terça-feira, 23 de outubro de 2012

Culpa e auto punição

 


Dentre uma infinidade de sentimentos, a EFT pode também ser utilizada para eliminação de sentimentos de culpa e auto punição. 

Ou seja, é possível para qualquer pessoa, lembrar de algo do passado que tenha feito ou deixado de fazer e que lhe traga um sentimento de culpa, aplicar a técnica em si mesma e sentir um alivio completo do peso desses sentimentos.

Observando o potencial da técnica de trazer esse bem estar, um aluno me perguntou em curso de EFT mais ou menos o seguinte.

“Seu faço alguma coisa que seja imperdoável, como por exemplo, dar uma tapa na cara da minha mãe, como seria possível eu me liberar do sentimento de culpa se fiz algo tão errado, ainda mais trabalhando somente comigo mesmo?

Não seria necessário que a outra pessoa me desculpasse ou me perdoasse para que eu pudesse me livrar da culpa?”

A pergunta traz reflexões importantes, vamos detalhar cada uma delas.

Quando fazemos algo que julgamos como sendo errado, um sentimento se abate sobre nós chamado de “culpa”.

Pelo menos é assim para boa parte das pessoas.

A culpa é o peso na consciência. 

É um sentimento que nos provoca sofrimento e portanto já é parte da auto punição que nós nos impomos por termos agido errado.

É também como se fosse um mecanismo que serve para que nós não venhamos a repetir o erro cometido.

A lógica inconsciente por trás desse mecanismo nos diz que se nós não nos sentirmos culpados nos tornaremos irresponsáveis e com grande possibilidade de agir novamente de uma forma que não seja correta.

Por isso muitas vezes passamos anos carregando um sentimento de culpa.

Coisas que aconteceram há 10 anos atrás e ainda sentimos o peso na consciência. Inconscientemente estamos nos punindo com a dor imposta pelo sentimento.

É também como se pensássemos que não seria justo nos sentirmos em paz depois de ter feito algo condenável.

“Como poderia eu ficar em paz comigo depois de ter batido na minha própria mãe? Como poderia ficar em paz se lembro que cometi essa ou aquela injustiça?”

Assim nos tornamos nosso próprio carrasco.

E esse carrasco interior as vezes atua pelo resto da vida sem dar trégua.

Conforme já mencionei, existe ainda a sensação de que a culpa serve para prevenir novos erros e que sua liberação seria perigosa nos tornando pessoas inconseqüentes.

“Se eu me liberar dessa culpa por ter batido na minha mãe vou acabar repetindo esse ato inaceitável, por isso é melhor carregar esse sentimento”.

Há ainda a sensação de que, se eu não me sinto mais culpado, é como se não reconhecesse o erro cometido no passado, ou ainda pior, como se eu aprovasse ou concordasse com o que fiz de errado.

 Muitos buscam o perdão e a compreensão da pessoa que foi prejudicada.

Mas o outro lado pode não estar disposto a perdoar; ou talvez não tenhamos mais contato com a outra pessoa, ou quem sabe ela pode até já ter morrido.

Conseguir o perdão ou compreensão da outra pessoa serviria para que o indivíduo conseguisse a permissão para perdoar a si mesmo.

Ou seja, em outras palavras, é como se você dissesse ao outro “me perdoa para que eu me permita me perdoar”.

E quando não há essa possibilidade a pessoa segue pelo resto da vida sem chance de se libertar do sofrimento.

Há ainda casos que o outro lado perdoa, e nem assim a pessoa consegue se liberar da culpa e continua se punindo.

Todos esses mecanismos em conjunto levam a perpetuação do sentimento de culpa.

Quando nos sentimos culpados acabaremos causando a nós mesmos e a outras pessoas, mais sofrimento, de forma inconsciente. Isso acontece por que, como forma de auto punição, iremos sabotar a nossa vida nas mais diversas áreas: financeira, familiar, relacionamentos e etc...

E quando isso ocorre, pessoas ligadas a nós também acabam sofrendo. Isso é muito claro.

Se você vem sabotando sua vida financeira ou conjugal por não se permitir ser feliz nessas áreas devido a culpas conscientes e inconsciente do seu passado, obviamente que sua família, amigos, também sofrerão.

O que parece então a maneira mais “adequada” ou “correta” de se sentir acaba sendo apenas mais um mecanismo de perpetuação do sofrimento que vem sendo passado de geração em geração há milhares de anos.

Seria possível então se liberar da culpa e mesmo assim não cometer novamente os erros do passado? É claro que sim.

O que faz com a gente cometa erro e os repita não é a ausência da culpa, e sim outros sentimentos negativos que guardamos ligados a insegurança e auto estima baixa.

É saudável que venhamos a reconhecer de forma sincera nossos erros.

Mas podemos fazer isso e ao mesmo tempo liberar o sentimento de culpa.

Não precisamos desse sofrimento para nos tornar melhores.

Pelo contrário, quanto mais culpas guardamos, maiores as chances de fazermos bobagens e afetarmos negativamente a vida das pessoas ao nosso redor.

Por tudo isso, procure observar em você se vem guardando culpa como uma forma se auto punir, ou de prevenir que cometa novos erros.

Veja também se você está aguardando o perdão de outra pessoa (que pode ser que nunca o perdoe) para que você possa então se dar permissão de se perdoar.

Verifique ainda se, inconsciente, você sente que a liberação da culpa o tornaria um inconseqüente que aprova e não reconhece os erros do passado.

Conforme podemos perceber, esses mecanismos são extremamente sabotadores.

É importante esclarecê-los para que sejam identificados, ficando assim mais fácil de não cair nessa armadilha.

Liste os eventos da sua vida que trazem sentimento de culpa, faça bastante EFT para limpar todos eles.

