terça-feira, 21 de maio de 2013

Tempestade solar 'extrema' pode causar apagões generalizados na Terra

Fenômenos acontece neste ano e será capaz de afetar a energia elétrica

Explosão de material solar é registrada nesta erupção proeminente, em imagem divulgada pela Nasa neste mês Foto: Nasa / Divulgação
Explosão de material solar é registrada nesta erupção proeminente, em imagem divulgada pela Nasa neste mês
Foto: Nasa / Divulgação 
Se uma tempestade solar "extrema" a caminho da Terra atingi-la de determinada maneira, é possível que coloque em risco redes elétricas interconectadas ao redor do mundo.
 
Além de criar auroras - austrais e boreais -, esses fenômenos podem provocar a interrupção ou mau funcionamento de uma ampla gama de serviços que utilizam a fundamental energia elétrica, de acordo com especialistas ouvidos na edição deste ano da Electrical Infrastructure Security Summit (Cúpula sobre Segurança na Infraestrutura Elétrica, em tradução livre). As informações são do portal Space.com.

 
"O que (uma tempestade solar) pode fazer - ainda que não cause uma queda de energia em escala continental - é causar um apagão regional", afirmou o pesquisador Daniel Baker. "Imagine algo como, por exemplo, a supertempestade Sandy.
Imagine aquele tipo de tempestade severa - porém causando apagões regionais por semanas.
 
Viver sem energia elétrica realmente afeta toda a nossa sociedade de forma notável."
 
Quando o Sol atingir o ápice de seu ciclo de 11 anos em 2013, os cientistas esperam que áreas ativas da estrela - conhecidas como manchas solares - entrem em erupção, arremessando fluxos de partículas carregadas no Sistema Solar.
 
Tempestades relativamente menores também podem criar blecautes temporários em rádios e perturbar a navegação GPS.

Isso não significa, porém, que todas as erupções solares vão impactar a Terra.
 
A maior parte das chamadas ejeções de massa coronal não são voltadas ao nosso planeta; em vez disso, são disparadas sem causar danos a outras partes do Sistema Solar.
 
Ainda assim, aproximadamente uma vez por século, de acordo com Baker, uma tempestade solar extrema causa impacto terrestre.

No dia 31 de agosto de 2012, o Sol teve uma poderosa erupção que viajou a quase 1,5 mil km/s.
Ela não atingiu diretamente a Terra, mas interagiu com nossa magnetosfera no dia 3 de setembro e o resultado foi esta aurora boreal

 
Filamento de plasma sai do Sol devido à erupção do dia 31.
O registro foi feito por uma sonda da Nasa

Aurora austral é registrada na estação Concordia, na Antártida.
A estação, mantida pela Agência Espacial Europeia (ESA), é usada para o estudo dos efeitos do isolamento no corpo humano.
Durante o inverno, os cientistas quase não podem sair do prédio, já que as temperaturas ficam em uma média de -51°C e o local já chegou a registrar -85°C
As luzes da aurora boreal podem ser vistas na região da Escandinávia,
América do Norte, norte da Escócia e Rússia.
Mas, como alerta o site de turismo da Noruega, nunca se sabe onde
as luzes vão aparecer

Nasa alerta para risco de tempestade geomagnética na Terra

Erupções ocorridas no sol podem afetar alterar sistemas de satélites e redes de energia

Na última quinta-feira, modelos experimentais de pesquisa da Nasa mostraram que as explosões começaram a emitir as partículas no espaço Foto: Divulgação
Na última quinta-feira, modelos experimentais de pesquisa da Nasa mostraram que as explosões começaram a emitir as partículas no espaço
Foto: Divulgação  

Intensas erupções ocorridas no Sol durante esta semana podem provocar, segundo a Nasa, uma tempestade geomagnética na Terra no final de semana.
Segundo a agência espacial americana, bilhões de toneladas de partículas solares foram lançadas ao espaço e podem atingir o planeta, alterando sistemas de telecomunicações e a rede de distribuição de energia elétrica, dependendo da intensidade.

Na última quinta-feira, modelos experimentais de pesquisa da Nasa mostraram que as explosões começaram a emitir as partículas no espaço.
As imagens foram captadas por equipamentos da agência.
Conforme a Nasa, oo Sol está chegando próximo do pico de seu ciclo de atividade, que dura 11 anos, e as explosões são esperadas para esta época.

As radiações nocivas são bloqueadas pela magnetosfera e atmosfera, não podendo alcançar os seres humanos, mas interferem nas frequências de rádio, nas telecomunicações, GPS e redes de energia, podendo fazer também com quem algumas companhias desviem rotas de voos próximos aos polos.
 
 

Nenhum comentário :