos e verbos simples, de ação.
Uma ótima língua para lutar.
Os alemães a adaptaram bem para exprimir conceitos abstratos mas continua sendo uma lingua seca, pouco afeita às emoções.
Os povos da península ibérica, ao contrário, desenvolveram a sua lingua a partir do latim e do grego, linguas que cresceram naturalmente por séculos.
São linguas mais emocionais, de intensidade, com muitos advérbios e sutis gradações evidenciadas pelo uso em maior escala de adjetivos.
É uma lingua onde predomina o hemisfério direito do cérebro.
Todo este intróito foi para falar do "não"...
Nas linguas anglo-saxônicas, o "não" é sempre uma negativa formal.
Tanto é assim que, nas construções gramaticais inglesas, dois "nãos" equivalem a um "sim".
Isso É lógico, já que duas negativas invertem duas vezes o sentido, dando o sentido original. Mas na maioria das linguas latinas não é assim. São línguas de intensidade, e assim, dois "nãos" equivalem a um "não" ainda mais forte.
Um bom exemplo está na frase: "isso não é assim, não! ".
Está na cara que este "não" final é de intensidade, reforçando o primeiro não. Os americanos, ao estudarem o português, se embatucam muito com isso...
Outra curiosidade:
É prováel que algumas palavras frequentemente usadas tenham, sim, uma influência psicossomática, pelo menos em termos estatísticos.
Já vi uma pesquisa por aí dizendo que na Espanha há um termo comum que, traduzido, significaria que "fulano é um chute nos fundilhos".
E estão estudando uma correlação entre o uso deste termo É o índice de câncer no reto... não sei se vão encontrar uma significância estatística para tal.
De qualquer modo, lembrei-me que aqui no Brasil falamos muito "fulano é um pé no saco".
E parei para pensar se não podíamos aqui pesquisar a correlação deste tipo de frase com as chances de desenvolver tumor de próstata...
Palavras nada mais são do que um tipo de pensamentos - expressos, o que os torna mais intensos, "cristalizados" por assim dizer.
Palavras habituais são especialmente poderosas.
Convém lembrar que o importante é o sentimento expresso nas palavras. Estes são o principal fator.
Não precisamos temer quaisquer palavrinhas desairosas que usamos conosco ou com os outros. Não são tão perigosas. Mesmo assim, evito dizer "estou morto de cansaço...".
Em suma, para não prolongar muito o assunto, verifique se a sua linguagem reflete uma atitude positiva com referência às ações que se pretendem realizadas.
Caso existam "cacoetes" verbais que representem uma expectativa de não realização ou um sentimento muito destrutivo, vale a pena se modificar as construções gramaticais habituais.
Lembrando sempre das palavras de Indira Gandhi, filha do grande Gandhi:
Valorize seus pensamentos; eles são as raízes de suas palavras.
Valorize suas palavras; elas são as raízes de suas atitudes.
Valorize suas atitudes; elas são as raízes de suas ações.
Valorize suas ações; elas são as raízes de seu futuro.
Por Antonio Azevedo
Auto-estima e o Conceito do Eu - Antônio Azevedo
Do que depende a realização pessoal e a capacidade de manter boas relações interpessoais?
Durante os últimos quarenta anos de pesquisa contínua sobre os mecanismos do sucesso, descobriu-se três principais fatores:
* Auto-Estima
* Auto-Confiança
* Auto-Realização
Estou escrevendo três artigos sobre estes temas.
Neste primeiro artigo falaremos de Auto-Estima.
A Auto-Estima é uma questão candente em nosso mundo moderno, onde a profusão de informações novas a cada momento, a intensa competitividade e a ênfase no sucesso solapa a nossa crença em nossa capacidade pessoal de resolvermos as situações de vida.
A questão é que, culturalmente, baseamos a nossa Auto-Estima pelo passado, pelo que já fizemos.
Se nos avaliarmos pelo que fazemos ou deixamos de fazer, pelo que possuímos ou deixamos de possuir, isto é, pelos resultados que obtivemos da vida em vários aspectos ou áreas de atuação, é natural que nossa Auto-Estima sofra altos e baixos, de acordo com a área que seja objeto de atenção.
O Universo é mutável, é ilógico esperar que fique "congelado" permanentemente em uma situação determinada, favorável ou desfavorável a nós, em uma síndrome do "felizes para sempre", tão comum nos contos de fadas...
Isto cria, em muitas pessoas, um "medo de perder" e um "medo de não conseguir".
São, em última análise, crises de Auto-Estima.
A solução para isto pode ser percebermos que a sensação interna (sentimento) que chamamos de "o nosso valor pessoal", que surge quando prestamos atenção em nossa identidade, é apenas uma escolha que fazemos, por nós mesmos, ao longo da vida.
E que, quando nos habituamos a "dar notas" (que se traduzem em intensidade deste sentimento) através do que observamos em nossa vida, estamos confundindo a parte com o todo, comparando coisas heterogêneas, um verdadeiro contra-senso.
O conceito de "valor" é sempre relativo, nunca absoluto em si mesmo.
Algo é julgado "bom" ou "mau", tendo valor ou não, sempre decorrente de algum uso, avaliado por algum observador externo a ele.
Isto é, valor é um conceito que depende do uso de algo, em determinada situação.
O dinheiro, por exemplo, é extremamente valioso em uma cidade - e totalmente sem valor se estamos sozinhos em um deserto.
Neste caso, um cantil d'água torna-se muito mais valioso.
O julgamento de bom ou mau, perfeito ou imperfeito, representa sempre uma consideração subjetiva de características de cada objeto, um ponto de vista apenas. O nosso valor pessoal, como identidade que somos, é sempre máximo, pelo simples fato de existirmos.
Não é mensurável. Somos uma manifestação do Universo.
Tudo o que existe, sob o ponto de vista da inteireza do Universo, não pode ser avaliado pela dimensão de valor, por duas razões: primeiro, porque não podemos julgar o uso de nós próprios como um todo, em todos os contextos possíveis; não possuímos todo o conhecimento do universo, para avaliar em que estamos sendo "mais ou menos úteis".
E, também, porque fazemos parte da coisa avaliada; existir é sempre uma característica dicotômica, uma questão de "sim" ou de "não"; não se pode dar notas graduais para isso.
Em suma, se um aspecto do Universo está sendo considerado como um todo, sendo levado em consideração em sua totalidade sistêmica, não pode ser julgado como tendo "mais" ou "menos" valor do que a totalidade do Universo.
Seja este aspecto sistêmico uma coisa, pessoa ou fenômeno, o seu valor de Ser é sempre máximo. Em outras palavras, o conceito de valor não se aplica.
Quando efetivamente sentimos isso como uma realidade em nossa consciência, a questão da auto-estima pode ser discutida em outro nível.
A cultura judaico-cristão, da qual fazemos parte, nos inculcou a idéia de valor pessoal e de pecado original.
Nascemos "devedores" e tendo que "tornarmo-nos dignos" para "ganhar" o céu.
E isso é decidido no "juízo final".
Culturalmente, começamos já em uma situação desvantajosa - todos começam assim com baixa auto-estima e devem ganhá-la ou conquistá-la.