Não espere a liberação ou perdão de outra pessoa para se permitir ficar em paz.

Se o outro vier a perdoar você, ótimo.

Mas também se isso não ocorrer, liberte-se da culpa para que você se possa se tornar um ser humano melhor, par o bem de todos.

 Abraços,
André Lima
www.eftbr.com.br

Nota: Você entenderá melhor esse texto se já tiver lido o manual da EFT.
Para receber o manual criado por mim acesse
(Sem custos. Assim você poderá aprender o básico e começar a se beneficiar da técnica.):
http://www.eftbr.com.br/manual-gratuito.asp

A ligação pelo sofrimento

 

 

Existem vários padrões emocionais e sentimentos negativos que mantemos como uma forma de permanecermos conectados aos familiares e antepassados.

Na maioria das vezes fazemos isso de forma inconsciente.

É o que eu chamo de ligação pelo sofrimento.

É uma forma de adoecida de demonstrar amor e lealdade.

A tentativa de rompimento desse tipo de ligação por parte de um membro da família poderá provocar sentimentos de culpa e traição.

Por outro lado a família também poderá acusar e sentir traída por aquele que deseja romper a ligação pelo sofrimento.

Esse conjunto de sentimentos levam então a uma auto-sabotagem daquele que deseja se libertar, levando-o a perpetuar sentimentos e padrões negativos por uma vida inteira, além de passar para os filhos fazendo com que a negatividade sobreviva através das gerações.

Vamos exemplificar.

Imagine uma criança que tem uma mãe muito cobradora e perfeccionista, que gosta de ditar os passos da criança mesmo quando ela já teria condições de tomar certas decisões sozinha.
Como toda criança sente necessidade de ser reconhecida e amada pelos pais, a tendência é que ela faça tudo para agradar a mãe e obter sua aprovação.

Durante a infância, ela enxerga o comportamento da mãe como algo normal, pois não tem experiência nem amadurecimento pra perceber o que acontece.

Sente-se pressionada a infância inteira, mas não se dá conta que poderia ser diferente.

Depois que vai crescendo, pode perceber como esse padrão de tentar agradar a mãe a todo custo para obter seu reconhecimento é sufocante e como já deixou de fazer coisas que gostaria para agradá-la, carregando assim várias frustrações.

A partir daí, a então adolescente ou adulta tenta romper o padrão e experimenta fazer algo que deseja diferente do que a mãe gostaria.

Surge então o sentimento de culpa por não ter agradado a mãe.

E a mãe por sua vez, provavelmente reforçará esse sentimento cobrando e fazendo chantagem emocional.

Cria-se um relacionamento baseado no sofrimento, mas que pode parecer “amor” e dedicação de parte a parte.

A mãe se acha muito preocupada e dedicada e só quer o bem da filha, quando no fundo age baseada em sentimentos egoístas e necessidade de controlar.

E a filha passa por cima de suas vontades, e vai acumulando inconscientemente frustração e raiva da mãe.

Age como se fosse a boazinha e aceita as imposições e as vezes fará até parecer que suas vontades são iguais as da mães, para obter reconhecimento.

Tudo vai se acumulando gerando infelicidade e acaba aparecendo em forma de dificuldades de relacionamento e até doenças físicas .

Esses padrões normalmente são passados de geração em geração.

Basta investigar um pouco a relação da mãe com a avó e veremos provavelmente um repetição de comportamento.

Essas ligações de sofrimento ocorrem de variadas forma.

Um outro exemplo.

Uma mãe que perde um filho e passa uma vida inteira guardando a tristeza da perda.

Muitas vezes o sentimento acaba sendo cultivado e essa mãe não se permite dissolver a tristeza e ficar em paz para manter uma ligação com o filho.

Já tratei vários casos de perdas com a EFT, inclusive de mães que perderam filhos.

Como é um trabalho emocional muito profundo, ele acaba dissolvendo a tristeza e trazendo paz interior, apesar da perda que a mãe sofreu.

Entretanto, em vários atendimentos já vi a pessoa expressar ou demonstrar que não quer dissolver totalmente aquele sofrimento, por que se sentiria como se estivesse se afastando da pessoa que se foi.

A lógica emocional é que, se você ama, tem que sofrer com a perda o resto da vida.

Se ficar em paz, é porque não ama mais ou não amava tanto assim.

A pessoa sente como se estivesse traindo ou abandonando o ente querido que se foi.

“Um pouco dessa tristeza é saudável , como posso ficar totalmente em paz depois de uma perda como essa?

É uma ferida aberta que nunca vai cicatrizar.

Tenho muito amor pelo meu filho”.

Esses são pensamentos que podem ser verbalizados o que estão rodando o inconsciente.

Na verdade, quando dissolvemos a tristeza ou o sentimento de luto, resta uma ligação boa associada a uma paz interior.

O amor permanece e a necessidade do sofrimento desaparece.

É possível então pensar na pessoa que morreu e sentir apenas bons sentimentos.

Para a mente e para o ego, acostumados a sofrer, isso parece totalmente impossível.

No entanto, um trabalho bem conduzido com a EFT leva a esses resultados na maior parte dos casos.

Atendi por um tempo uma cliente que tinha depressão e ela percebia claramente dentro de si, pensamentos e sentimentos dizendo que ela não poderia ou não deveria ser feliz por que a mãe dela sofreu a vida inteiro e morreu com depressão.

Como ela poderia então ser feliz se a mãe não teve esse direito?

É o sofrer em solidariedade, uma forma doente de demonstrar que ama.

Por mais estranho que possa aparecer, esses pensamentos são bem comuns em casos de família com depressão.

Boa parte das vezes são pensamentos inconscientes que precisam ser descobertos para que possam ser curados com a EFT.

 Essa ligação também pode se manifestar na vida financeira e travar o crescimento de alguém que se sentirá culpado se conseguir levar uma vida melhor que a dos pais.

