quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Nazismo: Hitler um instrumento do Anticristo.


Certa manhã de setembro de 1912, Walter Stein e seu jovem amigo Adolf Hitler subiram juntos as escadarias do museu Hofburg, em Viena, Áustria.
Em poucos minutos encontravam-se diante da Lança de Longinus, posta, como sempre, no seu estojo de desbotado veludo vermelho. 
Estavam ambos profundamente emocionados, por motivos diversos, é claro, mas, seja como for, o disparador daquelas emoções era a misteriosa lança.
Dentro em pouco, Hitler parecia ter passado a um estado de transe, “um homem – segundo Ravenscroft – sobre o qual algum espantoso encantamento mágico havia sido atirado” .
Tinha as faces vermelhas e seus olhos brilhavam estranhamente.
Seu corpo oscilava, enquanto ele parecia tomado de inexplicável euforia …

Thoth3126@gmail.com


Um jovem de cerca de 20 anos vagava pelo Museu Hofburg, em Viena, Áustria, como de costume estava deprimido como nunca.
O dia fora muito frio, pois o vento trouxera o primeiro anúncio do outono que se aproximava.
Ele temia novo ataque de bronquite que se avizinhava.
Ele temia um novo ataque no seu miserável quartinho numa pensão barata.
Estava pálido, magro e de aparência doentia.
Sem dúvida alguma, era um fracasso.
Fora recusado pela Escola de Belas Artes e pela Arquitetura.
As perspectivas eram as piores possíveis.

Museu Hofburg em Vienna, Áustria
 
Caminhando pelo museu, entrou na sala que guardava as jóias da coroa dos Habsburg, gente de uma raça que não considerava de boa linhagem germânica.
Em 1907 havia feito exames de admissão à academia das artes de Viena, sendo reprovado duas vezes seguidas.
Nos anos seguintes permaneceu em Viena sem um emprego fixo, vivendo inicialmente do apoio financeiro de sua tia Johanna Pölzl, de quem recebeu herança. Chegou mesmo a pernoitar num asilo para mendigos na zona de Meidling no outono de 1909.

Os outros mendigos deram-lhe a alcunha de “Ohm Krüger” (segundo o historiador Sebastian Haffner).
Teve depois a ideia de copiar postais e pintar paisagens de Viena – uma ocupação com a qual conseguiu financiar o aluguel de um apartamento, na rua Meldemann.
Pintava cenas copiadas de postais e vendia-as a mercadores, simplesmente para ganhar dinheiro, não considerando as suas pinturas uma forma de arte.

Ao contrário do mito popular, fez uma boa vida como pintor, ganhando mais dinheiro do que se tivesse um emprego regular como empregado bancário ou professor do liceu, e tendo de trabalhar menos horas.
Durante o seu tempo livre frequentava a ópera de Viena, especialmente para assistir a óperas relacionadas com a mitologia nórdica, de Richard Wagner, e cujas produções viria, mais tarde, a financiar, como meio de exaltação do nacionalismo germânico.
Muito de seu tempo era dedicado à leitura.

Quadro pintado pelo líder nazi alemão
À direita: O quadro “Maritime Nocturno”, pintado por Adolf Hitler quando tinha apenas 23 anos, foi leiloado em 30/01/2012 e arrematado por € 32 mil euros, num leilão online da leiloeira Darte, na Eslováquia. Predomina a COR de uma noite NEGRA.

Mergulhado em pensamentos pessimistas, nem sequer notou que um grupo de turistas, orientado por um guia, passou por ele e parou diante de um pequeno objeto ali em exibição no museu.
-”Aqueles estrangeiros – escreveria o jovem mais tarde – pararam quase em frente ao lugar onde eu me encontrava, enquanto seu guia apontava para uma antiga ponta de lança.
A princípio, nem me dei ao trabalho de ouvir o que dizia o perito; limitava-se a encarar a presença daquela gente como intromissão na intimidade de meus desesperados pensamentos.

