RESPONSABILIDADE
ESSA questão continua sendo primordial, porque os seres humanos, em sua grande maioria, gostariam de livrar-se de toda a responsabilidade, jogando-a sobre qualquer outra
coisa, menos sobre si mesmos.
A tal respeito são de fato bem humildes e modestos, mas somente a fim de poder entregar-se a uma vida ainda mais prazenteira e inescrupulosa.
Seria, pois, tão bonito poderem preencher todos os seus desejos e satisfazerem todos os seus apetites, também perante outras pessoas, ficando isentos de castigo.
isso a fama de pessoas excepcionalmente eficientes.
Portanto, com alguma habilidade poderiam levar uma vida bem agradável, conforme suas próprias ideias, se… não existisse em algum lugar determinada coisa que despertasse um sentimento incômodo, se não surgisse às vezes uma momentânea inquietação crescente no sentido de que, finalmente, muita coisa poderia ser um pouco diferente do que os próprios desejos estabelecem para si.
E assim é!
Estas poucas palavras contêm e dizem muito mais do que tantos pensam.
A criatura humana traz, por conseguinte, espiritualmente, a responsabilidade de tudo quanto faz.
Não existe separação nenhuma entre o Aquém e o chamado Além, mas sim tudo é um único e imenso existir.
Quando as igrejas e as escolas se referem ao céu e ao inferno, a Deus e ao diabo, tudo isso está certo.
E este não é o caso!
Existe apenas um Criador, um Deus, e, portanto, também apenas uma força que flui, vivifica e fomenta tudo o que existe!
Essa força divina, pura e criadora, atravessa constantemente toda a Criação, reside nela e é inseparável dela.
E assim como ela tudo perpassa, da mesma forma também flui ininterruptamente o ser humano.
E assim como uma lente reúne os raios solares que a atravessam,conduzindo-os adiante em forma concentrada, de maneira que os raios caloríficos, reunindo-se num ponto, ardam e produzam fogo, da mesma forma o ser humano, devido a sua constituição especial, reúne por meio de sua intuição a força da Criação que o perpassa e a conduz adiante, de forma concentrada, através de seus pensamentos.
Conforme a espécie desse intuir e os consequentes pensa-mentos, a força criadora de Deus, de atuação autônoma, será dirigida por ele para bons ou maus efeitos!
Essa é a responsabilidade com que o ser humano tem de arcar!
Vós, que muitas vezes procurais de modo tão convulsivo encontrar o verdadeiro caminho, por que fazeis tudo assim tão difícil?
Considerai que depende da simplicidade de vossas intuições e pensamentos, essa força prodigiosa acarretar o bem ou o mal.
Que poder benéfico ou destruidor vos é concedido com isso!
Não precisais nesse caso fazer tal esforço que vos provoque suor na fronte, nem precisais agarrar-vos às chamadas práticas ocultistas, a fim de, mediante contorções corporais e espirituais, possíveis e impossíveis, alcançar algum degrau totalmente insignificante para vossa verdadeira ascensão espiritual!
Abandonai tais brincadeiras que roubam o tempo e que já tantas vezes se transformaram em tormentos mortificantes, que nada mais significam do que as auto fustigações e castigos de outrora nos conventos.
Os chamados mestres e discípulos do ocultismo são modernos fariseus!
Lembrai-vos com alegria pura, que podeis, sem nenhum,esforço, através de vosso simples e bem-intencionado intuir e,pensar, dirigir essa força única e gigantesca da Criação.
Isso se processa com toda a simplicidade e singeleza!
Assim como uma criança pode, brincando, ligar uma corrente,elétrica, mexendo num interruptor, disso decorrendo efeitos incríveis, da mesma forma vos é outorgado o dom de guiar a força divina, através de vossos simples pensamentos.
Utilizando-a para boas finalidades, podeis vos alegrar e orgulhar!
O mal é produzido pela mesma pura força divina, assim como o bem!
E essa maneira voluntária e livre de aplicar a força divina uniforme, acarreta consigo a responsabilidade da qual ninguém pode escapar.
“Conserva puro o foco dos teus pensamentos, com isso estabelecerás a paz e serás feliz!”
NA LUZ DA VERDADE
Mensagem do Graal de Abdruschin
Obra em 3 volumes
Direitos de tradução: ORDEM DO GRAAL NA TERRA
Registrados sob nº- 21.851 na Biblioteca Nacional
ISBN 978-85-7279-027-7