Poderá haver falta progresso nos estudos para que o filho não se sinta muito distante e afastado dos pais e outros familiares.

 Em casos de familia obesas, um membro que queira emagrecer poderá se sentir culpado.

Uns emagrecem e depois voltam ao peso inicial para que se sintam mais aceitos pelos familiares.

 A escolha de relacionamentos, repetição de vícios, o desenvolvimento de doenças físicas podem estar relacionados ao padrão de perpetuação e ligação pelo sofrimento.

Enfim, é possível ver essa ligação nas mais diversas áreas.

É preciso ficar atento para que possamos identificar e sair dessa armadilha que nos leva a uma grande auto-sabotagem inconsciente.


Abraços,
André Lima
www.eftbr.com.br

Nota: Você entenderá melhor esse texto se já tiver lido o manual da EFT.
Para receber o manual criado por mim acesse
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A não-aceitação

 


A mente costuma distorcer e nos fazer acreditar que agir da forma mais fácil que há é a mais difícil.

Quando estamos passando por alguma situação que vemos como negativa, a reação mais difícil é a não-aceitação e a mais fácil é a aceitação.

Mas não seria o contrário?
Não.

É que quando não aceitamos a situação, criamos uma resistência interior desconfortável que nos faz sofrer.

A não-aceitação é um brigar com uma realidade que já é.
Nada pode ser mais difícil ou insano do que isso.

Os momentos que se sucedem são do jeito que são.
Muitos deles não tomam a forma que nós desejamos.
Quando isso ocorre, surge um sofrimento interior ao qual chamamos de não-aceitação.

As pessoas agem da maneira que agem, têm seu próprio comportamento e modo de pensar.
E quando elas não agem conforme nós gostaríamos, surge também a não-aceitação.

Essa resistência não tem poder algum de mudar a situação exterior ou o comportamento de alguém.

Mas, inconscientemente, é como se achássemos que nossas reclamações mentais e nosso desconforto interno fosse mudar algo.

A não-aceitação vem sendo praticada pela humanidade há milênios, por isso está bastante enraizada no inconsciente coletivo, moldando nossa forma de pensar, fazendo parecer que é algo natural.

É comum agir dessa forma, mas não é saudável.
Os níveis de aceitação variam de pessoa pra pessoa.
Quanto mais uma determinada pessoa não aceita as coisas do jeito que são, mais ela sofre.

Precisamos, então, praticar a aceitação, de forma paciente e persistente, porque a nossa mente está viciada em resistir e causar sofrimento.

Me pego muitas vezes por dia tendo pensamentos de não-aceitação que não mudam em nada a situação externa, mas que me trazem desconforto interior.

Quando percebo, dou-me conta da insanidade que é esse tipo de pensamento e procuro abandoná-lo.

Isso acontece desde pequenas coisas até eventos mais significativos.
Agora mesmo ao escrever esse texto, o cursor do computador às vezes muda sozinho de local e vai parar em outro local da página.

Eu tenho que pegar o mouse, retornar para o ponto certo e corrigir o erro.
Não sei porque meu computador faz isso sozinho.
Automaticamente, surge uma irritação, que nada mais é do que uma resistência interior.

 Reclamações inconscientes do tipo "isso não deveria ter acontecido; droga, agora tenho que parar o texto e redigitar algumas coisas; não entendo porque isso acontece".

No momento em que percebo, procuro simplesmente observar e soltar esse desconforto porque ele não muda em nada o que aconteceu nem o que eu tenho que fazer; causa-me apenas mal-estar.

O desconforto surge de forma automática pelo longo condicionamento mental que vem sendo passado de geração em geração.

Mas isso não significa que não possa ser mudado.
Com a prática, eu percebo que minha mente vem reclamando e resistindo menos.
Cada vez mais rapidamente, consigo perceber e largar esses pensamentos de resistência.

As vezes eu me deixo levar por eles mais do que poderia.
O importante é continuar praticando sempre, e os progressos ocorrem certamente.

Quando alguém é antipático, grosseiro, ou age de uma forma contrária às nossas expectativas, o gatilho da não-aceitação é disparado em nós, gerando raiva, irritação e outros sentimentos.

Outro dia, fui a uma padaria, dei um sonoro "boa tarde" mas a atendente do caixa não respondeu. Fez sua tarefa de forma automática a não me deu qualquer atenção.

Estava com a cabeça em outro lugar.
Rapidamente, surgem os pensamentos de irritação: "Nossa, que moça mal educada!".
Percebi o que ocorreu, larguei o pensamento e fiquei em paz.
Deixei a moça ser do jeito que ela é.
Não briguei mais com o que aconteceu.

Quando você aceita, é como se você se tornasse transparente e, assim, as ofensas e outras coisas que poderiam ser desagradáveis passam através de nós.

São exemplos simples, mas servem para qualquer tipo de situação.
No meu caso, percebo que às vezes tenho mais facilidade em aceitar fatos considerados maiores dos que os pequenos.

Certa vez, um motorista fez uma manobra maluca e acertou em cheio o meu carro, provocando um acidente que poderia ter sido grave.

Muitos danos materiais, mas felizmente nenhum dano físico.
O interessante é que quando isso ocorreu, saí do carro 100% em paz e fui até o carro do outro motorista para saber se ele estava bem.

Fiz tudo que era possível ser feito, tomei as ações necessários, sem precisar da raiva, irritação, ou qualquer outro tipo de resistência interior.

Sempre que se fala sobre aceitação, algumas pessoas dizem que é ela a responsável pela falta de ação.
Justificam que, quando você aceita algo, você fica passivo, não toma nenhuma atitude e permite, assim, que pessoas passem por cima dos seus direitos e dos direitos alheios.

