Como
sempre nesses dias de intensa intolerância religiosa, nunca é demais ressaltar
que o melhor antídoto para as trevas é sempre a luz da liberdade da informação e
do conhecimento.
Por
isso, vamos relembrar que Umbanda é AMOR E CARIDADE, Umbanda só faz o bem.
Respeitamos a Natureza e todos os reinos que fazem parte dela, não fazemos
sacrifícios de animais, pois os entendemos como companheiros na estrada da
evolução espiritual.
O Umbandista é um ecologista de carteirinha “carimbada”
por
Oxóssi.
Somos monoteístas, acreditamos em um Deus único e amoroso, criador do
Céu
e
da Terra.
Os
Orixás
são emanações de Deus que se apresentam no nosso planeta azul através da força
da natureza.
A Umbanda é universalista e em sua Egrégora atuam espíritos de
vários nichos religiosos e filosóficos.
Hoje falo sobre o Budismo, e sua
afinidade natural com a Umbanda.
O
Budismo é um conjunto de ensinamentos emitidos e vividos por Buda (Buda não é um
nome, mas uma condição de pleno desenvolvimento espiritual, A Iluminação).
Os
que seguem a Filosofia Budista não o têm como um Deus, mas como um Guia
Espiritual que ensina a todos como se libertar do ciclo reencarnatório, buscando
a iluminação e o Estado de Pureza Espiritual, libertando-se das preocupações
materiais e do ciclo ininterrupto de vida e morte.
Na
Filosofia Budista, o ser humano é escravo do ciclo reencarnatório, que é gerado
pelo Karma, a Lei de Ação e Reação.
Conseguir
livrar-se do Karma significa encerrar o ciclo de reencarnações, atingir a
iluminação e encontrar a porta que abre o caminho para o Nirvana (estar
liberto).
Para que isso pudesse acontecer, Buda ensinou aos seus discípulos
aquilo que é base do Budismo:
" As quatro Nobres Verdades " e os " Oito Caminhos
", uma combinação de ensinamentos morais por meio da meditação e
concentração.
As
Quatro Nobres Verdades
·
Existe o sofrimento;
·
O sofrimento tem causas;
·
O sofrimento tem um fim;
·
Existe um caminho para acabar com o sofrimento.
Buda
ensinou que toda a causa do nosso sofrimento é o desejo, o apego às coisas
materiais.
Quando o desejo e o extremo apego acabam, o sofrimento
termina.
Para
se chegar ao fim do sofrimento existem oito caminhos.
Buda ensinou que o esforço
correto em nossa busca pelo fim do sofrimento é sempre manter o equilíbrio – o
Caminho do Meio.
Quando diagnosticamos a causa do sofrimento, podemos encontrar
o caminho da cura.
Na
Umbanda existe a mesma crença de que o homem caminha para sua evolução
espiritual buscando, através de suas várias encarnações, o entendimento da linha
evolutiva traçada para nossa Humanidade.
Por
meio da prática da caridade, exercendo sua fé e humildade, o médium Umbandista
busca sua evolução rumo à Pureza Espiritual, um Estado de Iluminação, o
despertar para a Vida Eterna.
Por sua vez, os Guias Espirituais que incorporam
nas sessões de Umbanda também estão cumprindo seu papel na Escala Evolutiva do
Planeta, levando aos necessitados palavras de fé, amor e compreensão, sempre
passando a mensagem da Eternidade do Ser, única maneira de nos libertarmos das
amarras de nossa condição humana, rumo à evolução.
Quando
somos estimulados amorosamente pelos Caboclos e Pretos Velhos a promover nossa
reforma íntima, com a extinção da vaidade, do egoísmo e do ódio, nos ligando a
sentimentos de amor, compaixão, humildade e caridade, estamos buscando a
evolução do ser ao se libertar dos apegos e sentimentos materiais, como nos
ensinam as Quatro Nobres Verdades do Budismo.
A Umbanda é a Luz de Aruanda que nos dá
força e que nos conduz na busca do autoconhecimento, revelando que quando
descobrimos nossas dores, cessa-se nosso sofrimento e cessando o sofrimento, o
homem segue, sem medo, seu caminho rumo à evolução e iluminação de seu Espírito
Imortal.
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