quarta-feira, 11 de julho de 2018

O CONDE DE SAINT GERMAIN




O conde de Saint Germain foi uma celebridade que, por 112 anos, transitou livremente nas cortes da Europa, Rússia, China, Pérsia e outros países. 
Entre os anos de 1710 e 1822, ele era visto, com a mesma aparência jovem, embora assumisse com o passar do tempo, diferentes identidades, sempre de marquês ou conde. 
Foram 112 anos e sempre aparentou cerca de 40 à 45 anos de idade.

Ninguém descobriu jamais de onde o conde viera e tampouco qual era a fonte e origem de sua fabulosa fortuna. 
O mistério cercava suas aparições e desaparecimento das cortes. 
Todos os esforços para determinar a fonte e o tamanho de sua fortuna foram em vão.

Pagava todas as despesas com dinheiro vivo, e apesar de não usar bancos, seu crédito era ilimitado.

Corriam rumores na Europa que ele era um grande e poderoso alquimista, que possuía um pó secreto que era o remédio universal. 
Tinha fama de saber fabricar ouro. 
Vivia de uma forma dispendiosa que parecia confirmar isso.

O ministro da época, disse que poderia esclarecer essa dúvida rapidamente. 
Ele ordenou um inquérito para determinar de onde vinham as remessas que o conde de Saint Germain recebia. 
O inquérito durou dois anos, durante os quais o conde foi observado. 
O conde continuava pagando tudo em dinheiro, embora nenhuma remessa lhe fora enviada de lugar algum, durante todo esse tempo!

Apesar do mistério de seu passado, era inquestionável e acima de qualquer dúvida, o seu berço de alta linhagem e nobreza. 
Sua postura e comportamento denotavam elevada cultura, educação refinada, muita graça e dignidade. 
Diante das situações mais inusitadas, reagia com a serenidade e sabedoria de alguém habituado à posições elevadas.

Sua cultura e conhecimento eram absolutamente raros. 
Narrava fatos da história antiga, com detalhes de quem esteve presente na cena.

Sua aparência pessoal era descrita como altura mediana e corpo bem proporcionado. 
Era moreno e o cabelo escuro sempre empoado conforme uso da época. 
Seus olhos tinham grande fascínio e aqueles que se fixavam nele eram profundamente influenciados. 
Seu olhar era doce e penetrante. 
Seu sorriso mostrava dentes magníficos e tinha uma bonita covinha no queixo.

Em 1743 corriam rumores que um estrangeiro riquíssimo, a julgar pela magnificência de suas jóias, acabara de chegar à Versalhes. 
Vestia-se com simplicidade, roupa bem cortada e da melhor qualidade.

As habilidades de Saint Germain eram as maravilhas daquele tempo. 
Pessoa do mais elevado prestígio, ele transitava pelos mais altos círculos da sociedade. 
O Príncipe Charles de Herre Gassel era seu admirador, grande amigo em quem o conde confiava. Saint Germain contou ao Príncipe que era filho do Príncipe Racozy, da Transilvania.

Quando lhe perguntaram certa vez sobre ele mesmo, respondeu que seu pai era a Doutrina Secreta e sua mãe, os Mistérios.

Madame Pompadour escreveu: "Ele enriqueceu o gabinete do rei com quadros de Velásquez e Murillo. 
Esse homem singular passava por fabulosamente rico, e distribuía diamantes e jóias com liberdade espantosa".

Se o rei da França tivesse se beneficiado da sabedoria e avisos proféticos do conde, o reino do terror teria sido evitado em seu país.

Segundo Madame Pompadour o conde de Saint Germain contou ter conhecido Cleópatra pessoalmente e também a Rainha de Sabá. 
Ele conhecia o segredo da eterna juventude. 
Era admirado pelos nobres mais inteligentes da Europa.

Ele era visto com frequência nos aposentos reais. 
Era respeitado por Reis, estadistas e toda aristocracia.

Sua habilidade linguística beirava o sobrenatural. 
Ele falava alemão, inglês, italiano, português, espanhol, francês, grego, latim, sânscrito, árabe e chinês, com tal fluência, que em cada país que estivesse, parecia ser nativo.

Ele era um artista talentoso, químico competente, tocava vários instrumentos, compunha música e poesia, cantava e era praticante da disciplina yogue.

Podia ser visto tocando violino na sala de música de Versalhes, sentado na Biblioteca de Frederico, o Grande, em Berlim, ou dirigindo reuniões secretas de iluminismo, nas cavernas ao longo do rio Reno.

Dava concertos de violino em Versalhes, e ao menos uma vez, regeu uma orquestra sinfônica sem partitura.

Esteve na Rússia, durante o reinado de Pedro, o Grande, em 1737. 
Durante cinco anos, foi hóspede de honra do Chá da Pérsia.

Embora convidado para os banquetes mais suntuosos recusava-se terminantemente à comer qualquer alimento que não fosse especialmente preparado para ele de acordo com suas receitas.

Durante o jantar usava o tempo que deveria estar comendo, para entreter os convidados com histórias de magia e aventuras fantásticas em lugares remotos e episódios íntimos da vida dos poderosos.