No entanto, a falta de ação é gerada por outros problemas emocionais que as pessoas têm ligados à auto-estima: sentimentos de não-merecimento, sentir-se inferior, ter dificuldade em dizer não, medo de não ser aceito, medo de ser julgado... 

Tudo isso pode e deve ser trabalhado com a EFT.
Existe até uma cobrança social para que se reaja de forma emocional a determinados eventos.

Já observei pessoas comentando "como fulano pode ficar assim tão tranqüilo diante dessa situação? Parece que não tem sangue correndo nas veias".

Certa vez, em um momento de tranqüilidade que tive em uma situação tipicamente estressante, uma pessoa que estava super irritada com a mesma situação me disse que ela até gostaria de ficar calma, mas que era muito difícil ficar como eu naquela hora.

Nesse momento, o pensamento que me veio foi o contrário.
Olhei para a outra pessoa e cheguei a conclusão que o difícil era reagir daquela forma, não aceitando e se estressando com a situação, simplesmente, por que causava um grande sofrimento e não resolvia nada.

Só que em outros momentos, eu acabo caindo exatamente no mesmo mecanismo de resistência interior.

Por isso é importante a prática.
A aceitação é o fácil que a mente distorce e interpreta como sendo algo difícil.

A EFT nos ajuda de uma forma profunda a dissolver os sentimentos de não-aceitação, trazendo de volta a paz interior.

Quando limpamos as emoções negativas que guardamos, ficamos naturalmente mais positivos e tranqüilos, e a aceitação torna-se algo bem mais automático.

A resistência começa a ser vista como o comportamento difícil, e a aceitação passa cada vez mais a ser a o "normal".


André Lima
www.eftbr.com.br 

Nota: Você entenderá melhor esse texto se já tiver lido o manual da EFT.
Para receber o manual criado por mim acesse
(Sem custos. Assim você poderá aprender o básico e começar a se beneficiar da técnica.):
http://www.eftbr.com.br/manual-gratuito.asp 

A ligação entre as doenças e a parte emocional


 

Certa vez atendi uma senhora e trabalhamos uma série de questões emocionais.

Depois de algumas sessões, ela me relatou que estava surpresa com sua pressão arterial que vinha se mantendo normal, coisa que não ocorria antes.

Em nenhum momento durante a terapia foi mencionado nada sobre sua pressão.
Eu nem sabia que ela carregava esse problema, até o momento em que ela relatou ter percebido uma normalização.

Em outra ocasião, uma menina que tinha 16 anos na época, me procurou para tratar algumas questões emocionais.
Ela tinha um problema de pele visível.

Durante as sessões, que foram apenas duas, trabalhamos e dissolvemos bastante conteúdo emocional que ela guardava com relação a seu pai.

Dias depois, ela relatou que o problema de pele havia melhorado sensivelmente.
Continuou se auto aplicando EFT sozinha e o problema de pele desapareceu.
O nome da doença que ela tinha era psoríase.
Um mal considerado incurável pela medicina alopática tradicional.

Creio que ela mencionou o nome da doença quando me procurou, mas eu nem sabia o que era psoríase.

Trabalhamos somente as questões emocionais, e "coincidentemente", o problema de pele desapareceu.

Outra vez atendi uma cliente que tinha uma depressão leve e dizia que era um problema orgânico.

Seu irmão que é médico, havia dito que seu cérebro não produzia as substâncias que deveria produzir, e ela teria que tomar anti depressivos pelo resto da vida.

Não havia solução definitiva para o seu caso.

Quando alguém me procura, eu não me preocupo com os nomes das doenças e diagnósticos que a pessoa recebeu.
Essa parte fica a cargo dos médicos.

Eu apenas faço o trabalho emocional conforme vai surgindo durante os atendimentos, que é o que me cabe como terapeuta.

Após algumas sessões de EFT onde tratamos medos, culpas do passado, e outros sentimentos, a depressão, "coincidentemente", desapareceu.

Foi até curioso, pois ela estava bastante convencida de que não tinha jeito.

Seu cérebro, que teoricamente era incapaz de produzir a química adequada saudável, voltou a funcionar normalmente sem precisar dos remédios.

É claro que quando há qualquer doença, como a depressão por exemplo, vamos observar desequilíbrios químico e orgânicos no corpo do doente.

O erro de avaliação que ocorre, é achar que esses desequilíbrios são a causa fundamental da doença.
Eles fazem parte do quadro orgânico da doença, mas não são a causa.

Alguma coisa levou a esses desequilíbrios, que por sua vez se acumularam e levaram a uma condição física ainda mais desequilibrada, que chamamos de doença.

No caso da cliente com depressão, seu irmão que era médico, dizia que a causa era um problema orgânico no cérebro que não produzia uma química saudável.

Certamente, se fosse feito um exame em seu cérebro na época, constataríamos um desequilíbrio químico.

Mas, na verdade, é preciso fazer uma pergunta que vai mais fundo.
O que levou o cérebro dela a deixar de produzir uma química normal ?
Ao obtermos essa resposta estaremos nos aproximando da verdadeira causa da doença.

Cada emoção negativa que sentimos produz a sua química.
Ao sentir raiva, por exemplo, o corpo produz a química da raiva, que vai pela corrente sanguínea provocando reações no nosso corpo.

Durante um episódio de raiva, é só prestar atenção que conseguiremos perceber claramente a manifestação física das emoções, que podem ser as mais diversas: mudança do ritmo cardíaco, frio ou calor em partes do corpo, formigamento, suor, mudança na respiração e etc.

Além disso, as emoções provocam tensões nos músculo e nos órgãos e alteram seu funcionamento.

Ou seja, a emoção mexe diretamente com a nossa fisiologia.
Ao longo da vida seguimos acumulando os mais diversos sentimentos negativos de raiva, medo, mágoa, tristeza e outros.