E, então, ouvi as palavras que mudariam o rumo da minha vida:
“Há uma lenda ligada a esta lança que diz que quem a possuir e decifrar os seus segredos terá o destino do mundo em suas mãos, para o bem ou para o mal.
Como se tivesse recebido um choque para despertar de um sono profundo, ele agora bebia as palavras do erudito guia do museu, que prosseguia explicando que aquela fora a lança que o centurião romano Longinus introduzira ao lado do tórax de Jesus, como descrito em João 19:34, para ver se o crucificado já estava “morto”.
Tinha uma longa e fascinante história aquele rústico pedaço de ferro.

O jovem mergulharia nessa história a fundo nos próximos anos.
Ele se chamava Adolf Hitler.
Voltou muitas vezes mais ao Museu Hofburg e pesquisou todos os livros e documentos que conseguiu encontrar sobre o assunto envolvendo a Lança de Longinus.
Envolveu-se em mistérios profundos e aterradores, teve revelações que o atordoaram, incendiaram sua imaginação e desataram seus sonhos mais fantásticos.

 
Sabemos hoje, em face da prática e da literatura espírita, que os Espíritos, encarnados e desencarnados, vivem em grupos, dedicados a causas nobres ou sórdidas, segundo seus interesses (e carmas) pessoais.
A inteligência e o conhecimento, como todas as aptidões humanas, são neutros em si mesmos, ou seja, tanto podem ser utilizados na prática do bem como na disseminação do mal.
Dessa maneira, tanto os bons espíritos, como aqueles que ainda se demoram pelas trevas, elaboram objetivos de longo alcance visando aos interesses finais do bem ou do mal.

Em tais condições, encarnados e desencarnados se revezam, neste plano e no outro, e se apoiam mutuamente, mantendo constantes entendimentos especialmente pela calada da noite, quando uma parte considerável da humanidade encarnada, desprendida pelo sono, procura seus companheiros espirituais para debater planos, traçar estratégias, realizar tarefas, ajustar situações.
Há, pois, toda uma logística de apoio aos Espíritos que se reencarnam com tarefas específicas, segundo os planos traçados.


A Lança do Destino, do legionário romano Longinus.

Estudando, hoje, a história secreta do nazismo, não nos resta dúvida de que Adolf Hitler e vários dos seus principais companheiros desempenharam importante papel na estratégia geral na tentativa de implantação do reino das trevas na Terra, num trabalho gigantesco que, obviamente, tem a marca inconfundível do Anticristo e dos seus seguidores encarnados.
Para consecução desse propósito, proliferam fenômenos mediúnicos, surgem revelações, encontram-se as pessoas que deveriam encontrar-se, acontecem “acasos” e “coincidências” estranhas, juntam-se, enfim, todos os ingredientes necessários ao desdobramento do trabalho (a sincronicidade também acontece em ambos os casos, para o bem e para o mal).

August Kubizek descreve uma cena dramática que testemunhou em que Hitler, com apenas 15 anos de idade, apresenta-se claramente incorporado ou inspirado por alguma entidade desencarnada.
De pé diante de seu jovem amigo, agarrou-lhe as mãos emocionado, de olhos esbugalhados e fulminantes, enquanto de sua boca fluía desordenadamente uma enxurrada de palavras excitadas.
Kubizek, aturdido, escreve, em seu livro:
– Era como se outro ser falasse através de seu corpo e o comovia tanto quanto a mim.
Não era, de forma alguma, o caso de uma pessoa que fala entusiasmada pelo que diz.
Ao contrário, eu sentia que também ele próprio como que ouvia a si mesmo atônito e emocionado o assunto que jorrava com uma força primitiva pela sua garganta…
Como enxurrada rompendo diques, suas palavras irrompiam dele.
Ele invocava, em grandiosos e inspirados quadros, o seu próprio futuro e o de seu povo.

Falava sobre um mandato que, um dia, receberia do povo para liderá-lo desde a servidão aos píncaros da liberdade – uma missão especial que em futuro próximo seria confiada a ele.
Ao que parece, foi o primeiro sinal documentado da missão de Hitler e o primeiro indício veemente de que ele seria o médium de poderosa equipe espiritual de seres das trevas empenhada em implantar na Terra uma nova ordem (a da Irmandade das Trevas).



