Isso será apenas no sentido de que, dentro em breve, o recebimento da primeira iniciação constituirá a cerimônia mais sagrada dessa “Nova Igreja“, realizada exotericamente como um dos mistérios dados em períodos certos, assistida pelos interessados. A iniciação ocupará, também, lugar semelhante no ritual da Maçonaria.
Nesta cerimônia, os que estiverem prontos para a primeira iniciação serão publicamente admitidos na Loja por um de seus membros, autorizado a fazê-lo pelo próprio grande Hierofante.
DJWHAL KHUL, o Tibetano
Que queremos dizer quando falamos de iniciação, de sabedoria, de conhecimento ou de Caminho Probacionário (período de PROVAÇÃO do neófito)? Usamos as palavras com muita loquacidade, sem analisarmos devidamente o seu sentido intrínseco. Analisemos, por exemplo, a palavra que mencionamos em primeiro lugar.
Muitas são as definições e muitas são as explicações que podem ser encontradas quanto ao seu objetivo, os passos preparatórios, o trabalho a ser realizado entre as iniciações, e os seus resultados e efeitos. Uma coisa, antes de mais nada, torna-se aparente ao estudante mais superficial, ou seja, que a magnitude do tema é tal que, para abordá-lo adequadamente, a pessoa deveria ter a capacidade de escrever do ponto de vista de um iniciado; quando isto não é o caso, tudo que for dito poderá ser razoável, lógico, interessante, ou sugestivo, porém não será conclusivo.
Na sua mais ampla acepção, representa – no caso que estamos estudando – uma entrada na vida espiritual, ou num novo estágio naquela vida.
É o primeiro e os seguintes passos sucessivos, no Caminho da Santidade.
Literalmente, portanto, o homem que recebeu a primeira iniciação, é aquele que deu o primeiro passo na direção do reino espiritual e que passou do reino apenas humano para o supra-humano.
Está ingressando no quinto estágio, ou final, da nossa atual evolução quíntupla.
Tendo tateado o caminho através da Câmara da Ignorância durante séculos, e tendo freqüentado a escola na Câmara do Aprendizado, o homem está agora ingressando numa universidade, ou, na Câmara da Sabedoria. Ao completar este curso, diplomar-se-á como um Mestre da Compaixão.
Embora na linguagem comum estas palavras sejam freqüentemente usadas como sinônimos, são diferentes quando empregadas tecnicamente.
É aquilo sobre o que sentimos certeza intelectual, ou aquilo que podemos determinar pela experiência.
É o compêndio das artes e das ciências.
Relaciona-se a tudo que diz respeito à construção e ao desenvolvimento do lado físico e da forma das coisas. Portanto, diz respeito ao aspecto material da evolução, à matéria nos sistemas solares, no planeta, nos três mundos da evolução humana e nos corpos dos homens.
Relaciona-se com o desenvolvimento da vida na forma, com o progresso do espírito naqueles veículos sempre cambiantes e com as expansões de consciência que se sucedem de vida em vida.
Refere-se ao aspecto vital da evolução. Como lida com a essência das coisas e não com as próprias coisas, é a percepção intuitiva da verdade separada da faculdade de raciocínio, e a percepção inata que pode distinguir entre o falso e o verdadeiro, entre o real e o irreal.
O conhecimento é separativo e objetivo, ao passo que a sabedoria é sintética e subjetiva.
O conhecimento divide; a sabedoria une.
O conhecimento diferencia, ao passo que a sabedoria combina.
Que se deseja dizer, então, por compreensão?
Ali, o homem/mulher está polarizado na personalidade ou eu inferior.
Na Câmara do Aprendizado, o Eu superior, ou Ego, esforça-se por dominar aquela forma até que, gradativamente, é alcançado um ponto de equilíbrio no qual o homem não é controlado por nenhum dos dois.
Mais tarde, o Ego passa a controlar mais e mais, até que, na Câmara da Sabedoria, passa a dominar os três mundos inferiores, e a sua divindade interna gradativamente assume a ação principal.
