segunda-feira, 11 de março de 2013

Palavras

 



Quantas vezes, ao longo da vida, observamos as bênçãos e os estragos causados por uma palavra.

Palavras o vento leva - diz o provérbio popular.

Mas nem sempre é assim.

Há palavras que dificilmente conseguimos esquecer.

Muitas vezes, as palavras transmitem a gratidão de que está plena nossa alma.

Então, elas tomam a forma de doces expressões.

Em outras ocasiões, elas servem para demonstrar o desgosto que nutrimos.

Tornam-se amargas como o fel.

Há momentos em que as palavras são encorajadoras, leves, repletas de luz.

São a manifestação da amizade e do amor.

Em outros momentos, elas são como ácido: agridem os que as ouvem.

São tristes e dolorosas.

Nesse instante, são as condutoras do desencanto e da infelicidade.

Sobre a natureza das palavras há uma reflexão a fazer: elas são a expressão daquilo que carregamos na alma.

Foi o próprio Jesus quem advertiu: Os lábios falam daquilo que está cheio o coração.

Que grande verdade!

As palavras apenas traduzem o que ocorre dentro de nós.

Se acalentamos mágoa, desejo de vingança, revolta, ódio e dor, nossos lábios se abrirão para deixar sair uma torrente de palavras rudes.

E quem nos ouvir entenderá que trazemos o coração obscurecido por sentimentos doentios.

Haverá, inclusive, quem passe a nos evitar, a fim de não ter contato com essa descarga de mau humor ou de depressão.

Por outro lado, se nos expressamos mediante palavras de engrandecimento, bem-estar, alegria e paz, nossa boca se tornará instrumento da esperança e da fraternidade.

E quem nos ouvir deduzirá que trazemos a alma clara, iluminada por sentimentos saudáveis.

Haverá até quem nos procure, para ter contato com a torrente de otimismo e serenidade que deixamos escapar dos lábios.

É bem verdade que passamos a maior parte do tempo alternando entre momentos risonhos e os de raiva ou tristeza.

Por isso, o nosso desafio diário é tornar cada vez mais freqüentes os estados de ânimo felizes.

Nossa tarefa é nos educar para que nossos lábios sejam instrumentos do bem que habita em nós.

É essencial moderar a língua, medir as palavras, pensar antes de falar.

Melhor ainda: é imprescindível educar os sentimentos, disciplinar a mente, ser firme no combate ao desejo por reclamações, fofocas e comentários ferinos.

Somos Espíritos imortais, responsáveis pelo impacto de nossas palavras, pensamentos e atitudes.

Responderemos a Deus e à nossa consciência, por todas as palavras ferinas que dirigirmos aos outros.

Sim, pois as palavras têm força e podem causar tremendos impactos sobre a vida alheia.


Que este impacto seja, então, positivo.

Que cada uma de nossas palavras seja de estímulo, amizade, fraternidade, pacificação.

Mesmo quando discordarmos, sejamos moderados, prudentes e bondosos.

Não esqueçamos: sempre há um sabor para pôr nas palavras: a doçura do mel ou o amargor do fel.

A escolha é inteiramente de cada um.



Redação do Momento Espírita

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