Aqueles que esperam conquistá-la tornam-se mais proativos no mundo, buscando aumentar a sua sensação de valor pessoal; aqueles que esperam ganhá-la costumam ser mais reativos, aguardando que outros reforcem a sua sensação de valor pessoal.
Isto acarreta vários sintomas, provenientes da ilusão de que devemos "aumentar a nossa auto-estima".
Há os que buscam aparentar, para si e para outros, uma auto-estima "menor".
Seu comportamento é cabisbaixo, sua ação é desleixada; seu relacionamento é de submissão. Atraem a pena e a proteção de uns e a rejeição de outros.
E há os que buscam aparentar uma auto-estima "maior" do que outros.
Seu comportamento é arrogante, sua ação é agressiva; seu relacionamento é de manipulação.
Atraem admiração de uns e ressentimento de outros.
O enfoque no aumento da auto-estima como solução de problemas psicológicos, interpessoais e até empresariais, tão divulgado hoje em dia, decorre desta distorção de compreensão gerando, inclusive, uma busca vã.
Não importa quanto mais nos esforçamos para fazer e obter coisas que nos "aumentem" a auto-estima, sempre poderemos pensar em algo mais a ser feito, gerando assim mais ansiedade e melancolia.
Se, em contrapartida, pelo simples fato de existir, temos total e integral importância e significado - não valor, que implica mensuração e sim razão para existir, dignidade e respeito próprio - a auto-estima deixa de ser considerada algo com que devemos nos preocupar e torna-se natural, não perceptível.
A sensação de importância pessoal, se igual para todos, é invisível.
Paramos de tentar nos tornarmos "mais importantes", já que todos são igual e perfeitamente importantes, apenas pelo fato de sermos uma manifestação pessoal do Universo.
A Auto-Estima representa a nossa relação emocional conosco mesmo, nossa auto-aceitação.
A auto-estima é consistente quando sentimos que somos importantes pelo que efetivamente somos, independentemente do que fazemos ou deixamos de fazer.
Ser, Fazer e Ter
A maioria das pessoas lastreia a sua Auto-Estima em suas sensações pessoais do TER, isto é, aquilo que conseguiram amealhar na vida.
O TER pode ser representado em termos de posses pessoais, mas também em termos de relações - ter muitos amigos, receber muitos telefonemas - e outras manifestações exteriores de sucesso.
Para este grupo, parece evidente notar que a sua auto-estima terá altos e baixos: como a sua sensação de amor-próprio depende de referências externas, do feedback que recebe de outras pessoas, e isso é necessariamente mutável, jamais terão uma certeza absoluta de seu valor pessoal.
Freqüentemente passarão por fases de insegurança e insatisfação.
Grande parte da população vive assim; na perpétua afirmação de seu status social, perante os olhos dos outros, buscando em comprar e ostentar uma oportunidade de valorizar o seu ego...
Existe também aqueles que baseiam a sua auto-estima em uma forma mais ”pró-ativa” de viver, isto é, em suas sensações pessoais de FAZER.
Para essas pessoas, um grupo bem menor, não conta tanto o feedback externo, o indício de posses, e sim em estar fazendo o que gosta, trabalhando a sua ”realização pessoal” e estar envolvido em tarefas que representem a manifestação de sua individualidade.
Encontram-se aí pessoas mais auto-orientadas, que utilizam feedback interno como forma de aquecer a fornalha do amor-próprio.
Tais pessoas, mesmo em épocas de crise, continuarão a trabalhar de forma intensa naquilo que acreditam ser o correto fazer.
Mesmo assim, por não levarem em conta o feedback externo, por vezes parecerão obstinadas, teimosas, cabeças-duras, persistindo em realizar algo que não é mais viável, trabalhando em um produto que não tem mais compradores ou mantendo a mesma forma de atuar, mesmo que as situações mudem...
Vemos neste grupo muitos empresários, empreendedores, camelôs, atores, artistas plásticos, artesãos, alguns tipos de vendedores.
O terceiro grupo, que de longe é o menos populado, baseia a sua auto-estima não no que conseguem do mundo - Ter - e também não naquilo que oferecem ao mundo - Fazer. Este grupo atua de forma equilibrada, buscando identificar o seu lugar pessoal no mundo, isto é, como a sua individualidade se ajusta à “globalidade” e como aquela serve à esta. São pessoas baseadas no SER.
Contudo, estar “baseado no SER” não é ficar absolutamente parado, estático, vivendo uma vida alheada da busca de coisas materiais, em uma busca espiritual de comunhão com a divindade. Ao contrário, é agir sim, e realizar algo. Mas realizar com a expressão de si próprio, de forma autêntica.
Estas pessoas buscam uma forma de equilibrar o lado “pró-ativo” com o lado ”reativo” da personalidade.
Isto se obtém alinhando aquilo que o mundo dá com aquilo que se doa ao mundo, de tal sorte que estejamos criando algo que nos dê satisfação pessoal e ao mesmo tempo auscultando as respostas positivas que o mundo nos devolve.
O objetivo final é oferecer aquilo que o mundo precisa mas apenas dando em troca aquilo que realmente desejamos oferecer ao mundo...
É difícil pertencer a este último grupo, pois a Auto-Estima é um sentimento de valor pessoal. E a busca deste equilíbrio entre “o eu e o mundo” passa por altos e baixos. O que fazem as pessoas que buscam alcançar este “estado essencial”, de foco apenas no SER, ao invés de no FAZER ou no TER?
Abraçam uma postura de vida que advoga que possuímos um EU interno, especial, em comunhão com a Universalidade, não importa se existe uma crença em um Deus ou não.
E passam uma grande parte de seu tempo se esforçando para desenvolver esta “individualidade com responsabilidade universal” - uma espécie de visão ética da vida, mais do que apenas uma visão religiosa.
Isto requer uma nova percepção de nossa Identidade, como realmente integrada ao Cosmos, uma perspectiva realmente sistêmica.
E como se obtém uma mudança de percepção em um nível tão profundo de nossa personalidade? Os primeiros passos são simples:
Autoconsciência - observe-se e identifique os momentos, no seu dia-a-dia, em que você começa a julgar-se pelo que tem e faz, atribuindo a si mesmo pontos de valor. Compreenda que este é um hábito cultural, e como tal deve ser tratado.
Não adianta recriminar-se por isso, porém. Apenas registre este momentos e aceite que esta maneira de pensar pode e deve ser corrigida.
Auto-Escolha - decida e pratique compreender que a existência é uma possibilidade de Ser, mais do que Fazer ou Ter. Medite, leia e fale à respeito.
Comporte-se como se assim fosse. Exercite pensamentos e palavras neste sentido.
Auto-Superação - quando a prática da auto-escolha se tornar confortável, quase automática, busque maneiras de encontrar sensações de satisfação no que realiza, sem que eventuais flutuações nos resultados obtidos traga dúvidas sobre o verdadeiro Ser.
Nossa Missão Pessoal no Universo é principalmente aprender a Ser da melhor maneira possível, não "Fazer ou Ter o máximo possível".
O que executamos ou criamos, em nossos resultados pessoais, são conseqüências do nosso SER sendo expresso em plenitude.
O julgamento e avaliação de nossos resultados pode nos orientar em nosso exercício de Ser; isto é, o Fazer e o Ter são apenas formas divertidas de que dispomos, ao interagir com o Universo, para que possamos experimentar várias formas de Ser.