Garantia-se a Hitler o poder que ele ambicionava, em troca da fiel utilização da sua instrumentação (poder psíquico) mediúnica.
O pacto com as trevas fora selado nas trevas.
É engano pensar que essas falanges espirituais ignoravam as leis divinas.
Conhecem-nas muito bem e sabem da responsabilidade que arrostam e, talvez, até por isso mesmo, articulam seus planos tenebrosos e audaciosos, porque, se ganhassem, teriam a impunidade com que sonham milenarmente para acobertar crimes espantosos.

Eles conhecem, como poucos, os mecanismos da Lei e sabem manipular com perícia aterradora os recursos e as forças espirituais de que dispõem.
Vejamos outro exemplo: o relato da Segunda visita de Hitler à lança, narrada pelo próprio. Novamente a sensação estranha de perplexidade.
Sente ele que algo poderoso emana daquela peça, mas não consegue identificar do que se trata.
De pé, diante da lança, ali ficou por longo tempo a contemplá-la:

- Estudava minuciosamente cada pormenor físico da forma, da cor e da substância, tentando, porém permanecer aberto à sua mensagem.
Pouco a pouco me tornei consciente de uma poderosa presença em torno dela – a mesma presença assombrosa que experimentara intimamente naquelas raras ocasiões de minha vida em que senti que um grande destino esperava por mim.

- Começava agora a compreender o significado da lança – escreve Ravenscroft – e a origem de sua lenda, pois sentia, intuitivamente, que ela era o veículo de uma revelação - “uma ponte entre o mundo dos sentidos e o mundo do espírito”.

As palavras entre aspas são do próprio Hitler, que prossegue:
- Uma janela sobre o futuro abriu-se diante de mim, e através dela vi, num único “flash”, um acontecimento futuro que me permitiu saber, sem sombra de dúvida, que o sangue que corria em minhas veias seria, um dia, o veículo do espírito de meu povo.

Ravenscroft especula sobre a revelação. Teria sido, talvez, a antevisão da cena espetaculosa do próprio Hitler a falar, anos mais tarde, ali mesmo em frente ao Museu Hofburg (fez um discurso de uma das sacadas do prédio do Museu Hofburg, foto à esquerda a seguir), à massa nazista aglomerada, após a trágica invasão da Áustria, em 1938, quando ele disse em discurso:

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- A Providência me incumbiu da missão de reunir os povos germânicos…com a missão de devolver minha pátria o Reich alemão.
Acreditei nessa missão.
Vivi por ela e creio que a cumpri.

Tudo começara com o impacto da visão da lança no museu.
Já naquele mesmo dia, em que o guia dos turistas chamou sua atenção para a antiqüíssima peça, ele experimentou estranhas sensações diante dela.
Que fascínio poderia ter sobre seu Espírito – um símbolo espetacular ele próprio – aquele objeto pagão, do império romano, qual a razão daquele impacto?
Quanto mais a contemplava, mais forte e, ao mesmo tempo, mais fugidia e fantástica se tornava a sua impressão.

Sentia-se como se ele próprio a tivesse detido em suas mãos anteriormente, em algum remoto século da História – como se já a tivesse possuído anteriormente, como seu talismã de poder e mantido o destino do mundo em suas mãos.
No entanto, como poderia isto ser possível?
Que espécie de loucura era aquele tumulto no seu íntimo?
Qual é, porém, a história conhecida da lança?
Para saber mais é o que tentaremos resumir em seguida.

Hitler dedicou-se daí em diante ao estudo de tudo quanto pudesse estar relacionado com o seu fascinante mistério.
Muito cedo ele foi de encontro a núcleos do saber oculto.
Um dos seus biógrafos, Alan Bullock (Hitler: A Study in Tiranny), sem ter alcançado as motivações do futuro líder nazista, diz que ele foi um inconseqüente, o que se poderia provar pelas suas leituras habituais, pois seus assuntos prediletos eram a história de Roma antiga, as religiões orientais, ioga, ocultismo, hipnotismo, astrologia …

Parece legítimo admitir que Hitler tenha lido também obras de pesquisa espíritas, porque os autores não especializados insistem em agrupar espiritismo, magia, mediunidade e adivinhação, e muito mais sob o rótulo comum de ocultismo.
Sim, Hitler estudou tudo isso e o ocultismo profundamente e não se limitou à teoria; passou à prática. Convencido da sua missão transcendental, quis logo informar-se sobre os instrumentos e recursos que lhe seriam facultados para levá-lo a cabo.



