Se seguirmos este conselho de Cristo, saberemos quem somos e para onde estamos indo, sem nada a nos impedir
Não há nada mais libertador do que saber quem você é e para onde está indo.
No 23.º domingo do tempo comum (ano C), Jesus nos mostra como fazer isso.
É fácil esquecer quem somos e nos tornarmos apenas um na multidão.
Segundo o Evangelho, Jesus foi seguido por uma grande multidão motivada por aquilo que ele prometeu: o grande banquete do céu, para o qual todos os esquecidos são convidados.
Em vários pontos – narra o Evangelho – Ele parava e convidava as pessoas a segui-lo.
Então Jesus perguntava a eles o que Ele nos pergunta: estamos seguindo-o ou apenas seguindo a multidão?
Primeiro, Ele diz que eles não podemos ser seus discípulos “sem odiar pai e mãe, esposa e filhos, irmãos e irmãs e até a própria vida”.
“Ódio” aqui não significa desprezo; significa priorizar de forma diferente.
Ele pergunta: quem você está tentando agradar?
Em seguida, Ele nos lembra para onde estamos indo, dizendo: “Quem não carrega a cruz e não vem atrás de mim, não pode ser meu discípulo.”
Muitas vezes, perdemos o significado da frase “Carregue sua cruz”. Achamos que isso significa apenas suportar os encargos que temos na vida.
Sim, significa isso, mas nunca se esqueça de que a única vez que você carrega uma cruz depois de Jesus é quando você é levado pelo torturador à sua morte.
Mas Jesus não é impotente ou fatalista.
Seus primeiros ouvintes teriam ouvido “carregar sua cruz atrás de mim” e imaginarem seus inimigos os capturando e matando.
Jesus diz que não devemos ser o cara que começa a construir uma torre – uma estrutura defensiva – e descobre que não consegue terminar.
Jesus Cristo está nos dizendo para estarmos atentos à abordagem do inimigo – e não deixar que o inimigo aja contra nós.
Qual é a torre que construímos para ter uma perspectiva de nossa vida? Uma vida de oração, que deve ser construída e mantida com cuidado por muitos dias e semanas, meses e anos.
Sozinhas, nossas deliberações são “tímidas e inseguras de nossos planos”, diz o Livro da Sabedoria, “e o corpo corruptível sobrecarrega a alma”.
A torre que pode detectar nosso inimigo é construída em oração. São Paulo e Onésimo mostram como não dar espaço ao inimigo “renunciando a bens”.
São Paulo é livre e realizado, mesmo sendo prisioneiro.
É isso que precisamos ser para evitarmos nosso inimigo: não vinculados a relacionamentos que remodelam nossa identidade além de Jesus, e não vinculados a posses.
Então, sozinho ou no meio da multidão, saberemos quem somos e para onde estamos indo, sem nada a nos impedir.
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