E quanto mais conteúdo guardamos, maior o efeito sobre a nossa fisiologia.

Chega a um ponto tal de desequilíbrio que os órgãos passam a funcionar de uma forma ineficaz, hormônios passam a ser produzidos em excesso (ou em quantidade menor do que deveria), a pressão sobe (ou baixa), as células podem começar a se reproduzir de forma desordenada e etc.

Surge uma série de sintomas e efeitos físicos mais intensos, aos quais a medicina classificará e dará nomes de doenças.

Vírus e bactérias entram no nosso organismo e provocam doenças. Mas por que o nosso corpo deixou entrar?
Com tanto acúmulo emocional alterando a fisiologia, o organismo se enfraquece e nossas defesas permitem a entrada e a atuação de invasores.

Quando a EFT foi concebida, ela era vista como uma técnica extremamente eficaz para tratar questões emocionais.

O que Gary Craig, criador do método, foi percebendo ao longo do tempo, é que seu clientes ao se libertarem das suas emoções negativas começavam também a relatar melhoras nas doenças, das mais simples as mais graves: alergias, doenças de pele, enxaqueca, câncer, diabetes, hipertensão e etc...

Ao observar essas melhoras, que aconteciam com grande frequência, ele começou entender que a ligação entre as emoções e as doenças era muito mais profunda do que aquilo que se pensava até o momento.

Já existem muitas doenças que são oficialmente consideradas como psicossomáticas, ou seja, tem uma forte contribuição de fatores emocionais.

Essa lista aumenta cada vez mais.
Acredito que chegará uma época, em que praticamente 100% das doenças serão vistas como psico somáticas, pois todas estão associadas a fatores emocionais, e não apenas algumas.

Não é só a emoção sentida e vivida no momento, ou o estresse que estamos passando que afeta o nosso corpo.

Todos os sentimentos negativos acumulados, mesmo aqueles inconscientes que foram gerados desde que estávamos dentro do útero materno até as emoções que guardamos de fatos que ocorreram ontem, estão de um forma latente exercendo uma pressão sobre a nossa fisiologia o tempo todo.

Cada emoção guardada só deixa de afetar o corpo no dia em que é liberada cem por cento.
Existem fatos que vivemos, que ao serem lembrados, trazem sentimentos desagradáveis.
Esses sentimentos fazem parte da grande massa de emoções negativas inconscientes que carregamos.

Alguns fatos trazem carga intensa, outros trazem uma leve carga. Todos eles se somam e afetam o nosso corpo.

Com a EFT conseguimos liberar de uma forma bem profunda essas emoções ligadas as memórias.
Essa liberação vai provocando um bem estar físico cada vez maior.

Existem livros que falam sobre a relação entre as emoções e as doenças (quais sentimentos estão por trás de determinada doenças).

Eles podem dar boas pistas para quem se interessar no assunto:

Louise Hay - Você pode Curar sua Vida.
Gasparetto - Metafísica da Saúde.
Cristina Cairo - Linguagem do Corpo.
Thonwald Dethlefsen , Rüdiger Dahlke - A doença como caminho.

 
Abraços,
Andre Lima –
www.eftbr.com.br



Nota: Você entenderá melhor esse texto se já tiver lido o manual da EFT.
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Como as crenças sabotam a prosperidade

 

 

Recentemente recebi um email de um leitor relatando que o lado profissional e financeiro ia muito mal, apesar de estar sentido uma grande evolução na parte emocional e espiritual.
No texto escrito por ele, foi possível detectar crenças extremamente nocivas ao modo financeiro.
Observem um trecho do email (destaquei as parte que mostram as crenças):

“fui demitido de forma inexplicável de uma empresa, voltei minha evolução para o lado espiritual, pois desacreditei no sistema.
Hoje sou outra pessoa, mas ainda com problemas profissionais...
... Gostaria de saber se existe alguma possibilidade de conseguir assistir a este workshop sem ter que efetuar o pagamento agora.

Todos nós precisamos pagar nossas contas, assim como você, pois vivemos nesse capitalismo selvagem e sem fim, mas posso me comprometer a lhe pagar assim que a minha situação melhorar”

 A situação dele nunca vai melhorar, a não ser que mude algumas crenças. 

Escrevi então uma mensagem de volta:
“O fato de estar “desacreditado do sistema” deve acabar lhe causando um sentimento de desesperança e quem sabe até uma certa revolta contra o “sistema”.

Quando você fala que vivemos em um “capitalismo selvagem sem fim”, é possível ver crenças negativas que estão certamente contribuindo de forma significativa para a falta de prosperidade na sua vida.

Talvez haja também sentimentos de raiva, ou ressentimentos com relação a inexplicável demissão sofrida.

Todos esses sentimentos acabam nos colocando no lugar da vítima, dificultando nossa prosperidade.
Se houver qualquer tipo de ressentimento, raiva ou sentimento de injustiça desse emprego que você teve, é necessário dissolver, limpar esses sentimentos.

E nada melhor do que a EFT para isso.

Assim você fica livre desse passado, fica em paz com ele, o vitimismo é eliminado e sua energia e criatividade aumentarão, trazendo idéias e soluções para que você prospere agora, independente do que aconteceu no passado.

No MiniEbook gratuito com 7 dicas para aumentar a prosperidade eu falo mais sobre isso:
http://www.eftbr.com.br/dicas-para-aumentar-a-prosperidade-agora.asp 

Quando temos raiva, revolta, ou qualquer outro sentimento negativo contra o “sistema”, acabamos sabotando a nossa prosperidade.
Afinal de contas, vivemos no sistema capitalista, e se não fizermos as pazes com ele, não iremos prosperar.
Como poderia alguém que não gosta desse sistema prosperar vivendo nele?
Acontece então uma auto sabotagem inconsciente.
Pois se começarmos a prosperar, ou seja, nos beneficiarmos de um sistema que condenamos, sentimentos de culpa cairão sobre nós.
Sendo assim, vamos nos sabotar para que as coisas não dêem certo.
Essas crenças são bem comuns e não temos ideia do quanto nos prejudicam.