O primeiro impacto da ideia da reencarnação da alma em seu espírito o deixou algo atônito, como vimos, na sua primeira crise espiritual diante da lança, no museu de Hofburg; logo, no entanto, se tornou convicto dessa realidade e tratou a sério de identificar algumas de suas vidas anteriores.
Esses estudos levaram-no ao cuidadoso exame da famosa lenda do Santo Graal, de que Richard Wagner, um dos seus grandes ídolos (n.T. Uma alma afim que em encarnação anterior havia sido seu mestre em magia negra, mas então no distante Egito…), se serviu para o enredo da ópera Parsifal.

Hitler foi encontrar nos escritos de um poeta do século XIII, por nome Wolfram von Eschenbach, a fascinante narrativa da lenda do Santo Graal, cheia de conotações místicas e simbolismos ocultos, que captaram a sua imaginação, porque ali a história e a profecia estavam como que mal disfarçadas atrás do véu diáfano da fantasia.
Mas, Hitler tinha pressa, e, para chegar logo ao conhecimento dos mistérios que o seduziam, não hesitou em experimentar com o peiote, substância alucinógena extraída do cogumelo mexicano, hoje conhecida como mescalina.

Sob a direção de um estranho indivíduo, por nome Ernst Pretzsche, o jovem Adolf mergulhou em visões fantásticas que, mais tarde, identificaria como sendo cenas de uma existência anterior que teria vivido como Landulf II (Bispo e Conde) de Cápua, que serviu de modelo ao Klingsor na ópera de Richard Wagner.
Esse Landulf foi um príncipe medieval (século IX) que Ravenscroft declara ter sido “the most evil figure of the century” – a figura mais infame do seu século.
Sua influência tornou-se considerável na política de sua época e, segundo Ravenscroft, “ele foi a figura central em todo o mal que se praticou então naquela região da Itália”.

O Imperador romano e rei da Itália de então -844 a 875- Luis II conferiu-lhe o posto que o situava como a terceira pessoa no seu reino (Conde de Cápua e Bispo), e concedeu-lhe honrarias e poderes de toda a sorte.
Landulf II teria passado muitos anos no Egito, onde estudou magia negra e astrologia. Aliou-se secretamente aos árabes muçulmanos que, apesar de dominarem a Sicília, respeitaram seu castelo, na Calábria.
Nesse local sinistro, onde se situara no passado um templo dedicado aos mistérios, Landulf exercia livremente suas práticas horríveis e perversas que, segundo Ravenscroft, deram-lhe a merecida fama de ser o mais temido feiticeiro do mundo.

Finalmente, o homem que o Imperador Luis II queria fazer Arcebispo de Cápua, depois de elevá-la à condição de cidade metropolitana, foi excomungado em 875, quando sua aliança com os muçulmanos foi descoberta.
Ravenscroft informa logo a seguir que, a seu ver, ninguém conseguiu exceder Wagner em inspiração, quando este coloca, na sua ópera, a figura de Klingsor (ou seja, Landulf/Hitler) como um mago a serviço do Anticristo.
Aliás, muitas são as referências ao Anticristo no livro do autor inglês, em conexão com a trágica figura de Adolf Hitler.



