Por esta altura a natureza muda de figura.
Das quatro estações, talvez o Inverno seja a
mais cantada e falada em versos e prosas...
Há algo de romântico solto no ar...
Não é por um acaso que se comemora o Dia dos Namorados no mês de junho...
Com dias mais curtos, noites mais longas, o inverno por ser a estação
mais fria do ano, faz com que nesse período a natureza revista-se de um novo
cenário.
Um cenário próprio para a semeadura.
E ali, procuraremos, como semeadores das
palavras que somos, escolher os melhores grãos para serem cultivados por almas,
por corações sedentos por uma palavra de conforto, de amor.
É a época de pensar em nossos objetivos para
o novo ciclo a ser apresentado, conforme a experiência adquirida.
Um
cenário completamente mágico, como um convite para sonhar, para vivenciar o
amor em toda sua plenitude.
Com luzes nos mais variados tons produzidas
pelo Sol, em nuances especiais, ele é criado para estimular aos poetas a
escrever poesias belíssimas para seus leitores.
Realmente há um quê de
encanto e magia com a chegada do frio...
E em todo inverno acontece sempre a mesma
coisa...
Principalmente quando ele resolve aparecer
de verdade.
Quando a onda de frio chega, afugenta as
pessoas das ruas e o gostoso é poder curtir a casa, o sofá, a cama..., com ou
sem companhia.
Programas noturnos como idas a bares ou
restaurantes, só se forem muito importantes ou compromissos pra lá de assumidos.
Cinema, teatro torna-se mais interessante e
aconchegante, mas apenas se a companhia e o tema forem muito mais...
O
céu fica mais lindo, mais azul.
Porém existe uma neblina fria pela manhã,
antes do sol sair, que para muitos poetas significa o mistério.
Seus crepúsculos róseos se tornam um convite
para construção de rimas, versos livres, liberando emoções.
Ficar
quietinhos, bem juntinhos, se possível próximo a uma lareira, é tudo que um
casal apaixonado quer...
As cidades nas montanhas, nas serras se
preparam durante todo ano para a recepção dos casais enamorados.
No inverno, apagamos as luzes, usamos
candelabros e namoramos mais...
Tudo se torna um convite ao amor...
Os
pássaros e os insetos estão quietos e as árvores, despem-se de suas folhas que
desde o outono principiaram amarelecer e a cair.
O silêncio é um convite à reflexão, na
descoberta do por que da vida.
No inverno, Deus cobre a Terra de neve (em
alguns Países) para proteger e descansar o seu interior.
E ela dá um toque
especial, convidando a todos os poetas a uma viagem etérea.
Tudo que
existe, foi criado e protegido por Deus, para a felicidade da criatura
humana.
Quando o inverno chega, é como se o mundo vegetal refletisse a
imagem da purificação, mediante a qual Deus remove as imperfeições da vida de
seus filhos.
É o momento para avaliarmos os objetivos
existentes e atingidos ou não.
De tudo que se foi proposto, certamente
haverá metas que não foram alcançadas.
Na verdade não devemos encarar como um
fracasso, pois sempre se aprende com a experiência.
Sabemos sim que este é o momento de se
investigar quais são as causas que tem nos impedido de alcançarmos o êxito.
E uma vez descobertos os obstáculos que nos
impedem, devemos elaborar um plano para superá-los e avançar, desta maneira, até
um êxito final.Quando os raios do sol diminuem
sua intensidade ao cair da tarde é o momento de nos prepararmos para mais um
dia.
É o momento de se ter fé e esperança de que tudo irá melhorar se
tivermos uma atitude interior correta, se amarmos e sermos
solidários.
E é ai que a poesia entra com sua força
total.
Como ânimo, como acalanto, como um tônico revigorante nos proporcionando
a força, o estopim necessário para reacender os sentimentos adormecidos que se
encontram dentro de nós.
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