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Perfuração no Mar Morto
Perfuração no Mar Morto pretende desvendar mistérios científicos
Sedimentos do lago são oportunidade para elucidar questões ainda não
respondidas sobre geolohia, arqueologia e mudanças climáticas
Cientistas israilitas estão perfurando o Mar Morto em busca de
tesouros científicos escondidos há 500 mil anos pelo lodo e sedimento.
O
ambiente único do Mar Morto – o lugar mais profundo da Terra a 422 metros abaixo
do nível do mar – contém sedimentação estratificada que poderá ajudar
pesquisadores a entender questões antigas que vão desde geologia, arqueologia,
podendo até levar a uma nova visão sobre as alterações
climáticas.
Pesquisadores disseram que o material que será retirado a 500
metros de profundidade do solo marinho poderia abrir as portas para anos de
investigação.
“É como ler um livro”, disse Ulrich Harms, cientista alemão que
lidera o programa de perfuração International Continental Drilling Program, “"É
um arquivo perfeito sobre secas, inundações e mudanças climáticas ao longo do
tempo"
O Mar Morto é o único não só pelas baixas altitudes.
Diferente da
maioria dos outros lagos, apenas um rio - o rio Jordão - deságua ali e nenhum
outro parte dele, o que significa que o acúmulo de sedimentos ao longo de
milhões de anos, em grande parte, permaneceu intacto.
Isso permitirá que
cientistas datem e determinem que tipo de clima dominava a Terra a partir dos
sedimentos retirados da perfuração.
A lama é marcada por camadas claras e
escuras, remanescente de antigos períodos de seca, e de alagamentos.
Este registro histórico poderia apresentar uma nova visão sobre as
mudanças climáticas.
“Nós vamos ser capazes de dizer se há 368.494 anos foi
choveu muito, ou não, ou ainda se houve terremoto”, disse Ben-Avraham, que vem
pesquisando o Mar Morto por mais de 30 anos.
Isto porque onde as camadas de
sedimento não estão alinhadas significa que provavelmente houve um
terremoto.
Muitas áreas de conhecimento
Além de novos conhecimentos
o estudo poderá fornecer dados aos sismólogos e aos arqueólogos que estudam os
tremores bíblicos bíblica, comparando as conclusões de seus estudos prévios com
o cronograma apresentado pela perfuração do Mar Morto.
Antropólogos que
pesquisam as migrações do homem primitivo - muitos dos quais acredita-se que
passaram pela área da bacia do Mar Morto - poderia encontrar novas informações
para apoiar novas teorias.
O projeto deve também ajudar os cientistas na
compreensão dos níveis de flutuação do Mar Morto.
O lago tem diminuído
significativamente nos últimas décadas, principalmente por causa do aumento da
extração de água do rio Jordão por Israel, Palestina e
Jordânia.
Muitos mundos
Há cerca de 10 anos, Zvi Ben-Avraham
Mordechai Stein pediram pelo projeto na Alemanha – base do programa de
perfuração, que organiza pesquisar pelo mundo.
Mas a aprovação do programa
chegou apenas neste ano, depois de ter sido adiada, em parte, por causa dos
combates entre israelenses e palestinos da primeira metade da década.
O
programa, no entanto conta com a participação de pesquisadores palestinos e
jordanianos, além dos israelenses.
“Eles querem cooperar conosco porque percebem
que é um projeto importante e a ciencia desconhece fronteira”, disse Michael
Lazar, professor de geociência marinha da universidade de Haifa e coordenador do
projeto.
O projeto de 2,5 milhões de dólares terá duração de 40 dias e
está sendo conduzido por 40 cientistas em cooperação com parceiros de seis
países.
A broca que viaja pelo mundo, realizando operações científicas tem
capacidade de atingir até 1.500 metros de profundidade.
informações da AP
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