Brasão da cidade de Cápua, curiosamente com uma taça contendo SETE SERPENTES…
Ainda veremos isto.
Guiado pela sua intuição, Wagner transpôs para o terreno da arte, na sua genial ópera, o objetivo de Klingsor e seus adeptos, que era “cegar as almas por meio da perversão sexual e privá-las da visão espiritual, a fim de que não pudessem ser guiadas pelas hierarquias celestiais”.
(uma das praticas mais bem sucedidas pelas forças das trevas para impedir o progresso espiritual da humanidade)

Essa atividade maligna através da perversão sexual Landulf II desenvolveu em seu tempo e suas horríveis práticas teriam exercido “devastadora influência nos líderes seculares da Europa cristã”, conforme Ravenscroft.
Mas Hitler acreditava-se também uma reencarnação de Tibério, um dos mais sinistros dos Césares (e também um pervertido sexual).
Aliás, as especulações ocultistas (usemos a palavra) dos líderes nazistas estão cheias de fenômenos psíquicos e de buscas no passado.

Goering dizia, com orgulho, que sempre se encarnou ao lado do Führer.
Ao tempo de Landulf, ele teria sido o Conde Boese, amigo e confidente do príncipe feiticeiro, e no século XIII fora Conrad de Marburg (um inquisidor alemão medieval que combateu o movimento Gnóstico Albigense a mando do papa Inocêncio III, quando torturou e matou centenas de “hereges”), amigo íntimo do bispo de Wartburg.
Goebbels, o ministro da Propaganda nazista, acreditava-se ter sido Eckbert de Meran, bispo de Bamberg, no século XIII.

Se essas encarnações auto impostas estão certas ou não, não cabe aqui discutir, mas tais especulações evidenciam o interesse daqueles homens pelos mistérios e segredos das leis divinas, que precisavam conhecer para melhor desrespeitar e burlar (principalmente quando encarnavam no seio da “santa” igreja de Roma).
Por outro lado, contêm alguma lógica, quando nos lembramos de certos aspectos que a muitos passam desapercebidos.
Muitos espíritos reencarnaram-se com o objetivo de infiltrarem-se nas hostes daqueles que pretendem combater, seja para destruir, seja para se apossarem da organização, sempre que esta detenha alguma parcela substancial de poder.

Não seria de admirar-se, pois que um grupo de servidores das trevas, com apoio das trevas, aqui e além, fosse alçado a postos de elevada influência entre a hierarquia católica da época, quando a Igreja desfrutava de incontestável poder temporal e terreno.
O papado não esteve imune – longe disso – e por várias vezes caiu em mãos de mal disfarçados emissários do Anticristo.
Lembremos outro pequeno e quase imperceptível pormenor.
Recorda-se o leitor daquela observação veiculada por um benfeitor espiritual que relatou haver sido traçada, no mundo das trevas, a estratégia do sexo desvairado e promíscuo, a fim de desviar os humanos dos caminhos retos da evolução espiritual?

 Sexo transviado e magia negra são aliados constantes, ingredientes do mesmo caldo escuro, onde se cultivam as paixões mais torpes.
Quantas almas não se perderam e estão de perdendo por esse caminho.
Hitler era do povo germânico, mas austríaco.
Nasceu em 20 de abril de 1889, na encantadora vila de Braunau-am-Inn, onde também nasceram os famosos médiuns Willy e Rudi Scheider.



Alfred Rosemberg, o futuro teórico do nazismo, era então o profeta do Anticristo e se incumbia de questionar os Espíritos manifestantes nas sessões de contato dos nazistas.
Ravenscroft afirma que teria sido Rosemberg quem pediu a presença da própria Besta do apocalipse, que na sua opinião (de Ravenscroft), sem dúvida dominava o corpo e a alma de Adolf Hitler, através das óbvias faculdades mediúnicas deste.

Essa manifestação do Anticristo em Hitler foi assegurada por mais de uma pessoa, além do lúcido e tranqüilo Dr. Walter Johannes Stein.
Um desses foi outro estranho caráter, por nome Houston Stewart Chamberlain, um inglês que se apaixonou pela Alemanha e pela causa nazista. Ravenscroft classifica-o como genro de Wagner e profeta do mundo pangermânico.

Houstin Stewart Chamberlain (9 de Setembro de 1855 — 9 de Janeiro de 1927) foi um autor britânico conhecido pelos seus trabalhos relacionados à raça ariana nascido em Southsea, Inglaterra. Aos 14 anos sofreu problemas de saúde e se tratou em vários spas na Europa, com a companhia de um tutor que lhe ensinou a cultura e língua alemã. Mudou-se para a Alemanha, participou num grupo nacionalista extremista e antissemita.