As pessoas falam que desejam melhorar financeiramente, mas tem muitas crenças negativas com relação ao dinheiro e ao capitalismo.

Há uma incongruência, uma luta interior.
Um lado nosso quer prosperar, mas tem outro que odeia o sistema, o dinheiro.
O capitalismo e o dinheiro em si, não são bons, nem ruins.

A forma como se utiliza os dois é que pode causar sofrimento ou pode levar a criar coisas boas.

Como os seres humanos ainda estão cheios de negatividade, ainda há bastante uso do dinheiro e do sistema para causar sofrimento.

Mas também existe muita gente utilizando tudo isso para trazer benefícios para a sociedade.

Qualquer sistema que seja criado (seja escambo, socialismo, comunismo, ou uma sociedade alternativa) com a negatividade que o ser humano carrega, vai acabar sendo usado para causar sofrimento por parte das pessoas.

Então o problema não são os sistemas, e sim, o ser humano.

Alias o problema nem é o ser humano, e sim, os sentimentos, crenças e pensamentos negativos que ele carrega e a identificação que temos com essa negatividade, ou seja, o ego.

Limpando essa negatividade, qualquer sistema que seja utilizado irá gerar benefícios para todos.
Recomendo que você leia no meu site os textos:

A culpa é do dinheiro -
http://www.eftbr.com.br/artigo.asp?i=83
Não existe almoço grátis - http://www.eftbr.com.br/artigo.asp?i=121
Dinheiro e espiritualidade -
http://www.eftbr.com.br/artigo.asp?i=212
Como fazer EFT para melhorar a prosperidade -
http://www.eftbr.com.br/artigo.asp?i=243

 Depois dessa explicação, o leitor me respondeu concordando que percebeu o quanto estava carregando crenças prejudiciais.

Todas as vezes que nós associamos o dinheiro a algo negativo, vamos dar um jeito de nos afastarmos dele, ou de perdê-lo.

Isso vale para qualquer crença negativa: dinheiro é sujo, só se enriquece de forma desonesta, dinheiro corrompe, é o mal do mundo, causa desavença, atrai assalto, atrai falsos amigos e etc...

 O processo ocorre de forma sutil, porém poderosa, influenciando nossas decisões o tempo inteiro. Inconscientemente escolheremos situações que nos levarão a uma difícil situação financeira, e vamos achar que é coincidência.

E quando as coisas dão errado, confirmamos mais ainda nossas crenças.
É um mecanismo muito sabotador.
Muitas pessoas que lutam por causas sociais e outras que abraçam a espiritualidade carregam crenças negativas sobre dinheiro, sobre o “sistema”.

A palavra “lucro” chega a ser usada como se fosse algo nocivo, feio.
Não como prosperar de forma saudável, sem antes identificar e eliminar essas crenças.


Abraços,
André Lima

WWW.eftbr.com.br


Nota: Você entenderá melhor esse texto se já tiver lido o manual da EFT.
Para receber o manual criado por mim acesse
(Sem custos. Assim você poderá aprender o básico e começar a se beneficiar da técnica.): 
http://www.eftbr.com.br/manual-gratuito.asp

Aprender a fazer EFT

 



EFT é simples, e você pode iniciar o seu aprendizado gratuitamente através do manual: (aqui) 


EFT - Um Instrumento para a Cura Universal - Legendado
http://www.youtube.com/watch?v=A2030axmRUU&feature=related


Aprender a fazer EFT (em português)
http://www.youtube.com/watch?v=4LP8VIIqlT8&feature=player_embedded


4 Questões poderosas para fazer EFT
http://www.youtube.com/watch?v=5Q6HXlyiqxQ&feature=player_embedded


EFT para o dinheiro - preciso mais dinheiro
http://www.youtube.com/watch?v=956T2LaDkBU&feature=related


EFT para a Ansiedade
http://www.youtube.com/watch?v=XbIrByjIoiU&feature=related


EFT Passo à Passo - Sequência Curta, por Meire Yamaguchi
http://www.youtube.com/watch?v=BAjRnXHY94U&feature=related

Curando Feridas Internas
http://www.youtube.com/watch?v=Znw3b1uTzSg&feature=relmfu


EFT com Rita - O que é Técnica de Liberação Emocional?
http://www.youtube.com/watch?v=MD9zxchbw7o&feature=related


EFT com Rita - Tapping para Emagrecer
http://www.youtube.com/watch?v=RIY603Amc0Y&feature=related


Gary Craig em um demostracão prática de E.F.T. sobre uma emocão específica.

Parte I
http://www.youtube.com/watch?v=QSIKjtfA8aI&feature=player_embedded

Parte II
http://www.youtube.com/watch?v=38jwVH6TNWE&feature=player_embedded

O que é EFT

 
Com base nos antigos princípico da acupuntura, o EFT é um simples método de batimentos (tapping) que suavemente ira equilibrar o sistema energético, sem o desconforto das aguilhas.

Ao contrario de outros sistemas energéticos de cura, o EFT engloba o parâmetro emocional ao processo !cuiakvo!, encontrando assuntos emocionais não resolvides muitas das vezes, a causa de doenças físicas, disfunções psicológicas e limites.

As experiéncias emocionais negativas bloqueiam os meredianos energéticas do corpo.
As mudanças físicas que sentimos dessa mudança, tais como nauzeas, ansiedade, ficam memorizadas e afectam á maneira com que vemos o mundo ... até nós curamos essa disfunção.
Devidamente aplicado, o EFT rapidamente reequilibra os meridianos energéticos que dizem respeito a memórias negativas, aliviando o desconfort o físico ao qual estamos presos, e muito frequentemente elimina os sintomas que daí resultam.

