Tá aí algo de que o ser humano corre atrás com ferocidade.
Não é à toa que vampiros e outros personagens imortais de ficção conseguem angariar nossa simpatia e admiração.
Mas, apesar da impossibilidade em se atingir esse estado, cientistas debruçam-se sobre formas de combater o envelhecimento – principal obstáculo para uma vida longa.
Por isso, muitos tratamentos atuais que prometem combater os efeitos desse processo natural estão na moda, como vitaminas, antioxidantes e hormônios.
No entanto, médicos e especialistas reunidos no 18º Congresso Brasileiro de Geriatria e Gerontologia (de 22 a 25 de maio), no Rio de Janeiro, alertam: essas terapias não têm chancela científica e podem aumentar riscos de diabetes e câncer.
O objetivo dos cientistas presentes no congresso é convencer o Conselho Federal de Medicina e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a coibir a chamada ‘medicina antiaging’ no país, que, embora não seja uma especialidade médica, não resulta em punição para seus praticantes.
Tudo tem um preço
Estudos mostram que essas drogas dobram o risco de tumores de fígado, aumentam em quatro vezes as chances de a pessoa desenvolver diabetes e pode ocasionar acromegalias, que é o crescimento exagerado de alguns órgãos, inclusive do coração.
De acordo com pesquisa da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, um dos principais vilões é o hormônio do crescimento (GH, na sigla em inglês).
“Esse hormônio é ideal se utilizado para tratar pessoas com nanismo, doenças renais crônicas e HIV”, explica o médico Hau Liu, responsável pelo estudo norte-americano.
“Mas, quando utilizado para outros fins ou para combater o envelhecimento, os benefícios são mínimos”.
Outro vilão que já conquistou seu espaço entre a sociedade é as vitaminas.
Segundo outras pesquisas, um dos riscos da ingestão exagerada de vitaminas é a sobrecarga dos rins e o aparecimento de cânceres, como o de próstata, por exemplo, quando muita vitamina E é ingerida.
“Nos EUA, não conseguimos coibir a prática.
Espero que vocês tenham mais sorte”, afirmou o geriatra ianque Thomas Perls, da Universidade de Boston.
[Folha, IstoÉ, ABCNews, Foto]
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