Neurologicamente a prática destes estados internalizados produzem mais endorfinas e outras substâncias cerebrais relaxantes, anestesiantes, euforizantes e estimuladoras do sistema imunológico, o que já é um excelente benefício.
No entanto, com exceção de poucos ascetas, a maioria de nós precisa, mesmo assim, conviver em um mundo externo competitivo, que em sua maioria manifesta suas preferências pelo feedback negativo... .
E avaliar a si com o mesmo e imutável valor, independente do que fazemos e do que temos é, reconheço, praticamente impossível.
Por mais que meditemos no alto das montanhas do Tibet por vinte ou mais anos, nossa consciência individual continua a criar distinções e julgamentos próprios, aprovando-nos mais ou menos, de acordo com as situações da vida - aquilo que FAZEMOS e TEMOS.
As perspectivas atuais do conhecimento da psique nos levam a crer que o EU individual não existe, pois é um substrato do processamento neurológico.
Seja isto verídico ou não, isto pode ser útil à análise da Auto-Estima.
A corrente de pensamento que advoga a hipótese da mente como apenas um processo sistêmico, com uma parte cognitiva e outra comportamental, está sendo bem aceita pela ciência moderna, pois é ratificada nos experimentos de laboratório.
Esta é uma certeza factual, e a experimentação científica, inegavelmente, nos auxilia em nossa compreensão da realidade.
As vertentes mais “ousadas” desta corrente advogam que, se nossa mente é apenas um processo, ela pode ser "manipulada" de forma benéfica, e assim podemos nos "reconstruir" ao nosso bel-prazer...
Sendo assim, nenhum tipo de limitação do tipo "é assim que eu sou" deve ser encarada como algo permanente, a não ser que exista uma forte razão neurológica para esta resignação.
As técnicas de Controle Mental e Programação Mental, desde relaxamento, meditação até a hipnose, a PNL (programação neurolingüística), a PNO (psico-neuro-orientação), e outras com variados nomes, que caminham na corda bamba entre linhas mais espiritualistas e a visão mais pragmática da TCG (terapia cognitivo-comportamental) buscam operacionalizar este tipo de abordagem.
A grande questão é: como dirimir o conflito entre a experimentação científica, que nos diz que não há evidências de que possuímos um “Eu” interno, e sim de que somos uma colcha de retalhos, um mosaico, fornecido por padrões de pensamentos amealhados aqui e ali, em nossa história pessoal, e a visão filosófica de uma conexão profunda em nosso interior com a divindade, aquilo que nós chamamos de nosso “Eu Pessoal”? E como aplicarmos esta reflexão para melhorar o nosso próprio sentido de valoração pessoal, aquilo que é entendido como auto-estima, um dos principais problemas que afetam o indivíduo em nossa cultura moderna, e cuja falta acarretam tantos problemas de desajustes psicológicos, depressões, ansiedades e neuroses?
A resposta pode ser respondida através da metáfora, já conhecida, comparando a nossa sensação pessoal de “eu” com o centro de gravidade, que é meramente uma hipótese científica, não um fenômeno verificável.
Sabemos nós que a gravidade da Terra, como uma grande massa, nos atrai para o seu centro. Contudo, não existe um “algo”, localizado especificamente no centro da Terra, que nós encontraríamos, se por acaso fosse possível que caíssemos até chegar lá.
A força gravitacional é uma resultante do efeito da presença de uma grande quantidade de partículas no espaço – o ”centro de gravidade” está ali pela interação entre as partículas que estão ao redor, mas não é uma “partícula” real.
Da mesma maneira, a grande massa de pensamentos, sentimentos, conceitos e crenças em uma estrutura complexa - que chamamos a “mente pessoal” ou personalidade de um indivíduo - por si só gera uma resultante que podemos chamar de “Eu pessoal”.
Este Eu NÃO é nenhum destes pensamentos em si mesmos, e nenhum conceito, idéia, sentimento ou atitude é identificado exatamente com ele.
Podemos trocar nossos pensamentos, nossos sentimentos, reestruturar totalmente nossa personalidade, como preconizam os métodos de mudança comportamental – e podemos fazer isso porque nada disso é, realmente, o “EU”, pertencendo apenas à periferia de nosso “orbe mental”. Na verdade este EU é uma resultante da INTENSIDADE do mundo mental, não do CONTEÚDO do mundo mental em si mesmo.
Como exemplo, poderíamos substituir no planeta Terra quaisquer quantidades de massas, sejam planetas, cidades inteiras, por outras quaisquer, de posição, e até trocar grandes toneladas de massa da Terra por grandes toneladas de massas de outro planeta, tal como Marte, como irá acontecer algum dia, quando houver comércio interplanetário.
Mesmo assim, o centro de gravidade da Terra, as “essências de Gaia”, poderiam chamar assim, continuaria sendo a mesma. Poderia haver leves mudanças de intensidade de manifestação do campo gravitacional do planeta, mas ele continuaria a existir.
Aceitando esta linha de reflexão, poderíamos aceitar a existência, de forma científica, de um ”centro de gravidade mental” intitulado o “EU Individual”. Isto tornaria mais fácil trabalharmos com técnicas meditativas de expansão da consciência do EU, pois saberíamos que estaríamos nos alinhando com o nosso verdadeiro fulcro de equilíbrio, independente de quaisquer pensamentos, sentimentos, atitudes, crenças, conceitos e pré-conceitos porventura existentes em nossas mentes.
E aceitaríamos melhor, sem julgamentos, conviver com pensamentos e sentimentos inadequados, em nosso mundo mental, pois mesmo que eles não sejam os melhores possíveis, de alguma maneira eles estão contribuindo para criar um maior “peso” em nosso mundo, e devem possuir uma função específica para nós.
Devem ser modificados e melhorados, nunca rejeitados.
Com esta compreensão, fica muito melhor trabalharmos os conceitos de Auto-Estima.
Se nos esforçarmos para nos dar “notas” de Auto-Estima pelo que TEMOS ou pelo que FAZEMOS, estaremos em uma perpétua roda de insatisfações e ansiedades.
E mesmo quando nos concentramos apenas no que SOMOS, permanecemos nos julgando pelo conteúdo de nosso mundo mental.
Nem sempre é possível alinhar a contento aquilo que gostamos de fazer, de realizar, com aquilo que o mundo nos pede, ou nos exige que façamos. De qualquer modo, apesar de ser uma forma de atuação mais desejável, estar permanentemente focado no SER ainda é sujeito aos altos e baixos da vida.
A melhor forma é percebermos como o nosso Eu pessoal é apenas uma resultante de forças, independente e separado de todo o conteúdo de nosso mundo mental.
Isto é, se temos preferências, vontades, desejos, impulsos artísticos, vontades de ter, fazer e ser em nosso mundo mental, estes CONTEÚDOS são válidos e devem, com justeza, serem postos em prática no ambiente físico, material.
Se conseguimos manifestá-los, ótimo. Se não o conseguimos, a compreensão de que o nosso EU apenas se manifesta através deles, mas não são intrinsecamente eles, nos permite dispor da tranqüilidade necessária para reavaliar as situações, reestruturar as nossas respostas e continuar atuando da melhor forma possível, sem nos deixar solapar por uma sensação de auto-comiseração, de desvalorização pessoal.