O EFT continua a obter resultados encorajantes, mesmo com novas pessoas que aplicam o métodes neles próprios.

Indicações:

* Stress
* Enxaquecas,
* Dores de cabeça
* Dores musculares crónicas da coluna vertebral
* Dificuldades respiratórias
* Dificuldades de coordenação motora
* Cólicas
* Autismo
* Disfunções do sistema nervoso central
* Problemas músculo-esqueléticos
* Problemas generalizados nas crianças
* Dificuldades na aprendizagem
* Fadiga crónica, dificuldades emocionais
* Problemas relacionados com stress
* Problemas do tecido conjuntivo

Oração do Terapeuta



Empresto meus ouvidos para que ouça o seu,
Aprendo a escutar meu silêncio.

Empresto meu olhar para que encontre o seu.
Aprendo que somos tudo que olhamos.

Empresto minha voz para ouvir a sua.
Aprendo como transmitir a minha.

Empresto minhas palavras que como sementes ficarão em seu inconsciente.
Aprendo a espera que em algum momento florescerão.

Empresto meu tempo que andei mais,
Aprendo que seu tempo é seu tempo.

Empresto práticas e métodos.
Aprendo a fazer que não se apegue a eles.

Empresto meu silêncio para lhe escutar.
Aprendo a arte de ensinar.

Empresto minha coragem para seus medos.
Aprendo que você é a memória de minha coragem.

Empresto meu equilíbrio.
Aprendo com você o ponto para não ficar no alto e nem no baixo.

Empresto meu não julgamento.
Aprendo a plena atenção em não projetar.

Empresto minha capacidade de observar.
Aprendo a disciplinar minhas dispersões.

Empresto minha consciência.
Aprendo que você é a consciência.

Empresto minha criatividade
Aprendo que o artista é a obra, mesmo que sem sua presença.

Empresto minha motivação.
Aprendo que não conduzimos ninguém além de onde estamos.

Empresto minha espiritualidade.
Aprendo que Deuses, Santos, Budas, Anjos e Você são da mesma Fonte.

Empresto o meu amor e compaixão.
Aprendo aceitar a sua gratidão.

Empresto minha alegria.
Aprendo que somos capazes de sermos felizes sozinhos.

De eu ser em nós, o sagrado e o humano.
De compartilhar a expansão de nossa consciência.

Pela comunhão com todos os seres
E que todos os seres sejam felizes...


Fátima Bittencourthttp://somostodosum.ig.com.br

Cinco Orações Celtas


Uma Oração - I

Bendito seja o anseio que te trouxe aqui e que aviva a tua alma com assombro.
Que tenhas a coragem de acolher o teu anseio eterno.
Que aprecies a companhia crítica e criativa da pergunta "Quem sou eu?" e que ela ilumine o teu anseio.
Que uma secreta Providência Divina guie o teu pensamento e proteja o teu sentimento.
Que a tua mente habite a tua vida com a mesma certeza com que teu corpo se integra ao mundo.
Que a sensação de algo ausente amplie a tua vida.
Que a tua alma seja livre como as sempre renovadas ondas do mar.
Que vivas perto do assombro.
Que te integres ao amor com o arrebatamento da Dança.
Que saibas que estás sempre incluído no benévolo círculo de Deus.


Uma Oração - II

Que despertes para o mistério de estar aqui e compreendas a silenciosa imensidão da tua presença.
Que tenhas alegria e paz no templo dos teus sentidos.
Que recebas grande encorajamento quando novas fronteiras acenam.
Que respondas ao chamado do teu Dom e encontre a coragem para seguir-lhe o caminho.
Que a chama da raiva te liberte da falsidade.
Que o ardor do coração mantenha a tua presença flamejante e que a ansiedade jamais te ronde.
Que a tua dignidade exterior reflita uma dignidade interior da alma.
Que tenhas vagar para celebrar os milagres silenciosos que não buscam atenção.
Que sejas consolado na simetria secreta da tua alma.
Que sintas cada dia como uma dádiva sagrada tecida em torno do cerne do assombro.


Uma Oração - III

Que atendas ao teu anseio de ser livre.
Que as molduras da tua integração sejam suficientemente amplas para os sonhos da tua alma.
Que te levantes todos os dias com uma voz de bênção murmurando em teu coração que algo de bom te vai acontecer.
Que encontres uma harmonia entre a tua alma e a tua vida.
Que a mansão da tua alma nunca se torne um local assombrado.
Que reconheças o anseio eterno que vive no cerne do tempo.
Que haja benevolência no teu olhar quando contemplares o teu íntimo.
Que nunca coloques muros entre a luz e ti.
Que o teu anjo te liberte das prisões da culpa, medo, decepção e desespero.
Que permitas que a beleza espontânea do mundo invisível te recolha, cuide de ti e te inclua na integração.


Uma Oração - IV

Que sejas abençoado nos Nomes Sagrados daqueles que suportam a nossa dor pela montanha da transfiguração acima.
Que conheças o suave abrigo e a graça restauradora quando fores chamado a resistir na morada da dor.
Que os pontos de escuridão no teu íntimo se voltem na direção da luz.
Que te seja concedida a sabedoria de evitar a falsa resistência e, quando o sofrimento bater à porta da tua vida, sejas capaz de lhe vislumbrar a dádiva oculta.
Que sejas capaz de enxergar os frutos do sofrimento.
Que a memória te abençoe e te abrigue com a arduamente obtida luz do esforço passado, que isso te dê confiança e segurança.
Que uma janela de luz sempre te surpreenda.
Que a graça da transfiguração te cure as feridas.
Que saibas que, embora a tempestade possa rugir, nem um fio do teu cabelo será magoado.