Casou com Eva Wagner filha de Richard Wagner. Escreveu muitos livros relacionados à raça ariana e antissemitismo, quase todos lidos por Adolf Hitler.
Chamberlain sustentou, na sua obra Os fundamentos do século XIX”, de 1899, que a raça superior ariana, descrita por Arthur de Gobineau, era ancestral de todas as classes superiores européias e da Ásia, indo mais além, afirmando que ela não havia sido extinta, subsistindo em estado puro na Alemanha e no norte da Europa.

Richard Wagner
Richard Wagner

Dentro da raça dos arianos Chamberlain incluiu os povos celtas e nórdicos, que considerou como pertencentes à mesma família germânica.
Seu trabalho foi bem recebido na Alemanha, tendo sido convidado à Corte do Kaiser Guilherme II.
Durante a Primeira Guerra Mundial escreveu artigos contra seu país de origem e naturalizou-se alemão.
Seus escritos inspiraram profundamente Adolf Hitler - uma das poucas pessoas presentes ao seu funeral, em 1927.

Chamberlain também escrevia suas teses anti-racistas em transe, segundo atestou nada menos que o eminente General Von Moltke, de quem ainda diremos algo importante daqui a pouco.
Chamberlain era considerado um digno sucessor do gênio de Friederich Nietzsche e, segundo o próprio Hitler, em “Mein Kampf”, “um dos mais admiráveis talentos na história do pensamento alemão, uma verdadeira mina de informações e de idéias”.
Foi quem expandiu as idéias de Wagner, desvirtuando-as perigosamente, ao pregar a superioridade da raça ariana.



Segundo testemunho de Von Moltke, Chamberlain (foto à direita) evocou inúmeros vultos desencarnados da história mundial e confabulou com eles.
Que ele era uma inteligência (um intelecto) invulgar, não resta dúvida.
Os poderes das trevas escolheram bem seus emissários.
Enganam-se, também, redondamente, aqueles que consideram Hitler um doido inconseqüente que tentou, na sua loucura, botar fogo no mundo.

A julgar por todas essas revelações que ora nos chegam ao conhecimento, ele sabia muito bem o seu papel em todo esse drama.
Recebeu uma enorme fatia de poder a troco de certa missão muito específica.
No domínio do mundo, se o tivesse conseguido, ele continuaria a desfrutar de posição “invejável”, como prêmio a um trabalho “bem feito”.
Ainda bem que falhou, pois a amostra deixada foi terrível.

Como se explicaria, sem esse apoio maciço de espíritos encarnados e desencarnados, que um jovem pintor sem êxito, pobre, abandonado à sua sorte, rejeitado pela sociedade, tenha conseguido montar o mais tenebroso instrumento das trevas e de opressão que o mundo já conheceu?
Como se explicaria que seu partido tenha emergido de um pequeno grupo político, falido e obscuro, senão que os Espíritos seus amigos o indicaram como sendo o primeiro degrau de escada que o levaria ao poder?
Hitler ainda se aprofundaria muito mais nos mistérios da sua missão tenebrosa.

Precisava receber instruções mais específicas, e , como sabemos, tudo se arranjaria para que assim fosse. A hora chegaria, no momento exato, com a pessoa já programada para ajudá-lo. Um desses homens chamava-se Dietrich Eckhart.
Sua história soa a algo fantástico, mas vale a pena passar ligeiramente sobre ela, a fim de entendermos seu papel junto a Hitler, que, antes de encontrar-se com Eckhart, fizera apenas preparativos para o vestibular da magia e do ocultismo.

Dietrich Eckhart era um oficial do exército alemão, de aparência afável e jovial e, ao mesmo tempo, no dizer de Ravenscroft, “um dedicado satanista, o supremo adepto das artes e dos rituais da magia negra e a figura central de um poderoso e amplo círculo de ocultistas – O Grupo Thule“, e um profundo antissemita, Eckart foi também o primeiro a usar o termo “Drittes Reich” (“Terceiro Reich”).



