segunda-feira, 31 de maio de 2010
UM EXÉRCITO Á FAVOR DA VIDA
As Salpas estão limpando os oceanos
Caríssimos
Estas informações não são divulgadas como deveriam ser.
Porém para quem tem valores além da cíência, da filosofia e religiões isto é muito comum.
Compartilho com vocês e aqueles que buscam alternativas de uma vida melhor sustentável e presenvando a natureza
Invasão de Salpas!
Ovos? Não...é Salpa thompsoni
Se houve surpresas em relação ao que iriamos encontrar no Oceano Antárctico, a maior foi termos encontrado uma abundância enorme de salpas (Salpa Thompsoni) do que o esperado.
Em vez de cardumes de krill do Antárctico Euphausia superba obtivemos grandes quantidades de salpas que nos traumatizaram as redes de tão cheias.
Como planctón, as salpas do Antárctico Salpa thompsoni têm aumentado a sua abundância nos últimos 30-40 anos
As salpas são tunicatos marinhos (são como primos das ascídias, e mais distante das alforrecas e medusas) e nutricionalmente são uma desgraça:)
Ou seja, elas possuem pouca energia pois são constituidas maioritariamente por àgua... no entanto são belas.
São transparentes, como uma parte castanha/alaranjada, e fazem parte do grupo do planctón.
Raramente alguém a usa no mundo fora da biologia mas planctón marinho são todos os organismos ou plantas/algas (normalmente muito pequenos) que se encontram no mar que não têm a capacidade de locomoção independente da corrente.
Ou seja, se a corrente estiver para a direita lá vão todos para a direita...mas isso não significa que não se mexam, pois muitos conseguem mover-se (ou para cima para junto da superficie ou para baixo para as profundezas) mas nunca conseguindo ir contra a corrente.
Exemplo são algas pequenas (chamadas diatomáceas), peixes quando estão ainda na sua fase larvar, o camarão do Antárctico krill Euphausia superba, e as salpas, claro.
Aos que conseguem vencer a corrente e deslocar-se para onde desejam chamam-se Nectón, como o caso das lulas, os peixes, as baleias, as focas...interessante!
As salpas têm estado em abundância muito elevada, tendo chegado a mais de 80% do peso das capturas em alguns casos quando usámos as redes RMT25 (Rectangular midwater trawl; Arrasto rectangular pelágica com abertura de 25 metros quadrados, ou seja a rede quando está aberta na àgua tem uma boca com aquele tamanho).
E o mais supreendentemente é que o camarão do Antárctico também não estava muito presente.
O cientista Angus Atkinson já tinha previsto isto em 2004 num dos seus artigos na revista NATURE, mostrando evidências que o krill tem estado a declinar no Oceano Antárctico desde os anos 1970...o que pode trazer grandes mudanças no ecosistema marinho Antárctico.
Ele tinha razão...
Isto foi quando estamos em àguas tipicamente frias do Oceano Antárctico junto ao continente.
Os dias têm estado muito bons...
http://cientistapolarjxavier.blogspot.com
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