Uma Oração - V

Que saibas que a ausência está repleta de terna presença e que nada jamais está perdido ou esquecido.
Que as ausências na tua vida estejam repletas de eco eterno.
Que sintas ao redor do secreto "Outro Lugar" que contém as presenças que deixaram a tua vida.
Que sejas forte na aceitação das tuas perdas.

Que a dolorosa fonte de luto se transforme em uma fonte de ininterrupta presença.
Que a tua paixão se estenda àqueles de que nunca temos notícia e que tenhas a coragem de falar em nome de excluídos.
Que venhas a ser o afável e apaixonado sujeito da tua vida.
Que não desrespeites o teu mistério por meio de palavras insensíveis ou integração falsa.
Que sejas acolhido por Deus, em quem o amanhecer e o crepúsculo se unem, e que a tua integração habite os seus sonhos mais profundos no interior do abrigo da Grande Integração.


Notas de Wagner Borges
Do livro "Ecos Eternos" de John O’Donohue; Editora Rocco.


 O irlandês John O’Donohue é escritor, pesquisador, poeta e filósofo católico, com Ph.D. em Teologia Filosófica pela Universidade de Tübingen.
É autor de dois belos livros sobre a sabedoria celta: "Anam Cara" e "Ecos Eternos", ambos publicados no Brasil pela Editora Rocco.
Por diversas vezes, ajudei pessoas com problemas de baixa auto-estima e vazio existencial simplesmente indicando a leitura desses dois livros.
O seu autor fala direto ao coração e enche a alma do leitor daquela beleza vital e amor pela vida dos celtas antigos, que valorizavam o gosto pelas coisas da natureza e a fluência dos sentimentos verdadeiros expressados no cotidiano.
Vale a pena ler esse material celta inspirado.

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MEDO DA SEPARAÇÃO



"Na nossa busca incessante por segurança, permanência e estabilidade, temos a tendência a nos prender a tudo que já é conhecido e a temer o inesperado"
O medo e a dificuldade da separação estão no coração de quase todas as pessoas.

Quando falamos a palavra separação logo vem à nossa cabeça várias associações: dor, tristeza, mágoa, abandono, perda, fracasso, choro, despedida.

Raramente nos damos conta que separação significa basicamente escolha.
Separar o joio do trigo.
Separar grão por grão do arroz.

A dificuldade começa com um grande medo:

- Será que meu sofrimento sem a pessoa que me faz sofrer será ainda maior?
Ruim com ele, pior sem ele.
A ansiedade decorrente da possibilidade de perder alguém, sempre está presente.
Por isso, tantas dúvidas.

- Será este o momento de desistir do relacionamento?
No começo o nosso relacionamento era tão bom.
Será que não pode voltar a ser como era?
Além de todas essas questões ainda surgem o receio da crítica de terceiros, principalmente da família e o grande medo da solidão e do desconhecido.

O medo nos mantêm presos a situações dolorosas, a pessoas que nos dominam e torturam, mais do que o amor.

Na nossa busca incessante por segurança, permanência e estabilidade, temos a tendência a nos prender a tudo que já é conhecido e a temer o inesperado, o que ainda não controlamos. Há um certo conforto em ficarmos acomodados a situações que nos fazem sofrer, mas que são conhecidas.

É a chamada zona de conforto.
Preferimos a dor do conhecido à possibilidade do prazer.

Todos tendemos à estagnação, à acomodação contra o risco de novas oportunidades, interesses, modos de viver.

Muitas pessoas justificam tal tendência dizendo que não saem da relação infeliz por pretender salvar o relacionamento e por ser persistente.
Trata-se na verdade de uma grande teimosia.

Todas as pessoas em volta já perceberam a realidade daquela relação, já sabem que ele ou ela não vai ser como gostaríamos, que o respeito e o amor já acabaram e continuamos com uma cegueira metódica para não tornarmos uma decisão.

Até a procura por uma terapia de casal pode, em determinados casos, significar um truque para não mudar.

Procurar uma terapia buscando a verdade é extremamente salutar.
Ela pode nos ajudar a ver a realidade e nos encaminhar para a felicidade.

Procurá-la para preservar relações dolorosas, para "salvar" o casamento, para segurar o parceiro, para manipular e controlar o outro é transformá-la em mais um instrumento do jogo do casal.

A maioria das pessoas parte de um pressuposto falso na vida, de que se tiver alguém como parceiro, será automaticamente feliz.

Que o namoro ou o casamento nos leva necessariamente à felicidade.
Isso, na prática, não acontece.
O que nos faz felizes são relações respeitosas, alegres, na base da admiração e companheirismo.
Quando faltam esses ingredientes, sofremos.

Partindo, porém, do pressuposto falso ao invés de batalharmos relações sadias, gastamos todas as nossas energias para conservar e manter as pessoas conosco.

Daí o medo da solidão, o medo de ficar sozinho.
Nesse caso, não estamos na vida para sermos felizes, mas para "termos" alguém.

Preservar a relação a qualquer preço passa a ser o nosso único foco e a fantasia de conseguir mudar o parceiro nos mantém atrelados a ele.

É claro que a separação não é a única saída para um relacionamento complicado.
Se ainda há respeito, admiração e afeto, apesar das dificuldades, a relação pode ser tratada. Vale a pena tentar inúmeros caminhos de aprendizagem e de mudança.

O que não vale é acostumar-se ao sofrimento e a partir de uma excessiva autoproteção, perpetuar-se em relações infelizes.

O que não vale é viver morrendo em nome de um amor que já acabou e fechar o coração para novas oportunidades.
Estamos na vida para sermos felizes ou para estarmos com alguém?



Antônio Roberto Soares