A Sociedade Thule (em alemão: Thule-Gesellschaft), originalmente Studiengruppe für germanisches Altertum (Grupo de Estudo para a Antiguidade Alemã) foi uma sociedade secreta ocultista cuja origem (novamente a Bavária, origem dos Illuminatis) é Munique, cujo nome era uma referência ao país místico-Thule- da lenda grega.
A sociedade é notável principalmente pela organização que patrocinou o Deutsche Arbeiterpartei (DAP), que posteriormente foi transformado por Adolf Hitler no Partido Nacional Socialista Alemão dos Trabalhadores-NSDAP (o famigerado Partido Nazista Alemão- Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei - NSDAP).

Dietrich Eckart foi um dos setes fundadores do partido nazista, e morreu de um ataque de coração causado pela sua dependência de morfina, em Berchtesgaden, na Bavária, a 26 de Dezembro de 1923. Um pouco antes de sua morte ele declarou exultante:
- Sigam Hitler!
Ele dançará, mas a música é minha.
Iniciei-o na “Doutrina Secreta”, abri seus centros de visão e dei-lhe os recursos para se comunicar com os Poderes Ocultos (das trevas).
Não chorem por mim: terei influenciado a História mais do que qualquer outro alemão.

Suas palavras não são mero delírio de um paranoico.
Há muito, nas suas desvairadas práticas mediúnicas, havia recebido “uma espécie de anunciação satânica de que estava destinado a preparar o instrumento do Anticristo, o homem inspirado por Lúcifer/Baal/Marduk para conquistar o mundo e liderar a raça ariana à glória”.

Quando Adolf Hitler lhe foi apresentado, ele reconheceu imediatamente o seu homem, e disse para seus perplexos ouvintes:
- Aqui está aquele de quem eu serei apenas o profeta e o precursor.

Coisas espantosas se passaram no círculo mais íntimo e secreto do Grupo Thule, numa série de sessões mediúnicas (Ravenscroft chama-as, indevidamente, de sessões espíritas…), das quais participavam outros dois sinistros generais russos e outras figuras tenebrosas.
A médium, uma mulher descoberta por um certo Dr. Nemirocitch-Dantchenko, era uma pobre ignorante camponesa, dotada de variadas faculdades mediúnicas.
Expelia pelo seu órgão genital enormes quantidades de ectoplasma, do qual se formavam cabeças de entidades materializadas que, juntamente com outras, incorporadas na médium, transmitiam instruções ao círculo de “eleitos”.



Voltando um pouco na história de Hitler, certa manhã de setembro de 1912, relata o Dr. Walter Johannes Stein, com o então seu jovem amigo Adolf Hitler subiram juntos as escadarias do museu Hofburg, em Viena, Áustria.
Em poucos minutos encontravam-se diante da Lança de Longinus, posta, como sempre, no seu estojo de desbotado veludo vermelho. 
Estavam ambos profundamente emocionados, por motivos diversos, é claro, mas, seja como for, o disparador daquelas emoções era a misteriosa lança, de novo.

Dentro em pouco, Hitler parecia ter passado a um estado de transe, “um homem – segundo Ravenscroft – sobre o qual algum espantoso encantamento mágico havia sido atirado” .
Tinha as faces vermelhas e seus olhos brilhavam estranhamente.
Seu corpo oscilava, enquanto ele parecia tomado de inexplicável euforia.

- Toda a sua fisionomia e postura – escreve Ravenscroft, que ouviu a narrativa do próprio Stein – pareciam transformadas, como se algum poderoso Espírito habitasse agora a sua alma, criando dentro dele e à sua volta uma espécie de transfiguração maligna de sua própria natureza e poder.
Walter Stein pensou com seus botões:
Estaria ele presenciando uma incorporação do Anticristo?
É difícil responder, mas é certo que uma terrível presença espiritual ali estava mais do que evidente. Inúmeras outras vezes, em todo o decorrer de sua agitada existência, testemunhas insuspeitas e desprevenidas haveriam de notar fenômenos semelhantes de incorporação, especialmente quando Hitler pronunciava discursos importantes em público ou tomava decisões mais relevantes.