Continuando a analogia, isto nos faz entender como a presença do EU pessoal, mesmo não sendo material em si mesmo, possui uma tão poderosa influência em todos os pensamentos, sentimentos, atitudes que orbitam em sua esfera de influência.
Ele atua como um centro de gravidade, suavemente direcionando, puxando, orientando...É um melhor entendimento do que significa a palavra “estar equilibrado”. Significa alinhar-se ao nosso “centro de gravidade mental”.
E, como sabemos que a palavra “espírito” significa “essência”, “âmago“, “o mais refinado e sutil”, podíamos até chamar este centro de “centro de gravidade espiritual”.
Isto significa que, estar alinhado com “nosso espírito” não significa nem ficarmos parados sem fazer ou possuir nada, como muitos ascetas fazem, e nem estar diuturnamente ligados no “fazer o bem”, em atuar para o outro em detrimento a si mesmo. Significa manifestar o melhor possível aquilo que pensamos, sentimos e fazemos que entendemos ser o que nós temos de melhor, em nosso interior, em nosso âmago.
E, da mesma maneira como todos os planetas “se sustentam” uns aos outros no espaço através de seus centros de gravidade físicos, e não poderíamos retirar um só planeta de órbita sem afetar a órbita das estrelas mais distantes, que provavelmente todos os “centros de gravidades espirituais, os nossos “EUs Pessoais” também se interconectam, de alguma forma sutil, afetando uns aos outros.
E não se pode chamar a isso meramente de telepatia, e sim de um tipo de “campo de gravidade espiritual” forjado pelas relações de forças de pensamento destes eus que são só conceituais, sem presença identificável, mas que se manifestam da mesma forma como os centros de gravidade se manifestam, como deformações no espaço-tempo... .
E poderíamos até, supor, que além de deformações no espaço e no tempo, que a “matéria-energia” quantificada e observável apresentam, as deformações sutis deste “campo de eus pessoais” poderiam afetar possivelmente a própria INTENCIONALIDADE do Universo, as relações de significado que os pensamentos e sentimentos emprestam, como uma nova “casca” de interpretações ao universo.
Talvez aí, nesta fusão de Eus, que não poderíamos, sim, encontrar a idéia de D-EUS?
Isto é, a soma de todos os pensamentos e sentimentos e intenções e significados, de todas as mentes, conscientes ou não, em todo o Universo, criam também a certeza da presença de um fulcro de “gravidade espiritual universal”, uma espécie de “centro do universo”, que poderíamos chamar de D-EUS...
E assim, com a mesma certeza de que possuímos um hipotético “centro de gravidade espiritual pessoal” chamado “EU”, poderíamos aceitar o “centro de gravidade espiritual universal, chamado “DEUS”.
Partindo destas ilações, não totalmente matemáticas, mas uma cadeia de silogismos perfeitamente aceitável, poderíamos considerar uma “evidência de Deus” a própria percepção de unidade de nosso “Eu Pessoal” que identificamos em nós.
Quer melhor prova científica da existência de Deus do que esta evidência perfeitamente replicável por qualquer indivíduo consciente, em qualquer lugar da terra, no próprio laboratório de suas mentes?
Basta fechar os olhos e sentir a presença deste “campo de gravidade espiritual”, puxando cada pensamento e sentimento nosso suavemente... em nosso interior.... dirigindo e sintonizando cada um deles...
Não é uma presença real - nossos pensamentos comportam-se mais como um cardume de peixinhos onde cada um têm uma existência separada, mas costumam fazer evoluções em conjunto - mas é suficientemente comprovável para que a usemos como hipótese de trabalho - possuímos, ou melhor, somos um EU espiritual presente e atuante em todo o Universo, através das relações cósmicas dos nossos “campos de gravidade espiritual”, em relação ao grande “campo espiritual” que é a junção de todos os EUS.
Esta compreensão - praticamente um satori ou iluminação - nos ajudaria a compreender como alinhar o SER como manifestação da relação entre o eu e o mundo, integrando o FAZER e o TER dentro do SER.
Como todos os eus estariam integrados neste enorme “campo espiritual”, logicamente cada um de nossos pensamentos, sentimentos, atitudes e crenças também sofreriam a sutil e delicada influência espiritual de todos os outros “eus espirituais” espalhados em todo o universo....
E facilitaria entender como a nossa Auto-Estima é uma sensação interior tão importante para nós mesmos, para o nosso equilíbrio psicológico e até fisiológico. Este sentimento é como um ”giroscópio”, um balanço, que nos faz sentir o nosso alinhamento com o nosso centro de gravidade espiritual - o nosso EU.
Existindo ou não existindo como realidade observável, de forma prática ele nos afeta, como conceito, e o seu alinhamento com o grande campo espiritual é necessário, para que tenhamos uma positiva sensação de Auto-Estima.
Auto-Estima, neste sentido, acabaria se traduzindo, em seu fim último, em algo que muitos chamariam de “iluminação”.
Isso responderia também àquela célebre pergunta que muitos religiosos (e descrentes também) se fazem: “para quê um Deus todo-poderoso necessitaria criar seres individuais? Só para adoração?
Não parece que ele precisaria de tal coisa”.
A resposta seria melhor: a própria manifestação da conscientização do Eu Divino seria o Universo, em si mesmo, sendo algo intrínseco a manifestação dos “campos de interação deste Deus”, sejam gravitacionais, magnéticos e espirituais, sendo aí incluídos os Eus de todos os seres. Isto é, o Universo é Deus pensando.
Antônio Azevedo
Falando Com Deus
Ó Deus! modifica o meu coração e a minha mente para que eu possa ser feliz, preencher-me de mais paz e entender as pessoas a partir do que dizem,pelo olhos, timbres de voz,gestos e expressões, indo ao fundo de suas almas,compreendendo os seus anseios e necessidades.
Faze-me Senhor, superar minhas deficiências e rancores e os tratar com delicadeza e bondade, sendo para eles a alma amiga e protetora.
Com relação a mim, dá a força para me considerar melhor,ver-me com qualidades, vontade de paz e sucesso,sem me queixar de nada.
Obrigado, oh! Deus, pois que és o meu Criador.
Fonte: http://www.forumespirita.net/
Oração Nossa - Emmanuel - Psicografada por Chico Xavier
Senhor,
ensina-nos a orar sem esquecer o trabalho,a dar sem olhar a quem,
a servir sem perguntar até quando,
a sofrer sem magoar seja a quem for,
a progredir sem perder a simplicidade,
a semear o bem sem pensar nos resultados,
a desculpar sem condições,a marchar para a frente sem contar os obstáculos,
a ver sem malícia,a escutar sem corromper os assuntos,
a falar sem ferir,
a compreender o próximo sem exigir entendimento,
a respeitar os semelhantes sem reclamar consideração,
a dar o melhor de nós, além da execução do próprio dever sem cobrar taxas de reconhecimento.
Senhor, fortalece em nós a paciência para com as dificuldades dos outros, assim como precisamos da paciência dos outros para com as nossas próprias dificuldades.
Ajuda-nos para que a ninguém façamos aquilo que não desejamos para nós.