ASPECTOS DA INICIAÇÃO
Quando analisada do ponto de vista individual, passou a ser limitada, até o momento em que a unidade em evolução definitivamente aprende que (em virtude do seu esforço próprio, auxiliado pelos conselhos e recomendações dos Instrutores atentos da raça) alcançou um ponto em que possui determinada gama de conhecimentos de natureza subjetiva, do ponto de vista do plano físico.
O que foi até certo ponto mal interpretado neste estágio de compreensão é o fato de que, em vários períodos, a ênfase é posta nos diferentes graus de expansão e a Hierarquia sempre se esforça por conduzir a raça até o ponto em que as suas unidades terão alguma idéia do próximo passo a ser dado.
Resulta num horizonte que se expande continuamente até abarcar a esfera da criação; é uma crescente capacidade de ver e ouvir em todos os planos.
Representa maior consciência dos planos divinos para o mundo e maior habilidade de penetrar naqueles planos e desenvolvê-los.
É o esforço, na mente abstrata, para ser aprovado num exame.
Representa a melhor turma na escola do Mestre, e está ao alcance daquelas almas cujo carma o permite e cujos esforços são suficientes para a consecução do objetivo.
Revela o mistério oculto que jaz no coração do sistema solar.
Conduz de um estado de consciência para outro.
Na medida que se penetra em cada estágio, processa-se um alargamento do horizonte, a visão se amplia e a compreensão é cada vez maior, até a expansão alcançar um ponto onde o ego engloba todos os seres, inclusive tudo que está “em movimento e imóvel”, conforme consta de uma antiga Escritura.
É este o aspecto que foi enfatizado nas mentes dos homens, talvez excluindo um pouco o verdadeiro significado.
Basicamente envolve a capacidade de ver, ouvir e compreender e de sintetizar e correlacionar o conhecimento.
Não abrange, necessariamente, o desenvolvimento das faculdades psíquicas, mas proporciona a compreensão interna que vislumbra o valor subjacente das formas e reconhece a finalidade das circunstâncias ambientais.
Esse processo de expansão gradual – o resultado de um esforço definido, do pensamento reto e da conduta reta do próprio aspirante – e não de algum instrutor oculto realizando um oculto ritual – conduz àquilo que poderíamos denominar de uma crise.
Sintoniza os átomos em determinada vibração e possibilita que seja alcançado um novo ritmo.
Esta cerimônia de iniciação representa um ponto de realização.
Não culmina na espiritual, como com tanta freqüência se interpreta de maneira errônea.
Representa simplesmente o reconhecimento, pelos Instrutores alertas da raça, de um ponto definido na evolução alcançada pelo aluno, e resulta em duas coisas:
Após a iniciação, o trabalho a ser feito consiste, grandemente, em tornar aquela expansão da consciência parte do equipamento de uso prático da personalidade e em dominar aquela porção do caminho que ainda precisa ser coberta.
Nas iniciações no plano mental, a estrela pentagonal lampeja acima da cabeça do iniciado. Isto se processa nas primeiras iniciações que se realizam no veículo causal.
Foi dito que as primeiras duas iniciações se realizam no plano astral, mas isto é incorreto, e esta declaração deu origem a uma interpretação errada.
Elas são sentidas profundamente em relação aos corpos astral e físico e mental inferior, e afetam seu controle.
Mas deve ser lembrado que as principais iniciações se realizam no corpo causal ou – desvinculado deste – no plano búdico ou no átmico (Budhi=Corpo de Luz, Atma= Corpo mental superior).
Nas duas iniciações finais, que libertam o homem dos três mundos e lhe possibilitam funcionar no corpo de vitalidade do Logos e moldar aquela força, o iniciado passa a ser a estrela pentagonal que desce sobre ele, se funde com ele e em cujo centro é visto.
As duas iniciações, chamadas sexta e sétima, se realizam nos planos búdico e átmico; a estrela pentagonal “brilha intensamente do Seu interior”, segundo a expressão esotérica e passa a ser a estrela de sete pontas; desce sobre o homem e ele penetra na chama.
Tendo em vista que budhi é o princípio unificador (ou o elemento que tudo molda), na quinta iniciação o adepto abandona os veículos inferiores e surge no seu envoltório búdico.
A partir daí, cria o seu corpo de manifestação.