Ao narrar o fenômeno a Ravenscroft, 35 anos depois, o Dr. Stein diria que: -…Naquele instante em que pela primeira vez nos postamos juntos, de pé, ante a Lança de Longinus, pareceu-me que Hitler estava em transe tão profundo que passava por uma privação quase completa de seus próprios sentidos e um total eclipse de sua consciência.
Hitler sabia muito bem da sua condição de instrumento de poderes invisíveis.
Numa entrevista à imprensa, documentou claramente esse pensamento, ao dizer:
- Movimento-me como um sonâmbulo, tal como me ordena a providência (satânica e demoníaca em seu caso).



Livro “The Spear Of Destiny (A Espada do Destino)

Havia nele súbitas e tempestuosas mudanças de atitude.
De uma placidez fria e meditativa, explodia, de repente, em cólera, pronunciando, alucinadamente, uma torrente de palavras, com emoção e impacto, especialmente quando a conversa enveredava pelos temas políticos e raciais.
Stein presenciou cenas assim no velho café em que costumava encontrar-se com seu amigo, em Viena, ali por volta de 1912/1913.

Passada a explosão, Hitler recolhia-se novamente ao seu canto, como se nada tivesse ocorrido. Naqueles estados de exaltação, transformava-se o seu modo de falar e sua palavra alcançava as culminâncias da eloqüência e da convicção.
Era como se um poder magnético a elas se acrescentasse, de tal forma que ele facilmente dominava seus ouvintes.
Seus próprios companheiros notariam isso mais tarde, em várias oportunidades.

- Ao se ouvir Hitler – escreveu Gregor Strasser, um ex-nazista – tem-se a visão de alguém capaz de liderar a humanidade à glória.
Uma luz aparece numa janela escura.
Um homem com um bigode cômico transforma-se em arcanjo.
De repente, o arcanjo se desprende e lá está Hitler sentado, banhado em suor, com os olhos vidrados.

Tudo fora muito cuidadosamente planejado e executado, inclusive com os sinais identificadores, para que ninguém tivesse dúvidas.
Nas trágicas sessões mediúnicas do Grupo Thule, fora anunciado que o Anticristo se manifestaria depois que seu instrumento passasse por uma ligeira crise de cegueira.
Isto se daria ali por volta de 1921, e seu (do Anticristo) médium teria, então, 33 anos.

Aos 33 anos de idade, em 1921, depois de recuperado de uma cegueira temporária, Hitler assumiu a incontestável liderança do Partido Nacional Socialista, que o levaria ao poder supremo na Alemanha, e depois, quase do mundo inteiro.
De tanto investigar os mistérios e segredos da história universal, em conexão com os poderes invisíveis, Hitler se convenceu de realidades que escapam à maioria dos seres humanos.
A história humana, oculta ou não, é realmente o reflexo de uma disputa entre as trevas e a luz, representadas, respectivamente, pelos Espíritos que desejam o poder e o controle a qualquer preço e por aqueles que querem implantar na Terra o reino de Deus, que foi anunciado por Cristo.



Hitler sabia, por exemplo, que os Espíritos trabalham em grupos, segundo o seus interesses e por isso se reencarnam também em grupos, enquanto seus companheiros permanecem no mundo espiritual – na sombra ou na luz, conforme seus propósitos – apoiando-se mutuamente.
Não é à toa que Göering e Goebbels, como vimos, reconheciam-se como velhos companheiros de Hitler.

Este, por sua vez, estava convencido de que um grupo enorme de Espíritos, que se encarnara no século IX, em torno de Landulf II em Cápua, na Itália, voltara a se encarnar novamente no século XX.
Um notável episódio ocorrido com o eminente General Von Moltke durante a Primeira Guerra Mundial parece confirmar essa idéia.

Texto adaptado de Hermínio C. Miranda, publicado na Revista Espírita Reformador de Março de 1976 e do livro de Trevor Ravenscroft, de 1973, “The Spear of Destiny” (A Espada do Destino).

Continua


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