Auxilia-nos sobretudo a reconhecer que a nossa felicidade mais alta será invariavelmente aquela de cumprir os desígnios, onde e como queiras, hoje, agora e sempre.
Emmanuel
Mensagem psicografada por Chico Xavier
Oração do Perdão - Cristina Cairo
Faça esta oração à noite, antes de dormir, para seu inconsciente absorvê-la totalmente.
Atenção:
Visualize o rosto da pessoa que você precisa perdoar, ou ser perdoado(a) por ela, e diga cada palavra, do fundo do coração.
Chamando-o(a) pelo nome apenas no início da Oração.
Eu perdôo você, por favor, me perdoe.
Você nunca teve culpa,
Eu também nunca tive culpa,
Eu perdôo você, me perdoe, por favor.
A vida nos ensina através das discórdias...
e eu aprendi a lhe amar e a deixá-lo(a) ir de minha mente.
Você precisa viver suas próprias lições e eu também.
Eu perdôo você... me perdoe em nome de Deus.
Agora, vá ser feliz, para que eu seja também.
Que Deus te proteja e perdoe os nossos mundos.
As mágoas desapareceram de meu coração e só há Luz e Paz em minha vida.
Quero você alegre, sorrindo, onde quer que você esteja...
É tão bom soltar, parar de resistir e deixar fluir novos sentimentos!
Eu perdoei você do fundo de minha alma, porque sei que você nunca fez nada por mal e sim porque acreditou que era a melhor maneira de ser feliz...
Me perdoe por ter nutrido ódio e mágoa por tanto tempo em meu coração.
Eu não sabia como era bom perdoar e soltar; eu não sabia como era bom deixar ir o que nunca me pertenceu.
Agora sei que só podemos ser felizes quando soltamos as vidas, para que sigam seus próprios sonhos e seus próprios erros.
Não quero mais controlar nada, nem ninguém.
Por isso, peço que me perdoe e me solte também, para que seu coração se encha de amor, assim como o meu.
Muito obrigada!
Mensagem inspirada por Cristina Cairo, num momento de perdão.
http://www.linguagemdocorpo.com.br
Ciúmes- Devemos Cultivar ou Evitar?
O ciúme é uma emoção, instintiva e natural.
Os animais também manifestam ciúme.
É um sentimento comum a todos os seres humanos - quando se fala a palavra ciúme todo mundo sabe seu significado porque já sentiu.
Mas não devemos nos deixar guiar pelo ciúme, pois as emoções são más conselheiras.
A arte do viver consiste em ter a emoção como motor e a razão como leme, assim aquela nos motiva e esta nos orienta.
Neste sentido, o ciúme pode ser o útil motor que nos leva a sermos cuidadosos com nosso objeto de amor, mas sempre lembrando que cuidado não quer dizer controle, nem domínio.
Por ser instintivo, o ciúme é verdadeiro e deve merecer nosso respeito; mas é também irracional e precisa ser examinado e aceito pela razão.
Respeito não significa aceitação.
O ciúme quando não temperado pela razão nos torna possessivos, o que também é uma característica natural (pois também se encontra nos outros animais); mas o desejo de um ser humano para dominar e controlar os outros e tratá-los como uma propriedade sua ofende nossa inteligência.
Basicamente, o ciúme consiste no medo de perder para outro o objeto amado.
E para que tal não ocorra devemos zelar pelo nosso amor.
Zelo e ciúme andam próximos - em espanhol a palavra "celoso" tanto significa zeloso quanto ciumento.
Ou seja, o ciúme nos faz zelosos.
A insegurança é uma das causas do crescimento anormal do ciúme.
Em geral está relacionada com a consciência de estarmos sendo pouco cuidadosos ou incompetentes quanto à nossa relação amorosa.
Quem não cuida de seu amor acaba sentindo-se em falta e temendo ser castigado e a expectativa gerada por este sentimento de culpa agrava o sentimento de ciúme.
Os jovens costumam ser muito ciumentos por insegurança em relação à sua capacidade para administrar o namoro.
Por vezes, o ciúme nem tem a ver com a questão sexual.
Podemos ter ciúme da pessoa amada, mesmo sabendo que ela não vai ter encontros sexuais com outras pessoas, mas simplesmente porque ela fica falando no telefone quando estamos querendo conversar.
Mera possessividade, uma característica instintiva do ser humano e de grande parte dos mamíferos, que temos que reconhecer que possuímos, mas à qual não devemos ficar escravizados, como não devemos ficar escravizados às outras nossas características instintivas, embora as reconhecendo e respeitando.
Há pessoas que negam sentir ciúmes, possivelmente estão enganando-se a si mesmas e não estão tendo suficiente contacto com seus sentimentos mais escondidos; ou estão se esquivando do amor.
Nascemos com o selvagem desejo de possuir os outros, principalmente àqueles que amamos e consideramos importantes para nós.
Isto ocorre desde a infância, na relação com nossos próprios pais ou, na falta destes, com os adultos que desempenham o papel paterno.
As pessoas mais sadias lidam com seu ciúme tentando compreendê-lo e evitando manifestá-lo de forma irracional.
Ou seja, o sentimento de ciúme pode nos ajudar a melhor compreender uma situação que estamos vivendo e por isto ele merece ser ouvido e examinado.
As questões a serem respondidas são:
"O que está me levando a sentir este ciúme agora?"
"O que posso fazer para diminuir o desconforto que o ciúme me causa?"
"Qual a maneira produtiva de conversar com meu parceiro(a) sobre meu sentimento?"
"Como modificar minha relação amorosa para parar de sentir ciúme?"
As manifestações destrutivas do ciúme - desde as conhecidas "cenas de ciúme" acompanhadas de gritos e choros até a violência mais explícita das agressões - fazem parte do conjunto de impulsos naturais e selvagens que possuímos e cuja repressão é proposta como base para a vida civilizada.
Desde muito cedo somos treinados a controlar nossos impulsos naturais, começando na mais precoce infância pelo controle das excreções com o uso do penico.
Aliás, este talvez seja o lugar ideal para despejarmos os nossos ciúmes, pois quando deixamos os sentimentos guiarem sem restrições nosso comportamento os resultados costumam ser catastróficos.
Quando encaramos a relação amorosa como uma relação livre entre dois adultos independentes, nela não há lugar para nos sentirmos proprietários de nosso(a) parceiro(a).
Por isto, temos que estar diária e permanentemente reconquistando e seduzindo o outro e zelando pelo relacionamento.
Dr. Luiz Alberto Py - http://www.albertopy.com.br/
Exercício para Iluminar o Relacionamento - Izabel Telles
Faça o exercício de imagens mentais sugerido abaixo e permita que uma reprogramação positiva seja gravada em seu inconsciente.
Sente num ambiente calmo e tranqüilo.
Os pés devem estar firmes no chão, as mãos colocadas sobre as pernas e os olhos fechados do começo ao fim.
Imagine-se olhando de frente para o seu companheiro(a), esposo(a), amante ou a pessoa com a qual você se relaciona e veja que este relacionamento se passa em vários níveis de troca.
Veja em sua parte sexual uma luz vermelha entrando na parte sexual da outra pessoa, que também emana uma luz vermelha.
Confira a luminosidade, a intensidade e as sensações.
Se houver algo que incomoda, corrija usando as ferramentas de sua mente.