As palavras confundem com freqüência.
Na quinta iniciação, quando o adepto se afirma como Mestre nos três mundos, Ele controla, em maior ou menor extensão (de acordo com a Sua linha de desenvolvimento), os cinco raios que se manifestam especialmente na ocasião em que recebe a iniciação.
Na sexta iniciação, se ele receber o grau mais alto, domina um outro raio e, na sétima iniciação, terá poder em todos os raios. A sexta iniciação marca o ponto de conquista do Cristo e faz com que o raio sintético do sistema fique sob Seu controle.
O raio do amor, ou raio sintético do sistema, é o raio final que se alcança.
Todos estão na Consciência do Logos.
Uma grande verdade a ser lembrada é que as iniciações do planeta, ou do sistema solar, representam, apenas, iniciações preparatórias para a admissão na Loja maior, em Sírius.
Um Mestre, portanto, é aquele que recebeu a sétima iniciação planetária, a quinta iniciação solar e a primeira iniciação de Sírius, ou cósmica.
Um ponto que precisamos compreender é que cada iniciação sucessiva resulta numa unificação mais completa da personalidade e do Ego e, em níveis ainda mais elevados, com a Mônada.
Toda a evolução do espírito humano é uma unificação progressiva.
Na unificação entre o Ego e a personalidade, está oculto o mistério da doutrina Cristã da unificação.
Uma unificação se processa no momento da individualização, quando o homem se torna uma entidade racional consciente, em oposição aos animais.
As unificações se sucedem, acompanhando o processo evolutivo.
Em todos os casos, é precedida por um processo de combustão, por intermédio do fogo interno, e pela destruição, através do sacrifício, de tudo aquilo que separa.
A abordagem da unidade se realiza através da destruição do inferior e de tudo aquilo que forma uma barreira.
Vejamos, por exemplo, o caso da tela que separa o corpo etérico do emocional.
Quando a tela é consumida pelo fogo interno, a comunicação entre os corpos da personalidade passa a ser contínua e completa, e os três veículos inferiores funcionam como um único.
A intuição corresponde ao emocional, e os quatro níveis mais elevados do plano mental correspondem ao etérico.
Na destruição do corpo causal por ocasião da quarta iniciação (simbolicamente denominada de “crucificação”), temos um processo análogo à queima da trama que conduz à unificação dos corpos da personalidade.
A desintegração que é parte da iniciação ARHAT (1), conduz à unidade entre o Ego e a Mônada, expressando-se na Tríada, É a unificação perfeita.
Portanto, todo o processo visa a tornar o homem conscientemente uno:
O homem se une à Mônada na quinta iniciação, com a ajuda do Senhor do Mundo, o Vigilante Solitário, no Grande Sacrifício.
A palavra tem como variantes as formas arahat, arahant, araham,rahat. Significa literalmente “o digno, aquele que merece louvores divinos”.
Uma etimologia popular faz a palavra significar “o destruidor dos inimigos”(Internos).
Foi primeiro empregada para nomear os santos do Jainismo, e posteriormente o termo foi adotado pelo Budismo e pela Teosofia com a mesma finalidade de designação de um grande sábio.
O Budismo considera o próprio Buda um Arhat, embora designe com a mesma palavra os seus seguidores mais importantes, demonstrando que existe um diferencial para com a condição de Buda, mesmo ambas coincidindo em outros pontos – o que diz da elevada qualidade do Arhat.
Os Arhatas são chamados de hinayana (“o pequeno veículo”).
Na simbologia Cristã o nível de Arhat tem paralelo com o Cristo glorioso da Ressurreição, pois ele é o que morreu para a matéria e renasceu nos reinos espirituais, onde viverá doravante em beatitude eterna.
A Grande Invocação
Flua luz às mentes dos homens;
Que a Luz desça à Terra.
Flua amor aos corações dos homens;
Que Cristo volte à Terra.
Guie o propósito as pequenas vontades dos homens;
O propósito que os Mestres conhecem e a que servem.
Cumpra-se o Plano de Amor e de Luz;
E feche a porta onde se encontra o mal!
Nenhum comentário :
Postar um comentário