quinta-feira, 29 de agosto de 2013
Santuário Histórico de Machu Picchu
Muitos arqueólogos acreditam que Machu Picchu foi planejado como domicílio real, um local destinado ao repouso do imperador inca, onde, além de seu palácio, outras residências para membros de sua elite foram construídas.
O palácio destinado ao imperador fica na parte sudoeste da localidade, separado das outras casas.
A construção hoje conhecida como Templo do Sol é adjacente ao palácio.
Uma escada corre lateralmente ao complexo real e leva a uma praça onde o imperador gozava das delícias de um jardim, de uma banheira para seu uso exclusivo e até de um banheiro privado, o único com essa característica em toda a cidadela.
O Templo do Sol, ou Torreão, tem forma elíptica similar a do Templo do Sol que se encontra em Cusco, então a capital Inca.
Uma rocha em seu interior poderia ter servido de altar.
Durante o solstício de junho um raio de sol bate diretamente em uma das janelas do templo unindo a janela à pedra do altar.
Conhecido também como Torre de Vigia, suas paredes, em casos de instabilidade do terreno, movem-se ligeiramente e se reassentam sem cair.
Outras estruturas religiosas:
O Templo Principal, com seu altar de pedra trabalhada que, ao ser escavado para poder ser inteiramente visto, revelou uma farta camada de areia branca, o que Bingham já vira nos templos em Cusco.
Ao lado do Templo Principal, o Templo das Três Janelas, onde foi encontrada grande quantidade de cerâmica quebrada,talvez com um propósito
Mas o maior enigma de Machu Picchu é uma rocha gigantesca conhecida como “a Intihuatana”, nome criado por Bingham com palavras em quechua.
Seu significado é “local onde o sol está acorrentado”
Sobre uma plataforma elevada em forma de pirâmide que domina a praça, sua razão de ser é um mistério.
Até recentemente julgava-se que servia como relógio de sol, mas isso já foi descartado.
Pode ter sido utilizada para algum tipo de observação astronômica.
Pode estar ligada às montanhas que circundam Machu Picchu.
Vê-se que foi cortada de uma pedra maior. (Na foto abaixo, vejam no alto da pirâmide, está a Intihuatana)
Pois bem, a conclusão do autor do texto, Dieter B. Herrmann, é que Intihuatana foi aparelhada de modo a que suas duas largas faces, uma voltada para o sol nascente e outra para o sol poente, com as sombras provocadas pela luz do sol, indicassem os solstícios de inverno e verão.
Segundo ele, os estudos a respeito são as pecinhas que faltavam no mosaico que prova que Machu Picchu foi criada como centro de peregrinação para honrar o Deus Sol, muito mais do que localidade para repouso e prazer de um soberano inca.
Um fato aliás pode não excluir o outro... como frisou muitas vezes o arqueólogo inglês que se tornou guru de meu grupo em Machu Picchu.
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