Faça a mesma coisa com uma luz laranja que invada o umbigo da outra pessoa e confira a luminosidade, a intensidade e as sensações.
Se houver algo que incomoda, corrija.
Agora visualize uma luz verde saindo do peito desta pessoa e vice-versa.
Confira a luminosidade, a intensidade e as sensações.
Se houver algo que incomoda, corrija.
Em seguida uma luz cor azul índigo saindo da garganta e proceda da mesma forma.
Depois uma luz lilás saindo da testa.
E por fim uma luz dourada saindo do topo da cabeça... sempre conferindo e corrigindo.
Harmonize todas estas energias para harmonizar o todo.
Respire e abra os olhos.
Repita o exercício por 3 ciclos de 21 dias respeitando um intervalo obrigatório de 7 dias entre cada ciclo.
DICA: Para fazer os exercícios com imagens mentais sem ter que ficar lendo ou decorando você pode gravá-los numa fita e apertar o play sempre que quiser fazê-los. Desta forma você garante o mesmo comando...
Afinal, você sabe que a mente aprende por repetição.
Não foi assim que você aprendeu a tabuada?
Izabel Telles é terapeuta holística e sensitiva formada pelo American Institute for Mental Imagery de Nova Iorque.
Tem três livros publicados: “O outro lado da alma”, pela Axis Mundi, “Feche os olhos e veja” e “O livro das transformações” pela Editora Agora.
O que são as Imagens Mentais?
E-mail: izabeltelles@terra.com.br
Meditação para Silenciar a Mente
Especial: Meditação
Especial produzido pela VEJA.COM em 6 vídeos.
Parte 1:
Saiba o que a meditação pode fazer por você.
Conheça a história de um estressado que se transformou depois que começou a meditar.
Parte 2: Meditação: Dicas para os iniciantes
Neste vídeo, você aprende a meditar com dicas de especialistas e descobre o significado de termos como mantra e mudra.
Parte 3: Aprenda uma meditação guiada
Se você tem dificuldade para meditar, aprenda, neste vídeo, uma meditação guiada que pode ser feita em qualquer lugar.
Parte 4: Conheça a meditação dinâmica
Ao contrário do que muitos pensam, ficar com os olhos fechados e em um ambiente silencioso não é um requisito para meditar.
Veja onde é possível meditar e aprenda uma série de meditação dinâmica.
Parte 5: Meditação para relaxar
Depois de um dia cansativo você pode recorrer a meditação para relaxar.
Aprenda, neste vídeo, uma sequência com essa finalidade.
Parte 6: Meditação também dá energia
Aprenda uma sequência de meditação para ganhar energia que você pode fazer na sua própria casa.
Este exercício é contra-indicado para pessoas com glaucoma, pressão alta ou grávidas.
Parte 1:
Saiba o que a meditação pode fazer por você.
Conheça a história de um estressado que se transformou depois que começou a meditar.
Parte 2: Meditação: Dicas para os iniciantes
Neste vídeo, você aprende a meditar com dicas de especialistas e descobre o significado de termos como mantra e mudra.
Parte 3: Aprenda uma meditação guiada
Se você tem dificuldade para meditar, aprenda, neste vídeo, uma meditação guiada que pode ser feita em qualquer lugar.
Parte 4: Conheça a meditação dinâmica
Ao contrário do que muitos pensam, ficar com os olhos fechados e em um ambiente silencioso não é um requisito para meditar.
Veja onde é possível meditar e aprenda uma série de meditação dinâmica.
Parte 5: Meditação para relaxar
Depois de um dia cansativo você pode recorrer a meditação para relaxar.
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Parte 6: Meditação também dá energia
Aprenda uma sequência de meditação para ganhar energia que você pode fazer na sua própria casa.
Este exercício é contra-indicado para pessoas com glaucoma, pressão alta ou grávidas.
Música para Relaxamento e Meditação
Música para Relaxamento e Meditação
Excelente meditação com música relaxante.
Leia com tranquilidade...
Medite e tire suas próprias conclusões.
Excelente meditação com música relaxante.
Leia com tranquilidade...
Medite e tire suas próprias conclusões.
Oração ao Criador - Reflexão e Meditação
Angelical - Mensagem para Relaxamento
Meditação Permanente da Paz
Meditação Permanente da Paz
Vídeo do Movimento de Meditação Permanente da Paz.
Conheça o movimento e participe!
Escolha um horário, um dia e ofereça sua meditação pela PAZ.
www.anjodeluz.com.br
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Como dialogar com seu Anjo Protetor ou Anjo da Guarda - Divaldo Franco
Trecho de entrevista de Divaldo Franco.
Prece aos Anjos Guardiães e Protetores.
Prece aos Anjos Guardiães e Protetores.
Deixe que haja espaços
Uma Nova Visão Sobre os Relacionamentos"
Em O Profeta, de Kahlil Gibran, Almustafá diz:
Deixem que haja espaços na união entre vocês.
E deixem que os ventos dos céus dancem entre vocês.
Amem um ao outro, mas não tornem o amor uma obrigação;
Ao contrário, deixem que ele seja um mar em movimento entre as praias de suas almas.
Se a união entre vocês não for fruto da sensualidade, seu amor irá se aprofundar a cada dia.
A sensualidade reduz tudo, pois a biologia não se importa se vocês permanecerão juntos ou não.
Ela está interessada na reprodução e, para isso, o amor não é necessário.
Você pode continuar produzindo filhos sem amor.
Observei todos os tipos de animais.
Vivi em florestas, em montanhas, e constantemente ficava perplexo: sempre que eles tinham relações sexuais, pareciam muito tristes.
Nunca vi animais tendo relações sexuais com alegria; é como se alguma força desconhecida os estivesse pressionando a fazer aquilo.
Não é a partir de suas próprias escolhas, de suas liberdades, mas de suas escravidões.
Isso os deixa tristes.
O mesmo observei com os seres humanos.
Vocês já viram marido e mulher na rua?
Você pode não saber se eles são casados, mas, se ambos estiverem tristes, pode estar certo de que são.
Eu viajava de Déli para Srinagar.
No meu compartimento com ar condicionado havia apenas dois assentos e um estava reservado para mim.
Um casal veio, uma bela mulher e um jovem e belo homem.
Ambos não podiam se acomodar num só assento, então ele deixou a mulher e foi para um outro compartimento.
Mas ele vinha a cada parada, trazendo doces, frutas, flores.
Eu observava toda a cena e perguntei à mulher:
"Há quanto tempo vocês estão casados?"
Ela respondeu: "Uns sete anos."
Eu disse: "Não minta para mim!
Você pode enganar qualquer outro, mas não pode me enganar.
Vocês não são casados."
Ela ficou chocada.
De um estranho, a quem nada falou e que estava simplesmente observando...
Ela perguntou: "Como você descobriu?"
Respondi: "Não tem mistério, é simples.
Se ele fosse o seu marido, depois de ir embora, se ele voltasse quando chegasse a estação em que vocês deveriam descer, você seria uma felizarda!"
Ela disse: "Você não me conhece e eu não o conheço, mas o que você está dizendo está certo.
Ele é meu amante, é o marido de uma amiga minha."
Eu disse: "Então, tudo faz sentido..."