Contou que possuía a vara com a qual Moisés fizera brotar água da pedra. 
Fora-lhe dado de presente na Babilônia, durante o reinado de Ciro, o Grande.

Certa ocasião, tentando lembrar detalhe de uma história, voltou-se para seu pajem e perguntou:

- Não foi assim Roger? 
O criado respondeu:
- O senhor conde se esquece que estou com ele há apenas 500 anos, não poderia lembrar, pois não estava nessa ocasião servindo-o.

O conde mostrou a um amigo sua grande coleção de jóias e diamantes coloridos de tamanho e perfeição extraordinários.
- Pensei que estivesse diante do Tesouro da Lâmpada Maravilhosa de Aladim, disse o amigo.

Em uma recepção, uma dama lhe disse: - "Há 50 anos eu era embaixatriz em Veneza e me lembro de ter-vos visto lá, com a mesma aparência de agora, talvez mais maduro, porque rejuvenesceste. Naquela época vosso nome era Marquês Balletti.

O conde fez uma mesura e respondeu:
- E a memória da condessa Glory é tão boa quanto há 50 anos.
- Isto eu devo a um elixir que me deste em nosso primeiro encontro, disse ela.

O conde era uma personalidade fascinante, entendia de crítica e técnica nas artes e na ciência. 
Ele tinha total domínio dos princípios do esoterismo e praticava meditação. 
Em várias ocasiões admitiu que obedecia ordens de um poder mais alto.

O Marquês de Valbele visitou Saint Germain em seu laboratório. Saint Germain pediu a ele uma moeda de prata de 6 francos. Mergulhou-a em um líquido, colocou-a na chama, esfriou-a e a devolveu ao Marquês. 
Era agora do mais puro ouro.

Embora desfrutasse íntima amizade e respeito dos reis, príncipes e de toda a nobreza, ele era sempre o protetor e nunca o protegido.

Em suas memórias, o aventureiro Casanova faz várias referências ao Conde de Saint Germain.

Ele viu Saint Germain transmutar uma moeda de cobre em ouro puro.
Casanova declarou ter certeza que Saint Germain substituiu uma moeda pela outra. Saint Germain disse:

- Aqueles que guardam dúvidas sobre minha obra, não merecem falar comigo. 
Fez uma mesura e convidou Casanova à retirar-se. 
Foi a última vez que se viram. Notícia publicada no Jornal London Cronicle, em 31-01-1760.

Cagliostro requisitou uma audiência secreta com Saint Germain, para si e sua esposa. 
O encontro foi marcado para as duas horas da manhã. 
Quando o conde e a condessa Cagliostro chegaram, o santuário estava iluminado com mais de cem velas. Saint Germain estava sentado em um palanque, no meio da sala. 
No decorrer do ritual, foi aberto um livro misterioso e Cagliostro ouviu a leitura de seu próprio futuro, com descrição detalhada de sua perseguição, julgamento, desonra e prisão.

O Conde de Saint Germain era ambidestro à tal ponto que conseguia escrever o mesmo artigo, com as duas mãos, ao mesmo tempo.

Quando as duas folhas de papel eram depois sobrepostas e colocadas contra a luz, a escrita de uma folha cobria exatamente a da outra.

Tinha prodigiosa memória, podia recitar uma página inteira, após ter lido apenas uma vez.

Para provar que os dois hemisférios do cérebro podem trabalhar independentemente, escrevia uma carta de amor com a mão direita e um conjunto de versos com a mão esquerda, ao mesmo tempo.

Ele também cantava maravilhosamente.

Saint Germain sabia quando precisavam dele em outra cidade ou país e foi registrado que ele tinha o hábito de aparecer em alojamento de pessoas, sem usar a porta.

Ele foi chefe da Ordem Rosa Cruz, no século XV, maçom e Templário.

Saint Germain confiava mais no Príncipe Charles do que em qualquer outro homem. 
Os últimos anos conhecidos de sua vida, foram divididos entre pesquisa experimental em alquimia, com Charles e a Escola de Mistérios de Loursenland.

De acordo com a tradição popular, foi na casa do Príncipe Charles que Saint Germain fez sua passagem, em 1784. 
A estranha circunstância ligada a este falecimento, levam-nos à suspeitar que foi um falso funeral, semelhante ao dado ao iniciado inglês, Lord Bacon.

Helena Blanctrky escreveu: "Um homem que viveu na luz total da publicidade, não poderia ter desaparecido, se realmente tivesse morrido naquela época, sem deixar pistas".

Santíssima Trinosofia conclui que: O Conde Saint Germain e sir Francis Bacon são os dois maiores emissários enviados ao mundo pela Irmandade Secreta nos últimos 1000 anos. 
Eles não dizem que o Conde e Lord Bacon eram a mesma alma.

Entende-se o "estranho funeral" destes dois ilustres personagens da história do mundo, pois Francis Bacon foi a última encarnação de Saint Germain. 
Ele não morreu, ascensionou. 
E o conde de Saint Germain já era um mestre ascenso que teve a dispensação de vir à Terra para tentar evitar a Revolução Francesa.

Santíssima Trinosofia

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