quarta-feira, 15 de maio de 2013

OS LIMITES DA PERCEPÇÃO





 



O que quer que vejamos é limitado, o que quer que sintamos é limitado, todas as percepções são limitadas.


Mas se você puder tornar-se cônscio, então o que é limitado desaparece no ilimitado.

Olhe para o céu.


Você irá ver uma parte limitada dele, não porque o céu seja limitado, seus olhos é que são limitados, o foco deles é limitado.

Mas se você puder tornar-se cônscio de que essa limitação é devido ao foco, por causa dos olhos, não é o céu que é limitado, desse modo você verá as fronteiras dissolvendo-se no ilimitado.

Diferentemente a existência é ilim
itada, diferentemente tudo está se dissolvendo em outra coisa mais.


Tudo está perdendo suas fronteiras, a cada momento ondas estão desaparecendo no oceano – e não há um fim para coisa alguma e não há nenhum começo. Tudo é também tudo o mais.

Sente-se sob uma árvore e veja, e o que quer que venha para sua visão, basta ir além, veja além e não pare em lugar algum.


Apenas descubra onde essa árvore está se dissolvendo.

Essa árvore, essa pequena árvore bem no seu jardim, toda a existência está nela.

Ela está se dissolvendo a cada momento.

Para onde você olhar, olhe para o além e não pare em lugar nenhum.


Continue indo e indo e indo até perder a sua mente, até você perder todos os seus padrõeslimitados.

Subitamente você estará iluminado.

Toda a existência é uma.


Essa unicidade é a meta.

E, de repente, a mente fica cansada do padrão, da limitação, da fronteira – e enquanto você insiste em ir além, enquanto você continua puxando-a além e além, a mente desliza, de repente abandona, e você olha para a existência como uma vasta unicidade, tudo se dissolvendo um no outro, tudo mudando no outro.

Sente-se por uma hora e trabalhe nisso.


Não crie qualquer limitação em lugar algum.

Seja qual for a limitação apenas tente encontrar o além, e mova-se e continue movendo-se.

Osho, em "The Book of Secrets"

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