O que há de errado entre maridos e mulheres?
Não se trata de amor e todos o aceitaram como se soubessem o que é o amor.
É pura sensualidade.
Logo vocês ficam saturados um do outro.
Para a reprodução, a biologia o enganou e, logo, não haverá nada de novo... a mesma face, a mesma geografia, a mesma topografia.
Por quantas vezes você a explorou?
Todo o mundo está triste devido ao casamento e o mundo ainda permanece inconsciente da causa.
O amor é um dos fenômenos mais misteriosos.
Almustafá está falando sobre esse amor.
Você não pode se entediar, porque ele não é sensualidade.
Almustafá diz: Deixem que haja espaços na união entre vocês.
Fiquem juntos, mas não tentem dominar, não tentem possuir e não destruam a individualidade do outro.
Se vocês moram juntos, deixem que haja espaços...
O marido chega tarde em casa; não há motivo, não há necessidade para a esposa indagar onde ele esteve, por que ele veio tarde.
Ele tem seu próprio espaço, ele é um indivíduo livre.
Dois indivíduos livres estão vivendo juntos e não transgridem o espaço um do outro. Se a esposa chega tarde, não há necessidade de perguntar:
"Onde você esteve?"
Quem é você?
Ela tem seu próprio espaço, sua própria liberdade.
Mas isso está acontecendo todos os dias, em todos os lares.
Eles brigam por causa de picuinhas, mas, no fundo, o ponto é que eles não estão dispostos a permitir que o outro tenha o seu próprio espaço.
Os gostos são diferentes.
Seu marido pode gostar de algo que você não gosta.
Isso não significa que este seja o começo de uma briga, de que por serem marido e mulher seus gostos deveriam também serem os mesmos.
E todas essas questões...
Passa na mente de todo marido que volta para casa:
"O que ela vai perguntar?
Como vou responder?"
E a mulher sabe o que ela vai perguntar e o que ele vai responder, e todas essas respostas são falsas, fictícias.
Ele a está enganando.
Que tipo de amor é esse, que está sempre suspeitando, sempre com medo do ciúme?
Se a mulher o vê com outra mulher, rindo e conversando, isso é suficiente para destruir toda a sua noite.
Você se arrependerá; isso é demais para uma pequena risada.
Se o marido vê a esposa com outro homem e ela parece estar mais alegre, mais feliz, isso é suficiente para criar um tumulto.
As pessoas não estão cientes de que não sabem o que é o amor.
O amor nunca suspeita, nunca é ciumento, nunca interfere na liberdade do outro, nunca se impõe ao outro.
O amor dá liberdade, e a liberdade é possível somente se houver espaços na união entre vocês.
Essa é a beleza de Kahlil Gibran... um imenso discernimento.
O amor deveria ficar feliz ao ver a esposa feliz com alguém, porque o amor deseja que ela seja feliz.
O amor deseja que o marido seja alegre.
Se ele estiver simplesmente conversando com uma mulher e se sente alegre, a esposa deveria ficar feliz, e aí não cabem desavenças.
Eles estão juntos para tornarem as suas vidas mais felizes, porém justamente o oposto acontece.
Parece que o marido e a mulher estão juntos apenas para tornar a vida um do outro infeliz, arruinada.
A razão é: eles não entendem nem mesmo o significado do amor.
Mas deixem que haja espaços na união entre vocês...
Isso não é contraditório.
Quanto mais espaço vocês derem um ao outro, mais juntos estarão.
Quanto mais vocês permitirem a liberdade um do outro, mais íntimos serão.
Não inimigos íntimos, mas amigos íntimos.
E deixem que os ventos do céus dancem entre vocês.
Esta é uma lei fundamental da existência: estar juntos demais, não deixando espaço para a liberdade, destroça a flor do amor.
Você a esmagou, não lhe deu espaço para crescer.
Os cientistas descobriram que os animais têm um limite territorial.
Você deve ter visto cães urinando nesse e naquele poste.
Você acha que isso é inútil?
Não é.
Eles estão traçando os limites — "este é meu território."
O cheiro de sua urina impedirá que um outro cachorro entre ali.
Se um outro cachorro chegar perto do limite, o cachorro a quem o território pertence não se importará; porém, apenas um passo a mais e haverá briga.
Todos os animais selvagens fazem o mesmo.
Até um leão, se você não cruzar a fronteira dele, ele não o atacará — você é um cavalheiro.
Mas, se você cruzar a fronteira dele, não importa quem você seja, ele o matará.
Ainda precisamos descobrir os limites territoriais dos seres humanos.
Você já deve ter sentido esses limites, mas eles ainda não foram cientificamente estabelecidos.
Ao andar num trem metropolitano, numa cidade como Mumbaim, o trem fica lotado... as pessoas estão em pé, muito poucas conseguem se sentar.
Observe as pessoas que estão em pé — embora elas estejam muito próximas, estão tentando de todas as maneiras não tocarem umas nas outras.
À medida que o mundo fica mais superpovoado, mais e mais pessoas ficam insanas, cometem suicídio, assassinatos, pela simples razão de não terem espaço para si mesmas.
Pelo menos as pessoas que amam deveriam ser sensíveis; saber que a esposa precisa de seu próprio espaço, da mesma maneira que você precisa de seu próprio espaço.
Um dos meus livros mais estimados é o de Rabindranath Tagore, Akhari Kavita, "O Último Poema".
Ele não é um livro de poesia, e sim um romance, mas um romance muito estranho, muito penetrante.
Uma jovem e um homem se apaixonam e, como costuma acontecer, imediatamente querem se casar.
A mulher diz: "Somente com uma condição..."
Ela é muito culta, muito sofisticada e rica.
O homem diz: "Qualquer condição é aceitável, mas não posso viver sem você."
Ela diz: "Primeiro ouça a condição, então pense a respeito.
Não se trata de uma condição comum.
A condição é que não viveremos na mesma casa.
Tenho muitas terras, um lindo lago circundado por árvores, jardins e prados.
Numa margem do lago farei uma casa para você, exatamente do lado oposto à minha."
Ele perguntou: "Então, qual é o sentido do casamento?"
Ela respondeu: "Assim, o casamento não nos destruirá.
Estou lhe dando o seu espaço, eu tenho o meu próprio.
De vez em quando, ao caminharmos no jardim, poderemos nos encontrar.
De vez em quando, andando de barco no lago, poderemos nos encontrar — acidentalmente.
Ou, algumas vezes, posso convidá-lo para tomar chá comigo, ou você pode me convidar."
O homem comentou: "Essa é uma ideia muito absurda."
A mulher disse: "Então, esqueça o casamento.
Essa é a única ideia correta; somente assim nosso amor poderá continuar a crescer, porque sempre permaneceremos frescos e novos.
Nunca tomaremos o outro como algo garantido.
Tenho todo o direito de recusar sua proposta, como você tem todo o direito de recusar a minha; em nenhuma das maneiras as nossas liberdades serão desrespeitadas. Entre essas duas liberdades cresce o belo fenômeno do amor."
É claro que o homem não conseguiu entender e abandonou a ideia de casamento.
Rabindranath tem o mesmo discernimento que Kahlil Gibran... e eles escreveram praticamente na mesma época.
