O conde de Saint Germain foi uma celebridade que, por 112 anos, transitou livremente nas cortes da Europa, Rússia, China, Pérsia e outros países.
Ninguém descobriu jamais de onde o conde viera e tampouco qual era a fonte e origem de sua fabulosa fortuna.
Pagava todas as despesas com dinheiro vivo, e apesar de não usar bancos, seu crédito era ilimitado.
Corriam rumores na Europa que ele era um grande e poderoso alquimista, que possuía um pó secreto que era o remédio universal.
O ministro da época, disse que poderia esclarecer essa dúvida rapidamente.
Apesar do mistério de seu passado, era inquestionável e acima de qualquer dúvida, o seu berço de alta linhagem e nobreza.
Sua cultura e conhecimento eram absolutamente raros.
Sua aparência pessoal era descrita como altura mediana e corpo bem proporcionado.
Em 1743 corriam rumores que um estrangeiro riquíssimo, a julgar pela magnificência de suas jóias, acabara de chegar à Versalhes.
As habilidades de Saint Germain eram as maravilhas daquele tempo.
Quando lhe perguntaram certa vez sobre ele mesmo, respondeu que seu pai era a Doutrina Secreta e sua mãe, os Mistérios.
Madame Pompadour escreveu: "Ele enriqueceu o gabinete do rei com quadros de Velásquez e Murillo.
Se o rei da França tivesse se beneficiado da sabedoria e avisos proféticos do conde, o reino do terror teria sido evitado em seu país.
Segundo Madame Pompadour o conde de Saint Germain contou ter conhecido Cleópatra pessoalmente e também a Rainha de Sabá.
Ele era visto com frequência nos aposentos reais.
Sua habilidade linguística beirava o sobrenatural.
Ele era um artista talentoso, químico competente, tocava vários instrumentos, compunha música e poesia, cantava e era praticante da disciplina yogue.
Podia ser visto tocando violino na sala de música de Versalhes, sentado na Biblioteca de Frederico, o Grande, em Berlim, ou dirigindo reuniões secretas de iluminismo, nas cavernas ao longo do rio Reno.
Dava concertos de violino em Versalhes, e ao menos uma vez, regeu uma orquestra sinfônica sem partitura.
Esteve na Rússia, durante o reinado de Pedro, o Grande, em 1737.
Embora convidado para os banquetes mais suntuosos recusava-se terminantemente à comer qualquer alimento que não fosse especialmente preparado para ele de acordo com suas receitas.
Durante o jantar usava o tempo que deveria estar comendo, para entreter os convidados com histórias de magia e aventuras fantásticas em lugares remotos e episódios íntimos da vida dos poderosos.
Contou que possuía a vara com a qual Moisés fizera brotar água da pedra.
Certa ocasião, tentando lembrar detalhe de uma história, voltou-se para seu pajem e perguntou:
- Não foi assim Roger?
- O senhor conde se esquece que estou com ele há apenas 500 anos, não poderia lembrar, pois não estava nessa ocasião servindo-o.
O conde mostrou a um amigo sua grande coleção de jóias e diamantes coloridos de tamanho e perfeição extraordinários.
- Pensei que estivesse diante do Tesouro da Lâmpada Maravilhosa de Aladim, disse o amigo.
Em uma recepção, uma dama lhe disse: - "Há 50 anos eu era embaixatriz em Veneza e me lembro de ter-vos visto lá, com a mesma aparência de agora, talvez mais maduro, porque rejuvenesceste. Naquela época vosso nome era Marquês Balletti.
O conde fez uma mesura e respondeu:
- E a memória da condessa Glory é tão boa quanto há 50 anos.
- Isto eu devo a um elixir que me deste em nosso primeiro encontro, disse ela.
O conde era uma personalidade fascinante, entendia de crítica e técnica nas artes e na ciência.
O Marquês de Valbele visitou Saint Germain em seu laboratório. Saint Germain pediu a ele uma moeda de prata de 6 francos. Mergulhou-a em um líquido, colocou-a na chama, esfriou-a e a devolveu ao Marquês.
Embora desfrutasse íntima amizade e respeito dos reis, príncipes e de toda a nobreza, ele era sempre o protetor e nunca o protegido.
Em suas memórias, o aventureiro Casanova faz várias referências ao Conde de Saint Germain.
Ele viu Saint Germain transmutar uma moeda de cobre em ouro puro.
- Aqueles que guardam dúvidas sobre minha obra, não merecem falar comigo.
Cagliostro requisitou uma audiência secreta com Saint Germain, para si e sua esposa.
O Conde de Saint Germain era ambidestro à tal ponto que conseguia escrever o mesmo artigo, com as duas mãos, ao mesmo tempo.
Quando as duas folhas de papel eram depois sobrepostas e colocadas contra a luz, a escrita de uma folha cobria exatamente a da outra.
Tinha prodigiosa memória, podia recitar uma página inteira, após ter lido apenas uma vez.
Para provar que os dois hemisférios do cérebro podem trabalhar independentemente, escrevia uma carta de amor com a mão direita e um conjunto de versos com a mão esquerda, ao mesmo tempo.
Ele também cantava maravilhosamente.
Saint Germain sabia quando precisavam dele em outra cidade ou país e foi registrado que ele tinha o hábito de aparecer em alojamento de pessoas, sem usar a porta.
Ele foi chefe da Ordem Rosa Cruz, no século XV, maçom e Templário.
Saint Germain confiava mais no Príncipe Charles do que em qualquer outro homem.
De acordo com a tradição popular, foi na casa do Príncipe Charles que Saint Germain fez sua passagem, em 1784.
Helena Blanctrky escreveu: "Um homem que viveu na luz total da publicidade, não poderia ter desaparecido, se realmente tivesse morrido naquela época, sem deixar pistas".
Santíssima Trinosofia conclui que: O Conde Saint Germain e sir Francis Bacon são os dois maiores emissários enviados ao mundo pela Irmandade Secreta nos últimos 1000 anos.
Entende-se o "estranho funeral" destes dois ilustres personagens da história do mundo, pois Francis Bacon foi a última encarnação de Saint Germain.
Santíssima Trinosofia
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