Se isso for possível, ter espaço e ao mesmo tempo convivência, os ventos dos céus dançam entre vocês.
Amem um ao outro, mas não tornem o amor uma obrigação.
Ele deveria ser uma dádiva gratuita, dada ou recebida, mas não deveria haver exigências.
Do contrário, muito em breve você estarão juntos, mas tão separados quanto estrelas distantes.
Nenhum entendimento criaria uma ponte entre vocês; você não deixou espaço nem mesmo para a ponte.
Ao contrário, deixem que ele seja um mar em movimento entre as praias de suas almas.
Não o torne algo estático, não faça dele uma rotina.
Ao contrário, deixem que ele seja um mar em movimento entre as praias de suas almas.
Se a liberdade e o amor puderem ambos serem seus, você não precisará de mais nada. Você conseguiu aquilo para o qual a vida lhe foi concedida.
Osho, em "Amor, Liberdade e Solitude: Uma Nova Visão Sobre os Relacionamentos"
www.palavrasdeosho.com
A Arte da Imperfeição
Não sei quanto a você, mas eu ando definitivamente exausta de correr atrás da perfeição.
No outro dia me peguei medindo as toalhas de banho dobradas para que elas formassem impecáveis pilhas no meu armário.
Uma amiga me diz que arruma os vidros de tempero por ordem alfabética.
Não é incrível?
Nosso índice de tolerância aos "defeitos de fabricação" do universo anda mesmo muito baixo.
E isso nos torna a espécie mais reclamona do universo, provavelmente a única!
Ou será que bois e vacas interiormente também reclamam do calor e daquelas moscas sempre em volta dos seus rabos...
Passamos um bocado de tempo tentando caber nas molduras que inventamos para nós mesmos.
Isso quando escapamos de tentar vestir à força as expectativas que os OUTROS criaram para NÓS.
Senão, me digam por que seres humanos razoáveis investiriam tanto tempo, dinheiro e energia para tentar recuperar a imagem que tinham aos 18 anos?
Perceber a beleza que se esconde nas frestas do mundo imperfeito é uma Arte.
Você conhece aquela história de que os tapetes persas sempre tem um pequeno erro, um minúsculo defeito, apenas para lembrar a quem olha de que só Deus é perfeito?
Pois é, a Arte da Imperfeição começa quando a gente reconhece e aceita nossa tola condição humana.
Para isso precisamos aprender a aceitar nossas falhas e dos outros com a mesma graça e humildade com que aceitamos nossas melhores qualidades.
E, importante: estarmos dispostos, sempre, a perdoar a nós mesmos.
Não precisamos ser perfeitos para ser um ser humano bem-sucedido.
De fato, com mais frequência do que imaginamos, o desejo de acertar sempre impede as coisas de melhorarem e a necessidade de estar no controle aumenta a desordem e o caos.
A Arte da Imperfeição, no entanto, não se limita ao reconhecimento das imperfeições humanas.
Também tem a ver com nosso jeito de olhar para as coisas mais banais, mais corriqueiras e enxergá-las com outros olhos.
Leonard Koren publicou alguns livros tentando revelar para o nosso jeito ocidental as delicadezas do olhar wabi sabi.
Wabi sabi é a expressão que os japoneses inventaram para definir a beleza que mora nas coisas imperfeitas e incompletas.
O termo é quase que intraduzível.
Na verdade, wabi sabi é um jeito de "ver" as coisas através de uma ótica de simplicidade,naturalidade e aceitação da realidade.
Contam que o conceito surgiu por volta do século 15.
Um jovem chamado Sen no Rikyu (1522-1591) queria aprender os complicados rituais da Cerimônia do Chá.
E foi procurar o grande mestre Takeno Joo.
Para testar o rapaz, o mestre mandou que ele varresse o jardim.
Rikyu lançou-se ao trabalho feliz.
Limpou o jardim até que não restasse nem uma folhinha fora do lugar.
Ao terminar, examinou cuidadosamente o que tinha feito: o jardim perfeito, impecável, cada centímetro de areia imaculadamente varrido, cada pedra no lugar, todas as plantas caprichadamente ajeitadas.
E então, antes de apresentar o resultado ao mestre Rikyu chacoalhou o tronco de uma cerejeira e fez caírem algumas flores que se espalharam displicentes pelo chão.
Mestre Joo, impressionado, admitiu o jovem no seu mosteiro.
Rikyu virou um grande Mestre do Chá e desde então é reverenciado como aquele que entendeu a essência do conceito de wabi-sabi: a arte da imperfeição.
O que a historinha de Rikyu tem para nos ensinar é que estes mestres japoneses, com sua sofisticadíssima cultura inspirada nos ensinamentos do taoísmo e do zen budismo, conseguiram perceber que a ação humana sobre o mundo deve ser tão delicada que não impeça a verdadeira natureza das coisas de se revelar.
E a natureza das coisas é percorrer seu ciclo de nascimento, deslumbramento e morte; efêmeras e frágeis.
Eles enxergaram a beleza e a elegância que existe em tudo que é tocado pelo carinho do tempo.
Um velho bule de chá, musgo cobrindo as pedras do caminho, a toalha amarelada da avó, a cadeira de madeira branqueada de chuva que espreguiça no jardim, uma única rosa solta no vaso, a maçaneta da porta nublada das mãos que deixou entrar e sair.
Wabi sabi é olhar para o mundo com uma certa melancolia de quem sabe que a vida é passageira e, por isso mesmo, bela.
Para os olhos artistas de Leonard Koren wabi sabi é inseparável da sabedoria budista que ensina:
Todas as coisas são impermanentes
Todas as coisas são imperfeitas
Todas as coisas são incompletas
Daí olhar para elas de um modo wabi sabi é ver:
A beleza que existe naquilo que tem as marcas do tempo.
A beleza do que é humilde e simples.
A beleza de tudo que não é convencional.
A beleza dos materiais que ainda guardam em si a natureza.
A beleza da mudança das estações.
A Arte da Imperfeição é ver a vida com a tranquilidade de quem sabe que a busca da perfeição exaure nossas forças e corrói nossas pequenas alegrias.
Porque, como disse Thomas Moore, "a perfeição pertence a um mundo imaginário".
No nosso mundo, a imperfeição é de verdade, aqui e agora.
Que tal abrirmos os olhos para o estilo wabi sabi?
(Autor desconhecido)
ALMOÇO BENEFICIENTE !!!!!!
VAMOS AJUDAR A DIVULGAR !!
PRECISAMOS VENDER OS CONVITES PARA AJUDAR OS NOSSOS ANJOS !!
ALMOÇO DIA - 26/09/2010 - AS 11:00 HS
RESTAURANTE MARESIAS EM PIRACICABA/SP
VALOR POR PESSOA - R$ 25,00 FORA A BEBIDA !
TEREMOS OPÇÃO VEGETARIANA TAMBÉM !!!!
PRECISAMOS VENDER OS CONVITES PARA AJUDAR OS NOSSOS ANJOS !!
ALMOÇO DIA - 26/09/2010 - AS 11:00 HS
RESTAURANTE MARESIAS EM PIRACICABA/SP
VALOR POR PESSOA - R$ 25,00 FORA A BEBIDA !
TEREMOS OPÇÃO VEGETARIANA TAMBÉM !!!!
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